terça-feira, 13 de junho de 2023

TOYOTA vs FERRARI

 

Foto: Reprodução/WEC

Semana passada, coincidência ou não, o Tela Quente mostrou em horário nobre na TV aberta o Ford vs Ferrari, que conta a história de quando os americanos venceram em Le Mans e a relação entre Ken Miles e Carroll Shelby.

No final de semana, aconteceu a corrida que marcou o centenário das 24 Horas de Le Mans, principal prova da WEC. A categoria foi abandonada nos últimos tempos e virou basicamente um parquinho de diversões da Toyota, principalmente quando a rival Audi também saiu de cena.

Eis que, para a surpresa de muitos, a Ferrari resolve voltar para as corridas de Endurance. O objetivo, claro, é ser competitivo e depois vencer e ser campeão, é claro.

Nas etapas anteriores, em Sebring e Spa, os italianos estavam no caminho, apesar dos problemas naturais de durabilidade. Afinal, desbancar os japoneses em tão pouco tempo é uma tarefa muito improvável. Mas tudo pode acontecer.

Le Mans tem o charme. Se na produção americana obviamente os italianos eram os vilões e os arrogantes da história, agora a trama era outra. Desde 1965 que a Ferrari não vencia em Le Mans e a principal montadora do mundo estava ausente do palco francês há exatos 50 anos.

Ingredientes que, por si só, já deram um outro tempero para a corrida desse final de semana. Finalmente a Toyota teria uma adversária a altura, em tese, apesar da Peugeot também estar de volta a corrida da casa.

Nos treinos, a primeira surpresa. Dobradinha italiana na primeira fila, embora o ritmo de corrida e o favoritismo continuassem do lado dos japoneses. Na largada, Buemi passou os dois e assumiu rapidamente a liderança.

Uma das Toyotas e uma das Ferraris tiveram problemas. O carro japonês abandonou e o italiano perdeu ritmo, se afastando da possibilidade da vitória. Agora era um contra um. Toyota vs Ferrari.

Um problema no pit-stop fez os italianos do #51 perderem a liderança para o #8 dos japoneses, que tiveram um pneu furado. Faltando duas horas para o fim, a Ferrari tinha uma vantagem pequena. Tensão total.

Até que Ryo Hirakawa rodou e bateu. Fim da disputa. Agora, só faltava o tempo passar.

E a Ferrari #51 de Alessandro Pier Guidi e os ex-GP2 James Calado e Antonio Giovinazzi quebraram um jejum histórico, de meio século. A vitória mais importante da Ferrari nos últimos 15 anos.

O fim da espera. Desbancar os favoritos. A redenção para dois pilotos da GP2, um prodígio que não deu certo na F1, e outro que também não chegou perto de ser titular, mas tinha valor. Mais uma vez, a lição que nem tudo se resume a F1. A história está a disposição de todos, basta acreditar e se reinventar.

Desta vez, os italianos são heróis e “mocinhos”. Só falta um Paolo Sorrentino dar vida nas telonas a esse grande capítulo da história ferrarista.

Até!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, esse é o espaço em que você pode comentar, sugerir e criticar, desde que seja construtivo. O espaço é aberto, mas mensagens ofensivas para outros comentaristas ou para o autor não serão toleradas.