quinta-feira, 20 de julho de 2023

GP DA HUNGRIA: Programação

 O Grande Prêmio da Hungria (Magyar Nagydíj, em húngaro) foi disputado pela primeira vez em 1936, no circuito urbano de Népliget, na cidade de Budapeste. Somente em 1986 voltou a ser disputado, quando entrou para o calendário da Fórmula 1, agora no sinuoso e travado circuito de Hungaroring.

Foto: Wikipédia

Melhor volta em corrida: Lewis Hamilton - 1:16.629 (Mercedes, 2020)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:13.447 (Mercedes, 2020)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Lewis Hamilton - 8x (2007, 2009, 2012, 2013, 2016, 2018, 2019 e 2020)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 255 pontos

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 156 pontos

3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 137 pontos

4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 121 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 83 pontos

6 - George Russell (Mercedes) - 82 pontos

7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 74 pontos

8 - Lance Stroll (Aston Martin) - 44 pontos

9 - Lando Norris (McLaren) - 42 pontos

10- Esteban Ocon (Alpine) - 31 pontos

11- Oscar Piastri (McLaren) - 17 pontos

12- Pierre Gasly (Alpine) - 16 pontos

13- Alexander Albon (Williams) - 11 pontos

14- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos

15- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 5 pontos

16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos

17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos

18- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 411 pontos

2 - Mercedes - 203 pontos

3 - Aston Martin Mercedes - 181 pontos

4 - Ferrari - 157 pontos

5 - McLaren Mercedes - 59 pontos

6 - Alpine Renault - 47 pontos

7 - Williams Mercedes - 11 pontos

8 - Haas Ferrari - 11 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 9 pontos

10- Alpha Tauri RBPT - 2 pontos


O VELHO RICCIARDO

Foto: Wikipédia

Obviamente que o grande assunto do final de semana é o recomeço da carreira de Daniel Ricciardo, reestreando na F1 na antiga Toro Rosso, hoje Alpha Tauri. Os meses de ausência também serviram para o australiano reavaliar toda a trajetória. Fora da competição e apenas assistindo as corridas como piloto reserva da Red Bull, esse período serviu para que a chama voltasse a acender. Outro fator importante foi voltar para onde tudo começou: a empresa de energéticos.

"Me desapaixonar pela F1 foi também pelo impacto na minha confiança. Claro, se você está competindo em um esporte ou tentando ser o melhor em alguma coisa, o melhor do mundo em alguma coisa, você realmente precisa de confiança total, crença total, e quando isso começa a diminuir um pouco, a curtição também começa a cair. Foram muitos fatores e, voltar para a Red Bull, a recepção que tive ao voltar para aquela equipe, foi, de uma maneira positiva, um pouco esmagadora.

Quando voltei ao simulador, ainda estava um pouco em dúvida de como seria, se ainda sentiria o carro como costumava sentir, se ainda seria, por falta de palavras melhores, o velho eu. Quando fiz algumas sessões no simulador e voltei a me sentir como eu mesmo, isso me trouxe de volta ao Daniel normal, me apaixonando e pronto para começar de novo.

Quando você está mirando o topo, nem todo mundo consegue, então isso parece muito… São muitas histórias tristes, nem todo mundo tem a trajetória do herói, então acho que foi importante manter a perspectiva e também aprender com tudo isso. Entendi que, se eu ainda quisesse, se ainda tivesse aquele desejo, poderia aprender com alguns dos meus erros ou fraquezas. Não sei, só tentei… Mesmo que não quisesse estar naquela posição, ainda tentei encontrar o lado bom nisso para que pudesse seguir adiante e ser uma versão mais completa de mim mesmo.

É isso que, certamente, estou começando a sentir neste ano. Voltar para a Red Bull e tudo mais me faz sentir como se tudo isso tivesse acontecido por uma razão se usado da maneira certa", disse em entrevista para o site da F1.

