segunda-feira, 12 de outubro de 2020

323 VEZES KIMI

 

Foto: Getty Images

Além da vitória 91 de Lewis Hamilton que igualou o recorde de Michael Schumacher, o domingo também teve outro significado histórico em Nurburgring. Kimi Raikkonen ultrapassou Rubens Barrichello e agora é o homem que mais largou na F1: 323 vezes.

18 temporadas e praticamente acertado para a décima nona, o finlandês parecia ser o cara menos cotado para tal feito. Afinal, sempre se portou como alguém que não dá a mínima para nada e pode jogar tudo para o alto quando bem pudesse. Bom, Kimi ficou dois anos fora quando foi pago para ficar em casa pela Ferrari em 2010 e voltou em 2012 com a Lotus.

Apesar da aparente desmotivação e falta de senso de urgência, Raikkonen seguiu, firme e forte, e até hoje permanece. Vai conseguir ampliar essa marca e terá um certo Fernando Alonso também muito próximo desses números. Aliás, desde 2001 que uma corrida da F1 tem ou o finlandês ou o espanhol no grid. 

Nos últimos anos, a idade chegou e Raikkonen faz tempo que não é mais aquele que vimos em 2003, 2005, 2007 ou 2012, no ano de retorno, apesar de alguns lampejos em 2018, onde conquistou a última vitória. Ontem, fez uma corrida desastrosa, atropelando Russell e sendo punido. É claro que o auge já passou, mas Raikkonen tem o carisma mesmo sem querer ter, apenas sendo ele mesmo, e é um campeão mundial.

É uma marca que também parecia inalcançável. Entretanto, me parece que o finlandês não vai ficar muito tempo no topo. Com temporadas longas e os pilotos entrando na F1 cada vez mais jovens (igual Kimi, que precisou de uma autorização especial da FIA para correr, à la Verstappen), a tendência é que Max Verstappen, Charles Leclerc e companhia superem esses números na próxima década. Antes deles, Hamilton e Vettel, se estiverem motivados até lá, podem superar esses números.

Em uma onde os recordes estão aí para serem quebrados numa rapidez incrível, é bonito que um de tamanha importância fique com um campeão mundial do estirpe de Raikkonen. Afinal, se chegar é fácil, difícil e permanecer por 20 anos na elite, certo?

Até!


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