domingo, 5 de fevereiro de 2023

VELHA CONHECIDA

 

Foto: Getty Images

Na última sexta-feira, tivemos um anúncio importante para a F1 porque envolve grandes marcas. A atual campeã do mundo, a Red Bull, depois de quase fechar com a Porsche, anunciou que terá como parceira a Ford a partir de 2026, quando entra em vigor a nova especificação de motores.

Até lá, os taurinos mantém a parceria com a Honda, embora o nome oficial da unidade de potência seja Red Bull Power Trains. As duas empresas já foram parceiras no Mundial de Rali, então não é exatamente uma novidade essa junção.

A Ford voltará para a F1 depois de mais de 20 anos. Sempre com o motor Cosworth, a empresa entrou de vez após comprar a Stewart no fim de 1999 e transformar na Jaguar. A operação não teve grandes resultados e, para vocês verem como é o destino, quem comprou a equipe foi uma tal de Red Bull. O último ano da Ford na F1 foi justamente com o motor Cosworth pela Jordan, em 2005.

Até lá, os americanos vão ter tempo para trabalhar em um regulamento inédito para todos. A opção da Red Bull é novamente interessante pois, assim como a Honda, a aposta é pela exclusividade. Os americanos também vão, obviamente, ser os motores da Alpha Tauri.

E a relação com a Honda? Segundo Christian Horner, a propriedade intelectual não será afetada. Os japoneses vão seguir nessa parceria vencedora e sairão definitivamente de cena. O desafio da Ford, depois de tanto tempo fora, é continuar mantendo a Red Bull competitiva. É claro que não sabemos como estarão as coisas daqui três temporadas, mas a pressão nos americanos já é imensa. A Honda demorou alguns anos para se acertar, mas deu certo. A Ford tem essa responsabilidade.

A popularidade da F1, principalmente no país da empresa, foi um fator influente. São os benefícios do modelo da Liberty, assim como o interesse da Andretti, que Domenicali e os europeus insistem em esnobar, o que é lamentável.

A F1, aos poucos, volta a ser atraente para as montadoras. Falta a Porsche, eterna lenda. Falta mais uma equipe. Que seja a Andretti. O que falta, também, é que a F1 não seja refém delas, e isso o presidente da FIA parece que não quer ser. 

O futuro parece animador em termos de estrutura. Esperamos que também seja em termos de competição. Até lá, alguns bons anos, mas já estamos começando a nos preparar para uma nova era na categoria.

Até!

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