É uma jornada espiritual, acima de tudo. Todo mundo está curioso para saber se aquele Ricciardo que tinha pinta de futuro campeão do mundo na Red Bull ainda existe ou o efeito McLaren foi realmente defastador. Talvez a verdade esteja no meio desses extremos, mas começaremos a saber agora, na Hungria. Bem vindo de volta, Ricciardo!

APOSENTADORIA?

Foto: Red Bull Content Pool

Não é a primeira vez que Max Verstappen fala em deixar a F1 no médio prazo. Os motivos? A insatisfação com as sprint race e o aumento do número de corridas no calendário, o que prejudica e desgasta a logística de todos os envolvidos no circo da F1. Nesta semana, ele fez novas declarações, onde acrescentou o desafio da parceria com a Ford a partir de 2026 como outro fator de motivação ou não para seguir na categoria:

"Penso que é um projeto muito interessante para nós. E para mim, é muito importante saber o que está rolando, também para meu futuro com o time. Tudo parece promissor. É claro, vamos disputar contra todas essas montadoras e será difícil, mas os sinais são bons. Agora, precisamos tentar e entregar.

Para a revista alemã Auto Motor und Sport, Max novamente se mostrou descontente com o calendário de 24 corridas que vai entrar em vigor ano que vem, se não tiver imprevistos iguais aos desse ano, como os cancelamentos de China e Ímola.

“É muito para mim, mas temos de lidar com isso. Penso que é ao menos mais lógico do jeito que foi planejado. É o melhor para todo mundo. São mais coisas que precisam acontecer para eu dar certeza se quero ficar muito tempo ou não, mas isto não está ajudando, é uma certeza”, concluiu.

A verdade é que tudo depende de como a Red Bull vai estar daqui três anos. Já ouvimos e lemos essas coisas muitas vezes. No entanto, basta perder a hegemonia que subitamente aquela chama competitiva volta com tudo. Esportistas são competidores viscerais. Raros são aqueles que "param por cima" ou conseguem abrir mão de uma posição de domínio que foi batalhado a vida inteira. Não me parece que Max tenha esse perfil e não sei se, mesmo multicampeão, ele teria esse peso de mudar determinadas situações internas da F1. 

TRANSMISSÃO:
21/07 - Treino Livre 1: 8h30 (Band Sports)
21/07 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
22/07 - Treino Livre 3: 7h30 (Band Sports)
22/07 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
23/07 - Corrida: 10h (Band)







terça-feira, 18 de julho de 2023

MONTANHA RUSSA

 

Foto: Red Bull Content Pool

Ricciardo é um dos pilotos que eu mais escrevi por aqui em quase dez anos, por diferentes motivos. Ele estava em alta quando comecei o projeto por aqui, desbancando Sebastian Vettel na Red Bull e depois teve toda a trajetória até surgir Max e o “expulsar” para a Renault.

A aposta foi em vão e a McLaren seria uma última chance. Mesmo que tenha vencido, Ric nunca entregou o que se esperava e pelo que ainda recebe de Woking. Escrevi que a trajetória na F1 como piloto de elite tinha acabado e que um retorno não faria sentido, em termos competitivos, para projetos menores ou coadjuvantes.

Acontece que o tempo é imprevisível e as circunstâncias mudam. Lembro de, anos atrás, Ricciardo estar frustrado com o fato de que o tempo passava e ele já estava ficando “velho” para ser campeão. Tinha poucas vitórias para alguém do gabarito dele. É um pensamento compreensível. Todo mundo quer chegar na F1 para dominar e fazer história.

Acontece que nem todo mundo vai ser um Fangio, Schumacher ou Hamilton nos números absolutos. É um elemento raro, depende claro da qualidade mas também do timing. Aí, cria-se pensamentos duvidosos. Como que a carreira de Ricciardo deu errado se um menino saído da Austrália subiu para a Red Bull, desbancou um tetracampeão e venceu oito vezes na categoria e por duas equipes diferentes?

