segunda-feira, 6 de julho de 2020

E ASSIM O MUNDO SEGUE...

Foto: MotorSport

Como diz aquele meme: "as expectativas eram baixas mas puta merda". Os testes de pré-temporada e as próprias declarações contundentes de todos já denunciavam que algo estava errado e não era blefe. A Ferrari, ao tentar tirar um pouco de velocidade de reta e melhorar nas curvas, conseguiu piorar as duas coisas. Perdeu a mão.

Isso, ligado ao polêmico acordo com a FIA acerca dos motores do ano passado levantam suspeitas sobre o quão no regulamento estava essa situação toda. Coincidência ou não, Haas e Alfa Romeo hoje só superam a Williams e a própria Ferrari começa a brigar de foice no escuro com Racing Point e McLaren.

A partir do momento que Vettel foi o 11° no Q2, me caiu a ficha e entendi a contratação de Sainz. Em virtude dos acontecimentos e consequências do covid, a Ferrari não tinha perdido apenas o ano de 2020, o que era esperado, mas também 2021. Mesmo sendo a Ferrari, a perda de dinheiro seria grande. Isso, aliado com os rendimentos do piloto alemão que já não são mais condizentes com sua atual capacidade, fizeram com que os italianos optassem por não renovar o vinculo e optar pela escolha do barato Carlos Sainz, um acumulador de pontos mais do que necessário nesse curto-prazo.

Isso tudo, é claro, capitaneado pelo talentoso Leclerc. Em uma corrida de exceção, onde era necessário oportunismo, o monegasco aproveitou a chance e tirou um segundo lugar da cartola que parece improvável para o resto da temporada, mais do que nunca justificando as escolhas da Ferrari.

Para as corridas seguintes, Binotto e cia já avisaram: não vai ter atualizações. O jeito é correr com isso aí e tirar o que pode do carro, principalmente Leclerc, até porque Vettel já está em tom de despedida da categoria. Assim como o alemão, a Ferrari está ladeira abaixo.

Quem deve ser cobrado por uma organização, a mais rica, popular e influente politicamente não ganhar nada há 13 ou 14 anos, já contando com o ano que vem? A verdade é que a Ferrari sempre foi uma bagunça, tirando a era Schumacher, Ross Brawn e Jean Todt e talvez mais tarde lá com Niki Lauda.

E o assim o mundo (da Ferrari) segue: ladeira abaixo, clamando por um líder que resolva todos os males do mundo (da Ferrari).

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