quarta-feira, 26 de abril de 2017

O PERIGO, APESAR DE TUDO

Foto: Reprodução
Dois graves acidentes envolvendo crianças e adolescentes mexeram e deixaram o mundo do automobilismo em clima de consternação. A morte e a gravidade de um impacto sempre mexe com todos nós, principalmente com aqueles que são muito jovens e que tem toda uma vida pela frente...

Durante o treino para uma competição, Gonzalo Basurto, de 11 anos, bateu seu kart contra o outro, capotou e teve ferimentos graves. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, mas não resistiu e faleceu. O fato aconteceu no kartódromo de Fernando Alonso, nas Astúrias/Espanha, que foi inaugurado recentemente.

Como não poderia deixar de ser, o bicampeão mandou uma mensagem de apoio para a família nesse momento tão complicado.

A Fundação Circuito e Museu Fernando Alonso, por sua vez, informou que todas as medidas de segurança haviam sido adotadas para a realização da prova. Gonzalo Basurto corria de kart há dois naos e estava se preparando para o campeonato das Astúrias.

Foto: Reprodução
Na semana passada, durante a sexta etapa da F4 britânica em Donington, o jovem Billy Monger (17 anos) seguia o traçado da pista até adotar o lado de fora do traçado. Como o clima estava nublado e não dava para ver muita coisa, Billy e a transmissão (que acompanhava em onboard o piloto) foram surpreendidos quando o carro colidiu frontalmente com a traseira do bólido do finlandês Patrik Pasma, que estava parado.

Com a corrida paralisada, Pasma foi levado para o hospital. O caso de Billy foi mais grave: ele ficou preso nas ferragens por 90 minutos antes de ser removido. Diante do impacto frontal em alta velocidade na traseira do outro carro, Billy teve sérias lesões nas pernas, que foram amputadas. Ele chegou a ficar em coma, mas já saiu desse estado, que continua crítico.

Diante da repercussão nas redes sociais, foi organizada uma vaquinha para ajudá-lo. A meta era atingir a marca de 260 mil libras (R$ 1 milhão), que foi dobrada em dois dias de duração, com mais de 12 mil doações, entre elas de pilotos da F1 como Max Verstappen, Felipe Massa, Jenson Button e Lewis Hamilton. Ontem, o jovem Billy agradeceu o envolvimento de todos na sua recuperação.


Diante de acontecimentos sempre tão arrasadores, a conclusão que precisa ficar clara para as pessoas é que: por mais que os carros e os equipamentos fiquem mais modernos e tecnológicos e seja possível diminuir os riscos de danos a saúde dos pilotos, mecânicos e comissários, o fator risco no automobilismo nunca deixará de existir, em qualquer categoria que exista. Os carros são cada vez mais rápidos e acelerar 200 km/h sempre vai ser perigoso.

O que não pode é negligenciar e não oferecer condições de segurança para os profissionais do esporte a motor. Para isso, os autódromos precisam estar bem estruturados e as autoridades cientes das medidas que devem tomar para sempre visar a saúde dos envolvidos.

Sim, mesmo que todas essas medidas sejam tomadas, o risco e o perigo sempre estarão do lado do piloto a cada curva e disputa de posição. Isso é automobilismo, e quem entra nesse universo sabe perfeitamente os riscos disso. Afinal, isso não é para pessoas meramente normais, e os pilotos mostram o porque de tanta adrenalina e fascínio que os carros proporcionam nas pessoas.

Até!



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