A expectativa é mãe da decepção. Se olhar pela frieza dos números e da análise, Ricciardo nunca brigou pelo título. Culpa dele, do carro, do timing, de ter Verstappen no momento errado e na hora errada? E quando teve Kvyat e o carro não era o suficiente (inclusive perdeu em pontos para o russo)?

Bom, a jornada do herói Ricciardo parece que agora tem um propósito mais evidente: voltar a ser feliz. Sete meses ausente para alguém que vive isso desde adolescente lhe permitiu repensar prioridades e conceitos. Claro, todos estão ali para ser o melhor, mas o objetivo principal do australiano parece ter sido atingido: voltar a ser feliz em um ambiente onde ele fica feliz.

O segundo passo é retomar a confiança nessas corridas que restam em 2023. Não é falta de pretensão, mas está entre a diversão de correr e o que será possível fazer com a Alpha Tauri, a nova Toro Rosso. Caso as respostas sejam positivas, será inegável para todos a comparação com Sérgio Pérez: o Ricciardo 2.0. seria páreo para Verstappen em uma Red Bull que tem alguns anos de domínio pela presente?

É possível pensar em várias óticas e critérios. Não há um lado ou um pensamento totalmente certo ou completamente equivocado. São visões, narrativas. O que é inegável, no entanto, é que a vida e a carreira de Daniel Ricciardo estão numa verdadeira montanha russa de emoções recentemente. O blog é testemunha dessa repercussão.

Até!

terça-feira, 11 de julho de 2023

DE VOLTA ÀS ORIGENS

 

Foto: Reprodução/Red Bull Content Pool

Conforme antecipado em maio e até mesmo na semana passada, Nyck De Vries era alguém marcado para dançar. A experiência na F1 durou apenas 11 corridas, 10 na Alpha Tauri e 1 na Williams. Monza parece ter "enganado" Helmut Marko diante de uma Red Bull sem opções para substituir a saída de Gasly. Não apostar em Mick Schumacher ou nos outros talentos mostra o problema atual da academia de pilotos da Red Bull: não há novos talentos.

A prova é que, com a demissão de Nyck De Vries, o escolhido é um velho conhecido, longe de ser uma surpresa: sete meses depois, Daniel Ricciardo está de volta ao grid e a Faenza. A única diferença é idade e o fato da equipe ter mudado de nome.

Oficialmente, contrato até o fim do ano. Os testes de pneu da Pirelli realizados em Silverstone nessa semana foram preponderantes para a mudança no curso na temporada. O australiano impressionou Horner e Marko. Como resultado, De Vries se junta a uma extensa lista de pilotos incinerados na Alpha Tauri/Toro Rosso, que tem Brandon Hartley, Alguersuari, Buemi, Vergne, Speed, entre outros.

De fato, a passagem do holandês foi apagada. Estrear na categoria "velho", aos 28 anos, mesmo vencido a F2 e a FE não foi o suficiente para mantê-lo ao menos até o fim do ano. O holandês teve dificuldades para se adaptar a F1, o que é normal, mas está fazendo parecer com que Yuki Tsunoda tenha dado um salto de qualidade.

A academia de pilotos da Red Bull vive uma entressafra. A escolha de De Vries foi um exemplo disso. Apesar de seis pilotos da academia estarem na F2 e Liam Lawson, teoricamente o mais próximo da vaga, estar na Super Fórmula lá no Japão, a escolha foi pelo mais experiente, o que prova que a filosofia da equipe mudou, além do nome.

Há boatos que a Red Bull quer vender a Alpha Tauri, uma equipe que hoje está jogada às traças. Franz Tost se aposenta no fim do ano, a Honda vai sair em breve e não há um projeto sólido de crescimento. A equipe é lanterna nos construtores. O retorno de Ricciardo é um teste para Tsunoda. Agora, veremos se o japonês realmente evoluiu ou apenas se aproveitou de um baixo nível de competição. É tipo a situação do Mick Schumacher na Haas com Mazepin e depois com Magnussen.

