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terça-feira, 22 de agosto de 2023

INÊS É MORTA

 

Foto: Getty Images

O campeonato de 2008 sempre vai gerar dúvidas e questionamentos. Esse ano, tudo aumentou com a ação de ingresso de Felipe Massa na justiça para ser corado campeão mundial daquela temporada.

Neste ano, Bernie Ecclestone admitiu em entrevista que sabia do escândalo de Cingapura ainda em 2008 e não fez nada para não manchar o esporte, o que seria não cumprir com o próprio regulamento da FIA da época, que era presidida por Max Mosley.

Esse inclusive é o argumento da defesa, além das perdas financeiras por não ser campeão, as oportunidades que se abririam para Massa e os brasileiros impactados por um compatriota no topo (lembrem que nós só gostamos de quem vence, certo?), contratos, exposição, etc. Felipe Massa poderia ter sido uma super estrela, ou simplesmente um “novo Senna”, um novo vencedor e exemplo para o Brasil.

Pelo que li e foi contextualizado, são argumentos convincentes, inclusive com a definitiva infração da própria FIA ao lavar as mãos para o caso. Já passando dos 90, Ecclestone ativou a carta do “não lembro de ter dito isso”, mas a verdade é que a boca grande dele é que está gerando esse burburinho.

Mas na prática, é correto mudar alguma coisa? É possível mudar alguma coisa? Massa foi prejudicado nesses termos, além de uma tramóia ter tirado uma vitória que ele tinha grandes chances de confirmar. Aí que está. Tinha grandes chances, não é algo certo. Quem não poderia imaginar que algo aconteceria tal qual em Hungaroring?

E outra: Hamilton não tem nada a ver com isso e é tão vítima de uma atitude suja quanto Massa. Os dois tiveram problemas e foram irregulares naquele ano, por isso a quase igualdade.

Também não é justo e correto usar apenas a lógica de dar os pontos para Cingapura ou “se o Massa tivesse vencido ele era campeão”. Se o brasileiro vencesse em Cingapura ou chegasse com uma vantagem mínima para decidir em Interlagos, certamente o comportamento da McLaren e de Hamilton seriam diferentes no decorrer do ano após a corrida noturna.

A situação só chegou na catarse porque justamente era Hamilton que tinha a vantagem e pilotava o suficiente para ser campeão. Mudando essa estrutura, ele correria com uma outra motivação e estratégia. Ninguém pode prever o que aconteceria.

Sim, Massa parece ter sido vítima de uma negligência da própria FIA. Isso é o suficiente para ser considerado campeão ou co-campeão? Hamilton tem que pagar o pato por algo que ele também foi no mínimo prejudicado? É possível reescrever a história, colocar um asterisco?

Penso que não, assim como, infelizmente, não será possível fazer “justiça” para o brasileiro até porque, mesmo assim, um título reconhecido tardiamente também não mudaria em nada para o destino de todos. Agora, Inês é morta.

Até!

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

RITMO DE FÉRIAS

Foto: F1
Quando este post for publicado, estarei no Rio de Janeiro curtindo uma semana de folga. Portanto, não terá o post dos treinos livres de sexta, mas isso não significa que o blog tirou férias. Ele, tal qual a F1, já está no ritmo de férias, o que é bem diferente.

Como Abu Dhabi completa nesta temporada dez anos no calendário, já é tempo suficiente para ter sido realizada algumas corridas. Como sempre ficou no final do calendário, em muitas oportunidades a corrida era somente um ato protocolar antes do final de férias, portanto o intuito do tópico é justamente relembrar essas corridas inesquecíveis de caráter amistoso:

Foto: BBC

A primeira corrida por lá foi logo após Jenson Button ser campeão mundial com a Brawn. Havia todo o caráter de novidade em uma prova que começava de tarde e terminava de noite. Hamilton era o grande favorito para dominar a prova mas sua McLaren quebrou e permitiu a dobradinha da Red Bull com Vettel e Webber, com Button e Rubinho fechando a despedida da Brawn GP. Também foi a despedida da Toyota e da BMW da F1.

Foto: Motor Authority

Com Vettel barbarizando e conquistando o bi, um pneu furado na largada fez com que Hamilton vencesse a corrida que deveria ter ganho em 2009. De significativo, foi a última corrida da carreira do Rubinho, que terminou em 12° com a Williams.

Foto: F1
A nona vitória seguida de Vettel veio fácil, apesar de ter largado em segundo. Foi a última prova e pódio de Mark Webber, a despedida de Felipe Massa da Ferrari e de Kimi Raikkonen na Lotus.

Foto: Motorsport
No auge da Mercedes, Rosberg só passou a vencer depois de Hamilton ter confirmado o tricampeonato. Não tem mais o que tirar, gente.

Foto: F1
Com o tetra garantido, Hamilton chegou em segundo, atrás do parceiro Bottas. Foi a despedida definitiva de Felipe Massa da F1, assim como de Pascal Wehrlein.

Foto: Reprodução/F1
Parece ontem, mas já vai fazer um ano que Alonso se despediu da F1, juntamente com Ericsson, Vandoorne, Sirotkin e Hartley. Hamilton venceu mais uma.

Como vocês podem perceber, essa pista só tem o mínimo atrativo quando há alguma disputa de título, o que aconteceu somente em quatro oportunidades. Mesmo assim, como o traçado é horrível e nada acontece, é difícil de se ter emoção, exceto quando Alonso ficou preso atrás de Petrov e Hamilton segurou o ritmo para todo mundo tentar passar Rosberg, sem sucesso.

Abu Dhabi não pode finalizar uma temporada. Só está lá pelo dinheiro. Pode ser bonito, ter uma estrutura espetacular no entorno e shows pirotécnicos, mas de corrida, corrida mesmo, talvez só em 2012 tenha sido decente (a famosa "leave me alone" do Raikkonen). Bem, é o que temos para hoje. Retorno em breve com a programação normal, definitivamente de férias.

Até!

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

JÁ FAZ 10

Foto: Getty Images
O Grande Prêmio de Cingapura de 2008 tinha diversos motivos para entrar na história da F1. O primeiro, o mais simples: o primeiro a ser realizado nas ruas da cidade-estado. O segundo: a primeira corrida noturna da história do Mundial. A terceira: O GP número 800 da F1. Convenhamos que nenhuma (ou quase) delas foi lembrada.

Hamilton e Massa disputavam ponto a ponto o campeonato. Vantagem do inglês por um ponto. Entretanto, o brasileiro simplesmente voou no Q3 pra largar na pole, seis décimos mais veloz que o inglês. Raikkonen, Kubica e Kovalainen completaram os cinco primeiros. Rubens Barrichello foi só o décimo oitavo.

28 de setembro de 2008. Na largada, Massa mantém a primeira disposição e abre boa vantagem pra Hamilton. A corrida transcorre normalmente, até que o inesperado acontece.

Alonso, que só largou em 15°, para na volta 12, muito cedo segundo as projeções, para colocar os pneus duros. Voltou na distante última posição. Duas voltas depois, seu companheiro de equipe, Nelsinho Piquet, rodou e bateu de traseira. Safety Car.

