domingo, 9 de maio de 2021

DE BANDEJA

 

Foto: Getty Images

Max Verstappen fez o mais difícil. Passou Hamilton na largada e segurou o inglês por boa parte da corrida. No entanto, hoje foi o dia da Red Bull não fazer sua parte, ou então facilitar o trabalho da Mercedes que, é claro, teve sua competência através de seus integrantes e de Lewis Hamilton para reverter o quadro e vencer pela terceira vez na temporada.

A própria Mercedes que, no entanto, também teve seu vacilo na primeira metade da prova. Verstappen, pressionado, parou primeiro. Teve quatro segundos de pitstop, um tempo bem lento, suficiente para que Hamilton voltasse a frente caso parasse na volta seguinte. Não foi o que aconteceu. O inglês andou mais algumas voltas e voltou atrás, mas a estratégia era essa: usar a ampla diferença de pneus usados e partir para a vitória.

Não foi isso que aconteceu. Hamilton colou em Max mas a Mercedes antecipou a segunda parada, colocando a Red Bull em uma sinuca: ou parava imediatamente e corria risco de perder a liderança nos boxes ou na pressão, ou tentava ir com o holandês até o fim e tentar segurar Lewis. O segundo caminho foi seguido, mas sem o resultado esperado.

Claro que falar agora é fácil, mas a Red Bull deveria ter sido mais pragmática: marcar a Mercedes, mais especificamente Lewis Hamilton. Com pneus iguais e praticamente no mesmo estado, Max teria chance maior de se defender. No entanto, no final, foi presa fácil. Sem pneu, Max parou para fazer a volta mais rápida. Foi isso que a Red Bull escolheu, ao invés de tentar vencer.

É evidente que o ritmo de corrida da Mercedes continua superior, mas hoje a Red Bull entregou de bandeja a 98a vitória de Hamilton, que no sábado foi o primeiro piloto da história a atingir três dígitos de pole position, algo inimaginável. 3 a 1 e alguns bons pontos de vantagem num longo campeonato. Ainda falta muito, mas a Red Bull precisa reagir de alguma forma. Pérez nesse final de semana não foi bem. Um velho problema dos taurinos: não há segundo carro, seja com Pérez, Albon ou Gasly...

No resto, o grande vencedor foi Charles Leclerc. Quarto lugar com autoridade. Ricciardo reagiu e superou Norris. Ocon vive grande fase e conseguiu colocar a Alpine nos pontos, assim como Gasly e a Alpha Tauri. Raikkonen, se tivesse um carro melhor, conseguiria algo bom, fez boa estratégia, assim como Russell. Vettel e Alonso, por questões distintas, seguem com muitas dificuldades nesse início de temporada. Para o alemão, parece ser um caso irreversível em um carro que também não ajuda, mas perder para o filho do dono é constrangedor, ainda mais sendo um tetracampeão.

Mick Schumacher segue evoluindo e tentando brigar com as Williams. É o que pode fazer além de surrar o russo que já tem a antipatia de quase todo o grid. 

Nas ruas de Mônaco, Mazepin pode ser um diferencial porque é garantia de Safety Car ou bandeira vermelha, apenas não sabemos quando. É no Principado que os taurinos precisam reagir e a Mercedes manter a hegemonia do início do ano.

Confira a classificação final do GP da Espanha:


Até!

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