terça-feira, 25 de setembro de 2018

FERRARI B

Foto: Fórmula Spy
No ano passado, ficou claro que com a nova parceria dos italianos com a Sauber e a colocação do espólio da Alfa Romeo na nomenclatura e nos carros do time que a ideia era fazer com que a Sauber virasse novamente a equipe B da Ferrari. Isso foi se confirmando.

Primeiro, a chegada de Charles Leclerc. Apesar da permanência de Ericsson, apenas pelo fato de ser experiente e ambientado ao time, isso significava que o sueco, outrora dono da Sauber, estava perdendo terreno. E isso se confirmou hoje.

Antonio Giovinazzi, 24 anos, vice-campeão da então GP2 em 2016, foi anunciado como parceiro de Kimi Raikkonen na Sauber para 2019. O italiano disputou as duas primeiras corridas da temporada passada quando substituiu Pascal Wehrlein, machucado. Na Austrália, foi o 12°. Na China, teve um desempenho muito ruim, batendo duas vezes no final de semana, inclusive na corrida.

A Itália vai voltar a ter um piloto na temporada regular, algo que não acontecia desde 2011, com o Trulli ainda na finada Caterham. O mais impressionante é que finalmente Marcus Ericsson foi chutado da F1. Não é um piloto horroroso, mas perdeu para todos os companheiros de equipe e simplesmente todos eles acabaram saindo da categoria (Kobayashi, Nasr e Wehrlein). É insuficiente.

Só Charles Leclerc para mudar esse panorama viciado da Ferrari. Primeiro, ganha de Ericsson e vai ser promovido. Não só isso, mas também tirou Raikkonen de lá, que volta para a Sauber e faz com que Giovinazzi tire Ericsson. Que maravilha!

Mais uma grande notícia para a Sauber. Na GP2, Giovinazzi se mostrou muito bom piloto. Quase foi campeão, em uma dura disputa com Pierre Gasly, agora futuro Red Bull. Com a fraca Sauber, não pode fazer muita coisa, ainda mais sem testes e sem experiência. Agora, com um campeão do mundo do lado, o apoio técnico da Ferrari e a competência de Frederic Vasseur, o italiano tem tudo para se firmar na F1. É um grande talento e sua promoção é uma grande notícia, ainda mais em tempos do dinheiro se sobrepondo a qualidade.

A Alfa Romeo Sauber, aos poucos, vai voltando a ser o que era antes. Uma equipe simpática, de meio de grid, com pilotos bons e talentosos. No fundo, as vontades do finado Marchionne continuam se concretizando. Mesmo morto, o homem segue mandando. Ainda bem para a Ferrari e a Sauber, claro.

Até!

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