Foto: Getty Images
Todo mundo nos boxes. O líder Massa se prepara paro o pit stop padrão. Na época, ainda era possível reabastecer e existia aquela mangueira. Pois bem, a parada é realizada, mas o sistema da Ferrari acaba acionando o sinal que libera Massa a sair dos pits, mas aí o grande problema: a mangueira ainda estava na bomba de combustível. E assim ele saiu...

Foto: Gazeta Press


Massa voltou em último. Com a corrida completamente modificada, Rosberg assumiu a ponta e Alonso, que parecia fora de jogo, pulou entre os ponteiros porque havia parado voltas antes. Com o desenrolar da prova, a maioria dos pilotos fez duas paradas, menos o espanhol.

Líder desde a 34a volta, a Fênix rumou para a vitória com uma fraquíssima Renault na primeira corrida noturna da história, o GP n° 800 da F1. Rosberg, ainda na Williams, foi o segundo e Hamilton conseguiu ficar em terceiro. Massa foi só o 13°e viu a vantagem aumentar para 7 pontos. Esses e outros erros da Ferrari e do brasileiro custaram o título daquela temporada. Golpe de sorte ou genialidade? Alonso tirou o coelho da cartola.

Bem, na verdade não. Um ano depois, quando foi demitido da Renault, Nelsinho Piquet e o pai revelaram para Reginaldo Leme que a batida do brasileiro foi proposital, em uma armação de Flávio Briatore e Pat Symonds. Uma bomba mundial. De novo Alonso estava envolvido, mesmo que de maneira indireta.

A investigação da FIA confirmou a versão brasileira. Briatore fez aquilo porque os franceses ameaçaram abandonar a categoria no fim do ano caso aquele carro ruim não ganhasse até o final da temporada (apesar de tudo, Alonso ganhou em Fuji, semanas depois). Briatore foi banido da F1 e Symonds suspenso por cinco anos. Voltou a trabalhar na Williams, justamente com Felipe Massa.

Alonso e Nelsinho foram inocentados. O espanhol não sabia da jogada, apesar das suspeitas existirem até hoje. O brasileiro perambula por várias categorias e foi campeão da Fórmula E em 2015. Alonso ficou mais um ano na Renault e encontrou Massa na Ferrari.

Além das questões históricas já citadas no primeiro parágrafo, a primeira corrida em Cingapura sempre será a mais lembrada: a corrida da marmelada, da entregada. Uma vergonha mundial. A Ferrari e Massa tentaram reverter o resultado, mas isso não aconteceu.

O mais incrível é que esse episódio já faz dez anos e um dos pivôs, indiretos, se despede desse palco nesse final de semana. Qualquer toque no muro, desde então, virou motivo para desconfiança.

Cingapura, dez anos. Corrida noturna, modernidade, circuito de rua, Safety Car, Cingapuragate, acidentes (o do ano passado também já entrou para a história). Como as coisas passam rápido. Impossível não lembrar. Estava assistindo na casa de um colega de escola, fazendo um trabalho. No fim do dia, o Inter goleou por 4 a 1 no Gre-Nal. Que dia, amigos.

Até!

terça-feira, 17 de julho de 2018

HISTÓRIAS DE HOCKENHEIM

Foto: Instituto Ayrton Senna
No post de hoje, quatro histórias de corridas disputadas em Hockenheim. O Grande Prêmio da Alemanha volta ao calendário depois de dois anos fora, envolto em diversos problemas financeiros entre o circuito de Nurburgring. Diante da nova política da Liberty Media em valorizar os palcos históricos da Europa, a tendência é que os alemães não irão ficar de fora tão cedo do circo, justamente de onde são a atual tetracampeã do mundo de construtores e o piloto que busca o penta. Vamos lá:

Na temporada onde a McLaren destroçou as rivais (saudades, né?), Hockenheim mais uma vez foi palco da disputa Senna x Prost. Por falar nisso, duas semanas antes, o circuito teve o show de Michael Jackson em sua Bad Tour.

Na pista, o mesmo de sempre: o MP4/4 passando por cima de todos. Senna na pole e Prost em segundo. O francês tinha seis pontos de vantagem no campeonato (54 a 48), com quatro vitórias de cada um em oito etapas no ano. Na largada, o brasileiro se manteve na frente, enquanto o francês foi superado pela Ferrari de Gerhard Berger e a Benetton de Alessandro Nannini. Nelson Piquet, com a Lotus, acabou acertando a barreira de pneus logo na largada e abandonou.

Depois de doze voltas, Prost voltou a segunda posição e assim ficou definido: vitória tranquila de Senna, a quinta no ano e a décima primeira na carreira, diminuindo para apenas três pontos a desvantagem para o francês. Berger e Alboreto chegaram em terceiro e quarto para a Ferrari, Ivan Capelli com a March e Thierry Boutsen com a Benetton fecharam o top 6. Maurício Gugelmin foi o oitavo.


Pulamos dez anos. A McLaren seguia com o melhor carro, mas dessa vez tinha a ameaça de Schumacher com a Ferrari. Bem, na Alemanha isso não foi o caso. Hakkinen e Coulthard fizeram a dobradinha tanto no treino quanto na corrida, assim como Villeneuve pela Williams fechando o pódio. Damon Hill marcou seus primeiros três pontos com a Jordan em quarto, seguido pelos irmãos Michael e Ralf Schumacher fechando o top 6. Mika abriu 16 pontos de vantagem para Schumacher, consolidando a liderança da McLaren nos construtores. Rubinho, na Stewart, e Pedro Paulo Diniz, na Arrows, abandonaram logo no início da prova.


Cinco anos depois, uma nova disputa acirrada pelo título. Schumacher se recuperava de um início ruim, enquanto Raikkonen mantinha regularidade com a McLaren. No meio da temporada europeia, surgiu uma nova força: Juan Pablo Montoya e sua Williams. Ele fez a pole e venceu com mais de um minuto de vantagem em relação ao segundo colocado David Coulthard, com Jarno Trulli completando o pódio. Com pneu traseiro esquerdo furado faltando três voltas, Schumacher foi só o sétimo, chegando atrás de Cristiano da Matta. Raikkonen e Barrichello bateram na largada. Com o resultado, o colombiano assumiu a segunda posição do campeonato, seis pontos atrás do alemão.



Dez anos atrás. Outra disputa acirradíssima entre Ferrari e McLaren. Lewis Hamilton e Felipe Massa, ponto a ponto. Na Alemanha, Hamilton não teve dificuldades para fazer a pole e vencer. Nelsinho Piquet, que largou em 17°, aproveitou um Safety Car na pista para fazer uma parada a menos e chegar num surpreendente segundo lugar com a Renault, levando Felipe Massa com ele para o pódio. Foi a última vez que dois brasileiros estiveram no pódio. Isso não acontecia desde 1991, na Bélgica, quando Senna venceu e Piquet ficou em terceiro. Barrichello, na Honda, bateu e abandonou.

