quarta-feira, 9 de maio de 2018

ESCÂNDALO À VISTA?

Foto: MotorSport
No início dessa semana, o jornal italiano La Reppublica publicou que a Fórmula 1 está envolvida em um esquema internacional de lavagem de dinheiro que já teria ocultado 80 milhões de euros. Atualmente, existem 24 frentes de investigação, iniciada em 2012 e que já possui 82 pessoas consideradas suspeitas na Alemanha, Suíça, Inglaterra e Mônaco, além da própria Itália.

E o que a F1 tem a ver com isso? Bom, segundo a investigação, a história começa a se relacionar através da negociação do direito de imagem dos pilotos, vendido a empresários italianos a preços acima do normal. Para isso, os pagamentos eram feitos em dinheiro vivo em pastas com 150 mil euros cada na sede da SIAS (empresa que administra o autódromo de Monza) e retirados por capangas de Bernie Ecclestone, o antigo chefão da FOM e que cuidava das negociações com os circuitos da F1.

O direito de imagem dos pilotos era vendido aos empresários através da criação de duas empresas-fantasma (Ara e Ad Evolution). O dinheiro das maletas era lavado em empresas offshore das Ilhas Marshall e no Panamá.

Pessoas importantes do automobilismo já foram interrogadas pela investigação. É o caso de Nicolas Todt, empresário de diversos pilotos e filho de Jean Todt, presidente da FIA. Ele admitiu que um contrato com empresários italianos para colocar um adesivo da marca italiana Gaudi Trade no capacete do falecido Jules Bianchi (da também falecida Marussia) custou 1,25 milhão de euros. Por Jules ser um jovem piloto em uma equipe pequena, o valor do adesivo teria um valor entre 50 a 100 mil euros. Ou seja: foi pago um valor dez vezes maior.

Foto: Rach F1


Que empresas utilizam o esporte (sobretudo o automobilismo) para lavar dinheiro não é novidade para ninguém. Os russos e xeques que compram times de futebol da Europa estão aí para provar. Entretanto, dessa vez não é apenas uma impressão popular. É uma investigação que dura seis anos. Seria a ponta do iceberg (mas bota ponta nisso). Só aguardando novos capítulos da investigação para entender mais sobre isso.

Será que isso vai ficar só na Itália ou vai ser vazado de outros países?

Até!

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