segunda-feira, 20 de março de 2023

À DERIVA

 

Foto: Motorsport Images

Mais uma vez, a McLaren começa a temporada de forma preocupante. Não sabemos se o time de Woking vai se recuperar, mas a tendência parece não ser positiva. As respostas ao teste da pré-temporada confirmaram a preocupação de Zak Brown e a irritação de Lando Norris.

As duas primeiras corridas também reforçam essa impressão. Resultados aquéns e a dupla brigando com o novato Logan Sargeant, da Williams.

Me parece que Oscar Piastri evoluiu desde o Bahrein. Chegou a bater roda com Norris, mais experiente e com a equipe na mão pelo óbvio talento. O australiano escolheu o destino: a pressão de rejeitar a Alpine aumentou ainda mais a cobrança pra cima do campeão da F2 e F1.

Com um carro ruim, fica tudo mais difícil. A questão da McLaren também é outra: depois de um crescimento consistente nos últimos anos, o novo regulamento embaralhou as coisas. Virou uma montanha russa.

A equipe enfrenta problemas financeiros, tanto que a sede de Woking está a venda desde a pandemia. O motor Mercedes, sendo uma cliente, impede a tentativa de protagonismo com um projeto novo, a não ser que Zak Brown esteja tentando um coelho da cartola para 2026.

Até aqui, parece que a única solução para a sobrevivência da McLaren enquanto um time grande e relevante é esse: uma parceria inédita. Claro, a experiência Honda foi traumática e também contribuiu com essa decadência, mas se o carro atual foi mal nascido, serão anos complicados, por mais que exista uma dupla jovem, forte, talentosa e motivada para extrair o que for possível do carro.

No momento, o que parece, é que a McLaren é um barco à deriva. Com as movimentações das equipes ponteiras, certamente Lando Norris seria um candidato possível para qualquer carro melhor. Só imaginar que Alonso e Hamilton em breve vão se aposentar, tem o lugar de Sainz... é um cenário que Zak Brown e o piloto britânico certamente têm no horizonte.

Os próximos anos e projetos serão fundamentais para saber se a McLaren tenta conseguir retomar o passado vencedor ou continua, lentamente, o processo de nova Williams.

Até!

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