Com o resultado, Hamilton assumia a liderança do campeonato com 58 pontos, deixando Massa com 54, Raikkonen 51 e Kubica 48. Foi o único pódio de Nelsinho na F1, que no ano seguinte acabou demitido depois do escândalo do Cingapuragate.

Foto: Getty Images


Conclusão: saudades quando os brasileiros, a McLaren e a Williams brigavam lá na frente.

Até!

quarta-feira, 20 de junho de 2018

LES RETOURS

Foto: Motorsport
Presente na F1 desde os seus primórdios, em 1950, a corrida francesa era uma das mais tradicionais da categoria. Passando por diferentes circuitos em mais de cinco décadas de existência, a ganância de Bernie Ecclestone por uma renovação de contrato com valores muito altos fez com que a França ficasse dez anos sem receber uma etapa de F1.

Justo a França, com tanta tradição. Só de escrever Alain Prost e Renault já seria o suficiente. Pois bem, teremos um duplo retorno nessa semana: a F1 de volta a França e, consequentemente, de volta ao circuito de Paul Ricard, que não recebia uma corrida desde 1990.

De 1991 até 2008, coube a Magny Cours fazer as honras da casa. Foi lá que Michael Schumacher fez história, conquistando oito vitórias e se consagrando o maior vencedor da história do GP da França. Nossa primeira parte é relembrar como foi a última etapa realizada em Paul Ricard.

A corrida francesa foi a sétima do ano, a primeira em solo europeu. Depois de ter percorrido a América, Mônaco e San Marino, Ayrton Senna tinha três vitórias (EUA, Mônaco e Canadá) e liderava. Alain Prost, recém contratado pela Ferrari após a histórica rivalidade com o brasileiro na McLaren, vinha de duas vitórias (Brasil e México) e Riccardo Patrese (San Marino) venceu uma vez pela Williams.

A grande curiosidade daquele final de semana foi a Leyton House, do italiano Ivan Capelli e do brasileiro Maurício Gugelmin, ter demitido um jovem chamado Adrian Newey, pois o carro não estava sendo competitivo. Entretanto, antes de ser demitido, Newey concluiu o projeto de um novo pacote aerodinâmico que iria estrear justamente em Paul Ricard.

Foto: Motorsport
No qualyfing, a Ferrari estava mais rápida. Nigel Mansell fez a pole, com Gerhard Berger (McLaren) largando em segundo. Os rivais Senna e Prost ficaram na segunda fila. Duas semanas antes da França, a Leyton House sequer havia conseguido passar da pré-classificação. Agora, Capelli conseguiu um surpreendente sétimo lugar, enquanto Gugelmin ficou o décimo tempo.

Domingo, dia da corrida. Dia também da final da Copa do Mundo de 1990, na Itália, entre Alemanha Ocidental e Argentina. Logo na largada, Berger passou Mansell e assumiu a ponta. Prost perdeu posições para Alessandro Nannini (Benetton) e Patrese. Pouco depois, Senna deixou o inglês para trás e se posicionou em segundo. Prost parou mais cedo que os demais, na volta 26, com o objetivo de voltar na frente. Na volta 28, antes de parar, Senna passou Berger e assumiu a ponta antes de parar nos boxes.

Todo mundo foi parando. Patrese foi o último a ir para os pits, deixando a liderança nas mãos de Ivan Capelli, com a Leyton House. Algo completamente inimaginável para quem sequer tinha conseguido se classificar para a corrida anterior, no Canadá. O que estava surpreendente ganhou ares de perplexidade quando não só Capelli como Gugelmin não iam para os boxes, fazendo 1-2 e o brasileiro segurando Prost, que era o terceiro.

Foto: Fórmula 1
A sorte de Gugelmin acabou na volta 58, quando o motor Judd explodiu. A partir de então, Prost começou uma caçada a Capelli. Durante dezessete voltas colado, Capelli segurava o francês o quanto podia. No entanto, faltando três voltas para o fim, o Leyton House do italiano começou a ter problemas. Foi quando Prost o ultrapassou e rumou para a centésima vitória da Ferrari na F1. Capelli conseguiu chegar em segundo e Ayrton Senna foi o terceiro.

Foto: Motorsport
Com o resultado, Senna manteve a liderança do campeonato, com 35 pontos. Prost chegou a 32. Capelli conquistou o seu melhor resultado na carreira, que acabou não deslanchando por uma série de motivos que são tema para um outro texto.




Na até então última edição do Grande Prêmio da França, em 2008, a disputa continuava entre Ferrari e McLaren. Nas primeiras sete etapas, o equilíbrio: duas vitórias para Hamilton (Austrália e Mônaco), duas para Felipe Massa (Bahrein e Turquia), duas para Kimi Raikkonen (Malásia e Espanha) e uma para Robert Kubica (Canadá), que desembarcou na França como líder do campeonato.

Dobradinha da Ferrari na primeira fila: Raikkonen e Massa. Alonso, com a surpreendente Renault, e Trulli (Toyota) ficaram na segunda fila. Hamilton foi punido em 10 posições na largada pelo incidente com Raikkonen na corrida anterior, precisando fazer uma corrida de recuperação. Na largada, Kimi e Massa mantiveram-se na frente e dispararam. Trulli pulou para terceiro e Kubica era o quarto. Hamilton tentava recuperar posições mas cometia muitos erros, recebendo um drive-through por cortar caminho.

Na segunda metade da prova, um problema no escapamento fez Raikkonen perder desempenho. Com isso, Massa pulou na frente e venceu tranquilamente a última corrida disputada em Magny Cours, com dobradinha da Ferrari. Jarno Trulli conseguiu segurar Kovalainen para fechar o pódio. Kubica foi o quinto e Hamilton apenas o décimo, quando apenas os oito primeiros pontuavam.

Foto: Gazeta Press
Felipe Massa é o único brasileiro a vencer em Magny Cours e o segundo a vencer na França (Nelson Piquet venceu em Paul Ricard em 1985). De quebra, Massa saía da França líder do campeonato, com 48 pontos contra 46 de Kubica, 42 de Raikkonen e 38 de Hamilton. Foi a primeira vez desde 1993 que um brasileiro liderava o Mundial de pilotos.


Essas são as últimas lembranças da França e de Paul Ricard! Como será que vai ser esse retorno as terras francesas? Vamos conferir nesse final de semana!

Até!

quarta-feira, 16 de maio de 2018

ELE VOLTOU (DE NOVO!)

Foto: Reprodução
Seis meses de se aposentar pela segunda vez da F1, Felipe Massa está de volta! Não, não é para a F1, mas sim para a Fórmula E. O brasileiro assinou contrato com a Venturi e irá disputar a categoria a partir da próxima temporada, que começa no final desse ano.

A F-E já era um caminho natural apontado pelo próprio piloto quando tinha saído da F1 em 2016. Antes de retornar às pressas para a Williams, Massa chegou a fazer testes pela Jaguar. No entanto, o que chama a atenção é a equipe que o brasileiro assinou. Em quatro temporadas na F-E, a Venturi foi para o pódio apenas três vezes. É uma equipe mediana. Existe a especulação de que seria comprada pela Mercedes, que estreia na F-E somente na temporada 2019/2020.

