sábado, 20 de agosto de 2016

O FUTURO DOS VETERANOS

Foto: F1 Fanatic
3 títulos mundiais, 5 vice-campeonatos e 3 terceiros lugares. 803 GPs disputados. 58 vitórias, 188 pódios, 46 pole positions, 44 voltas mais rápidas e 4142 pontos. Esse é o currículo de Jenson Button, Fernando Alonso e Felipe Massa juntos. Os três serão o tema do post de hoje. Depois de analisarmos o futuro dos jovens pilotos, agora é hora de projetar o que virá pela frente na carreira desses três dinossauros da F1. Desconsiderando Raikkonen, de contrato renovado com a Ferrari para o ano que vem, são os três pilotos mais experientes do grid, em idade, bagagem e tempo de carreira (obviamente) na categoria. Sem mais delongas, vamos começar com quem chegou lá primeiro:

Foto: National Turk
JENSON BUTTON – Voltamos ao longínquo ano 2000. O jovem Jenson havia recém estreado na Fórmula 3 britânica, onde foi o 3° colocado na classificação e venceu duas vezes. Recebeu o prêmio de piloto revelação da McLaren. Foi alçado para a titularidade da Williams após vencer uma espécie de qualificatória promovida por Frank Williams com o brasileiro Bruno Junqueira, da Fórmula 3000. Enfim, 16 anos depois, Button conquistou um até então inesperado título mundial pela também surpreendente Brawn GP. Depois, transferiu para a McLaren e deu trabalho para Hamilton (o venceu em 2011). Enfim, diante das dificuldades da Honda e da idade, muita gente quer aposentar Button. Entendem que é preciso alguém jovem e motivado na McLaren. É verdade que Button, assim como todo mundo, reclamou da equipe britânica nos últimos tempos. Como piloto campeão e experiente, é difícil “largar o osso”, e ainda tem muito mercado nas equipes inglesas. É tratado como uma estrela pela mídia britânica. Diante da falta de condições de conseguir algo além do que pontuar com certa frequência pela McLaren, é difícil dizer o que prenderia Button na F1. Superar o recorde de 326 GPs de Rubens Barrichello e o dinheiro? Certamente. Por isso, no meu achismo, ele deverá retornar a Williams para encerrar a carreira onde tudo começou, em no máximo duas temporadas. Claire já demonstrou interesse, e isso abriria espaço para que Vandoorne finalmente estreasse pela McLaren no ano que vem, seria bom para quase todos, menos Massa.

Foto: Motorsport
FERNANDO ALONSO – Desde sempre assessorado por Flávio Briatore, estreou na Minardi em 2001. No ano seguinte, ficou como piloto de testes da Renault, sendo efetivado na temporada seguinte, onde venceu pela primeira vez na carreira, tornando-se o piloto mais jovem a realizar tal feito. O resto da história todo mundo conhece: O bicampeonato em 2005 e 2006, a transferência para a McLaren em 2007 e a briga de foice no escuro com Hamilton e Ron Dennis, o retorno à Renault em duas temporadas apagadas (excetuando a falcatrua da vitória de Cingapura/2008). O espanhol, pelo seu estilo bélico, tomou muitas decisões erradas na carreira, o que certamente impediu de conquistar mais títulos e se tornar o “novo Schumacher”. Isso e também um certo Sebastian Vettel. Depois de cinco anos na Ferrari e três vices, o surpreendente retorno a McLaren, onde era persona non grata. Ninguém esperava um retorno pífio da Honda. Esse ano,  ao menos, melhoraram um pouco, mas o motor ainda está abaixo de Mercedes, Ferrari e até Renault. Alonso é sempre polêmico. Mesmo nessa fase “paz e amor”, onde relembra a carreira e diz não se importar com a ausência do tricampeonato, qualquer frase do samurai espanhol ganha um contorno especial. Sempre envolvido em especulações malucas na Mercedes e o eterno retorno a Renault (seria Alonso um Nilmar da equipe francesa?). Pode (e deve) seguir na McLaren, voltar à Renault, tirar um ano sabático ou até se aposentar. Alonso é (ou era, não sei) considerado o melhor piloto do grid, em uma clara crítica a Vettel e suas vitórias com o “foguete” Red Bull. Parece ter perdido esse posto para Hamilton. Entretanto, é difícil saber se o veterano de 35 anos teve uma decaída. O carro da McLaren não permite que se faça essa avaliação. Alonso deve ficar na McLaren, apostando em uma ascensão da equipe de Woking para o ano que vem, quando muda o regulamento. É a última chance de tentar brigar pelo tri. Do contrário, deve se aposentar em breve. A fênix é uma das maiores personagens da história da F1, para o bem e para o mal.

Foto: Getty Images
FELIPE MASSA – O mais “moço” em tempo de carreira dentre os três: Estreia em 2002 na Sauber (Confere AQUI a Saga da Sauber, desde o início!). Em 2003, ficou parado como piloto de testes da Ferrari. Retorna a equipe suíça em 2004 e 2005, promovido a Ferrari em 2006 para substituir Barrichello. Com vitórias e boas atuações, disputou títulos com Raikkonen e Hamilton. Foi o “campeão dos 28 segundos”.  Na melhor forma da carreira, a molada que quase o matou. Depois da recuperação, um “faster than you” que, coincidência ou não, acabou com a autoestima e desempenho do brasileiro na Ferrari, que ficou muitos anos “sustentado” em razão do tempo de casa e dos serviços prestados. Sai em 2014 e consegue uma boa vaga na Williams em um novo contexto da F1, com novas regras. A equipe de Woking voltava a ser competitiva. Fez pole na Áustria, se envolveu em muitos acidentes, conquistou bons pódios. Foi superado por Bottas e a irregularidade da carreira ficou evidente nessa fase final de sua trajetória na F1. Nos últimos dois anos, com o decréscimo de qualidade da Williams, Massa também caiu, mas suas atuações também foram horríveis. O piloto que reagia no segundo semestre virou o piloto que começa bem o primeiro e não consegue se manter. Apenas a experiência pode manter Felipe Massa na F1 em 2017, em virtude da mudança de regulamento, que necessita de pilotos rodados para passar o feedback adequado aos engenheiros. Certamente não será na Williams. Nicolas Todt certamente está trabalhando nos bastidores para encontrar uma boa vaga na F1. Diante do mercado, sobraram Haas e Renault. Teoricamente, baseado nas notícias que lemos, é complicado. Todavia, o universo da F1 não reflete o que a imprensa julga saber. Caso não consiga permanecer na F1, Massa já declarou que gostaria de ir pra WEC ou Fórmula E. A Stock sempre é uma opção... E a Indy, por que não? Enfim, torço para estar errado, mas Massa está caminhando para seus últimos momentos na F1. Tomara que eu erre (sentimentos patrióticos exalando).

Então é isso, você concorda, discorda? Deixe seu comentário! Semana que vem a F1 está voltando... Pena que as Olimpíadas estão chegando ao fim L
Até!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, esse é o espaço em que você pode comentar, sugerir e criticar, desde que seja construtivo. O espaço é aberto, mas mensagens ofensivas para outros comentaristas ou para o autor não serão toleradas.