Ricciardo vai ter que se adaptar a equipe, é óbvio, mas sete meses fora da categoria não enferruja ninguém, ainda mais quem acabou de fazer um teste e está constantemente nos simuladores dos taurinos em Milton Keynes. Muito além de voltar às origens, Ricciardo tem um objetivo flagrante.

 Mostrar desempenho, mostrar a todos que está de volta e ainda é um piloto de ponta para que, no futuro, volte para os grandes assentos, seja em 2024 ou até mesmo 2025, afinal Pérez tem mais um ano de contrato, mas está cada vez entregando menos resultados. Sabemos que a natureza de Horner e Marko são de rupturas intempestivas, então a chance de Ricciardo pode aparecer mais cedo do que tarde.

O sorridente australiano retorna para onde tudo praticamente começou, se fomos fingir que ele não fez as primeiras corridas da carreira na finada Hispania. É como aquela promessa do seu time que vai para a Europa muito cedo e volta para jogar já mais experiente, quase veterano. 

Agora, é tudo com Ricciardo. A última parte da carreira tem uma grande chance de retorno ao protagonismo e a redenção. Será que ele desaprendeu? Será que na Red Bull/Alpha Tauri a confiança voltou? Na dúvida, sorria.

Até!

segunda-feira, 10 de julho de 2023

PICOS E ARMADILHAS

 

Foto: Getty Images

Escrevo isso sentado numa cadeira no meu quarto. No momento, não tenho como estar num avião como Oscar Piastri ou Lando Norris. A conta bancária deles vai muito além de 30 reais e algum sonho.

Uma dupla extremamente talentosa na McLaren. De Norris já sabemos o que esperar, e ele continua mostrando cada vez mais resultado. Não a toa ele fez Daniel Ricciardo ser pago para não trabalhar mais em Woking.

Do outro lado, Oscar Piastri. Uma das estreias com maior pressão na categoria nos últimos tempos. Não pela desconfiança do talento, afinal ninguém vence F3 e F2 de forma consecutiva sem ter o algo a mais, mas sim por chegar na McLaren após uma briga judicial com a Alpine e enfrentar Norris, o dono do time e pupilo de Zak Brown, com um ano inativo, só em simuladores franceses.

Uma nova rota para obter novas coisas. Embora a situação na Alpine fosse terrível e as consequências pudessem ser bem ruins, Piastri recusou a oferta. Manteve a postura e foi para a McLaren para prosperar.

O carro da McLaren não começou bem, igual ano passado. Inexperiente na categoria, é natural que Piastri levasse desvantagem nos treinos, no ritmo de corrida e nas atualizações atrasadas do carro. Ficou evidente que a verdadeira diferença de ambos não estava reproduzida nos pontos, qualyfings ou corridas. Norris ainda não atingiu o auge, é verdade, mas Piastri tem uma margem de crescimento muito maior. Silverstone mostrou isso para ambos.

O final de semana quase propiciou um pódio duplo, o que seria o primeiro do australiano. Um Safety Car e talvez uma estratégia equivocada de pneus não permitiram isso. A questão é: qual é o potencial da McLaren? É possível continuar melhorando o carro a partir das atualizações para mostrar que esse ritmo não foi apenas abençoado pela corrida da casa?

É possível ter essa consistência de se defender de Mercedes com pneus macios e ainda assim dar um certo incômodo no intocável Max Verstappen? Se a McLaren fizer o trabalho dela, os pilotos também vão.

Milhares de segundos e milésimos. Os problemas, perdas e erros são lições aprendidas, como Norris ter perdido a vitória inédita na Rússia por não colocar pneu de chuva. Ele também lida com a própria saúde mental até hoje e está prosperando.

