quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

ANÁLISE DA TEMPORADA 2014 - Parte 1

O ócio está me matando, por enquanto. Enquanto não começa Roma x Man City, deixo aqui a tão prometida e aguardada (só que não) análise da temporada de 2014. Procurarei fazer comentários individuais de cada piloto, juntamente com o desempenho (ou a falta de) das equipes que disputaram o campeonato em 2014. Hoje, começarei falando das três principais equipes dos últimos anos - Mercedes, RBR e Ferrari. Vamos lá:

MERCEDES - É óbvio que devemos começar falando da melhor equipe da temporada. Com a mudança de regulamento, os Alemães viraram a "RBR da vez". Usando o motor como pulo do gato, Rosberg e Hamilton disputaram tranquilamente entre si (no sentido de não haver concorrência de outras equipes, né). Com 16 vitórias na temporada e o título inédito de construtores garantido na Rússia, Hamilton e Rosberg travaram batalhas épicas durante o ano.

Começando pelo Bahrein, o kisuco começou  a ferver, quando Nico "errou" (?) no treino de Mônaco, garantindo a pole e prejudicando seu companheiro, que ficou irado e colocou a amizade dos dois, desde os tempos de kart, em prova. Áustria e Espanha também tiveram disputas quentes, chegando no ápice na Bélgica, onde Rosberg tocou e furou o pneu de Hamilton. O público vaiou Nico, e apartir daí, Hamilton reagiu, venceu várias corridas em sequência e sagrou-se bicampeão, com justiça. Acredito que a vantagem poderia ter sido maior, devido aos problemas que Hamilton enfrentou na temporada, principalmente Austrália, Alemanha e Áustria. Rosberg teve menos contratempos, mas na hora decisiva o carro teve problemas, como em Abu Dhabi e em Cingapura, quando Hamilton assumiu de vez a liderança do campeonato.

Resumindo: Título justo, Hamilton provou que a balela de tremer e problemas psicológicos ficaram para trás. Rosberg fez um bom ano também, fez mais poles que seu rival, mas não foi suficiente para bater Lewis. É menos piloto que o Inglês.

RED BULL - A até então detentora dos dois títulos em disputa decepcionou, por sequer impor alguma dificuldade a Mercedes (Ok, nenhuma foi capaz disso também). Mas olhando o panorama do início do ano, a RBR ficou no lucro. Só lembrar a pré-temporada, quando o carro sequer andou na pré-temporada. Vettel enfrentou problemas durante o ano inteiro e foi misteriosamente tratado como um segundão durante a temporada (Com direito a "faster than you"). Muito estranho, para um tetracampeão. Será que a negociação com a Ferrari já estava em andamento?

A equipe cresceu durante o ano e conquistou 3 vitórias, todas com Ricciardo. O Australiano, que tinha contrato até o meio da temporada e todos acharam que seria triturado com facilidade pelo Alemão, foi a grande novidade do ano (revelação não,afinal é a sua 4a temporada na F1). Ricciardo foi superior a Vettel do início ao fim, salvo raras exceções. É fato que ele se adaptou ao novo carro melhor que seu companheiro, e isso fez a diferença. O pessoal comenta que Vettel ficou "desmotivado" com as dificuldades e que não se dedicou, por já ter uma carta na manga para o ano que vem. Existe também uma certa desconfiança sobre a capacidade do Alemão em andar em carros difíceis de guiar, e esse ano, ele não andou. Para os detratores; "Vettel só ganha com carro bom, Newey help me." Será que a Toro Rosso era um carrão? Enfim, Vettel agora terá que fazer a bagunçada Ferrari andar nos trilhos. Tarefa nada fácil.


FERRARI - Desorganização. Essa palavra resume o ano Ferrarista. Sem nenhuma vitória no ano (fato inédito desde 1991), os tifosi passarão por uma reestruturação em todos os setores: Técnica, administrativa e organizacional. Tudo começou com a chegada de Dirk de Boer, e James Allison, da Lotus, juntamente com Kimi para melhorar o carro. O resultado não surtiu efeito. Depois do Bahrein, Domenicali foi pra rua e um vendedor de carros nos EUA, Marco Mattiaci, chegou. Sem experiência nenhuma, peitou Alonso e contratou Vettel para o seu lugar. Luca di Montezemolo, lendário presidente, foi posto para a rua também. Sérgio Manchionne, presidente da Fiat, assumiu o comando da Ferrari também.

No fim do ano, Mattiaci saiu também, menos de 6 meses depois da sua chegada. Maurizio Arrivabene, ligado a Marlboro, chegou. Outro que não tem experiência nas pistas. A Ferrari está voltando aos tempos dos anos 90, onde torrava dinheiro e não ganhava nada, até chegar um certo Jean Todt. Alonso fez um ano mais burocrático, pouco pode fazer. Teve 2 pódios, um na China e outro na Hungria. Brigou com Mattiaci e saiu da Ferrari após 5 temporadas. Triturou Raikkonen, a grande decepção do ano. Em seu retorno a Ferrari, seu alto salário não condiz com o seu desempenho: Pífios 56 pontos, atrás até de Sérgio Pérez, da Force India.

* CURTINHAS: Vergne pilotará pela Andretti na Fórmula E no sábado, em Punta del Este. Acompanharemos tudo, em breve teremos postagens. A Amlin Aguri mantém Félix da Costa e troca Katherine Legge pelo mexicano Salvador Durán, com passagens pela World Series entre 2007 e 2009.
- A McLaren anunciou para a imprensa que amanhã terá um evento na fábrica, em Woking. Ao que tudo indica, serão anunciados a dupla de pilotos da temporada 2015 (É a única equipe que possui vagas disponíveis, tirando a Caterham, que é uma incógnita). Alonso, Magnussen, Button e Vandoorne pleiteiam esses postos.
- Saiu na imprensa Alemã que Alonso pode realmente tirar um ano sabático. Depois dos inúmeros problemas do novato motor Honda nos testes de Abu Dhabi, o Espanhol parece que ficou com uma pulga atrás da orelha. Outra questão de discórdia é saber quem será o chefe da equipe, se é Ron Dennis ou Mansur Ojjeh, que estão em conflito pela escolha dos pilotos da equipe inglesa. A publicação ainda afirma que, caso Alonso fique de fora da F1, ele já teria acertado com a Porsche para corre as 24 horas de Le Mans e as 6 horas de Spa, juntamente com Nico Hulkenberg.
- A GP2 divulgou o calendário de 2015, igual ao de 2014. 11 pistas, 22 corridas. A temporada começa dia 18 de Abril, no Bahrein. Veja o calendário completo:

18/4 Bahrein - Sakhir
9/5 Espanha - Barcelona
22/5 Mônaco - Monte Carlo
20/6 Áustria - Spielberg
4/7 Inglaterra - Silverstone
18/7 Alemanha - A ser confirmado
25/7 Hungria - Hungaroring
22/8 Bélgica - Spa-Francorchamps
5/9 Itália - Monza
10/10 Rússia - Sochi
28/11Abu Dhabi  - Abu Dhabi


É isso galera, em breve teremos a Parte 2 da análise e tudo sobre o Eprix em Punta del Este, neste sábado. Não perca! Até mais!

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