terça-feira, 22 de dezembro de 2015

ANÁLISE DA TEMPORADA 2015 - Parte 3

Semana de Natal, já gostaria de desejar a todos um ótimo Natal com muita alegria, felicidade e amor.
Bom, tá na hora de terminar isso aqui, quase um mês depois do fim do campeonato. Vou analisar as equipes restantes (Sauber, McLaren e Manor) e a estreante Haas. Vamos lá!

Foto: FOX Sports
SAUBER F1 TEAM - Felipe Nasr (13°colocado) e Marcus Ericsson (18°colocado) - Nota = 6,5
Depois de um 2014 desastroso, onde zeraram na temporada e terminaram somente à frente da finada Caterham, a Sauber evoluiu, até porque era impossível ficar pior. A contratação de Ericsson, com experiência de um ano na Caterham e Felipe Nasr, então vice-campeão da GP2, contribuiu para o desenvolvimento da equipe tanto no sentido técnico quanto no financeiro. Os suíços aproveitaram o começo cambaleante das concorrentes Lotus, Toro Rosso e Force India para acumular muitos pontos (principalmente Nasr). Todavia, sem recursos, começou a ser alcançada e ficou bem para atrás no fim da temporada, brigando com a McLaren pelo posto de 9° melhor carro da F1. Com passos lentos porém firmes e sóbrios, a Sauber pode almejar um 6° ou 7° lugar para o ano que vem. Os dois pilotos estão mantidos.

FELIPE NASR = Nota 7,5 - Um começo arrebatador. Melhor brasileiro da história a estrear na F1, com um empolgante quinto lugar na Austrália. Despertou muita animação da imprensa e torcedores. Nasr errou pouco na temporada. Sempre foi consistente e com frequência ficou a frente de Ericsson. Entretanto, passou a temporada inteira com problemas nos freios, que eram impossíveis de serem resolvidos. Precisa melhorar nas classificações (foi superado pelo Sueco) e chegou a andar atrás de Ericsson nas corridas europeias. Não foi superado graças a gordura acumulada nos vários pontos que conquistou com o 5° lugar da Austrália e o sexto na Rússia. No fim das contas, foi um bom ano de estreia.

MARCUS ERICSSON = Nota 6,5 - É claramente inferior a Nasr. Contudo, cresceu na segunda metade do campeonato, mas foi insuficiente para conquistar bons pontos e apenas superou as Manors. Talvez, para os próximos anos, a Sauber precise de outro piloto que consiga aliar habilidade e o fator financeiro. Vamos ver o que o Sueco é capaz de fazer com o C35, em tese superior ao C34 desse ano.

Foto: Getty Images
McLAREN HONDA - Fernando Alonso (17°colocado) e Jenson Button (16°colocado) = Nota 5
Simplesmente ridícula. A Honda teve dois anos para testar o novo motor no carro da McLaren da temporada 2012, mas nada adiantou. Os japoneses recusam trocar informações com a fábrica de Woking, e o resultado é esse. Desde o início do ano, incontáveis problemas, punições, estouros de motor... A McLaren virou chacota, e só restou para Alonso e Button brincarem com a situação no GP Brasil. Pior que isso foram as declarações do Yasuhisa Arai, uma presepada atrás da outra, falando que a McLaren ia evoluir e brigar por vitórias no fim do ano. Digno de risada. Ano após ano, a McLaren está perdendo patrocinadores (Vodafone, Santander e TAG Heuer) e não consegue atrair ninguém. Será que irão ter o mesmo destino da Williams, que se apequenou nos últimos anos? A diferença é que Frank Williams reconheceu e soube trabalhar com humildade para lidar com essa situação. A McLaren de Ron Dennis, ao que parece, não.

FERNANDO ALONSO = Nota 6 - Difícil analisar os pilotos, diante de um carro tão ruim. Alonso foi hospitalizado ainda na pré-temporada depois de um misterioso problema elétrico, em Jerez. Com o MP4-30 inguiável e recheado de problemas, fez apenas 11 pontos no ano, com um quinto lugar na Hungria como melhor marca, Todavia, foi superado por seu companheiro de equipe, fato inédito na carreira (se considerarmos a pontuação, pois tecnicamente Alonso perdeu de Hamilton em 2007 e Tarso Marques em 2001 na tabela de classificação).

JENSON BUTTON = Nota 6,5 - Parecia resignado com os problemas da Honda e em fim de carreira. Porém, novamente teve o contrato renovado para mais uma temporada. Pode ser seu último ano de F1. Sem um bom carro (sensação já vivida na Honda de 2007 e 2008), contou com vários problemas, mas no fim bateu Alonso por quebrar menos. A grande questão é se a Honda vai melhorar a unidade de potência para o ano que vem. Do contrário, a McLaren entrará em apuros (mais ainda, acredite).

Foto: MotorSport
MANOR - Roberto Merhi (19°colocado) e Will Stevens (21°colocado) = Nota 5
A ex-Marussia faliu, mas voltou à F1 aos 45 do 2° tempo, graças a um investidor britânico. Correndo com o motor da Ferrari 2014, apenas figurou no grid. Para o ano que vem, já assinaram com a Mercedes e é grande a expectativa para saber quais serão os pilotos da equipe: Rio Haryanto e Pascal Wehrlein são os favoritos.

ROBERTO MERHI = Nota 5,5 - Com um carro tão ruim e atrasado, é difícil, quase impossível, fazer qualquer avaliação. Superou Will Stevens nos treinos e corrida. Isso é o bastante.

WILL STEVENS = Nota 5 - Foi superado por Merhi. É o bastante.


HAAS F1 TEAM - EXPECTATIVA

Depois de muito tempo, uma equipe estadunidense está de volta à F1. A última havia sido a Lola, nos anos 1980. Com experiência da Nascar e Indy, a Haas não é uma simples aventureira na categoria. Evidentemente que não irão andar na frente de imediato, mas aparentemente estão montando uma boa estrutura de trabalho. Firmaram uma parceria técnica com a Ferrari, que cedeu peças, o túnel de vento e o motor para a montagem do carro, além do piloto de testes, o mexicano Estebán Gutiérrez como titular do time. Será companheiro de Romain Grosjean, que preferiu um novo desafio do que continuar na incerta (hoje finada) Lotus (hoje Renault e não mais incerta, mas não tão competitiva a curto prazo). Com Vergne e Vandoorne no mercado, eu não contrataria Gutiérrez (ou Gutierros, para os mais íntimos). Negócios são negócios, fazer o quê... A Haas começa com um projeto mais seguro que as últimas novatas que entraram na categoria (Hispania, Caterham e Virgin). Eles possuem mais dinheiro e investimento também. Diante de tudo isso, creio que os americanos devem começar de forma tranquila, adquirindo experiência para quem sabe, com o passar dos anos, andar com a turma da frente. O fato de ser uma espécie de equipe B da Ferrari (que antigamente era a Sauber) pode impedir isso. A F1 está ansiosa para ver o que Gene Haas e sua trupe é capaz de fazer na F1 (e quanto tempo vão aguentar na categoria, por que não?)

P.S: Texto da F-E sairá em breve. Quando? Não sei, mas não vai demorar muito.
P.S.2: Amanhã sai o segundo texto da série "textos especiais", não perca! Até!

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