quarta-feira, 18 de abril de 2018

O QUE ESPERAR DA McLAREN?

Foto: LAT Images
A pré-temporada foi assustadora. Com o fim do pesadelo da Honda e a chegada da Renault, tudo parecia que ia mudar para melhor. Apesar de os franceses não serem o motor dos sonhos, qualquer coisa que fosse minimamente confiável já seria o sonho dos ingleses. Isso não foi visto nos primeiros testes em Barcelona. E a culpa não era da Renault.

A McLaren continuou com muitos problemas em seu MCL33, a maioria na parte estrutural. Em mais um projeto assinado por Peter Prodromou e seus motores compactos, o carro superaqueceu e os ingleses treinaram bem menos do que imaginavam. De quebra, viam a Toro Rosso executar com surpreendente segurança uma extensa quilometragem com os japoneses. Será que o problema era todo deles?

Eric Boullier avisou: modificações precisavam ser feita e não estariam prontas para a corrida de abertura, na Austrália. A preocupação era grande. Alonso disse que o objetivo era tentar terminar a corrida. Se nos treinos a McLaren confirmou a decepção, na corrida houve uma boa surpresa: graças a estratégia e ao Safety Car, Alonso conseguiu um excelente quinto lugar. Vandoorne foi o nono. Em uma corrida, foram marcados quase todos os pontos de 2017.

O mesmo script se repetiu no Bahrein e na China. Treino ruim e boa corrida. A McLaren não tem motor nem chassi, por enquanto, para alçar voos maiores. Entretanto, o ritmo de corrida parece bom. O caso lembra a Red Bull, de desempenho igualmente distinto nos dois dias, claro que nas proporções em que merecem ser destacadas. Alonso chegou a dizer que o pódio era possível. Calma.

Ontem, Boullier disse que a McLaren correu com uma versão adaptada do carro do ano passado, e que na Espanha o MCL33B estaria de fato pronto. Aí é que os ingleses estariam no páreo para tentar brigar pelo pódio, tentando diminuir a enorme distância entre o G6 (Mercedes, Ferrari e Red Bull) e o resto. Apenas eles e os franceses da Renault dispõem condições de fazer isso no médio-prazo, ainda mais diante da incerteza sobre o que será feito da F1 a partir do final do Pacto de Concórdia em 2020.

A promessa é que surja uma nova e real McLaren, a que aos poucos busca sair do inferno onde se meteu desde 2013. A pergunta que fica é: o que esperar da McLaren? Apenas a partir da Espanha é que poderemos saber.

Até!

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