Piastri está no caminho do crescimento. Vai maturando e melhorando o desempenho. No futuro, talvez, possa estar no mesmo nível ou além de Norris, afinal tem credenciais para isso. Vai depender do contexto e do time moldado (ou não) para Lando e os projetos futuros que envolvem a equipe de Zak Brown e outros movimentos de mercado, principalmente para 2026.

Há picos e armadilhas. Desistir não é o caminho, pessoal, diria o autor do ep STILL (Five and a F*** You) em um passado não muito distante.

Até!

FÓRMULA VERSTAPPEN

 

Foto: Getty Images

Tirando Max, até que a F1 está bem interessante, com grandes disputas e alternâncias, menos pelo primeiro lugar. Um universo paralelo.

Começando que, novamente, aquele que deveria fazer alguma frente sequer finge. Outra vez Checo Pérez ficou pelo caminho e conseguiu ser eliminado no Q1 no sábado. Nem mesmo a corrida de recuperação tímida, com o Safety Car, o defende. Só o patrocínio de Carlos Slim e o sucesso estrondoso de Max que colocam essas questões para segundo plano.

A grande novidade do final de semana. Será que o desempenho da McLaren é fruto do acaso do finde ou podemos ver o time de Woking consistente nas próximas semanas? Piastri recebeu as atualizações e também brilhou. O azar do Safety Car tirou o que seria o primeiro pódio do jovem australiano.

Norris é realidade. Só precisa de um carro para fazer o que faz. Assumiu a ponta largando melhor e depois fez o que era possível. No fim, o que poderia ser um erro de conservadorismo da McLaren ao escolher os pneus duros para a parte final se mostrou um acerto graças a garra e qualidade dos pilotos, que resistiram com maestria aos ataques da dupla da Mercedes.

Norris e Piastri, cada vez mais ambientado com a categoria, com o equipamento certo, podem fazer muitas coisas na F1. Depende da McLaren agora transformar isso em algo raro ou recorrente. Como é bom ver o talento prosperando.

A Mercedes segue no mesmo ritmo, mas em corrida ainda está bem. Hoje, teve sorte e competência para ganhar posições no Safety Car e conseguir mais um pódio para Hamilton - o 195° da carreira - azar de Russell, uma tônica no ano. Ainda falta algo a mais para as ex-flechas de prata. O caminho é longo e surgem muitos adversários. Uma hora é Aston, outra McLaren, depois Ferrari... só falta a Alpine chegar.

A Ferrari foi a de sempre: azar e incompetência na estratégia. Tiraram Leclerc e Sainz de bons pontos para ficarem em nono e décimo. Só três. É impressionante a falta de leitura, timing e consequentemente sorte para esses caras. Não tem como não enlouquecer sendo torcedor ou algum membro do cavalinho rampante.

A Aston Martin parou e as adversárias cresceram. Sozinha com Alonso, alguns bons pontos também graças a estratégia e a sorte do Safety Car e só. Talvez uma nova atualização para depois das férias seja necessária para voltar a sonhar com pódios. Muitos já falam em projeto 2024...

Albon é uma realidade. A veloz Williams foi consistente o final de semana inteiro, então não foi surpresa mais pontos para o tailandês nascido e criado na Inglaterra. Quase que ele passa Alonso e ainda deixou as Ferrari para trás. No mínimo, está cavando um retorno para alguma equipe melhor estruturada.

Alpine longe do potencial e a bagunça de sempre, Haas com problemas e as Alf(ph)as jogadas às traças: Tauri e Romeo. 

A Fórmula 1 sem Verstappen seria algo muito bacana. As forças mudam conforme as corridas e as atualizações fazem com que todos consigam brigar, ou ao menos sonhar e surpreender. Menos para vencer, é claro. Aí, Max continua na viagem solitária rumo ao tri campeonato.

