Foto: Alpha Tauri |
Pré-temporada e a semana que marca o início da temporada
também é um período aberto a especulações e informações, desde se Stroll vai
participar da estreia pela Aston Martin até uma informação que ganhou força nos
últimos dias.
A Alpha Tauri (nome da marca de roupas da Red Bull), antiga
Toro Rosso e de propriedade dos taurinos desde 2006, quando compraram a
Minardi, pode estar com os dias contados.
A informação é do Auto Motor und Sport. Enquanto a equipe
mãe foi bicampeã com Max Verstappen e voltou a conquistar os construtores
depois de nove anos, a prima pobre foi a penúltima colocada no Mundial de
Construtores.
Depois que Dietrich Mateschitz morreu, em outubro, a Red
Bull passa por uma ampla reestruturação. Atualmente, a companhia é administrada
por um conselho formado por Franz Watzlawick [CEO do Negócio de Bebidas],
Alexander Kirchmayr [CFO] e Oliver Mintzlaff [CEO de Projetos Corporativos e
Investimentos].
Segundo Mintzlaff, os gastos da Alpha Tauri estão ficando
insustentáveis e algumas alternativas foram debatidas. Além disso, algumas
filiais das lojas de moda estão prestes a fechar.
A primeira possibilidade é fazer com que a Alpha Tauri se
mude definitivamente para a Inglaterra e fique mais integrada a Red Bull.
Atualmente, a fábrica fica em Faenza, Itália (antiga sede da Minardi) e o setor
de aerodinâmica em Bicester, Inglaterra. Assim, os custos seriam reduzidos em
médio e longo prazo. A outra alternativa é radical: vender a equipe.
Segundo a revista alemã, existem duas interessadas: a
Andretti, como sempre, babando para chegar na F1, mas a publicação aponta o
favoritismo para a Hitech, muito tradicional nas categorias de base e que tem
parceria com a Red Bull na F2 e na F3, colocando os pilotos da academia de
pilotos dos taurinos por lá.
A questão é: a Red Bull sempre teve como premissa revelar
pilotos para a equipe mãe. A não ser que exista negociações e acordos, esse
clima de incerteza, em tese, pode acabar com o principal papel da escuderia na
F1 até então.
A não ser que, pós-Mateschitz, a empresa passe por um novo
posicionamento estratégico, o que obviamente afetaria a F1, a começar pelo fim
da equipe B. O fato é que há tempos a Red Bull rompeu com o preconceito de ser
uma “fábrica de energéticos” e é considerada uma montadora, ao menos na
categoria.
Esta é uma decisão que muda não só a própria empresa, mas
também pode impactar a F1. Imagina a Andretti pegando uma estrutura dessas
praticamente pronta? E a Hitech, com excelência na base, pode continuar
usufruindo da experiência e expertise da Red Bull para as estruturas de equipe
e pilotos?
Enfim, ainda é tudo muito prematuro e especulativo, mas o
próprio Helmut Marko falou que tudo depende dos acionistas, além do próprio
desempenho da Alpha Tauri, é claro.
Seria esse um fator de pressão para essa temporada? Com
Tsunoda e De Vries, dois pilotos verdes na categoria, esse não é um cenário que
se apresenta muito favorável para superar e se desenvolver.
Até!