sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O FUTURO DOS NOVATOS - Parte 1

Foto: Red Bull/Getty Images
Com a Fórmula 1 de férias, blog traça um exercício de futurologia para tentar desvendar o destino dos pilotos para a próxima temporada. Hoje, começaremos com os pilotos jovens: Estreantes, de pouca idade que estão e não estão na F1, além da análise do desempenho deles até aqui nessa primeira parte do ano.

Considerando que Max Verstappen já está com o futuro garantido na Red Bull pelos próximos dois ou três anos, vamos seguir a lista com quem está com o futuro indefinido:


P.S: O texto foi finalizado antes do anúncio de Ocon no lugar de Haryanto na Manor. Vamos lá!


Foto: XP8 Images
VALTTERI BOTTAS:  Com 26 anos e rumo à quarta temporada completa na F1 (sem contar 2012, quando andou bastante com o carro de Bruno Senna nos Treinos Livres), o finlandês já esteve com melhor fama no paddock. Para muitos, era a bola da vez para ir à Ferrari substituir Raikkonen no ano passado. Prestes a derrotar seu companheiro de equipe pela terceira vez, está “invicto” na carreira nesse quesito (também derrotou Maldonado em sua estreia, na temporada de 2013). Sua queda de desempenho é fruto da decadência da Williams, que piorou nos últimos anos ao não conseguir melhorar a aerodinâmica do carro, sendo refém do ótimo motor Mercedes. O futuro do bom (mas nada espetacular) piloto finlandês é a provável renovação com a escuderia de Woking e formar parceria com o eterno Jenson Button. Por outro lado, surge a especulação de que teria recebido uma proposta da Renault para o ano que vem. Sendo uma equipe de fábrica, o melhor para Bottas seria rumar para a equipe francesa, se essa proposta de fato existir, pois eles possuem mais recursos e, portanto, condições de se desenvolver em relação ao time do simpático Frank e sua filha chefe Claire Williams.

FOTO: NDTV Sports
SÉRGIO PÉREZ:  O mexicano de 26 anos já esteve com a batata muito assada no paddock após a mal sucedida passagem na McLaren, em 2013 (não por culpa dele). Ainda assim, recebeu um voto de confiança e rumou para a Force India no ano seguinte. Enquanto muitos achavam que seria trucidado por Hulkenberg, Checo provou do que é capaz, voltando aos velhos tempos de Sauber, quando chamou a atenção de todos. Embora tenha sido derrotado na primeira temporada, a sua evolução é nítida.  Com quatro pódios em três anos, Pérez conseguiu levar a Force India a feitos incríveis. Parece estar no seu melhor momento na carreira, depois dos terceiros lugares em Mônaco e Baku, onde chegou a fazer o segundo tempo na classificação, mas largou em sétimo por causa de uma troca de câmbio. Suas atuações foram muito elogiadas e foi o “bola da vez” de 2016 para ir à Ferrari. A nova renovação de Kimi frustrou os planos de Checo, ex-membro da academia de pilotos da Ferrari. Apesar de Vijay Mallya confirmar a manutenção do mexicano para o ano que vem, Pérez diz que seu futuro é incerto. Williams e Renault estão de olho no seu talento. Como escrevi para Bottas, a oportunidade de crescer em uma equipe de fábrica é tentadora. Aliás, essa seria uma dupla muito interessante para os franceses: Dois pilotos regulares, em busca da primeira vitória na carreira e com bastante tempo de carreira para tentar levar a Renault ao topo no longo-prazo.

Foto: XP8 Sports

CARLOS SAINZ JR: Talvez com o futuro mais “tranquilo” em relação aos jovens listados nesse texto. Depois de ser batido por Max Verstappen no ano passado na Toro Rosso, conseguiu melhorar seu desempenho nessa temporada. É verdade que o bólido evoluiu e o espanhol sofreu (e ainda sofre) com problemas técnicos provenientes do antigo motor Renault e do defasado da Ferrari do ano passado. Com a saída de Max, passou a ter seu trabalho mais percebido pelo paddock, ainda mais quando passou a bater de forma constante o apático Kvyat. Tal desempenho chegou a chamar a atenção de Ferrari e Renault, e os taurinos trataram de renovar contrato com o espanhol, que deve seguir na equipe filial por, no mínimo, mais dois anos. É um bom piloto, mas dependerá de acontecimentos externos para que, um dia, possa ascender a equipe-mãe Red Bull.

Foto: The Telegraph

DANIIL KVYAT: Ao contrário de seu companheiro de equipe, seu futuro é negro na categoria. Talvez nem termine a temporada. Com dois pódios na Red Bull em duas temporadas, foi  do céu (2° lugar na China) ao inferno (quando bateu duas vezes em Vettel e foi rebaixado por Helmut Marko). O russo admitiu que perdeu o prazer de pilotar depois desse episódio, e seus resultados (ou a falta de) comprovam. A sombra de Pierre Gasly está lhe atormentando no presente e no futuro. Kvyat está deprimido e depressivo (redundância desnecessária mas achei de bom tom reafirmar). Se não sair do fundo do poço, seu futuro na F1 estará acabado aos 22 anos de idade e se juntará ao “Hall de Chutados da Red Bull” junto com Buemi, Klien, Bourdais, Alguersuari (esse inclusive já se aposentou, com 24) e Vergne. Reage, Kvyat!

Foto: XP8 Images

KEVIN MAGNUSSEN: Também com futuro incerto. Diante de uma Lotus 2015 travestida de Renault, marcou apenas seis pontos.  Apesar de sofrer com as limitações do carro, muita gente pensa que o dinamarquês é capaz de fazer mais. Mesmo jovem, teoricamente é o “líder” da equipe nesse ano. Com experiência na McLaren, anda errando demais, principalmente nos qualyfings (batido em algumas ocasiões por Palmer) e nas corridas (acidentes que causam punições). Com um carro ruim, será difícil fazer mais do que está fazendo, mas ainda é pouco para a grandiosidade que a Renault deseja nesse retorno à F1. Lembrando que ele substituiu Maldonado de última hora. Sendo realista, dificilmente o dinamarquês permanecerá na F1. No máximo, talvez como um segundo piloto, mas não como protagonista de uma equipe grande e com grande capacidade de investimento.

Por enquanto é só pessoal. A Parte 2 sairá em breve! Até mais!


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