Confira a classificação do GP da Inglaterra:


Até!

sexta-feira, 7 de julho de 2023

NINGUÉM

 

Foto: Andrej Isakovic/AFP

E segue a jornada solitária de Max Verstappen rumo ao tricampeonato. Sem adversários, o máximo que o holandês é ameaçado são nos treinos. Aparentemente, a Ferrari vem forte como a segunda força, mas sabemos que na corrida a história é outra.

A Aston Martin parece estar um pouco mais atrás, enquanto a Mercedes é uma incógnita. O velho truque de esconder o jogo na sexta para brilhar no domingo. Ou será que as novas atualizações não estão rendendo o esperado? Mistério...

Quem surpreende, ao menos nos tempos, é a Williams. Claro, sexta-feira e tudo mais, mas o time de Alexander Albon está em ascensão desde o Canadá. Quem sabe o efeito GP 800 da equipe de Grove não seja um impulso importante?

Ademais, até aqui o grande fato do final de semana é que Silverstone está sendo palco também da gravação de cenas de um filme de Fórmula 1 que será estrelado por Brad Pitt e tem a supervisão de Lewis Hamilton.

O personagem de Pitt é um piloto aposentado que volta para a categoria para ser tutor de um jovem talento. Um carro desenvolvido pela Mercedes e Carlin e com dublês está correndo pela pista no final de semana e em outras localidades para desenvolver o filme, sem título e tampouco com data de lançamento definida.

E assim a F1 segue. Quem sabe, com o perdão do clichê, não possamos ter uma corrida de cinema? Ou ao menos uma equipe diferente vencendo?

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!


quinta-feira, 6 de julho de 2023

GP DA INGLATERRA: Programação

 O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.

Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:27.097 (Red Bull, 2020)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:24.303 (Mercedes, 2020)
Último vencedor: Carlos Sainz Jr (Ferrari)
Maior vencedor: Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2016, 2017, 2019, 2020 e 2021) - 8x

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 229 pontos
2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 148 pontos
3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 131 pontos
4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 106 pontos
5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 82 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 72 pontos
7 - George Russell (Mercedes) - 72 pontos
8 - Lance Stroll (Aston Martin) - 44 pontos
9 - Esteban Ocon (Alpine) - 31 pontos
10- Lando Norris (McLaren) - 24 pontos
11- Pierre Gasly (Alpine) - 16 pontos
12- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos
13- Alexander Albon (Williams) - 7 pontos
14- Oscar Piastri (McLaren) - 5 pontos
15- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 5 pontos
16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos
17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos
18- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Red Bull RBPT - 377 pontos
2 - Mercedes - 178 pontos
3 - Aston Martin Mercedes - 175 pontos
4 - Ferrari - 154 pontos
5 - Alpine Renault - 47 pontos
6 - McLaren Mercedes - 29 pontos
7 - Haas Ferrari - 11 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 9 pontos
9 - Williams Mercedes - 7 pontos
10- Alpha Tauri RBPT - 2 pontos

JÁ PREOCUPADOS PARA 2026

Foto: Getty Images

Embora a Red Bull esteja no topo da cadeia alimentar da F1 e provavelmente vá manter esse status ao menos até 2025, os taurinos já estão preocupados com 2026, quando o novo regulamento de motores e o novo Pacto de Concórdia (ainda não assinado pelas equipes) entrarão em vigor.

A avaliação é feita a partir dos dados do simulador. De acordo com trecho da reportagem do Grande Prêmio, "de 2026 em diante, as unidades de potência terão a parte elétrica ampliada, na mesma proporção que o motor a combustão interna (ICE). Além disso, serão PUs preparadas para funcionarem com combustível 100% sustentável — uma evolução natural no setor automobilístico frente às questões ambientais". 

O que preocupa Max Verstappen e Christian Horner, no entanto, é o excesso de potência nos novos motores em detrimento da aerodinâmica.

