domingo, 23 de julho de 2023

INQUEBRÁVEL

 

Foto: Getty Images

Não dá para ser feliz na F1. E a culpa é de Max Verstappen e da Red Bull. O sábado foi até fantástico. O novo formato de classificação (duros no Q1, médios no Q2 e macios no Q3), aliado a chuva de sexta, trouxe uma imprevisibilidade muito bacana, que culminou com a 104a pole de Sir Lewis Hamilton. Ele comemorou como se fosse a prova e todos nós também, afinal a fera poderia ser combatida no domingo, ou ao menos era essa a expectativa.

Ledo engano. Durou menos de uma curva. Três milésimos mais lento, Max já partiu para a ponta ao largar melhor. A McLaren mostra que não é apenas Silverstone e agora disputa com a Mercedes o posto de segundo carro da vez. Belas manobras de Piastri e Norris e um Hamilton que desperdiçou o sábado em poucos metros no domingo. Acontece até com os heptacampeões, mas muito mais méritos para Woking.

Ao marcar o pit de Hamilton, a McLaren "beneficiou" Norris, que no undercut ultrapassou Piastri para ser o segundo colocado. O australiano teve danos no assoalho, o que explica ter batido na trave novamente e ainda não ter subido no pódio. O mais importante é que a evolução da McLaren é sólida. Dois pódios consecutivos assim são raros de acompanhar na história recente da histórica equipe vencedora.

Ao menos no pódio, Pérez segue devendo nas classificações. Difícil escrever que ele fez a parte dele porque sequer chegou em segundo. Nunca a discrepância ficou tão evidente em uma organização vencedora. Ainda errático, uma sombra sorridente e australiana surgiu para tirar ainda mais a paz do mexicano inseguro. Checo em apuros.

A Ferrari segue estagnada, hoje uma quarta força, tímida. Não consegue transformar as voltas rápidas em stints consistentes. Quem perdeu o protagonismo de vez foi a Aston Martin. Ainda faz parte do processo de se tornar uma equipe grande, mas Alonso quase tomou uma volta de Verstappen. O importante foram os pódios do início da temporada, mas aparentemente o limite do time de Stroll foi atingido.

Ricciardo teve a reestreia na F1 prejudicada pela largada ruim de Zhou, que o atropelou e ainda tirou as Alpine da corrida. Alfa Romeo é outra surpresa do sábado, assim como Hulkenberg é o rei das classificações, mas sofre nos domingos. Mesmo com todos esses problemas, o australiano ainda assim terminou a frente de Tsunoda. Será que a Alpha Tauri é tão ruim assim ou estava faltando braço?

Diferentemente do troféu, culpa de Lando Norris, a Red Bull e Verstappen são inquebráveis. 11 vitórias no ano e 12 consecutivas. O livro dos recordes são os únicos adversários à altura. O quão longa será a dominância dos taurinos?

Confira a classificação final do GP da Hungria:


Até!

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