Enquanto não sabemos o que é verdade, Massa vai se divertir nessa nova jornada da carreira. Correu de Stock Car no início do ano e é presidente da Comissão de Kart da FIA. Vai precisar se adaptar a uma nova categoria, com novas regras e um novo funcionamento completamente diferente daquilo que viveu nos últimos 16 anos. Na Venturi, em tese, a missão será mais árdua, mas não podemos sofrer por antecipação.

Nessa nova temporada, a F-E irá estrear o seu novo carro, de aparência "futurista". No final de semana, será disputada a nona etapa, em Berlim. Jean Éric Vergne, da Tcheetah, é o líder com 147 pontos, seguido por Sam Bird (Virgin), com 116 pontos e Félix Rosenqvist (Mahindra), com 86 pontos. Atual campeão, Lucas Di Grassi (Audi) é o quinto (57 pontos) e Nelsinho Piquet (Jaguar) é o sétimo, com 45 pontos.

Foto: Divulgação
Até!

quarta-feira, 11 de abril de 2018

PIT STOPS BISONHOS

Foto: Pinterest
Em duas etapas, tivemos três casos de pit stops errados que chamaram a atenção, seja pelo erro e pela consequência dentro e fora da pista. Na Austrália, a Haas errou nas duas paradas e jogou fora um quarto e um quinto lugar incríveis que Grosjean e Magnussen estavam conquistando. No domingo, o dispositivo acionado erradamente fez com que Raikkonen saísse antes do pneu traseiro esquerdo ser trocado, quebrando a fíbula e a tíbula do mecânico da Ferrari. Ele passa bem.

Pois bem, aqui vai ser apenas um espaço para relembrar pit stops que deram errado e/ou foram perigosos.

Não tem como fugir do usual. Fui pelo que me lembrei de cabeça: Jos Verstappen e a Benetton quase virando churrasco em 1994, Schumacher atropelando Nigel Stepney em 2000 (o próprio Nigel morreu assim, ano passado ou retrasado), a Ferrari do Schumi também pegando fogo na Áustria em 2003, a famosa bomba de gasolina no carro do Massa em 2008... Enfim, como deu para ver, a Ferrari tem amplo envolvimento nesses casos. Sem contar quando Hamilton, na segunda corrida pela Mercedes, deu uma passadinha no lugar da McLaren, sua antiga casa.











Bonus track: Albers e a bomba de gasolina no GP da França de 2007



Até!

terça-feira, 3 de abril de 2018

FLASHBACK BAHREIN

Foto: BMW
Como o tempo passa! O agora noturno GP do Bahrein completa 14 anos no calendário da F1 (em 2011, a edição não aconteceu em virtude dos conflitos da Primavera Árabe na região) e em duas oportunidades foi a abertura da temporada (2006 e 2010). Tradicionalmente a terceira etapa do ano, o circuito barenita é pelo segundo ano seguido a segunda etapa do ano.

O post de hoje é simples: relembrar como foi a corrida no circuito há dez anos atrás.

Depois de Lewis Hamilton vencer na Austrália e Kimi Raikkonen ganhar na Malásia, Felipe Massa chegava pressionado: 14 pontos atrás do inglês, zerado na temporada e com um abandono muito criticado em Kuala Lumpur, quando rodou sozinho enquanto era líder após ter feito uma pole fácil. Os italianos, passionais que só eles, o encheram de críticas.

No Bahrein, onde havia vencido no ano anterior, Massa era novamente favorito. Era proibido errar. Entretanto, mais um imprevisto: Robert Kubica surpreendeu e fez a primeira pole da carreira com uma BMW Sauber que estava ainda melhor do que a de 2007. Coube a Massa largar em segundo, seguido de Hamilton e Raikkonen na segunda fila, respectivamente. Barrichello, penando na Honda, era o 12°. Estreante, Nelsinho Piquet largou em 14°

Na largada, a especialidade da casa: Massa pulou para a ponta tranquilamente e liderou do início ao fim, deixando Kubica em segundo e Raikkonen em terceiro. Hamilton largou muito mal e caiu para nono. Na volta seguinte, ao tentar passar Nelsinho, bateu na traseira do brasileiro e perdeu a asa dianteira, caindo para as últimas posições. Na terceira volta, Raikkonen passou Kubica e a Ferrari assim seguiu sua primeira dobradinha da temporada até o final da corrida. Mostrando a força da BMW, Heidfeld ultrapassou Kovalainen e se posicionou em quarto.

No fim das contas, a corrida terminou assim. Hamilton foi apenas o décimo terceiro. Foi a sexta vitória da carreira de Felipe Massa, a segunda no Bahrein. Na ocasião, Raikkonen saiu do Bahrein líder do campeonato com 19 pontos, seguido de Heidfeld com 16, Kubica e Hamilton com 14 e Kovalainen 11.

Início de temporada é assim: muitas vezes, é tudo diferente do que vai acontecer lá no final. Creio que deve se repetir o que aconteceu em 2017: a consistência da Ferrari vai fazer com que a Mercedes assuma a ponta definitivamente  no final do campeonato.

Foto: Getty Images


Até!


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

ANÁLISE FINAL DA TEMPORADA 2017 - Parte 1

Foto: Getty Images
Com o fim da temporada, chegou o tradicional momento de avaliarmos como foram as equipes e os pilotos.  Nessa primeira parte, começo com as cinco primeiras equipes colocadas no Mundial: Mercedes, Ferrari, Red Bull, Force India e Williams.

MERCEDES

Foto: Autoweek
Lewis Hamilton: Nota 10

Foi a temporada mais cerebral do mais novo tetracampeão da praça. Ainda com a velocidade constante, Hamilton soube administrar melhor os momentos de dificuldade com sua Mercedes do que em relação a outros anos, onde foi campeão (ou não, vide 2007 e ano passado). A primeira metade do ano foi complicada, com alguns problemas de temperatura de pneus e a ascensão inesperada da Ferrari. Entretanto, a segunda metade foi soberba, com poles, vitórias, recordes e a prova de que Lewis soube administrar os momentos de dificuldade, como na Malásia. A temporada mais completa de Lewis, que vem em busca do penta cada vez mais maduro e preparado para lidar com os contratempos que aparecem.

Valtteri Bottas: Nota 8,5

Primeira metade surpreendente. Segunda metade surpreendente também, mas de forma negativa. O finlandês contratado às pressas após a aposentadoria repentina de Nico Rosberg conseguiu fazer mais do que eu imaginava no início do campeonato. Duas poles e duas vitórias, além de andar perto de Hamilton. Um começo promissor, dada as circunstâncias. Entretanto, enquanto Lewis cresceu na reta final, Valtteri decaiu bastante, levando quase cinco décimos do companheiro e incapaz de andar na frente de Vettel na maioria das oportunidades. Confesso que esperava que ele andasse assim o ano todo. O #77 começa o ano mais pressionado do que nunca. Com contrato até o fim da temporada, não faltam alternativas para lhe substituir caso os resultados não apareçam. É bom o Bottas da primeira parte do campeonato voltar. Do contrário, a Williams está de braços abertos outra vez.

