Mostrando postagens com marcador de cesaris. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador de cesaris. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 15 de junho de 2020

ESPECIAL JORDAN: Parte 1

Foto: The Telegraph

Agora que a F1 está prestes a retornar, começamos um especial no blog que há tempos poderia ter sido feito, mas por inúmeros motivos apenas a pausa forçada da pandemia deu vazão e o ânimo necessários para isso: um especial sobre Eddie Jordan, um dos grandes personagens da F1 nos anos 1990 e início dos anos 2000.

Essa série vai abordar, em alguns posts, a saga de e da Jordan no automobilismo e seus momentos na Fórmula 1. Sem mais delongas, vamos lá então:

ANOS 1980: O INÍCIO

Martin Brundle correndo pela Jordan na F3. Foto: Getty Images

Em 1979, um desconhecido Edmund Patrick Jordan era um piloto de 31 anos que corria na Fórmula 3 Inglesa. Percebendo que seus anos competitivos estavam se aproximando do fim e a chance de chegar na F1 era quase remota, Eddie resolveu criar a própria equipe para ser chefe em 1980. E assim foi criada a Eddie Jordan Racing.

A equipe foi ganhar destaque apenas em 1983, na F3 inglesa, dois jovens pilotos de potencial disputavam o campeonato daquela temporada: o inglês Martin Brundle e um certo Ayrton Senna, campeão na última corrida que logo depois rumou para a Toleman.

Alesi, campeão da F3000 em 1989. Foto: Projeto Motor

Em 1988, a Jordan evoluiu para o último estágio antes da F1, a então Fórmula 3000. Johnny Herbert venceu a primeira corrida da equipe por lá e já no ano seguinte o talentoso Jean Alesi foi campeão da categoria para depois rumar a F1, onde estreou na Tyrrell. Outros pilotos que depois chegaram na F1 correram pela Jordan na 3000, como Eddie Irvine, Heinz Harald Frentzen e Martin Donnelly.

1991: ESTREIA NA FÓRMULA 1 COM UMA FUTURA ESTRELA

Andrea de Cesaris, no GP do Japão. Foto: LAT Images

O sucesso na F3000 fez com que crescesse o desejo de Eddie Jordan em chegar na F1, como uma equipe de futebol que sobe da Série B para a Série A. A chegada estava prevista para 1991, com o nome Jordan Grand Prix. O veterano John Watson foi o primeiro a testar. Na sequência, Jordan contratou o italiano Andrea De Cesaris e o francês Bertrand Gachot para serem os primeiros a estrearem pela Jordan.


Tudo isso foi possível graças ao patrocinador principal, o refrigerante 7Up, famoso por aqui por ter estampado a camisa do Botafogo campeão brasileiro em 1995. Equipado com motores Ford HB-V8, o modelo 191 foi a grande sensação da temporada e terminou em 5° lugar nos construtores com 13 pontos, com De Cesaris em nono.

Como já mencionado pelo blog em um post agora distante, a Jordan foi o epicentro de um acontecimento que mudou a história da F1. Na semana do GP da Bélgica, Bertrand Gachot foi condenado a dois anos de prisão por agredir um taxista e portar um gás proibido na Inglaterra que ele usou para agredi-lo. Sem dinheiro para terminar a temporada, Jordan acabou aceitando 150 mil libras da Mercedes para que o substituto fosse um jovem Michael Schumacher, então piloto da academia alemã que disputava corridas de protótipo. Precisando da grana, Jordan aceitou.

Heptacampeão fez a estreia na F1 pela Jordan, na Bélgica. Foto: Getty Images

Mesmo sem ter nenhuma experiência na F1 ou em Spa Francorchamps, Schumacher foi sete décimos mais rápido que De Cesaris e largou em sétimo. No entanto, o alemão andou poucos metros e abandonou. O italiano, por sua vez, ficou boa parte da corrida em segundo mas uma quebra de motor adiou o primeiro pódio da equipe. 

