quinta-feira, 22 de agosto de 2019

ANÁLISE PARCIAL DA TEMPORADA - Parte 2

Foto: Racefans

Esta foi a parte um. Em breve, a segunda parte com a análise dos pilotos restantes. Até mais!
Fala, galera! Agora ta na hora da segunda e última parte da análise da temporada 2019 depois de 12 das 21 etapas disputadas. Vamos que vamos:

McLAREN

Foto: Reprodução/McLaren
Carlos Sainz Jr – 8,0: sem dúvidas é o melhor do resto. Pulando de galho em galho, parou na McLaren com o peso de ser o espanhol que substitui Alonso em um carro que colecionava fracassos desde o fim da parceria da Mercedes, a Honda e agora a Renault. Contudo, para a surpresa de todos, o carro é confiável, razoavelmente veloz e bem competitivo. Além disso, Sainz é incrivelmente regular e competente, pontuando quase sempre e aproveitando as oportunidades, tanto é que está relativamente próximo de Gasly mesmo com um equipamento bem inferior. De contrato renovado, corre tranquilo para manter o bom momento pessoal e da equipe para que, talvez ano que vem, seja possível sonhar com coisas maiores.


Lando Norris – 7,5: apesar de ter considerado prematura a subida para a equipe, é inegável afirmar que o inglês faz uma temporada melhor na F1 do que era na F2, talvez porque o hype de todos tenham diminuído ou algo assim. Veloz e razoavelmente consistente, vem conquistando os pontos que pode. Claro que precisa mais de experiência, mas até aqui é um início acima das expectativas diante de um carro que evoluiu para a surpresa de todos, tornando-se quase a quarta força da F1. Um ambiente assim é quase que o ideal para evoluir e amadurecer na categoria.

RACING POINT

Foto: Reprodução
Sérgio Pérez – 6,5: com o carro pior, Pérez não está transformando alguns treinos bons em corridas satisfatórias. Neste ano, parece improvável que consiga aquele pódio anual circunstancial, pois bateu logo no início na Alemanha. No caos, o feitiço virou contra o feiticeiro: está atrás de Stroll na tabela, embora a diferença técnica dos dois não esteja refletida. No limbo da F1, tem o segundo semestre para ao menos se impor internamente na equipe do canadense, mesmo com um carro deficitário.

Lance Stroll – 6,5: não tem nível para estar na F1 mas é aquilo, é o neo Pedro Paulo Diniz. Com dinheiro, é impossível não evoluir minimamente a ponto de ficar menos pior e capitalizar em momentos caóticos. Ao menos tem essa estrela, principalmente em corridas chuvosas. Com o orçamento do papai, não precisa fazer muito para continuar. Não bate, não ultrapassa e apenas sobrevive nas corridas esperando o acaso acontecer. Infelizmente, é o suficiente para ele.


ALFA ROMEO

Foto: Pirelli
Kimi Raikkonen – 7,5: sem a pressão e o glamour das equipes grandes, parece ficar mais a vontade neste novo momento da vida. A agora Alfa Romeo, com a ajuda da Ferrari, vai melhorando, e o experiente finlandês mostra que se não é o cara para brigar por vitórias, pode ser o líder que uma equipe média precisa. Regular e consistente durante quase todas as corridas até aqui. Sua experiência é fundamental para mostrar os caminhos de desenvolvimento da ex-Sauber para que fique de vez no pelotão intermediário.

Antonio Giovinazzi – 5,5: um ano sem guiar os monopostos pode ser cruel, ainda mais quando se tem Kimi Raikkonen no mesmo carro. A verdade é que o italiano não se encontrou ainda. Apenas um ponto. Ritmo ruim e erros recorrentes. A pressão para que saia é grande, ainda mais com o frenesi que envolve Mick Schumacher. Sorte do italiano que Mick parece não estar pronto o suficiente para subir, do contrário já estaria quase fora para o ano que vem. Ainda assim, precisa ser outro piloto nestas últimas nove etapas se quiser continuar na F1.

TORO ROSSO

Foto: Getty Images
Daniil Kvyat – 7,5: muita desconfiança no improvável retorno (mais um) a categoria. Poderia ser difícil ser pior do que estava, e realmente não é, pelo contrário. Maduro, entregando resultados o quanto pode, aproveitou o caos para retomar definitivamente a confiança. Tem um companheiro de equipe duro pela frente, ou então tinha. Agora, precisa ser o tutor de um jovem que vive o que ele já viveu. No segundo semestre, tudo vai depender de como Gasly vai reagir ao rebaixamento.


Alexander Albon – 7,0: o agora Red Bull faz uma temporada correta. Faz o que pode, pontua quando o possível, não comete muitos erros e foi bastante elogiado pelos chefes meses antes de ser promovido. Agora, o desafio é outro. Encarar Max sem a preparação adequada é quase suicídio, mas não há escolha. É o famoso “cavalo encilhado só passa uma vez” e o tailandês, assim como os laços da Red Bull, precisa aproveitar. É mais piloto que Gasly e dificilmente vai ser tão pior que o francês, então é a grande chance de alavancar definitivamente uma carreira que até 9 meses atrás parecia fadada a Fórmula E.

WILLIAMS

Foto: Getty Images
George Russell – 6,5: é difícil escrever sobre o campeão da F2. O carro é de outra categoria, não há margem para competição. Na única existente, contra Kubica, foi superior em quase todas, menos na mais importante. Está zerado na temporada e, no fim das contas, é isso que as pessoas lembram. Dificilmente terá a oportunidade de dar o troco. É continuar sendo mais veloz que o polonês e torcer para que Toto tenha um plano de carreira para ele que não seja semelhante a de Wehrlein.

Robert Kubica – 6,5: seu retorno é uma vitória pessoal, e isso basta. É muito bom ver um cara talentoso dar a volta por cima diante das dificuldades e retornar para o topo do esporte a motor. No entanto, as lesões no braço claramente mostram que o polonês não é mais competitivo a este ponto. Superado com larga vantagem, tem no pontinho da Alemanha o fator desequilibrante que fez valer a pena todo esse processo. Sem esse peso, a perspectiva é apenas se divertir dentro do possível diante de um carro tão fraco, sabendo que estar ali já é uma vitória maior do que qualquer ponto.
Esta foi a minha análise. Concordam? Discordam? Agora é só aguardar para a parte final da temporada daqui algumas semanas!
Até!

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