FERRARI

Foto: F1 Technical
Sebastian Vettel:  Nota 9

Em termos de pilotagem, talvez tenha sido também a melhor temporada de Vettel, digna de um tetracampeão. Entretanto, o descontrole emocional e erros da equipe na reta final acabaram lhe custando a briga pelo penta no fim do campeonato. Seb fez o que pode. Liderou o campeonato até setembro. Depois, com a evolução da Mercedes, involução da Ferrari e as falhas de confiabilidade, ficou difícil. Depois de um 2016 difícil, o #5 voltou a extrair o máximo que poderia da Ferrari. Fica a esperança para que os italianos sigam evoluindo para o ano que vem. Agora, o desafio é fazer com que o grupo de engenheiros italianos melhore o projeto que começou nas mãos de James Allison, hoje na rival Mercedes.

Kimi Raikkonen: Nota 7,5

Já faz um bom tempo que Raikkonen não deveria estar na F1, ou ao menos em uma equipe grande. Ele claramente não entrega resultados e está sempre aquém do que o carro pode oferecer. Bom, apesar de ser meio contraditório, a verdade é que Kimi até que foi melhor do que em relação ao ano passado, obviamente porque o carro é melhor também. Poderia ter vencido duas corridas: Mônaco (onde foi pole) e Hungria, mas teve que se contentar com o segundo lugar porque a prioridade é Vettel, o que é lógico e compreensível a essa altura da carreira. Nada parece fazer diferença para Raikkonen. Como cada ano que passa eu escrevo que o próximo ano será o seu último, veremos se a Ferrari irá sair da zona de conforto e irá investir em alguém que também tem condições de vencer corridas. O problema é se Vettel irá gostar disso. Bom, o modus operandi dos italianos justificam a quinta temporada de Kimi nesse seu retorno à Ferrari, e se não for ele será outro segundão inexpressivo...

RED BULL

Foto: Red Bull
Daniel Ricciardo: Nota 8

O sorridente australiano é um acumulador de pontos. Não desperdiça nenhuma oportunidade. Foi assim que venceu em Baku. Se na primeira metade ele aplicou uma verdadeira surra em Max na pontuação, a segunda metade foi diferente. O feitiço virou contra o feiticeiro. Sofrendo com a confiabilidade do motor Renault, Ricciardo perdeu inclusive o quarto lugar no campeonato para Raikkonen e teve mais problemas do que Max na temporada. Aliás, Ricciardo teve que ver Verstappen vencer duas vezes com relativa tranquilidade, além de ter perdido nos qualyfings. Diante de um conjunto que ainda não está pronto para brigar pelo título e com um companheiro de equipe jovem, faminto por glórias e com muita moral na Red Bull, Ricciardo terá um ano decisivo pela frente para analisar suas opções. Se com Vettel na Ferrari as portas da Scuderia não chegam a se abrir, resta apenas uma cavada na Mercedes caso deseje deixar os taurinos. Vamos ver até quando o sorrisão fica em seu rosto.

Max Verstappen: Nota 8

O texto é o oposto de Daniel. Isso poderia ser o suficiente, mas como gosto de ocupar linhas, vamos lá. Trata-se de um cara que será campeão mundial, uma hora ou outra. Verstappen teve alguns abandonos que não foram sua culpa, mas houve falhas que sua inexperiência e inconsequência lhe custaram bons pontos. É fácil fazer isso quando se trata de um franco atirador sem estar no melhor carro e/ou sem disputar o título. Para os próximos anos, essas disputas duras (e muitas vezes desproporcionais) na pista podem lhe custar um campeonato, ainda mais se tratando de Daniel Ricciardo como companheiro de equipe. Seu próximo passo para evoluir como piloto é esse. A partir daí, será questão de tempo para que a F1 coroe esse holandês como campeão do mundo.

FORCE INDIA

Foto: Motorsport
Sérgio Pérez: Nota 7,5

Faltou o pódio anual que o mexicano tira da cartola. Todavia, a consistência esteve lá, assim como atitudes deploráveis na disputa interna contra o novato Esteban Ocon. Dinheiro de Carlos Slim versus imposição da Mercedes. Algo era necessário para se impor na liderança da equipe, agora sem Hulkenberg. Os dois passaram do ponto, mas a questão fica pior para Pérez, por ser mais experiente. Deveria ter evitado alguns toques. A crítica é que se mostrou muitas vezes passivo em disputas com outros carros. Com francês mais experiente e habituado a equipe, a batalha interna de Pérez será mais dura no próximo ano. Se ir para a Ferrari é algo quase impossível a essa altura da carreira, o importante é carimbar outra vez o casco do possível futuro piloto da Mercedes.

Esteban Ocon: Nota 7,5

Consistência incrível. Não pontuou em apenas duas vezes. Foi combativo e mostra credenciais de ser um excepcional piloto para as próximas temporadas. Nunca é demais lembrar que já venceu Max Verstappen na World Series em 2014. Espero que tenha aprendido com os erros na disputa com Pérez. A agressividade excessiva pode lhe afastar de uma provável vaga na Mercedes para 2019, talvez. Uma pena que a Force India não tenha mais receitas. Com a competência que possui, ambos os pilotos teriam condições de surpreender ainda mais.

WILLIAMS

Foto: LAT Images
Felipe Massa: Nota 7

Quase perdeu para Stroll. Um resumo simplista e maldoso poderia ser assim. Entretanto, não condiz com a realidade. O brasileiro enfrentou diversos problemas durante a temporada em corridas que estava bem melhor que o canadense e a pontuação final no campeonato é enganosa, dando a entender que foi uma disputa equilibrada. Não. Massa foi mais azarado e até preterido em alguns casos em detrimento do riquinho dono da equipe. Todavia, isso não muda o fato de que a Williams precisa urgentemente de pilotos melhores em sua equipe, e não sei se terá com Robert Kubica com uma mão só em condições questionáveis. Bem, Massa fez o seu papel para alguém que foi chamado de volta. Que seja feliz em seus projetos pessoais.

Lance Stroll: Nota 7

Apesar de não ter credenciais para a F1 e sobretudo para a Williams, não dá para negar que o guri tem sorte. Em menos de dez corridas um pódio inesperado em Baku. Em Monza, no molhado, largou em segundo. São questões pontuais, mas acontecem, e é importante aproveitá-las. Entretanto, o que se viu foi um piloto que queimou etapas para estar na principal categoria do automobilismo e não se mostrou pronto para atingir um nível mínimo de boa pilotagem. É inegável dizer que evoluiu durante a temporada, até porque seria impossível piorar, apesar de algumas corridas vexatórias e constrangedoras. Bom, no fundo a culpa não é de Stroll, mas de quem se sujeita a isso. Pagando bem que mal tem, não é verdade? Não, mas para a Williams sim.

