terça-feira, 22 de agosto de 2017

ANÁLISE PARCIAL DA TEMPORADA - Parte 2

Foto: F1Fanatic
Meu primeiro texto com 22 anos de idade, escrito ainda aos 21. Voltamos com a parte final da análise do desempenho dos pilotos nessa primeira metade da temporada, agora com os dez últimos na classificação do campeonato. Confira:

Foto: F1
Felipe Massa – 6,5 = O começo da temporada foi ótimo. Acumulou os pontos que pode. Com a manutenção das deficiências dos carros anteriores no FW40, não consegue render em circuitos travados e/ou com chuva. Foi muito, mas muito mais rápido que Stroll, o que pode viabilizar sua permanência na categoria após uma aposentadoria relâmpago no ano passado. Canalizando esforços para 2018, o primeiro com Paddy Lowe a frente do projeto da equipe de Grove, Massa brigará pelos últimos pontos disponíveis, precisando ter a sorte que historicamente não tem, como em Baku, onde poderia ter vencido. Deve continuar na Williams.

Foto: F1Fanatic
Lance Stroll – 6,5 = Não está pronto para a Fórmula 1. Entretanto, sua nota é a mesma de Felipe pelo motivo óbvio do pódio em Baku, onde teve competência de apenas não se envolver em acidentes. Não tem velocidade e sofre em guiar o carro. É normal, visto que tem apenas 18 anos e queimou etapas importantes. Entretanto, o dinheiro que tem e esse pódio conquistado ao acaso irá garantir o canadense na F1 por muito tempo, mesmo que dificilmente entregue algo a mais para a Williams. Pois então, já fez mais que eu esperava: está na história da categoria como o mais jovem a ir para o pódio, o que é lamentável. A vida não é justa.

Foto: F1Fanatic
Romain Grosjean – 6,5 = Altos e baixos com a Haas. Está levando vantagem diante do duro Kevin Magnussen. Está sendo atormentado pelos problemas de freio desde o ano passado (mesma reclamação que Felipe Nasr tinha ano passado, com a Sauber).  Com menos recursos, cada ponto conquistado é importante na briga por milhões de euros a mais no orçamento do ano que vem. Seu grande objetivo é bater o dinamarquês, o que vem acontecendo até aqui.

Foto: AutoSport
Kevin Magnussen – 6,5 = Seu grande momento na temporada foi mandar Hulkenberg chupar suas bolas após o GP da Hungria. De fato, o filho puxou o pai Jan, sem papas na língua e com comportamentos de certa forma criticáveis na pista. Ele espalhou Hulk sem necessidade. Durante a temporada, está fazendo um duelo equilibrado com Grosjean, mais experiente na categoria e na equipe. Seu estilo fanfarrão já gera muitos fãs e haters. Ao contrário dos últimos anos, dessa vez sua permanência em uma equipe está garantida.

Foto: Motorsport
 Fernando Alonso – 7,0 = Tema do último post, é um desafio escrever algo inédito por aqui. Vou tentar: com um carro horrível, só o fato de completar uma corrida é digno de comemoração. Quando pontuou pela primeira vez, já foi incrível. Quando foi o sexto na Hungria e com a volta mais rápida da corrida, é o ápice. Um desperdício de talento, sem dúvida. A Liberty precisa dar um jeito para segurar seu grande meme e símbolo de carisma na atual F1 (quem diria, hein?). O talento continua ali, e isso ninguém pode tirar. A Honda deveria se envergonhar em simplesmente não dar um motor decente para o espanhol em três anos de trabalho.

Foto: DNA India
Pascal Wehrlein – 7,0 = Pontuar duas vezes com o pior carro do grid e com o motor Ferrari do ano passado já justifica a nota do alemão, ainda mais que ele fez essas proezas após se recuperar de um grave acidente na pré-temporada que o impossibilitou de participar das primeiras corridas da temporada. Portanto, não estava 100%. No meu mundo paralelo, Wehrlein estaria na Mercedes nessa temporada ou na Force India na próxima. Azar de Bottas. Como isso não vai acontecer, resta ao talentoso alemão torcer pela benevolência de Toto Wolff para achar algum lugar melhor no ano que vem. Seu talento precisa ser lapidado em desafios maiores.

Foto: F1Fanatic
Daniil Kvyat – 5,0 = O pior piloto do ano. Desempenho fraco e acidentes lamentáveis. Infelizmente, não se justifica mais a permanência do russo na F1. Sua renovação já foi forçada, meio que uma espécie de reparo ao fato de ter sido rebaixado da Red Bull. Estar atrás de Wehrlein no campeonato e ter mais pontos na carteira do que no campeonato resumem seu momento. É uma pena, pois torço para o russo. Entretanto, o programa de pilotos da Red Bull está numa entresafra desgraçada, tanto é que mesmo assim, Pierre Gasly não foi chamado para a Toro Rosso, e parece que não será novamente. Para o segundo semestre, a indagação: será Kvyat suspenso por um GP por fazer os 12 pontos de infração na carteira da FIA?

Foto: Racing Motor Sports
Stoffel Vandoorne – 6,5 = Críticas injustas me deixam puto. Enquanto são benevolentes e chamam Stroll de “superestrela” por um pódio acidental em um carro que deveria pontuar regularmente e não esporadicamente, o talentoso belga sofre por ser companheiro de Alonso. Obviamente, todas as atualizações e peças dirigem-se ao espanhol. Com o carro problemático e defasado, a distância para Alonso é ainda maior do que seria se ambos estivessem em condições igualitárias na equipe. Participou de incidentes na Espanha e em Mônaco (onde teve grande chance de marcar muitos pontos), mas foi para as férias com um pontinho no campeonato, o que traz alívio e confiança para seguir o trabalho. Vandoorne, com um carro bom, tem tudo para ser protagonista da F1. 

Foto: Motorsport
Jolyon Palmer – 5,0 = Zerado com a Renault. Sua renovação foi um absurdo, o que já tinho escrito por aqui e no Twitter. Desempenho fraco ou acidentes. Quando não é isso, o carro quebra. O campeão da GP2 de 2015 pode sequer terminar a temporada. O hype Kubica está vindo com tudo. Mas, convenhamos, Jolyon não fez o suficiente para merecer uma segunda temporada na F1, e conseguiu piorar seu desempenho mesmo com a evolução do bólido francês. Melhor o pai Jonathan encontrar outra categoria para o filho em 2018.

Foto: Portal Race
Marcus Ericsson – 5,5 = Outro que não deveria estar na F1. Entretanto, não tem o que fazer no fraquíssimo carro da Sauber. Ainda assim, consegue a proeza de perder nos três anos em que esteve na equipe, dois como piloto dos investidores suecos. Evidente que Wehrlein e Nasr são muito melhores que ele, mas diante de tais regalias isso pega muito mal, mais ainda no caso do piloto alemão, que conquistou seus melhores resultados sem estar com 100% das condições físicas. Todavia, como é o dono da equipe, seguirá completando o fim do grid e aparecendo raramente na transmissão da FOM.

Essa foi a minha análise dos pilotos até aqui na temporada. Você concorda? Discorda? Comente!

Até mais!


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