quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

ANÁLISE DA TEMPORADA 2016 - Parte 2

Foto: Bleacher Report
Oi, galera! Tá saindo da jaula a parte dois e final da análise da temporada 2016 da F1. Sim, cometi um equívoco: escrevi que iria seguir a ordem da classificação desse ano dos construtores, mas estava tão ansioso para escrever sobre o Kvyat que coloquei a Toro Rosso na frente. Desculpem!

Agora, a parte dois, com a McLaren como primeira equipe a ser analisada:

FERNANDO ALONSO - O acidente cinematográfico logo na etapa inaugural, na Austrália, parecia que seria um sinal de que 2016 seria igual ou pior que 2015. Não. A McLaren evoluiu e Alonso, quando teve oportunidade, não desperdiçou. Destaque para a atuação no GP dos Estados Unidos, onde passou Sainz e Massa no final com muito arrojo e polêmica. Fica a dúvida para o ano que vem: a equipe de Woking vai evoluir a ponto de brigar por pódios ou Alonso provavelmente terá uma despedida melancólica da F1? Para quem era considerado o "novo Schumacher"... NOTA = 7,0

JENSON BUTTON - Muitos consideram que Button poderia ter se aposentado antes. Seu desempenho não era empolgante, e nesse ano ele foi batido pelo companheiro de equipe espanhol. Sem muita paciência para andar no fim, Jenson foi "aposentado" em detrimento de Vandoorne e, embora negue, pode voltar em 2018 para o lugar de Alonso. Sem o "milagre" de 2009 e a grande temporada de 2011, que Jenson curta a aposentadoria para ser feliz. NOTA = 6,5

Foto: F1
ROMAIN GROSJEAN - Seu início surpreendente e espetacular no início da temporada animou a todos. A Haas começou fazendo muito mais do que se imaginava. Entretanto, as dificuldades apareceram. Normal. Romain e Haas sumiram durante a temporada, com muitos problemas e desempenhos ruins. Nada mal para quem não está acostumado com o modus operandi da F1, categoria europeia, muito diferente do modo como as categorias estadunidenses são conduzidas. Com passos sóbrios e pequenos, a Haas pode evoluir nos próximos anos, contando com a ajuda da Ferrari. E Romain pode ir para a equipe italiana, por quê não? NOTA = 7,0

ESTEBAN GUTIÉRREZ - Inacreditável Guti retornar a F1. Seu dinheiro não compensa. Desempenho ridículo, muitos xiliques e choros. Nem parece que foi campeão da GP3. Em três temporadas na F1, só chegou no top 10 uma vez. É também ridículo como ele provavelmente permanecerá na categoria, graças ao seu dinheiro mexicano. NOTA = 3,0

Foto: F1 Fanatic
KEVIN MAGNUSSEN - Todo mundo sabia que a Lotus 2015 travestida de Renault iria sofrer na temporada, mas não tanto. Kevin, piloto muito conceituado pelo histórico vencedor na base, não conseguiu ser o líder que os franceses tanto esperavam, embora seja difícil cobrá-lo muita coisa. Em muitos treinos, foi superado pelo fraco Palmer, e também se envolveu em acidentes. Terá sua última chance na Haas, por duas temporadas. Lá, terá um francês duro de vencer. Será uma boa briga. NOTA = 6,0

JOLYON PALMER - Campeão da GP2, também não pode ficar na F1. Ou talvez na Manor, no máximo. Acidentes incríveis e desempenho sofrível, mesmo no bólido horrível da Renault. Tirou a sorte grande no ano que vem ao permanecer na equipe, mas será dominado por Hulk. NOTA = 4,0

Foto: GP Update
FELIPE NASR - Inexplicavelmente dominado por Ericsson durante o ano. Não sei se a equipe o sabotou desde o início (afinal, os suecos da Tetrapak compraram a equipe de Peter), mas seus desempenhos foram sofríveis na maior parte do ano, e isso pegou mal no circo da F1. A responsabilidade não pode ser totalmente dele. Entretanto, o mundo cruel da F1 exige muito dinheiro, que Nasr não tem, e isso provavelmente irá custar sua vaga na equipe e até mesmo na Manor. Os dois pontos conquistados no Brasil tem um peso importante na análise. Se não fosse isso, a Sauber ficaria em último lugar nos construtores. NOTA = 6,0

MARCUS ERICSSON - Piloto que não mostrou muitos atributos mas dominou o companheiro de equipe em largadas e chegadas de posições. Entretanto, na hora importante,  no diferencial, acabou não conseguindo entregar aquilo que a Sauber exige, por isso é menos piloto que Nasr. Ericsson foi aquele time que teve 80% de posse de bola, mas aos 45 do 2° tempo sofreu um contra-ataque, levou o gol e perdeu o jogo. Mas seu cargo segue prestigiado para os próximos anos! NOTA = 6,0

Foto: Getty Images
PASCAL WEHRLEIN - O provável novo "injustiçado" da F1 impressionou. Conseguiu ir para o Q2 cinco vezes e conseguiu um pontinho heroico na Áustria. Mesmo assim, perdeu algumas classificações para Haryanto e a coisa ficou mais equilibrada com a chegada de Ocon, e isso talvez tenha pesado contra o talentoso alemão. Ao ser preterido pelo francês na Mercedes para a Force India e, ao que tudo indica, na equipe-mãe, o psicológico do garoto precisa ser trabalhado. Lidar com duas frustrações em tão pouco tempo pode afetar seu desempenho. Seu prêmio de consolação deve ser a Sauber para 2017. Não sei se isso é bom. NOTA = 6,5


Ocon, Haryanto e Vandoorne não completaram 90% das corridas. Portanto, fica difícil fazer qualquer análise a respeito. Prefiro ver mais o francês e o belga em ação no ano que vem para opinar.

E essa foi a análise da temporada 2016 da F1. Gostaram? Concordam? Enfim, até o próximo post.

Caso não volte, desejo a todos um Feliz Natal e um ótimo 2017!

Até!

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