Bom, essa foi a primeira parte da minha importantíssima análise. Concordam? Sim? Não? Sim e não? Comente. A qualquer momento volto com a parte dois dos meus sensatos dois centavos sobre a F1 em 2017. Até!

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

FIM DE UMA ERA

Foto: Getty Images
26 de novembro de 2017 é um dia que vai entrar para a história da F1. O dia que a categoria, sob a administração da Liberty, anuncia que irá entrar em uma "nova era", cujo ninguém sabe do que se trata.

Ah, vamos ver: novo logo, corridas com o inútil Halo, apenas três motores para a temporada toda e muita interatividade, a única coisa boa nesse meio tempo. Opa, isso vai ser tema de outro post durante a semana (escrevendo agora, poderia ser interessante uma análise do primeiro ano da Liberty como proprietária da F1... escreverei? Talvez). Ah, a McLaren vetou o uso das barbatanas e teremos a câmera 360°. Uhul, mas quem se importa?

Bom, tentaremos falar sobre a corrida. Que corrida? Nona edição do GP de Abu Dhabi. Circuito está ficando tradicional... Tradicionalmente bosta. Sempre começa do jeito que termina, e não foi diferente: Bottas, Hamilton e Vettel. Raikkonen herdou o quarto lugar de Ricciardo, que herdou o azar que Max tinha na primeira metade da temporada. Hulkenberg foi o sexto, resultado que fez a Renault ultrapassar a Toro Rosso nos construtores. Felipe Massa se despediu da F1 com um suado pontinho do décimo lugar. Incrível o respeito do mundo da F1 com ele. Já agradecemos tanto Massa nos últimos dois anos que soa repetitivo fazer isso outra vez... foda-se: valeu, Felipe!

Foto: Getty Images
A corrida de Abu Dhabi serve como um instrumento de tortura transmitido mundialmente para masoquistas (ou não). Se um dia tiver filhos, farei um compilado de corridas desse espetacular circuito (até porque com o dinheiro investido, teremos esse GP por várias décadas, isso se a F1 existir até lá) para ele assistir na íntegra. Mais eficaz e barato que Super Nanny e essas psicologias baratas que existem por aí.

A corrida foi tão deprimente que os pilotos que mais apareceram foram Stroll e Grosjean. STROLL E GROSJEAN em uma disputa pelo 13°. Nem o pelotão intermediário salvou. Em uma corrida patética, o canadense de berço esplêndido terminou em último e chegou a levar um calor do Ericsson com motor de quase dois anos defasado. A Toro Rosso digladiando com a Sauber seria um prenúncio da nova parceria com a Honda.

Bom, o melhor momento da corrida foi quando acabou e teve um show de zerinhos. Bottas dominou do início ao fim, mas agora Inês é morta. Ou não, vai que ele se empolgue igual um certo filho de finlandês...

A nova era da F1 vem aí. Diante de tanta catástrofe, minha torcida é para que Ferrari, Red Bull ou outra equipe consiga frear o domínio de quase meia década da Mercedes. Talvez esteja pedindo demais (ou com certeza?). Tentei alguma analogia com "mais fácil __________ acontecer do que tal coisa", mas não pensei em nada bom. Sinal para encerrar por aqui a temporada 2017 da F1 no blog.

Confira a classificação do GP de Abu Dhabi. Fique atento que nesse final de ano ainda teremos alguns materiais interessantes por aí :)


Até!

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

RITMO DE FÉRIAS

Foto: Getty Images
Todo mundo louco pelas férias. Antes disso, a última corrida da temporada. Nesse clima de formalidade, a F1 chega mais uma vez em Abu Dhabi com tudo definido. Para os fãs, fica o registro da última corrida de Felipe Massa e também a última corrida com os carros sem o Halo, aquela coisa horrorosa que não sabemos se irá de fato proteger os pilotos nas batidas.

Bom, no TL1 Vettel foi o mais rápido, seguido por Hamilton, Verstappen, Raikkonen e Bottas. Massa foi o nono. Mais uma vez, a briga será entre Mercedes e Ferrari. Afinal, desde que Lewis sagrou-se tetra, ele ainda não venceu. Como sempre, a Mercedes é favorita no qualyfing por dispor de potência extra no motor. Na corrida, o equilíbrio é maior, e a promessa é que a corrida tenha emoção, apesar de ser no insosso circuito de Abu Dhabi e não valer mais nada por aqui.

Foto: Getty Images
A destacar o dedo do meio de Ricciardo em direção a Grosjean no TL2. Os pilotos da Haas estão com moral, hein? Também, cometem erros atrás de erros...

Hamilton fez o tempo mais rápido do fim de semana. Vettel ficou em segundo, Ricciardo em terceiro, seguido de Raikkonen e Bottas. Massa foi o 11°.

Foto: Reprodução Twitter


É nesse clima de fim de festa que a F1 passa mais uma vez por Abu Dhabi. Confira a classificação das duas primeiras sessões de treinos livres:



Até!

GP DE ABU DHABI - Programação

O Grande Prêmio de Abu Dhabi acontece sobre o crepúsculo. Inicia-se de dia e encerra-se à noite. Mistura um traçado de rua com retas longas e curvas "em cotovelo", típicas do arquiteto da F1, Hermann Tilke. Foi disputado pela primeira vez em 2009 e vencido por Sebastian Vettel.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Sebastian Vettel - 1:40.279 (Red Bull, 2009)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:38.481 (Red Bull, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Sebastian Vettel (2009, 2010 e 2013) e Lewis Hamilton (2011, 2014 e 2016) - 3x

UM NOVO LOGO PARA A F1

Foto: Divulgação
A Liberty Media registrou esses três logos como possíveis substitutos do atual, vigente desde o início dos anos 2000. A ideia é padronizar nos moldes da MotoGP, que usa logos semelhantes para a Moto2 e a Moto3, fazendo o mesmo com a F2 e a F3.

Um dos objetivos da Liberty é apresentar um ar de novidade, não só na gestão, mas também através do logo, sinalizando pra valer o fim da Era Bernie Ecclestone. Segundo o site Grand Prix 247, a expectativa é que o novo logo seja anunciado nessse final de semana, durante o GP de Abu Dhabi, e já irá entrar em vigor no ano que vem.

O logo da F1 é tão bonito. Honestamente, não gostei de nenhuma das três, mas deve ser questão de costume. A melhorzinha é o logo que tem a fonte semelhante a do Play Station. Aos poucos, a nova F1 fica cada vez mais evidencidada. Resta saber se essas mudanças irão seguir nos próximos anos em outras valências.

MAIS UM MANDATO PARA JEAN TODT

Foto: AP
Francês será reeleito para o terceiro mandato no comando da FIA. Todt foi o único a se candidatar para o cargo e será automaticamente eleito na Assembleia Geral da FIA, no dia 8 de dezembro, em Paris. O ex-dirigente da Ferrari assumiu a FIA em 2009, sucedendo Max Mosley e foi reeleito em 2013.

