terça-feira, 14 de dezembro de 2021

AUTOMOBILISMO OU ENTRETENIMENTO? (PARTE 2)

 

Foto: Getty Images

Entretenimento, isso já ficou claro. O equilíbrio entre Max Verstappen e Lewis Hamilton durante toda a temporada teve papel dos pilotos e das equipes, mas também de uma interferência da FIA que não privilegia o espírito competitivo que a F1 sempre esteve inserida.

O aumento do público provocado pelo sucesso da série na Netflix e o equilíbrio incomum fez com que a categoria abrangesse um novo e jovem público. A diferença de abordagem é outra desde que a americana Liberty substituiu os já defasados métodos de Bernie Ecclestone.

O que vimos foi como se fosse um “Casa dos Artistas”, onde Michael Masi, o Sílvio Santos da FIA, mexia e manipulava nas regras o quanto entendesse para dar vazão ao equilíbrio das pistas, centralizando todas as atenções e discussões para alguém que não seja piloto ou chefe de equipe.

A chuva de corridas com bandeiras vermelhas e uma “americanização” da categoria, feita de forma artificial, foge do que realmente é a F1. Decisões como a não corrida em Spa, a não punição a Max no Brasil e um rigor na Arábia Saudita, a permissividade em muitas coisas buscando uma composição política e a confusão de ontem dão muita margem para dúvidas.

Claro que é excelente um campeonato ser decidido assim, mas não com a mão do mercado. Parecia roteiro de filme, e tanto Max quanto Lewis não precisam disso, assim como o grid não pode ser olhado de outra maneira porque não tem o protagonismo.

A solução simples de simplesmente (perdão) tirar Michael Mais e colocar outro não é o mais importante, e sim que a Liberty entenda que existe uma diferença entre automobilismo, competição e entretenimento.

Uma corrida não pode ser disputada e decidida sem clareza nas regras e priorizando um espetáculo forçado. Uma vez é legal e histórico, mas a F1 precisa, como já disse, olhar para outros problemas ao invés da artificialidade: mais equipes, por exemplo. 

Assim, nomes como Oscar Piastri, campeão da F2, poderiam estrear de forma direta na categoria, ao invés do australiano ir mofar na reserva da Alpine por não ter espaço num grid de 20 carros.

Apenas uma sugestão.

Até!


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