terça-feira, 21 de dezembro de 2021

ANÁLISE FINAL TEMPORADA 2021: Parte 1

 

Foto: Getty Images

Olá, amigos! Chegou ao fim a temporada mais longa e talvez a mais tensa e emocionante da história da F1. Muita coisa aconteceu e certamente não terei memória para relembrar tudo. Aqui vai o primeiro post da análise final da temporada 2021:

Lewis Hamilton – 9,0: Reagiu tarde demais. Ele e a Mercedes erraram muito até o México. De Interlagos em diante, Hamilton simplesmente sepultou a ideia de que está ficando velho e desmotivado. Renovou até 2023 por um motivo e, por uma volta, não foi octa. Dá raiva? É óbvio, mas o Sir vai voltar mais forte, teoricamente. Tudo depende do novo regulamento e de como a Mercedes vai se inserir nesse novo contexto.

Valtteri Bottas – 7,5: Não teve bom desempenho e esteve longe até de ser um escudeiro. Desde o início, parecia fadado para o fim do relacionamento com a Mercedes, como de fato aconteceu. Muitos erros e muito aquém de alguém que está a cinco anos no time. Uma despedida melancólica de quem não vai fazer falta. Agora, o desafio é ser o número 1 da Alfa Romeo, em um processo de longo prazo. A última grande jornada de Valtteri.

Max Verstappen – 9,5: No fim das contas, a regularidade e maturidade responderam a jornada do novo campeão mundial, ainda com muitas recaídas. A incapacidade de aceitar perder a posição é uma delas. O holandês quase colocou tudo a perder no final do campeonato, mas aquilo que o amaldiçoa é também uma bênção. O arrojo fez Max ser campeão mundial, coisa que poucos tem. Sem esse peso nas costas e agora sendo o alvo, Max continua a jornada de ser um dos maiores de todos. Para isso, não precisa mais ser “tudo ou nada”. Uma hora isso se vira contra o feiticeiro, inclusive nesse ano, mas Verstappen foi indiscutivelmente o cara da temporada.

Sérgio Pérez  - 8,0: Muito irregular, de muitos altos e muitos baixos. Foi importante na reta final e contribuiu, de certa forma, com o título da equipe. No entanto, Pérez precisa melhorar. Já adaptado, vai ter outro carro incógnita para o ano que vem, um bólido que é notavelmente difícil de ser guiado. O saldo ainda é positivo: conseguiu vencer pelo time taurino, uma raridade. Com o título de Max, tudo começa mais leve 2022. Pérez precisa desfrutar, está numa posição que, sempre precisamos relembrar, jamais poderia imaginar a essa altura da carreira.

Daniel Ricciardo – 7,0: Engraçado alguém que venceu uma corrida no ano ter uma temporada considerada ruim e decepcionante. É o caso de Ricciardo. Apesar de quebrar o jejum de quase dez anos sem vitória da McLaren, o australiano esteve aquém das expectativas. Foi batido o ano todo por Norris, uma das exceções foi justamente a vitória. Mostrou estrela e oportunismo, ao menos. Não sei se é somente uma questão de adaptação, mas o australiano entra pressionado em 2022. É um salário muito alto para entregar tão pouco e certamente a McLaren já está pensando nisso. É tudo ou nada para o sorridente no ano que vem.

Lando Norris – 8,0: Até a Rússia, onde a vitória escapou pela chuva e os dedos, fazia um ano irretocável. Depois disso, ele e a McLaren caíram de rendimento, superadas pela Ferrari. Norris mostrou grande amadurecimento nesse ano. Uma decisão errada e perdeu a primeira vitória da carreira, que seria merecida. Bateu Ricciardo com muita facilidade, parece mais adaptado ao time, obviamente. As perspectivas são positivas. Agora, depende de como a McLaren se preparou para o novo regulamento.

Sebastian Vettel – 7,0: Um ano difícil e de adaptação. Seb teve bons momentos de confiança e conseguiu um pódio, no outro foi desclassificado. A impressão que ficou é que a Aston Martin já pensa no ano que vem, o que prejudicou o trabalho no fim. Vettel sempre soube que era sobre isso, ainda mais sendo acionista do time. O atual Vettel não vai ser o bastante para voltar a brilhar. Aquele ou algo parecido com o do tetracampeonato precisa dar as caras a partir do ano que vem.

Lance Stroll – 6,5: É a mesma situação de Vettel. Com o passar dos anos, passou a ser aceitável sua situação. Sempre vou considerar um desperdício de vaga, mas é aquilo: sem ele, nem equipe existiria. É o preço a se pagar.

Fernando Alonso – 7,5: Regularidade, equilíbrio e velocidade com quase 40 anos e dois inativo. Recompensado com um pódio no Catar. É o último sprint de Don Alonso. Tomara que a Alpine tenha conseguido fazer um grande desenvolvimento para o novo regulamento. Alonso mostrou que ainda não é carta fora do baralho. A F1 torce para que a Fênix volte a ser protagonista.

Esteban Ocon – 7,5: Um grande salto de qualidade para quem também estava voltando a categoria. Uma dupla arriscada que deu grande salto. Ocon teve estrela e conseguiu uma grande vitória, também tirando a pressão que existia. Sua evolução é nítida. Competiu de igual pra igual com uma lenda, mesmo que Alonso estivesse ainda voltando. Um francês numa equipe francesa é sinônimo de continuidade, e Ocon merece sequência, começou a se provar.

Essa foi a primeira parte da minha análise. Concorda? Discorda? Comente! Até!


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