Nesses oito anos, Todt teve que lidar com a chegada (e saída) de três novas equipes e inúmeros problemas financeiros dos times menores. O novo regulamento de motores mudou apenas a hegemonia, ao invés de criar algum equilíbrio. Com a chegada da Liberty, a expectativa é que ambos trabalhem em conjunto para conciliar uma F1 mais atrativa para os fãs e para quem trabalha no ramo, onde as equipes tenham condições de competir sem gastar quantias exorbitantes.

Para isso, deveria ser feito um teto orçamentário, o que obviamente as gigantes não irão concordar. Todt também realiza em seus mandatos ações de segurança e prevenção a alta velocidade no trânsito.
 
Com a F-E sólida, mas WEC e categorias de base capenga, o desafio de Todt é trabalhar no interesse das empresas no automobilismo e pavimentar caminhos que seduzam os jovens pilotos a participar das competições da FIA.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 345 pontos (CAMPEÃO)
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 302 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 280 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 200 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 193 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 158 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 94 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 83 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 54 pontos
10- Felipe Massa (Williams) - 42 pontos
11- Lance Stroll (Williams) - 40 pontos
12- Nico Hulkenberg (Renault) - 35 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 19 pontos
15- Fernando Alonso (McLaren) - 15 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 5 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 625 pontos (CAMPEÃ)
2 - Ferrari - 495 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 358 pontos
4 - Force India Mercedes - 177 pontos
5 - Williams Mercedes - 82 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 53 pontos
7 - Renault - 49 pontos
8 - Haas Ferrari - 47 pontos
9 - McLaren Honda - 28 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO:




quarta-feira, 22 de novembro de 2017

ÚLTIMO GÁS

Foto: Motor Sport Magazine
Sediar as últimas etapas do Mundial de F1 tem seus ônus e bônus. Enquanto se paquera com a possibilidade de sediar a etapa decisiva para o título, também pode ser uma corrida dispensável por estar tudo decidido. Nesse ano, foram os casos de Brasil e Abu Dhabi.

O circuito dos Emirados Árabes será disputado pela nona vez. Em apenas quatro a corrida teve caráter de decisão ou algo relevante: em 2010, quando Vettel foi campeão; 2012, quando Raikkonen venceu pela primeira vez após retornar a categoria e levar a decisão entre Vettel e Alonso para o Brasil; 2014, o segundo título de Hamilton e no ano passado, quando Rosberg foi o campeão. Ademais, corridas mornas em um circuito chatíssimo e com uma atmosfera que nada tem a ver com a F1 e sim com a administração Bernie Ecclestone: artificial, sem sal e apenas preocupada com status e dinheiro.

A corrida desse final de semana será nesses moldes. O que teremos de interessante? A última corrida (agora sim) de Felipe Massa. Também será a derradeira prova sem a presença do repugnante Halo. Outras curiosidades: última corrida da fracassada segunda parceria entre Honda e McLaren; a provável última participação de Pascal Wehrlein, que será substituído por Charles Leclerc na Sauber e é isso, pelo que eu me lembre.

Na semana que vem começarão os testes visando a próxima temporada. É possível que Robert Kubica seja oficializado pela Williams. Afinal, o polonês irá participar de algumas sessões. Outra notícia que corre essa semana é, mais uma vez, uma possível aquisição da Sauber por parte da Ferrari, transformando-a na Alfa Romeo e colocando outro piloto de sua academia no certame: Giovinazzi, que já participou das duas corridas iniciais nesse ano, substituindo Marcus Ericsson, bancado pelos donos da equipe, que são investidores da também sueca Tetrapak.

Ademais, podemos esperar muito luxo, artificialidade, celebridades, shows do Pharell, Imagine Dragons e The Killers para celebrar o fim de mais uma temporada da F1 em Abu Dhabi. Parece até o fim da minha faculdade: contando os dias para a banca.

E é isso. Até mais!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A REABILITAÇÃO DA FERRARI

Foto: Getty Images
E aconteceu o "imponderável". Favorito absoluto, Lewis Hamilton bateu logo no Q1 e virou carta fora do baralho para a vitória em Interlagos. Caminho aberto para Valtteri Bottas retomar a confiança, voltar a vencer e ter um desempenho convincente? Bem, o finlandês até foi pole, mas viu sua chance de vitória acabar logo na primeira curva quando foi facilmente superado por Sebastian Vettel, esse sim com fome de vitória, principalmente depois dos últimos acontecimentos que culminaram na perda do título.

Vettel liderou de ponta a ponta até vencer pela terceira vez em Interlagos e pela 47a vez na carreira. A última vitória ferrarista no Brasil foi de Felipe Massa, em 2008. Apesar disso, não foi uma vitória fácil. O alemão abriu no máximo dois segundos para Bottas, que não teve forças para sequer ameaçar a vitória do tetracampeão. O #77 foi, com certeza, o maior perdedor do final de semana. O burocrático Kimi Raikkonen foi o terceiro colocado. Mais um pódio (o nonagésimo) para o campeão mundial há uma década atrás.

Hamilton fez uma grande corrida de recuperação? Sim. Foi espetacular? Não. Era esperada essa quantidade de ultrapassagens: melhor carro, equipamento novo (tudo foi trocado após a batida de sábado). O inglês teve sorte de o Safety Car causado na primeira volta ter afunilado o grid, tornando mais fácil sua tarefa de escalar o pelotão. Entretanto, isso não foi o bastante para chegar no pódio. Maldição de ser um "representante brasileiro"? Isso ajudou a corrida a ter mais emoção, sem dúvida nenhuma. Por questão patriota, achei que hoje ele não merecia o prêmio de piloto do dia, apesar de ter justificado a escolha dos fãs.

Foto: Getty Images
Evidente que o dia era dele. A segunda parte da despedida de Felipe Massa não teve a mesma emoção da primeira, mas ainda assim foi um belo final e o mais importante: foi na pista. O brasileiro teve, sem dúvida alguma, a melhor atuação na temporada: uma bela largada e um passão por fora em Alonso na relargada. O #19 segurou o ex-companheiro de equipe durante toda corrida, mostrando que a Williams hoje tem um bom motor e só. Por outro lado, a McLaren parece ter evoluído seu motor Honda, mas ainda assim insuficiente para sequer sonhar disputar uma ultrapassagem em uma reta.

No fim, uma declaração emocionante de Felipinho (aka Massa Jr, que fala inglês melhor que eu!), uma volta com uma bandeira verde e a ovação do público resumem o momento de emoção total de Massa, amigos e familiares. Muito legal a entrevista com Rubinho no pódio, mais um momento histórico para o automobilismo brasileiro. Nunca um piloto foi tão festejado em seu final de carreira. Por tudo isso e o resultado de pista, Massa pra mim foi o piloto do dia, o "melhor do resto", para aplausos e cumprimentos dignos de Fernando Alonso. Incrível como esses anos de dificuldade na McLaren transformaram sua imagem de antipático e antidesportivo em alguém muito simpático e engraçado.

