domingo, 29 de março de 2015

PARA CALAR OS CRÍTICOS

Foto: Bild
Emblemática. Sensacional. Espetacular. Vitória à la Schumacher. Vettel mostrou para todos porque é um tetracampeão mundial. Na última madrugada, o Alemão conquistou uma das suas maiores vitórias na carreira e simbolizou o ressurgimento pessoal e a da sua equipe, a Ferrari. Ambos quebraram jejuns: A Ferrari não vencia desde maio de 2013 (GP da Espanha) e Seb desde Novembro do mesmo ano (No Brasil): Jejuns de 33 e 20 provas, respectivamente.

A vitória ferrarista se deveu a três fatores: Primeiro, a competência Italiana, obviamente. A estratégia de duas paradas deu certo. O SF15-T consome menos pneus (fruto do trabalho de James Allison, ex-Lotus) e, com isso, Vettel e Kimi conseguiram andar bastante com menos desgaste. Segundo, essa estratégia só foi concretizada graças ao Safety Car causado pelo Ericsson logo no início da prova, quando o Sueco tentou ultrapassar Verstappen e ficou na brita. Sem isso, talvez a estratégia da Ferrari fosse mais difícil de ser realizada positivamente. Terceiro, o erro da Mercedes. A distância das flechas de prata para as demais é tamanha que pode ser que tenha havido uma "subestimação" de Wolff, Lauda e Cia em relação as possibilidades da Ferrari de Vettel. O 'staff' da Mercedes bateu cabeça e não conseguiu recuperar terreno após Hamilton e Rosberg ficarem distante do "Alemão Italiano". Prova disso foi Hamilton, no fim da corrida, ter optado pelos pneus duros, ao invés dos médios. A Mercedes continua no topo da F1, mas a luz amarela acendeu. A Ferrari, em passos lentos e sóbrios, está chegando.

A corrida foi muito disputada, desde o início. O Safety Car embolou o grid e contribuiu para que as brigas por posição se mantivessem durante toda a prova. Vou destacar as brigas internas: Olhando para a classificação final, vimos, na ordem: Ferrari-Mercedes-Williams-Toro Rosso-Red Bull-Force India. Começando pela Williams: Massa fazia uma boa prova, guiando dentro das suas possibilidades, garantindo o 5° lugar sem sustos. Até que a Williams errou mais uma vez (dessa vez no pit) e o Brasileiro perdeu quase 2 segundos de vantagem para Bottas, que conseguiu sair da "zona da confusão", extraiu o máximo do carro e ultrapassou o Brasileiro na penúltima volta. Na primeira corrida em que ambos participaram, ponto para o Finlandês. Pelo lado da Toro Rosso, Verstappen foi um dos destaques da corrida. Chegando em sétimo, é o mais jovem da história a pontuar. Foi agressivo e ultrapassou muito. Sainz também teve um desempenho satisfatório e chegou em 8°. A ironia do destino: A filial está na frente da matriz. As Toro Rosso terminaram na frente da "titular" Red Bull, com Kyvat em 9° e Ricciardo em 10°, que teve problemas de freio durante a prova.

Outro destaque foi Kimi Raikkonen. Tocado por Felipe Nasr, o que custou um pneu furado logo no final da primeiro giro, o Finlandês teve que guiar uma volta inteira com "3" rodas. Entretanto, beneficiado pelo Safety Car e o ótimo ritmo de seu bólido, o Iceman conseguiu se recuperar e terminou num excelente 4° lugar. O Brasileiro, por sua vez, teve diversos problemas no fim de semana (Foi o que mais fez pit stop: 4 paradas) e não fez uma corrida destacável, terminando em 12°. Nada que desespere. A "histeria coletiva" de Melbourne não pode iludir as pessoas. A Sauber vai pontuar aproveitando as oportunidades que surgirem durante a temporada. Na Malásia, não surgiu. As McLarens seguem seu martírio: Alonso abandonou na 22a volta, enquanto Button durou o dobro.

Foto: Bild
A 40a vitória de Sebastian Vettel (quarto piloto da história a atingir 40 vitórias - Além dele, só Schumi, Prost e Senna) mostra para seus "haters" que ele não ganha só com o melhor carro (Ele venceu com a Toro Rosso, mas a falácia continua...) e diminui a desconfiança de que ele não possa ser o líder da Ferrari, como um outro Alemão... De quebra, voltamos a ouvir a sequência de hinos Italianos e Alemães, tão nostálgica para mim, pessoalmente. Outro dado estatístico: Agora, Seb é o maior vencedor da história do GP da Malásia, com 4 triunfos (2010 ,2011, 2013 e 2015). Agora, Hamilton continua líder, com 43 pontos, três a mais que Vettel e dez a mais que Rosberg. Perguntinhas: Habemus campeonato? O que Alonso deve estar pensando sobre tudo isso? Confira a classificação final da corrida:

Foto: Arte Globoesporte.com
A próxima corrida será o Grande Prêmio da China, nos dias 10, 11 e 12 de abril. Até lá!

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