segunda-feira, 21 de junho de 2021

O REI ESTÁ NU

 

Foto: Motorsport Images

Em sete anos, a Mercedes nunca esteve tão frágil na F1 na posição de dominante ou "macho alfa". Embora a Ferrari tenha ensaiado alguma oposição entre 2017 e 2019, em nenhum momento os italianos conseguiram capitalizar da mesma forma que os taurinos agora.

Já são três vitórias seguidas da Red Bull. Em duas provas, um domínio absoluto. Em Mônaco, a Mercedes sequer competiu. Em Baku, erros e azares comprometeram Max e Hamilton, embora ali já existisse uma dobradinha da Red Bull em curso, o que gerou a vitória de Pérez, com Bottas muito distante da briga.

Na França, território alemão em tese, houve uma clara melhora e uma expectativa pela retomada do controle. No entanto, o que vimos foi uma Red Bull bem competitiva também. No domingo, com um ritmo de corrida superior, a Mercedes sucumbiu pela estratégia, a pressão e a imposição da Red Bull, que venceu à força no final.

Em uma posição de dominância, as vezes o suficiente é o suficiente, com perdão da repetição. No entanto, nessa temporada, expostos a uma competição cada vez mais equilibrada e onde tudo pode decidir, num calendário extenuante de 23 etapas, a Mercedes não está sabendo reagir com a postura da Red Bull, logo quando era justamente o contrário.

Bottas está de saída e cada vez entrega menos. Junto a isso, finalmente a Red Bull tem dois pilotos. Agora, a Mercedes precisa marcar dois e Bottas está mais atrás. O jogo virou. Assim, por anos a Mercedes conseguiu controlar Vettel e Verstappen quando ambos ameaçavam uma ruptura na força dominante.

Por justamente ser um calendário extenso (estamos na oitava de 23 provas), ainda é muito cedo e há muito o que percorrer. Cada ponto faz a diferença, então é bom a Mercedes se apressar e solucionar os problemas.

Afinal, já estão murmurando por aí que o rei está nu, e o alfaiate já está começando a se preparar para deixar o reino.

Até!

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