segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

ESPECIAL ALONSO - Final

Foto: Divulgação/McLaren

Fala, galera! Última parte do especial Fernando Alonso aqui no blog. As outras partes vocês podem acompanhar nos links anteriores:

Vamos lá:

McLAREN (2015-2018): RETORNO IMPROVÁVEL E MAIS DECEPÇÕES

Foto: MotorSport

Logo no segundo dia de pré-temporada, na Catalunha, a Honda já apresentava problemas graves no motor. A equipe mal corria. Pra piorar, Alonso sofreu um acidente até hoje MISTERIOSO (reportado na época ao clicarnesse link). O MP4-30, sofrendo com problemas no MGU-K, teria sofrido uma descarga elétrica que foi em toda em direção ao espanhol, que desmaiou e precisou ser atendido no hospital por algumas semanas.

Foto: Reprodução/Twitter
Depois de ficar consciente, alguns tablóides sensacionalistas chegaram a publicar uma história onde Alonso teria perdido a memória e que acreditava ainda estar em 1995, quando era piloto de kart. Alonso ficou fora da abertura da temporada,  na Austrália, reestreando pela McLaren justamente no palco onde venceu com a equipe inglesa pela primeira vez, na Malásia. Lá, ele negou esses boatos e as classificou como “história divertida”. O espanhol disse que nunca perdeu a consciência e que apagou em virtude do efeito colateral de um remédio que tomou antes de ser transferido para o hospital, afirmando que se lembra de tudo que aconteceu antes e depois do acidente.

Enquanto Vettel estreava no pódio com a Ferrari e a McLaren fechava o grid, Alonso afirmou que pódios não são mais importantes e que preferia correr riscos para ganhar e ser campeão. Com vários problemas na McLaren, Alonso nem completou a prova e viu o rival alemão vencer pela primeira vez com a Ferrari. O espanhol se defendeu dizendo que seria difícil apostar que a Ferrari faria uma temporada tão boa depois de um 2014 tão ruim e que só consideraria um erro sair da equipe se os italianos forem campeões. Distante dos pontos e levando volta de todo mundo, Alonso apenas disse estar feliz em completar a corrida e entender melhor o carro.

Na primeira volta da corrida da Áustria, se envolveu em um acidente com o ex-companheiro Kimi Raikkonen e chegou a ficar com o carro em cima da Ferrari do finlandês. Não houve feridos e foi apenas um acidente de corrida provocando com Raikkonen girando na frente de Alonso por ter rodado. Em Silverstone, marcou o primeiro ponto da temporada. 



Na Hungria, o melhor momento da temporada: foi o quinto, enquanto Button foi o nono. Foi a única vez na temporada que os dois marcaram pontos e a última na qual a McLaren chegou no top 10. No Japão, irritado com a falta de potência do motor Honda, chamou no rádio o motor dos japoneses de “GP2”, na corrida de casa, tornando-se um símbolo do que foi essa segunda parceria entre McLaren e Honda.


Em 2016, os problemas seguiam e a parceria com a Honda já começava a ser fortemente questionada e criticada. Na Austrália, Alonso se envolveu em um acidente violentíssimo com Esteban Gutiérrez  na curva, capotando e batendo forte na barreira de pneus. Com lesão no pulmão e fratura nas costelas, ficou de fora da corrida do Bahrein. O retorno foi na China, onde chegou em 12°. Na Rússia, Alonso marcou ótimos oito pontos com um grande sexto lugar e, duas corridas depois, chegou em quinto em Mônaco. 



Com a Honda cheia de problemas, abandonos e troca de peças/motores, Alonso era frequentemente penalizado, ou largando dos boxes ou em último. Na Bélgica, beneficiados pela bandeira vermelha causada pelo forte acidente de Kevin Magnussen, Alonso conseguiu um grande sétimo lugar. Na Malásia, também largando em último lugar por diversas punições, de novo chegou em sétimo.
Marcando mais pontos, a expectativa era que a McLaren seguisse evoluindo mais, mas não foi o aconteceu, como vocês puderam perceber por aqui. 

Com um “bom chassi” mas atrapalhado pelo fraco e inconfiável motor Honda. Diante da falta de competitividade, Alonso resolveu apostar no sonho de conquistar a “Tríplice Coroa do automobilismo” e decidiu correr nas 500 milhas de Indianápolis, se ausentando de Mônaco, que aconteceria no mesmo dia. A vitória não veio mas Alonso liderou algumas voltas e abandonou, novamente com o motor nipônico o deixando na mão.

Depois de críticas públicas de Alonso e da equipe aos motores da Honda, a McLaren anunciou o fim da união e assinou com a Renault para a temporada de 2018. Com um bom chassi e um motor mais potente e confiável, seria a última cartada do espanhol em guiar um carro competitivo na carreira.

A decisão parecia acertada. Logo na Austrália, Alonso chegou em quinto e no rádio dizia que “agora nós podemos lutar”. No entanto, no Bahrein, Alonso chegou em sétimo e levando volta das três principais equipes, apesar de ser o melhor do resto. Na largada de Baku, o espanhol foi atingido por dois carros nas curvas 2 e 3, furando os dois pneus da direita. Se arrastando na pista com extrema dificuldade, Alonso teve técnica para conseguir levar seu carro para os boxes. Beneficiado por uma corrida caótica repleta de acidentes e Safety Car, Alonso conseguiu ser o sétimo mesmo com o carro avariado. Depois, disse que essa foi uma das “melhores corridas da minha vida”. 


Na Espanha, com um novo motor, finalmente Alonso conseguiu chegar no Q3, largando em oitavo e terminando na mesma posição. Com muitas especulações sobre o futuro, em agosto o bicampeão anunciou a saída da F1 no final da temporada. Desde então, foram especulados diversos possíveis caminhos para Alonso no ano que vem.

O que é certo é que o espanhol vai terminar a temporada no Mundial de WEC até junho, com a disputa das 24 Horas de Le Mans e vai buscar o bicampeonato da prova. Semanas atrás, foi confirmado que ele vai disputar novamente as 500 Milhas de Indianápolis em uma parceria com a McLaren. Ao contrário do que parecia tendência, Alonso não deve participar de toda a temporada da categoria americana.

NÚMEROS FINAIS DA CARREIRA DE FERNANDO ALONSO:

Corridas: 314
Títulos: 2 (2005 e 2006)
Vitórias: 32
Pódios: 97
Pole Positions: 22
Voltas mais rápidas: 23
Pontos na carreira: 1.899
Primeira pontuação: Austrália 2003 (7° lugar)
Primeira pole: Malásia 2003
Primeiro pódio: Malásia 2003
Primeira vitória: Hungria 2003
Última pole: Alemanha 2012
Última vitória: Espanha 2013
Último pódio: Hungria 2014
Última pontuação: Cingapura 2018 (7° lugar)

E essa foi a carreira e os números de Fernando Alonso Díaz, um dos maiores e melhores de todos os tempos na categoria. Que seja feliz em outras competições e em sua vida e “até logo”, quem sabe? Já estou com saudades. Obrigado, Fênix!

Na sequência, a análise final da temporada e algumas outras coisas especiais. 

Até!

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