domingo, 7 de maio de 2023

SEM ESFORÇO

 

Foto: Mark Thompson/Getty Images

O bom dessa F1 chata e imprevisível é que preciso cada vez escrever menos. Ainda bem. São muitas corridas, dá para basicamente fazer a mesma estrutura e mudar algumas coisas chave. 

23 corridas com o domínio da Red Bull vai ser uma tortura. Parabéns para a Liberty. O novo regulamento vai demorar para aproximar os times e o Pacto de Concórdia sequer está próximo de ser assinado. Bom, o mais importante para a Liberty é que agora as celebridades trazem engajamento para a categoria, circuitos genéricos de rua estão no calendário e as Sprint Race são um sucesso.

Sobre a corrida, a questão era saber em quanto tempo Verstappen chegaria em Pérez. 15 voltas, mesmo com pneus duros e uma suposta dificuldade em ultrapassar. Parece jogar no fácil. Mesmo de cara para o vento, Pérez só abriu 3,7 segundos para o holandês. A corrida acabou ali.

Estratégias diferentes e era só formalidade a vitória de Max ser confirmada, o que aconteceu no final, após a parada. A questão é que não existe disputa pelo título. Pérez não é adversário para Max. Isso não é uma crítica ao mexicano, é somente a realidade. A estrutura Red Bull foi montada, desde a adolescência de Max, para ele vencer e ser o protagonista. Hoje, igualou Vettel como o maior vencedor da Red Bull.

A diferença entre pilotos também é notória. Repito, os adversários de Max estão nas equipes inferiorizadas. Alonso, Hamilton, Russell... esses poderiam dar algum calor se tivessem equipamento competitivo. Como não há, a corrida é uma questão de saber quando Max vai vencer. Se larga na pole, a cobra foi morta no sábado. Quando algo diferente acontece, são 15 voltas até a formalidade acontecer.

Alonso completou o pódio e mostra que a consistência, mesmo no fim da carreira, é comovente. Khabib diz que não existe um segundo auge, mas a Fênix e Nas podem provar o contrário. A Mercedes vai depender do pacote da temporada européia. A Ferrari e seus pilotos não se ajudam, embora Sainz pelo menos não está batendo e trazendo pontos. Por falar nisso, a Alpine conseguiu um final de semana normal pela primeira vez no ano.

Magnussen trouxe um pontinho em uma das corridas da casa. A McLaren parece ser um caso perdido e a paciência de Norris talvez não exista mais. É isso que sobrou.

Em um campeonato particular, estamos vivendo a segunda era Red Bull, a primeira de Verstappen. Com calendário cada vez mais inchado, infelizmente isso será mais longo do que estamos acostumados. Bom, o esporte sempre foi assim. Para quem chegou depois de 2021, acostume-se.

Confira a classificação final do GP de Miami:


Até!


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