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quinta-feira, 4 de julho de 2024

A CHANCE DE BORTOLETO (SONHAR NÃO CUSTA NADA)

 

Foto: Joe Portlock/Getty Images

No último final de semana, Gabriel Bortoleto venceu a primeira corrida na F2. O atual campeão da F3 veio cercado de expectativas para essa temporada, onde muita coisa mudou. Os bólidos são novos. Tanto os mais experientes quanto os “novatos” da categoria partiriam do zero.

Ainda assim, o brasileiro precisou se adaptar. Ainda está nesse processo, na verdade. Apesar da categoria dar muitas possibilidades de pontos, erros prejudicam bastante na briga pelo título. A degradação rápida dos pneus impediu Bortoleto de resultados melhores, assim como problemas no carro e dificuldades em algumas largadas, principalmente nas primeiras corridas.

Depois de “tirar uma tonelada das costas” ao vencer pela primeira vez, Bortoleto, na ex-Virtuosi, é o terceiro colocado na tabela. Na frente, somente Isack Hadjar e o regular Paul Aron. Com esse carro, o crescimento no desempenho e o talento que possui, o brasileiro é certamente candidato ao título da categoria, conquistada recentemente pelo Felipe Drugovich.

Vai ser uma disputa interessante. No entanto, fica a pergunta, por mais paradoxal e até mesmo absurda que seja: é bom ser campeão da F2 justamente agora?

A questão é simples: com a F1 cada vez mais nichada e difícil para jovens pilotos, ser campeão não significa muita coisa ou uma chegada imediata na categoria. Só lembrar que Drugovich não conseguiu e Piastri teve um ano sabático até finalmente assinar com a McLaren após uma disputa judicial.

Bom, quais seriam as possibilidades de Bortoleto, então? Se não for campeão nesta temporada, certamente ele vai continuar na F2. Mais experiente e adaptado, será um candidato ainda mais forte a disputar a taça. No entanto, é fundamental convencer as grandes equipes a partir daí. Do contrário, o holofote não é mais o mesmo. Drugovich brilhou no terceiro ano de F2, mas não foi o suficiente para seduzir uma vaga como titular.

Bortoleto hoje é da academia da McLaren. Bom e ruim. Estar numa equipe grande ajuda, mas sabemos que é impossível neste momento ser titular da F1. Norris e Piastri não vão sair. Surgiram até boatos que o brasileiro pode ser enviado para a Indy em um futuro próximo. Bortoleto precisa considerar essa possibilidade, mas como a última opção. Sabemos que a ida para o automobilismo americano representa, na grande maioria dos casos, o fim do sonho europeu.

Qual seria, então, a possível alternativa do brasileiro para ingressar na F1, sobretudo a partir de 2026, com o novo regulamento em vigor?

Aí entram duas questões. Bortoleto é contratado pela A14, a agência de talentos de um certo Fernando Alonso. Ou seja: é um excelente contato e com penetração pela F1 e as equipes. É simplesmente o pupilo do piloto com mais largadas na categoria, bicampeão e um dos melhores da história, pessoal. Não é pouca coisa.

Outro detalhe importante que surgiu nos últimos dias e reforçou o meu devaneio para escrever esse texto: o retorno de Flavio Briatore para a Alpine. Os franceses, em crise, confirmam Gasly e podem anunciar Sainz para a próxima temporada. Ok, ano que vem ou o próximo talvez seja muito difícil para o brasileiro, mas pensem só: Alonso é empresariado por Briatore, que agora está na Alpine/Renault. Apesar de ser um “consultor”, é um cara de muita influência e certamente vai voltar a dar as cartas na antiga escuderia onde conquistou quatro títulos.

Se a ligação Alonso-Briatore é forte e os franceses, que podem largar a categoria (ou a Renault, no que dá no mesmo), precisarem de jovens pilotos para o novo regulamento caso não consigam fechar com Sainz ou outro piloto mais experiente, Bortoleto pode ser uma possibilidade, por que não? Talento, contatos, influência e até mesmo dinheiro são fatores primordiais para alcançar uma vaga na F1.

Obviamente que, se toda essa imaginação virar realidade e dar certo assim, o brasileiro vai precisar se livrar da McLaren, o que não seria um grande problema. Do contrário, caso as coisas não se encaixem, tem sempre uma Fórmula Indy como sombra e alternativa para continuar no automobilismo.

Espero que tenham gostado de viajar nos meus devaneios. Afinal, sonhar não custa nada.

Até!






segunda-feira, 4 de setembro de 2023

O PUPILO DA FÊNIX

 

Foto: Getty Images

Gabriel Bortoleto em breve vai fazer 19 anos. Ele nasceu em São Paulo no dia 14 de outubro de 2004, em São Paulo. Ele começou no kart aos 8 anos, no Campeonato Sulbrasileiro de Kart. Ele foi campeão do Open do Brasileiro de Kart e vice-campeão do Campeonato Paulista e Brasileiro de Kart Mirim.

O kartismo no Brasil seguiu até 2014, quando venceu Open Brasileiro de Kart novamente (agora no Cadete), foi vice no Super Kart Brasil e terceiro colocado no Campeonato Brasileiro de Kart.

Bortoleto, então, foi para a Europa e continuou no kart até os 15 anos. No velho continente, o ano de melhores resultados foi em 2018, quando foi terceiro colocado no Campeonato Mundial e Europeu da categoria OKJ e vice-campeão do Super Master Series e do Troféu Andrea Margutti.

