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segunda-feira, 5 de março de 2018

ENFIM BOAS NOTÍCIAS

Foto: F1 Technical
Desde 2013 a McLaren vive o famoso processo de "Williamszação". Com desempenhos decadentes ano após ano, o que era para ser a salvação da lavoura virou um retumbante fracasso com a Honda. Todos sabemos.

Era necessário dar um basta nessa situação e tentar ressuscitar a segunda equipe mais vencedora da F1. Se apostar no passado vencedor com os nipônicos não deu certo, tava na hora de olhar para o presente e o futuro.

Com os desempenhos ruins, a McLaren foi perdendo patrocinadores importantes, processo esse que começou ainda em 2012, quando a Vodafone deixou de ser a patrocinadora principal da equipe. Com Ron Dennis pedindo demais para potenciais marcas, o desempenho pífio da equipe e a mentalidade obtusa do chefão (que acabou saindo da sociedade do time de Woking), a McLaren chegou ao final do poço.

Para retornar ao velho caminho de antes, o processo não será tão fácil. A nova parceria com a Renault nesses próximos anos deverão servir para que a McLaren volte a pontuar regularmente e, aos poucos, se confirmar como uma quinta ou até quarta força outra vez, quem sabe beliscando alguns pódios fortuitos.

O mau desempenho dos últimos anos obrigou os ingleses a terem que comprar os motores dos franceses. Se eles conseguirem ser mais competitivos que a filial, é muito capaz da parceria se desfazer daqui duas temporadas.

Foto: McLaren
Os testes de pré-temporada não mostram muita coisa, a não ser que a equipe conseguiu andar mais em uma semana do que em todas as últimas pré-temporadas juntas. O grande desafio é mostrar que a aerodinâmica dos últimos projetos de Peter Prodromou eram boas, apenas equipadas com um motor fraco e problemático. Me parece claro que o MCL33 vai evoluir e talvez brigue com a Renault pela quarta força, visto que a Force India não tem dinheiro o suficiente para brigar com eles.

A partir do ano que vem a Petrobras será fornecedora de combustível da McLaren, o que ela não fazia desde 2005, quando detinha uma parceria com a Williams que durou 5 anos. Nesse ano, a empresa brasileira irá trabalhar com os ingleses e a Renault para desenvolver a gasolina. A Petrobras participou apenas como patrocinadora da Williams entre 2014 e 2016. Seu retorno para a F1 é uma boa forma de recuperar o crédito com os investidores e o mercado depois dos inúmeros desvios da Lava Jato e outros escândalos políticos.

A McLaren nega que isso possa influenciar a presença de jovens pilotos brasileiros na equipe no futuro. Na década passada, na Williams, Antonio Pizzonia, Bruno Junqueira, entre outros. Coincidência ou não, a Carlin ("equipe" da McLaren na F2) terá Lando Norris, piloto reserva da equipe, e o brasileiro Sérgio Sette Câmara. O retorno de uma conceituada empresa brasileira na F1 talvez seja o primeiro passo para que os pilotos do país retornem para a categoria.

Renault, Petrobras, MCL33 laranja papaia... finalmente a McLaren começa a ter boas notícias e a perspectiva de um futuro melhor e condizente com a sua representatividade na F1.

Até!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

E AGORA, NASR?

Foto: HTE Sports
Depois de longos meses de especulação, bastaram-se dois dias para que as duas principais vagas disponíveis fossem definidas na F1, e com um desfecho nada bom para Felipe Nasr.

Favorito para a vaga da Force India, segundo apurou Reginaldo Leme, o brasileiro foi preterido pelo francês Esteban Ocon, hoje na Manor. Ele é piloto da Mercedes, que também fornece motores para a equipe de Vijay Mallya. Certamente haverá um desconto no custo anual dos motores do ano que vem para que o acordo fosse feito. Achei injusto. Ocon, por questões óbvias, ainda não mostrou credenciais para subir de estágio, até porque não tem nem dez corridas de F1. É a sua grande chance de mostrar qualidade em uma boa equipe, que briga por pontos e pódios. Por outro lado,quem merecia a vaga era Pascal Wehrlein, também piloto Mercedes e que conseguiu pontuar no GP da Áustria. Um grande feito. Será que está sendo preparado para 2018, no lugar de Hamilton ou Rosberg? Não seria melhor ir para a Force India? Teoricamente, ele está mais preparado que o francês. Enfim, Pascal terá que amargar mais um ano na Manor.

Na Renault, menos cotado, uma surpresa: a renovação com Jolyon Palmer. Embora tenha as credenciais de campeão da GP2, em 2014, ele estava a bordo da Carlin, o melhor carro sem sombra de dúvida. Na F1, o carro da Renault não permite muita coisa, mas Palmer também não teve desempenhos notáveis. Na comparação com o companheiro de equipe, está perdendo de 7 a 1. Certamente permanecerá pelo aporte financeiro que leva. Dá a impressão que a Renault não quer ser grande. Haviam opções melhores no mercado. Depois reclamam e querem sair da categoria, francamente... Hulkenberg terá vida fácil ano que vem.

Foto: F1 Fanatic
Na Haas, outra vaga interessante, a informação é quase concreta que Kevin Magnussen irá assinar com os estadunidenses por dois anos, com a opção de renovação por mais uma temporada. O dinamarquês, pra mim, é ainda uma incógnita. Badalado pelos resultados na categoria de base, foi queimado pela McLaren e nessa Renault não teve um desempenho tão espetacular, embora o carro não permita muita coisa. Esperava que Magnussen dominasse Palmer nos treinos, e isso não está acontecendo. Então, essa chance na Haas é um tira-teima, a última chance de demonstrar capacidade na F1. Para isso, irá contar com uma estrutura interessante e um bom companheiro de equipe para que a análise possa ser feita. A dupla da Haas será interessante de acompanhar. Convenhamos, qualquer coisa no lugar de Gutiérrez tá ótimo, não?

Nasr tem duas semanas para definir seu futuro. Só resta uma vaga na própria Sauber ou uma na Manor. Gutiérrez, Haryanto e até Giovinazzi, da GP2, foram especulados nessas vagas. Agora, quem pagar mais leva. Mais do que nunca, o Brasil corre risco de não ter representantes na categoria no ano que vem e, honestamente, seria melhor para Nasr buscar outra categoria do que correr no fundão do grid.

Foto: Williams
Para finalizar, o efeito Massa: A Petrobras anunciou que não seguirá na Williams e deixará na F1. Outra especulação é que o Banco do Brasil também deixaria de se envolver com a categoria. Isso seria um xeque-mate. Vamos aguardar.

Mais do que nunca, Nasr precisa se mexer. Ele é o único brasileiro em condições de correr na F1. Sem ele, não há ninguém pronto. Um importante mercado para F1 ficar sem representantes por alguns seria um desastre e diminuiria ainda mais o pouquíssimo interesse que existe na categoria atualmente.

Nasr está contra a parede e precisa dar um jeito de sair dessa situação.

Até!