Jordan e Schummi: parceria que durou apenas uma corrida. Foto: Getty Images


Schummi ficou apenas uma corrida na Jordan e logo depois rumou para a Benetton. No final da temporada, a Jordan fez um verdadeiro vestibular pela vaga: o brasileiro Roberto Pupo Moreno, demitido da Benetton, participou de dois GPs pela equipe. No entanto, quem terminou a temporada por lá foi o italiano Alessandro Zanardi. Ainda correndo na F3000, a Jordan tinha os jovens Damon Hill e Vincenzo Sospiri como pilotos.

Depois de uma estreia surpreendente, o alto preço das expectativas foi caro demais. Em 1992, numa reestruturação financeira, a Jordan teve que trocar o motor Ford pela Yamaha, que não era competitiva. A Barclay virou a patrocinadora principal e a dupla de pilotos foi formada pelo italiano Stefano Modena (ex-Tyrrell) e o brasileiro Maurício Gugelmin (ex-March/Leyton House). A temporada foi decepcionante e a Jordan terminou os construtores em 11°, com apenas um ponto conquistado por Modena na corrida de Adelaide, empatada com a Larrousse e a Minardi.

Maurício Gugelmin, o primeiro brasileiro a guiar pela Jordan. Foto: Getty Images

Bom, por enquanto é isso. Em breve voltaremos com a sequência da história da Jordan na F1.

Até!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

SEGUNDO PLANO DE UM DOMINGO TRISTE

Foto: Blog Voando Baixo

Suzuka teve um final de semana bem estranho. Tudo começou com a ameaça do tufão, passou pela surpreendente saída de Vettel da RBR até culminar com o gravíssimo acidente de Jules Bianchi na volta 43 da chuvosa corrida Japonesa. O acidente mais grave da F1 nos últimos 20 anos.

O piloto saiu inconsciente do circuito com um trauma severo e passou por uma cirurgia na cabeça. O francês está inconsciente, mas respira sem a ajuda de aparelhos. Outra informação ao longo do dia diz que uma outra hemorragia foi detectada na cabeça de Jules e ele passaria por uma cirurgia nessa segunda-feira. Tudo boato.

Torço para a recuperação de Bianchi. Um piloto de grande potencial, e que certamente merecia algo melhor que a Marussia, onde conseguiu a façanha de chegar em 9° em Mônaco. Estava sendo especulado na Ferrari e na Sauber. Entretanto, o importante é a recuperação clínica, sem (ou com o menos possível de) sequelas.

Ah, o GP do Japão foi vencido por Lewis Hamilton, que deu um show na chuva e manteve a liderança do campeonato, agora com 10 pontos de vantagem em relação a Nico: 266 a 256. Entretanto, tudo isso acabou em segundo plano, em virtude do acontecimento que se sucedeu. Rosberg chegou em 2° e Vettel completou o pódio. Ricciardo, Button, Bottas, Massa, Hulkenberg, Pérez e Vergne completaram a zona de pontuação. A próxima corrida será semana que vem, no novíssimo GP da Rússia, em Sochi.

Foto: Getty Images
Com 208 GPs, nenhuma vitória e muitos acidentes graves na carreira em uma época onde guiar um F1 era muito perigoso, De Cesaris fez história na F1. Com suas pataquadas e pilotagens em equipes nanicas, o ex-piloto de 55 anos faleceu após sofrer um acidente de moto, em Roma.

Ele é um dos 13 pilotos que ultrapassou a marca de 200 corridas na F1. E, ironia do destino, faleceu em um acidente bobo, depois de ter sobrevivido a tantos outros em que participou e saiu ileso. Sua morte encerra um domingo negro, com a tristeza da morte de um piloto significativo da antiga F1 e a incredualidade e esperança na recuperação do jovem e talentoso Jules Bianchi.

#ForzaJules