A estreia nos bólidos foi em 2020, com 15 anos. Bortoleto disputou a F4 Italiana na Prema, com nomes como Sebastián Montoya (sim, filho do Juan Pablo), Gabriele Mini e Dino Beganovic. Com alguns pódios e vitórias, o brasileiro terminou em quinto no campeonato.

Em 2021, Bortoleto participou da Fórmula Regional Europeia com a FA Racing by MP e foi 15°, com um pódio em 20 corridas. Ele também disputou a Stock Car Light, onde venceu uma vez e fez uma pole em quatro etapas.

No ano passado, ele disputou novamente a Fórmula Regional Europeia e foi o sexto no campeonato, duas vitórias, duas poles e cinco pódios. Ele também participou de seis corridas na Formula Regional Asiática, com uma vitória.

E, em setembro de 2022, quando estava prestes a atingir a maioridade, Bortoleto deu o grande passo da carreira até aqui. Aliando o passado kartista com os desempenhos nos bólidos, o brasileiro assinou com a A14, agência de desenvolvimento de pilotos criada e administrada simplesmente por Fernando Alonso.

Quando Bortoleto nasceu, o espanhol já tinha vencido na F1 e no ano seguinte conquistaria o primeiro título. Que loucura. E o relacionamento de Alonso e Bortoleto é bem estreito.

Em entrevistas, o brasileiro afirma que Alonso constantemente dá dicas de abordagens nas pistas e no desenvolvimento da pilotagem. Quando foi campeão da F3, em Monza, Alonso chegou a mandar um áudio de 10 minutos no Whatsapp do brasileiro, parabenizando pela conquista e falando sobre outros aspectos. Um privilégio, sem dúvidas.

Os caminhos do brasileiro estão interessantes. Ser campeão da F3 no ano de estreia é um belo cartaz para o futuro na F2, onde é possível beliscar a vaga de alguma equipe grande, como a Prema, ART, Carlin ou a Virtuosi.

 Ser agenciado por Alonso ajuda nos meandros internos, mas é claro que o brasileiro terá ainda mais possibilidades de avançar na carreira nos próximos anos se assinar com a academia de pilotos de alguma equipe grande.

Bom, certamente o próximo passo será fundamental para o desenvolvimento da carreira de Bortoleto. Sabemos que nem sempre o talento é suficiente, é necessário dinheiro, contatos e estar no lugar certo e na hora certa. Teremos novidade em breve mas, enquanto isso, o brasileiro precisa desfrutar dessa grande conquista, inédita para o automobilismo brasileiro.

Afinal, ninguém é escolhido como pupilo da Fênix a toa.

Até!

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

É DO BRASIL!

 

Foto: Joe Portlock/Getty Images

Escrever sobre o que eu não vi é complicado, mas vamos lá, não podia deixar passar: um ano depois de Felipe Drugovich ser o primeiro brasileiro a conquistar a F2, hoje Gabriel Bortoleto, agenciado pela Fênix Alonso, foi campeão da F3!

A verdade é que o título já estava encaminhado há tempos, era só uma questão de confirmação matemática. E ela veio hoje, pois nenhum dos "concorrentes" de Gabriel conseguiram a pole position para o final de semana, o que foi suficiente para garantir o título.

Escreverei mais sobre Bortoleto em breve, mas as perspectivas são positivas. Ganhar a F3 com autoridade e ter o apoio nos bastidores de um certo Fernando Alonso são coisas importantes. Agora, só falta se aproximar de uma academia de pilotos para o futuro ficar mais garantido. No entanto, agora é o momento de celebrar: Gabriel Bortoleto do Brasil!

Por falar em Alonso e Drugovich, Drugo foi para a pista no TL1 da F1, no lugar de Stroll. Ele tem direito a guiar em duas sessões de treino livre por ano, obrigatório para todos os novatos. Foi o 18°, mas é um resultado normal, afinal ele não guiava o carro titular desde que substituiu o próprio Stroll na pré-temporada do Bahrein, em março.

Por falar em Brasil, uma atitude imbecil da FIA. A Federação, em virtude da disputa judicial que Felipe Massa abriu sobre tentar ser coroado o campeão de 2008, pediu gentilmente para o brasileiro não comparecer a Monza. Inclusive, a FIA tirou um dos cartazes da torcida da Ferrari que exclamava o brasileiro como o campeão daquele ano. Justamente no palco onde Massa é amado pelos tifosi, foi impedido de entrar. Ele, que é embaixador da categoria.

Ou seja, o cara foi prejudicado pelo regulamento da própria Federação e ganha como tratamento ser um pária, não poder pisar nos autódromos, como se a culpa fosse dele por ir atrás de seus direitos. É um absurdo que beira o inacreditável. Vamos ver se terão colhões de fazer isso em Interlagos.

Bom, nos treinos, tivemos mais um erro de Pérez, problemas com Stroll e Carlos Sainz fazendo a volta mais rápida do dia. Num circuito veloz como Monza, o motor vai fazer a diferença. Diferença para o pódio, porque sabemos que Max Verstappen está pronto para ser o primeiro piloto da história a vencer dez corridas seguidas.

Ah, a Mercedes renovou com Hamilton e Russell até 2025. Escreverei sobre na semana que vem.

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!