quarta-feira, 8 de setembro de 2021

DEFINIÇÕES

 

Foto: Reprodução/Williams

Impressionante o efeito dominó da F1 na última semana, assim como exatamente precisa a informação da Race Fans até aqui. Em sete dias, Raikkonen confirmou aposentadoria, Bottas foi anunciado na Alfa Romeo e George Russell finalmente vai para a Mercedes. 

Ontem, talvez sem o mesmo alarde, a Alpha Tauri confirmou as permanências de Pierre Gasly e Yuki Tsunoda para 2022. Não é uma decisão surpreendente. O francês está numa sinuca de bico. Não vai subir outra vez para a Red Bull e ainda não tem espaço nas outras equipes. O jeito é se contentar em andar bem na equipe satélite e esperar uma vaga apetitosa, como a da Alpine, por exemplo. 2022 pode ser o último ano de Alonso. Nunca se sabe... até lá, Gasly na Alpha Tauri é um desperdício para o francês e um ótimo negócio para os italianos.

Tsunoda começou bem mas está oscilando muito, com mais baixos do que altos. Nunca é demais ressaltar que o japonês é muito jovem e foi rapidamente ascendido para a F1, fruto do talento, é claro. Alguns dizem que a ligação com a Honda faz a diferença, mas não vejo por esse lado. Mesmo que Tsunoda ainda não convença, a Red Bull não tem alguém na base pronto, seja com conquistas relevantes ou pontuação suficiente na superlicença. Por ora, Tsunoda está salvo, mas precisa evoluir, até porque ele não briga apenas para tentar subir para a Red Bull, mas sim se manter viável na Alpha Tauri.

O anúncio de hoje foi mais chamativo. A Williams rapidamente escolheu o substituto de Russell e também manteve Latifi por mais uma temporada. Trata-se do retorno de Alexander Albon, o tailandês nascido e criado na Inglaterra. Havia uma guerra política entre a Red Bull e a Mercedes. Os alemães não queriam que alguém da concorrência ocupasse uma vaga da parceira. Alguns dizem que o tailandês deixa a Red Bull mas pode ser chamado de volta a qualquer momento, igual fizeram com Kvyat.

É a chance da redenção para Albon. Mais uma vítima do moedor de talentos, é a chance de ganhar experiência em um lugar compatível com as ambições. A Williams está crescendo em todos os setores e, com o novo regulamento, pode dar mais um grande salto. O adversário de equipe é acessível. Latifi é um paydriver simpático, mas aparentemente permaneceu por méritos próprios. Pontuou em duas corridas com esse carro, mostrando que os feitos de Russell não são tão estridentes, embora grandiosos. Me parece também que é uma gratidão, uma recompensa, algo como: "você nos salvou da falência e roeu o osso, agora toma essa alcatra". 

Com isso, resta praticamente uma vaga para 2022, que é a da Alfa Romeo. Schumacher e Mazepin devem continuar na Haas. Se a Race Fans estiver correta, a vaga suíça já tem dono: Nyck De Vries, outro piloto Mercedes, mostrando definitivamente que a parceria com a Ferrari estaria terminando.

Mudanças importantes e interessantes no grid, assim como manutenções. 2022 é a grande aposta de todos e, certamente, o mercado vai estar mais aquecido ainda no ano que vem, quando as cartas estiverem definitivamente na mesa.

Até!

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