“Talvez seja preciso prestar atenção com urgência antes que seja tarde demais. Analisar a relação entre poder de combustão e energia elétrica para ter certeza de que não estamos criando um Frankenstein técnico que vai exigir que o chassi compense com aerodinâmica móvel para reduzir o arrasto em tal nível que afete a corrida”, disse Horner.

Max Verstappen foi além:

“Também tenho conversado sobre isso com a equipe e vi dados no simulador. Para mim, parece bem terrível. Se você estiver de pé embaixo na reta em Monza, não sei, uns 400, 500m antes do final da reta, terá de reduzir a velocidade porque é mais rápido. Eu não acho que esse é o caminho a seguir. Mas, claro, essa é provavelmente uma das piores pistas.

Para mim, o problema é que parece que vai ser uma competição de motores a combustão, então quem tiver o motor mais forte terá grandes benefícios. Essa não deveria ser a intenção da Fórmula 1, pois aí vai começar uma guerra massiva de desenvolvimento de novo e será muito caro encontrar alguns cavalos de potência aqui e ali.

Além disso, os carros provavelmente terão muito menos arrasto, então será ainda mais difícil ultrapassar na reta. Você tem a aerodinâmica ativa, que não pode controlar, e o sistema vai controlar isso para você — o que acho que vai atrapalhar muito a pilotagem, pois prefiro controlar sozinho.

Além disso, o peso do carro está aumentando novamente. Então, sim, temos de olhar seriamente para isso, porque 2026 não está tão longe. No momento, para mim, parece bem ruim com os números que já noto pelos dados. Portanto, não é algo que me deixe muito animado no momento”, afirmou.

Bom, pode ser algum elemento de pressão diante de algumas tentativas, ainda embrionárias, que supostamente não deram certo para o lado da Red Bull, mas aí é muita especulação e ainda falta muito tempo para isso. O que eu gostaria de destacar, no entanto, é os caras já estarem tão focados no médio longo-prazo. Tudo para não perder uma hegemonia que foi reconquistada depois de muitos anos de erros e acertos. Interessante.

LONGE DOS 100%

Foto: Getty Images

A fase não é boa para Sérgio Pérez, dentro e fora das pistas. As eliminações recorrentes no Q2 nas últimas corridas deixam o piloto e a equipe em alerta para o futuro. Embora tenha contrato até 2024, há a sombra de Daniel Ricciardo caso Checo não se recupere imediatamente.

Na Áustria, no caso, parece que uma coisa levou a outra. O mexicano declarou não estar se sentindo bem clinicamente e está preocupado com isso, pois acredita que não vai se recuperar a tempo para o GP da Inglaterra.

Checo foi liberado das atividades de imprensa da quinta-feira passada (29), com mal-estar. Os problemas físicos, clínicos e a pressão deixam Pérez numa situação de muito sacrifício e desgaste.

“Tem sido um fim de semana muito difícil para mim pessoalmente, fisicamente. Tenho estado muito, muito fraco. Eu estava doente na quinta-feira. Portanto, não foi um fim de semana fácil. Não dormia direito durante o fim de semana.

É um esporte muito exigente, dentro e fora do carro. Tenho estado muito doente e, por isso, espero poder recuperar dentro de alguns dias, porque Silverstone é outra corrida muito dura, muito exigente. Realmente preciso de tempo. Estou muito longe de 100% no momento", afirmou.

Se 100% e no ápice físico, técnico e clínico já é difícil suportar as responsabilidades da Red Bull, imagina debilitado e pressionado. Ao que parece, o calvário de Checo não vai terminar tão cedo, a não ser que surja um ato de heroísmo em Silverstone. Ou que os remédios e repouso façam feito. Melhoras, Checo.

TRANSMISSÃO:
07/07 - Treino Livre 1: 8h30 (Band Sports)
07/07 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
08/07 - Treino Livre 3: 7h30 (Band Sports)
08/07 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
09/07 - Corrida: 11h (Band)