segunda-feira, 26 de julho de 2021

TEMPO PARA RESPIRAR

 

Foto: Mark Thompson/Getty Images

São quatro meses e estamos indo para a décima primeira corrida. Em tempos não muito distantes, estaríamos nos aproximando do final da temporada, mas não estamos nem na metade.

Nesse meio tempo, chegamos a ter três corridas consecutivas e sem muito descanso. Com mais provas, algumas chegam a ficar no esquecimento, pois o calendário é muito corrido. Não dá tempo para digerir muito. É seguir e seguir.

A F1 chega na Hungria, reduto onde Lewis Hamilton já venceu incríveis oito vezes, numa tensão que há tempos não se via. Vai ser a primeira corrida desde o incidente de Silverstone. As duas semanas sem ação ao mesmo tempo que nos baixam a adrenalina, também nos deixam ansiosos para saber qual será a reação disso tudo.

Quando ficou claro que seria uma disputa mano a mano, mais do que um monólogo da Mercedes, ficou evidente que cada corrida importa e cada momento pode ser decisivo para um ou outro. Essa situação fica cada vez mais nítida agora que Max e Hamilton estão separados por sete pontos, assim como Red Bull e Mercedes estão a apenas quatro.

Essa intensidade na disputa e no número de corridas cobra um preço, até para o público. Mais corridas significam mais atenção e mais esforço para acompanhar. Num campeonato onde tudo está equilibrado, não há margem para não acordar, dormir ou algo do tipo. Tudo pode fazer a diferença. Não há tempo a perder.

O GP da Hungria marca o final da primeira metade da temporada. Incríveis onze corridas, onde a segunda metade, a princípio, terá ainda mais, doze! Ou seja: um campeonato inteiro pela frente. Se agora já estamos com essa sensação de esgotamento, imagina com mais 12 etapas em cinco meses? 

Depois da Hungria, é férias no verão europeu. É tempo para respirar. É tempo para descansar. Ao mesmo tempo, vai ser impossível não estar com a cabeça no futuro, ansiosos para voltar e descobrir o que vai acontecer na segunda metade desse campeonato que se avizinha o mais eletrizante da década. 

Bom, pelo menos têm as Olimpíadas e o retorno do futebol europeu para distrair, bem como a vacina chegando para o pessoal da minha idade, o que talvez permita sonhar em dar umas voltas com responsabilidade.

Até!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, esse é o espaço em que você pode comentar, sugerir e criticar, desde que seja construtivo. O espaço é aberto, mas mensagens ofensivas para outros comentaristas ou para o autor não serão toleradas.