segunda-feira, 13 de julho de 2020

MATURANDO

Foto: MotorSport
Os mais antigos no blog se lembram, mas Lando Norris já era apontado no radar da F1 há alguns anos, como esse texto do fim de 2017 pode provar. Portanto, sua ascensão e o começo da consolidação de grandes desempenhos e resultados nesse início de temporada não é surpreendente para este humilde escritor.

No entanto, de lá para cá algo ficou estranho: cercado de expectativas, todo mundo esperava que Lando estraçalhasse na F2, mas passou longe disso. Coube ao compatriota George Russell a façanha, com Alexander Albon, já assinado com a Nissan pela Fórmula E, como improvável vice. O hype caiu um pouco e o desempenho não correspondia para chegar imediatamente na F1, onde foi promovido pela McLaren também em virtude de ser apadrinhado pelo chefão Zak Brown.

Diante de um pouco menos de expectativa em um carro não tão bom assim, Norris não fez feio. É claro que o desempenho consistente e o pódio no final do ano fizeram com que quase todos os holofotes ficassem sob Carlos Sainz. E ela estava Lando de novo com uma relativa desconfiança. Perder para o experiente Sainz? Mas ele é jovem, está estreando na F1...

Em 2020, as coisas começaram pra valer. Lando é carismático e popular nas redes sociais por ser bem humorado e jogar várias corridas online. Ele gera engajamento. A questão é: com o tempo passando, a pressão por resultados vai aumentar e Lando precisa amadurecer. A resposta inicial está aí: terceiro num treino e um desempenho estelar na corrida e um quinto lugar depois de ultrapassar três carros na última volta, além de fazer a volta mais rápida na última corrida.

Projeções e previsões são sempre perigosas pela emoção e o imediatismo. O que quero dizer é que: talvez Lando apenas não se adaptou tão bem na F2 em relação as expectativas externas. É como aquele jovem talentoso craque no sub-17 e que salta para o sub-20, onde é apenas mais um por ainda não ter desenvolvido fisicamente e, mais tarde, brilha nos profissionais.

No automobilismo, não faltam histórias de pilotos que na base eram modestos mas que gradativamente ganharam espaço e viraram bons valores. Outro exemplo, também já publicado por aqui, é Alexander Albon. O contrário também não falta, como mais recentemente o caso de Stoffel Vandoorne.

Norris está crescendo. Ele está chamando a atenção mas não é nenhuma surpresa. E ano que vem terá uma provação maior ainda: o amigo Daniel Ricciardo. Mais um passo rumo ao estrelato.

Até!

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