sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

BARCELONA, DIAS 1 E 2 - A BRUXA TÁ SOLTA!

A folia do carnaval acabou, hora de voltar a realidade... Triste, pois as férias estão acabando e feliz porque estamos a cada dia mais próximos do retorno da nossa querida, idolatrada e salve-salve F-1. Os testes de Barcelona começaram ontem e seguem até domingo. Então, farei um resumo dos dois primeiros dias que passaram e algumas impressões dos resultados das equipes, além de notícias recentes do circo da Fórmula 1. Vamos lá!


BARCELONA, DIA 1

Foto: Divulgação
O primeiro dia de treinos foi MUITO movimentado, dentro e fora da pista. Iniciarei pelo fim: Pastor Maldonado da Lotus foi o mais rápido da sessão. Não, não é pegadinha. Já disse que os resultados da pré-temporada não devem ser levados muito a sério. Entretanto, deve-se observar e valorizar o novo bólido do pessoal de Enstone, agora com o motor Mercedes, aparentemente mais confiável e com chassi melhor desenvolvido por Nick Chester. 

Impossível não dizer que o fato mais repercutido pelos fãs e a imprensa foi o confuso acidente entre Susie Wolff (Williams, a pedido do maridão e ainda acionista de Grove, Toto Wolff) e Felipe Nasr (Sauber). Apenas existem imagens dos dois carros após o acidente: A traseira de Nasr sem a asa, e a Williams de Susie sem o bico. Segundo informações do Globoesporte.com, "Os dois colidiram na entrada da curva 5 do circuito catalão. O brasileiro, em volta rápida, foi atingido quando tentava ultrapassar a escocesa, que vinha lenta por ter acabado de sair dos boxes. Após o incidente, Susie disse que não viu a aproximação de Nasr." Apesar do ocorrido, ambas as equipes conseguiram consertar seus carros rapidamente a tempo de que seus pilotos retornassem a pista, no fim da tarde.

Foto: Reprodução

Na McLaren, um pequeno progresso: Button andou 21 voltas até parar em virtude de um problema no MGU-K (motor elétrico alimentado pela energia armazenada nas frenagens). Já a Mercedes passou por um "perrengue" inusitado. Lewis Hamilton, escalado para guiar as flechas de prata, andou apenas 11 voltas e abandonou o treino após sentir-se mal e com febre. Seu substituto natural, Rosberg, também não pode andar: O alemão foi "poupado", com dor no nervo do pescoço. Com isso, o piloto de testes Pascal Wehrlein, que estava guiando com a Force India versão 2014 foi chamado às pressas e finalizou a turbulenta sessão da equipe alemã. Por fim, os indianos chamaram Sérgio Pérez, que fez o 4° tempo. Confira a classificação do 1° dia:

Foto: Arte Globoesporte.com

BARCELONA, DIA 2

Foto: Getty Images

A Red Bull terminou a sexta-feira com a primeira posição, inédito esse ano. O "canguru" Ricciardo fez 1:24.574, 0.010s mais rápido que Raikkonen e 0.098s que Felipe Massa, segundo e terceiro colocados, respectivamente. Red Bull, Ferrari e Williams brigam pelo segundo posto da F-1. Mais do que andar na frente, a Red Bull conseguiu andar como nunca, após alguns contratempos em Jerez. Ou seja, teve bastante quilometragem (140 voltas!), perdendo apenas para a Mercedes, como sempre (150 voltas). Rosberg, mesmo com forte inflamação no nervo do pescoço, andou com a Mercedes pela manhã. Entretanto, foi substituído a tarde por Hamilton, recuperado da febre que o havia retirado da sessão do dia anterior. O Inglês andou por 89 voltas consecutivas, evidenciando a confiabilidade do W06.

Foto: Getty Images

Pequenos avanços na McLaren: Dessa vez, Alonso conseguiu completar 59 voltas com o MP4-30, o melhor dia de funcionamento do embrionário carro de Woking em parceria com a Honda. Force India 2014 e Sauber preocuparam-se mais com a quilometragem e confiabilidade de seus carros: Pérez fez 121 voltas e Ericsson, 113 voltas. Veja a classificação do 2° dia:

Foto: Arte Globoesporte.com
MAIS NOTÍCIAS:

* A FIA homologou que os pilotos deveram utilizar capacetes com pintura única, portanto, sem alterações durante o ano. É uma questão que está gerando muita polêmica. Alexander Wurz, presidente da Associação dos Pilotos, disse que "foi uma medida arbitrária". Do outro lado, Massa e Niki Lauda concordaram com a decisão, afirmando que o piloto precisa criar uma identidade com o público, essas coisas. Dizem que essa medida foi uma represália em razão da negativa das equipes em aumentar a "fonte" dos números nos carros na última reunião do grupo de estratégia da F-1. As equipes justificam que o aumento dos números diminui possíveis chegadas de patrocinadores. Eu concordo mais com Massa e Lauda. Gosto do capacete marcante, inconfundível, a segunda pele do piloto. Lógico que em situações especiais, aprovo mudanças. Por exemplo, sempre fazem pinturas diferentes no GP de Mônaco, ou quando é uma corrida local para algum piloto, ou sua despedida, etc.

* Manor deixou a administração judicial e voltou ao controle dos investidores. Agora, a luta é contra o tempo. Após a recusa da Force India em deixar a ex-Marussia correr com o carro de 2014, a equipe busca investidores (mais os 30 milhões de Euros relativos ao 9° lugar de 2013 nos construtores) para fazer o carro a tempo de disputar a temporada 2015. Em coletiva realizada hoje, Maurízio Arrivabene (novo chefão da Ferrari) afirmou que já existe um acerto verbal para a Manor correr com o motor v6 2014 da Ferrari. Quanto mais carros competitivos na categoria, melhor. Basta a FIA criar condições para a sobrevivência das nanicas ao invés de apenas preocupar-se com as gigantes.

Para finalizar: Ainda bem que as equipes recusaram as mudanças propostas pelo Bernie Ecclestone em "revolucionar" a F-1 a partir do ano que vem: Motor de 1000 cv, rodas maiores, "redução" da tecnologia para ajudar o piloto, etc. Ou seja: Querem transformar o piloto em herói novamente, que era a imagem até meados da década de 1990. Tudo indica que em 2017 teremos uma nova F-1, mais atraente e emocionante para os fãs e patrocinadores. Isso é lindo. Porém, para que isso seja feito, é preciso dar condições para que Force India, Lotus, Sauber e até mesmo Williams sobrevivam até lá.

Amanhã ou domingo eu retorno para falar dos próximos dias de sessão de testes em Barcelona. Até lá!

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