sexta-feira, 7 de agosto de 2015

ANÁLISE DA PRIMEIRA METADE DA TEMPORADA

Foto: MotorSport

Fórmula 1 de férias e eu ainda tenho um tempinho para escrever nesse início trepidante de semestre algumas linhas de análise sobre a metade da temporada da F1, que mostrou a manutenção da supremacia da Mercedes, o crescimento da Ferrari com a chegada de Vettel (e 2 vitórias no ano, para delírio dos tifosi), a crise entre Red Bull e Renault e a iminente compra da Lotus pelos franceses, as primeiras corridas de Nasr e a briga de Massa pelas primeiras posições, entre outros. Vamos lá:

Foto: EFE/Diego Azubel
As primeiras provas tiveram sempre os mesmos pilotos no pódio: Hamilton, Rosberg e Vettel. Na Austrália, uma corrida atípica: Magnussen, que substituía Alonso, e Kvyat estouraram o motor no warm-up e sequer largaram. Um acidente na primeira curva proporcionou ao estreante Felipe Nasr e sua duvidosa Sauber a alcançarem um histórico quinto lugar! Mercedes na frente, a Ferrari crescendo e sonhando em incomodar. Williams como terceira força e a Red Bull estagnada com o problemático motor Renault. Por favor em problema, a unidade de potência da Honda segue atormentando a McLaren.

Foto: Getty Images

Mais cedo do que se poderia imaginar. Vettel venceu com a Ferrari logo na Malásia e quebrou um jejum pessoal e da equipe - Ambos não ganhavam desde 2013. Vitória construída na estratégia da Ferrari e numa tarde infeliz da Mercedes. Enfim, o recado para os Alemães foi dado: Qualquer vacilo e os Italianos estarão prontos para dar o bote.

Nas provas seguintes, a Mercedes manteve seu domínio, frustrando os tifosi. Principalmente Lewis Hamilton. Vitórias fáceis, dominantes. Rosberg não conseguia seguir o ritmo do britânico. Parecia já ser uma presa abatida e o tri de Lewis uma questão de tempo. Até chegar às voltas finais de Mônaco.

Foto: MotorSport
Vale destacar os novatos da Toro Rosso, Verstappen e Sainz Jr. O holandês de 17 anos tem mais mídia por trás, é filho de Jos Verstappen. Mais arrojado e polêmico, fez grandes ultrapassagens, acidentes e declarações de impacto para a imprensa. O Espanhol, meio "segundão" na equipe satélite da Red Bull, pareceu mais consistente até as útlimas corridas quando foi superado, mas sem tanto brilhantismo - Tanto para o bem quanto para o "mal".

Felipe Nasr, enquanto teve carro, aproveitou as chances. Pontuou bastante. Errou pouco (apenas no acidente do treino livre do Canadá). Na Lotus, Maldonado sempre errando muito e depois conseguindo alguns pontos. Crise financeira fez o pessoal de Enstone perder terreno. Grosjean, constante. Fazia uma temporada impecável até se envolver em um toque bobo com uma Manor no Canadá, quando estava em 5°. Depois, perdeu rendimento, como toda a Lotus.

Nas Williams, Bottas sempre constante, aproveitando as oportunidades, mas nunca brilhante. Felipe Massa teve o melhor começo no campeonato dos últimos anos - Não pontuou somente em Mônaco e Hungria, e ainda não abandonou na temporada. Entretanto, alguns problemas o deixam 3 pontos atrás do finlandês na tabela.

Voltando para Mônaco, Hamilton estava com a vitória nas mãos, até que o Safety Car provocado por Verstappen enfileirou os ponteiros. Com medo do desgaste de pneus, foi para os boxes. Rosberg e Vettel não foram, e voltaram à frente. Hamilton não conseguiu ultrapassá-los, e uma vitória que era certa virou frustração ao cair no colo de Rosberg. Aí as coisas começaram a equilibrar.

Rosberg cresceu de produção e conseguiu mais 1 vitória (já havia vencido com autoridade na Espanha), na Áustria e Hamilton sentiu. A vantagem foi caindo e a corrida da Hungria poderia ter mudado tudo, mas no fim das contas Hamilton aumentou a diferença de pontos para Nico (21).

Foto: Getty Images
Considerações finais: Hamilton continua o grande favorito para ser tri. Entretanto, se a Mercedes vacilar, Vettel vai ganhar. Rosberg precisa ser mais combativo e agressivo, aliando com sua "frieza" e pragmatismo. Raikkonen caminha para a aposentadoria. Em Monza o novo companheiro do Alemão será anunciado - Bottas? Hulk? Ricciardo? - Williams, sem "ousadia" da equipe, não vai ganhar nada, só alguns pódios e olhe lá. Red Bull depende de um motor decente para brigar lá em cima; Do contrário, só serão competitivos em circuitos travados. Lotus e Force India são incógnitas. Endividados, nem sabemos se continuarão. Toro Rosso fazendo um bom trabalho nessa temporada com os novatos. Sauber, com poucos recursos, tem que investir bem nas melhorias aerodinâmicas da segunda metade e pontuar o máximo possível. McLaren Honda, uma eterna indefinição - Que não se enganem com Hungaroring; Todos esperam evolução do motor para o ano que vem. A informação do momento é que Vandoorne, futuro campeão da GP2, seja companheiro de Alonso em 2016, decretando a aposentadoria de Jenson Button. E as Manors... Bom, só de estar ali já é razoável, espero que consigam ser minimamente competitivos nos próximos anos - Se sobreviverem.

É isso galera, até mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, esse é o espaço em que você pode comentar, sugerir e criticar, desde que seja construtivo. O espaço é aberto, mas mensagens ofensivas para outros comentaristas ou para o autor não serão toleradas.