terça-feira, 25 de abril de 2017

PRIMEIROS PASSOS

Foto: Reprodução
Fernando Alonso passou alguns dias nos Estados Unidos para se ambientar ao clima da Fórmula Indy. Ontem, ele visitou a fábrica da Andretti para fazer o molde do banco do carro onde irá correr na Indy 500.

Nesse período de pouco mais de um mês antes da corrida, o espanhol terá como "tutor" para conhecimento da categoria o brasileiro Gil de Ferran (embaixador da Honda), bicampeão da Champ Car em 2000 e 2001 e vencedor das 500 Milhas em 2003. Além disso, Alonso conheceu Michael Andretti, o dono da equipe que não vence uma prova desde as 500 Milhas do ano passado, vencida pelo ex-F1 Alexander Rossi.

Foto: Reprodução
No final de semana, a Fênix marcou presença no GP de Alabama, vencido por Josef Newgarden, da Ganassi. Coincidência ou não, foi a primeira corrida da temporada que um motor Honda não venceu na categoria. Muito animado, Alonso deixou claro que seu objetivo é conquistar a "tríplice coroa do automobilismo", pensava na possibilidade de disputar a prova "há quatro ou cinco anos" e que não pensa em abandonar a F1.

O acordo Honda, Andretti, Alonso e McLaren será vantajoso para todos, tanto em termos financeiros quanto em exposição de marca para o mundo todo, atraindo mais fãs para a Indy 500, que terá audiência mais monstruosa ainda, tudo para ver como o bicampeão se sairá em tal empreitada. É preciso deixar uma coisa bem claro: é muito difícil que Alonso consiga vencer. Se para um rookie já é raro, imagina para quem sequer correu na categoria até agora. Além do mais, uma vitória logo de cara (e, portanto, histórica) do Espanhol poderia acirrar ainda mais o preconceito de muitos fãs da F1 que desdenham da Indy, onde "lá qualquer um da F1 ganha". Se Alonso enfrentar dificuldades, o que é natural que aconteça, os fãs da Indy poderão responder que aqui não é bagunça, e realmente não é.

Toda essa ação de marketing e financeira também mostra como Honda e McLaren desejam contar com Alonso por mais algum tempo. Com o contrato expirando no fim do ano e sem paciência com o pífio desenvolvimento (ou falta de) da unidade híbrida japonesa, é natural que o bicampeão reconsidere opções para o próximo ano.

O problema é que as principais equipes estarão de portas fechadas, por incrível que pareça. Resta a eterna Renault. O ano só começa quando sai na mídia o interesse dos franceses em contar com seu campeão em mais uma passagem. Dizem que a proposta é forte e a promessa é de disputar o título em 2019. Alonso já esperou demais e não tem mais tempo para perder, também fruto de suas péssimas escolhas na carreira. Nunca é tarde para acertar alguma vez ou continuar errando de forma definitiva...

Caso não haja o espaço que Don Alonso necessite na F1, ele seguirá em busca da tríplice coroa, seja correndo na Indy 500 outra vez e/ou em Le Mans. Ele quer fazer história, mais do que já fez. Esse é o verdadeiro desafio de um piloto. Que a atitude de Alonso seja o início de uma nova era no automobilismo: que os pilotos eventualmente saiam de sua zona de conforto e participem de outras categorias que desejarem, nem que seja por uma única vez. Os fãs e a indústria agradecem.

Será que a Fênix vai levantar a taça? Foto: Reprodução
Até!

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