quarta-feira, 8 de março de 2017

BARCELONA, DIA 5 - RESISTÊNCIA

Foto: MotorSport

Se na semana passada a Williams foi centro das atenções de forma negativa pelos acidentes de Stroll, dessa vez a equipe de Glove está no noticiário pelo ótimo e surpreendente dia de Felipe Massa a bordo do FW40. O brasileiro não só fez a melhor volta do dia (1:19.726) usando os pneus supermacios como também andou incríveis 168 voltas, cerca de 2,5 GPs da Espanha, mesmo número de voltas da Ferrari de Vettel (terceiro, 1:19.906, com pneu macio), que manteve a boa impressão da semana passada. Entre eles, Daniel Ricciardo, apenas seis milésimos mais rápido que o ex-companheiro de equipe, mas com os pneus ultramacios (roxos). Aos poucos, a Red Bull também mostra o seu jogo.

A Mercedes ficou em quarto e quinto, ainda sem se preocupar em ser rápida. Hamilton andou apenas 49 voltas pela manhã, pois teve que substituir o assoalho do carro. Mesmo assim, ficou à frente de Bottas, que andou 86 voltas na parte da tarde (1:20.456 e 1:20.924, respectivamente). O inglês vem de uma série de declarações fortes para a imprensa: primeiro, disse que a Mercedes não era a favorita, e sim a Ferrari. Ontem, afirmou para todos "ficarem de olho na Williams que eles têm muito potencial". Massa, por outro lado, manteve os pés no chão e respondeu: "A Mercedes segue muito à frente das demais". É nesse jogo de despiste e ilusões que as equipes tentam enganar umas as outras.

Foto: Getty Images
Outra equipe que andou muito bem foi a Force India. Esteban Ocon acumulou ótimas 142 voltas, ficando em sexto. Outra coisa que deu para perceber nos treinos serão a dificuldades do carro em ultrapassar. Massa prevê corridas com menos trocas de posições. Ele virava cerca de um segundo e meio mais rápido que a Sauber e não conseguiu se livrar do carro azul. Seguir muito de perto o carro gera perda de pressão aerodinâmica. Isso, aliado a pistas travadas, irão gerar corridas monótonas e modorrentas, iguais as dos anos 2000, quando praticamente só existiam ultrapassagens nas estratégias dos boxes.

Haas e Toro Rosso conseguiram rodar boa quilometragem, mas os tempos não foram tão satisfatórias. Diante das dificuldades que enfrentam, o potencial de seus carros ainda são uma incógnita. Magnussen foi o oitavo (1:21.676, 81 voltas) e Kvyat o nono (1:21.743, 83 voltas).

As equipes de fábrica seguem sofrendo: A Renault de Palmer andou apenas 17 voltas e ficou em último na parte da manhã pois o motor do RS17 teve que ser trocado após falhas nos sensores do carro. De tarde, com o ótimo Hulkenberg e com o carro sem problemas, Nico foi o sétimo, com 1:21.589.

Foto: Motorsport
Na rabeira, a Sauber faz o que pode, com um carro de 2016 adaptado para 2017. Wehrlein fez 1:23.336 e Ericsson 1:23.630. Juntos, completaram 100 voltas, sendo 53 para o sueco e 47 para o alemão, que finalmente estreou pela nova equipe.

A McLaren segue com problemas. Aliás, é um pleonasmo. Mais um motor nipônico, o quinto em cinco dias, teve problema após uma falha elétrica. Com o carro recuperado para a parte da tarde, Vandoorne foi o décimo (1:22.537), com 80 voltas. Mais uma vez, os japoneses e Eric Boullier trataram de se explicar para a imprensa. É nítido a irritação da McLaren com a Honda. O futuro da parceria é um grande mistério. Mais uma vez, o motor japonês é frágil, repleto de problemas e sem confiabilidade, o pior entre as quatro fornecedoras de unidade híbrida da F1. O retorno da Honda foi anunciado em 2013. Foram quase dois anos para desenvolver um bom trabalho e, por teimosia dos asiáticos em não trabalharem em conjunto com o pessoal de Woking, a McLaren demorou muito tempo para melhorar minimamente. Agora, parece que a situação continua ruim. A última boa temporada do time de Woking foi em 2012. Até quando a McLaren irá continuar no fundo do grid? "Acabou a pas"

Confira a classificação do quinto dia de testes da pré-temporada em Barcelona, na Espanha. Prometo postar o sexto dia o mais rápido possível.


Até!

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