segunda-feira, 8 de outubro de 2018

REGULARIDADE QUE DECIDE

Foto: The Telegraph
Em um certo momento do campeonato não muito distante, Lewis Hamilton parecia o azarão pela conquista do título. O começo de temporada foi tímido. Viu Vettel e até Ricciardo se destacarem. A primeira vitória do ano veio apenas em Baku. Enquanto duelava com a Ferrari, ficava claro que os vermelhos tinham aparente vantagem no conjunto, algo inédito nos últimos anos.

Depois da França, a F1 desembarcou na Alemanha. Com o abandono da Áustria e o 14° lugar no grid de Hockenheim, se avizinhava um período de grande dificuldade e o preocupação para o atual campeão. Seria difícil somar muitos pontos, sem contar com a mais que provável vitória do concorrente direto. Pois foi aí que houve a grande virada.

Vettel começou a ter uma série de erros quando precisava confirmar o favoritismo. Alemanha e Itália são os exemplos. Hamilton começou a capitalizar. Em Cingapura, já com a FIA de olho na potência do carro italiano, ali parece ter murchado a confiança dos italianos, além da diferença de desempenho do SF71H.

O resultado é uma sequência avassaladora de vitórias de Hamilton e erros de Vettel que, a exemplo do ano passado, devem determinar o penta de Lewis muito antes do esperado. Ano passado foi no México, esse ano dá para ser antes, nos Estados Unidos. Basta Hamilton vencer e Vettel ficar em terceiro ou então uma série de combinações que estou com preguiça de pesquisar e colocar por aqui.

Por falar em 2017, olhem isso:


O comparativo entre a tabela do campeonato no ano passado (à esquerda) e nesse ano (à direita). Percebam como está tudo praticamente igual: Hamilton exatamente com o mesmo número de pontos, enquanto Vettel consegue ter um ponto a menos. No ano passado, justamente, o título de Vettel começou a ir embora no acidente de Cingapura, no abandono no Japão e o motor problemático da Malásia...

Lewis Hamilton atingiu o auge da forma e da maturidade, o pensamento de campeão, de que tudo vai dar certo. Bem diferente daquele Lewis que vimos até uns dois anos atrás, que foi desestabilizado até por Rosberg. Mesmo sem o melhor carro em várias provas, arrancou resultados muito acima do esperado, soube ter equilíbrio. Tudo o que Vettel não demonstrou nos dois anos. Não aprendeu com os erros e ficou refém da instabilidade emocional. Se poderia ou não ser campeão é outra conversa, mas certamente deveria ter apresentado mais resistência para Lewis nos dois campeonatos.

Ademais, interessante notar que Raikkonen cresceu justo na temporada em que foi mandado embora e Verstappen, mesmo ainda errando muito, também subiu de produção. Ricciardo, vítima do motor Renault e do alijamento da Red Bull caiu, assim como Bottas, ainda zerado na temporada e de fato um verdadeiro segurança de Lewis. Não que ele precise, mas assim são as ordens de Toto.

Lewis Hamilton. 331 pontos em 2017. 331 pontos em 2018. A regularidade é que faz a diferença e transforma em campeões. Vettel e Ferrari precisam aprender, mais do que nunca. Errar três vezes é atestado de muita burrice, não é mesmo?

Até!

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