De quebra, o brasileiro ultrapassou Stroll no campeonato e pode evitar uma injustiça tremenda na classificação dos pontos, assim como Alonso (agora 15 a 13 contra Vandoorne). Ótimo desempenho dos veteranos. Sem pneus, Massa conseguiu segurar Alonso, mas se tivesse mais algumas voltas ambos seriam superados Pérez, nono colocado. Hulkenberg conseguiu um pontinho para a Renault. Seu motor esteve muito abaixo do esperado durante o final de semana, o que impediu a Red Bull de fazer muita coisa e causou a discussão entre Helmut Marko e Cyril Abiteboul. A Red Bull reclamou de os motores franceses falharem na Toro Rosso justamente após o anúncio do acordo com a Honda em um momento decisivo no campeonato, onde ambos disputam a sexta posição (no momento, 53 a 49 para a Toro Rosso) e milhões extras de premiação no cofre.

Foto: Getty Images
Falando do resto: a dupla da Haas é a mais perigosa de todas. Grosjean perdeu o ponto de freada na subida do Laranjinha e acabou com a corrida de Esteban Ocon no início da corrida. Magnussen bateu em Vandoorne, que tocou e fez Ricciardo rodar na largada. Lembrou o Romain Grosjean de 2012, que foi suspenso. Stroll foi o último com as duas Sauber na pista e com dificuldades para a passar a própria Haas do francês. Imaginem a Williams nos próximos anos...

Coitado do Hartley. Teve problemas em todos os treinos e/ou corridas desde que chegou na F1, em Austin. Será a zica de Alonso já afetando os motores da Renault? Isso mais o fato de dois pilotos inexperientes estarem na equipe de Faenza devem fazer com que os franceses terminem o ano em sexto nos construtores, ganhando um dinheirinho a mais para o orçamento de 2018.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Brasil:



A Fórmula 1 volta daqui duas semanas para a última etapa da temporada no Grande Prêmio de Abu Dhabi, nos dias 24, 25 e 26 de novembro. Até mais!



sexta-feira, 10 de novembro de 2017

INSACIÁVEIS

Foto: Getty Images
Penúltima etapa da temporada, título de construtores e de pilotos definido... isso significa ritmo de férias? Desaceleração? Claro que não. Lewis Hamilton dominou os dois treinos livres de hoje e é o grande favorito para vencer em Interlagos pela segunda vez consecutiva. Não muito atrás está Bottas. Na reta final, ainda existe a briga pelo vice-campeonato, e as flechas de prata certamente irão fazer esforços para o finlandês superar Vettel, quem sabe até Hamilton pode entrar na briga para ajudar o #77, nunca se sabe. Entretanto, diante do amor do britânico pelo país, duvido algo do tipo "entregar a vitória".

Ferrari e Red Bull estão equilibradas. Com pneus macios, as três equipes estão juntas. Todavia, com o supermacio os alemães sobram. Pode acontecer qualquer coisa nessas duas filas. Massa, como sempre, vai muito bem em seu quintal, sendo o sétimo e o oitavo. Vai brigar com as Force India e a Renault pelo top ten, como sempre. Como é uma corrida de despedida, o apoio da torcida pode ser uma força a mais para Massa atingir seus objetivos: uma última corrida digna de um brasileiro em Interlagos, até porque não sabemos até quando o circuito estará na F1 e quando um compatriota estará na categoria.

Para amanhã, a expectativa é de chuva forte, nos moldes de 1993, 2003 e do treino de 2009. Com isso, as coisas embaralham, em tese. Entretanto, provavelmente a FIA vai atrasar a sessão o máximo possível e apenas sensíveis mudanças seriam feitas no grid. Portanto, nada de algo tipo Hulkenberg pole em 2010, por exemplo.

A chuva parece ser o único empecilho para a Mercedes nesse final de semana, ou ao menos no sábado, porque no domingo a expectativa é de sol. Cenário perfeito para Lewis Hamilton, o "britânico brasileiro" como a mídia brasileira carente anda chamando o #44 vencer de novo no Brasil, para delírio dos brasileiros. Capaz até de tocar o tema da vitória, não?

Confira a classificação dos treinos livres para o Grande Prêmio do Brasil:



Até!

GP DO BRASIL - Programação

O Grande Prêmio do Brasil é disputado desde 1972 (1973 na F1), sendo realizado em Interlagos (1972-1977, 1979, 1980, 1990-atualmente) e já foi sediado em Jacarepaguá (1978, 1981-1989).

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Juan Pablo Montoya - 1:11.473 (Williams, 2004)
Pole Position: Nico Rosberg - 1:10.023 (Mercedes, 2016)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Alain Prost - 6x ( 1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990)

McLAREN ANUNCIA LANDO NORRIS COMO PILOTO RESERVA PARA 2018

Foto: LAT Images
Britânico de 17 anos foi campeão da F3 Europeia dessa temporada. Com isso, Jenson Button está definitivamente fora da F1. Zak Brown, diretor executivo da equipe, descreveu Norris como "talentoso e extraordinário". Norris irá acompanhar a equipe nas corridas e desenvolver o carro no simulador em Woking.

Nos testes coletivos da Hungria, Norris surpreendeu a todos e se saiu muito bem, inclusive sendo mais veloz que Stoffel Vandoorne. Diante do futuro sempre incerto de Alonso, não é exagero imaginar que o britânico possa estrear na F1 já em 2019. Lando também irá correr pela ART na F2 ano que vem. Ele iria correr pela Prema, mas foi vetado por Lawrence Stroll, que tem ações na equipe.


Lando Norris é uma das maiores promessas dos últimos tempos da F1. Em breve farei um post especial sobre a breve carreira desse rapaz. Só escrevo uma coisa: fique de olho.

VERSTAPPEN QUER COMISSÁRIOS FIXOS; FIA NEGA

Foto: Getty Images
Personagem de incidentes polêmicos que lhe acarretaram na perda de dois pódios (México 2016 e EUA 2017), Max Verstappen afirmou que a melhor solução para a F1 seria que a FIA escolhesse comissários permanentes a cada temporada.

Os comissários mudam a cada corrida. Para o piloto holandês, uma equipe fixa teria maior facilidade para entender os pilotos: Pelo menos todo mundo saberia com quem estamos lidando. Eles começariam a entender melhor os pilotos porque passariam mais tempo e mais corridas juntos. Honestamente, acredito que deveríamos ir nesta direção", afirmou.

Quem concorda com Max é o chefe da Haas, Gunther Steiner. Cada hora as decisões são tomadas de forma diferente, e isso tende a ser pior para as equipes pequenas. Minha opinião é que a solução para isso é escolher comissários permanentes que realmente conheçam seus assuntos", falou à revista 'Speedweek'.

No entanto, Charlie Whiting, diretor técnico da FIA, entende que essa mudança causaria transtornos, principalmente na relação entre determinados pilotos e alguns comissários."Estamos discutindo isso a todo o tempo. Acreditamos que a nomeação de quatro comissários permanentes para toda a temporada apenas gerará novas dúvidas. Não quero entrar em detalhes, mas neste momento consideramos que nossa opção é mais coerente", falou.


É uma decisão a se pensar. A grande questão é que critérios podem ser tomados de forma diferente a cada corrida, onde em uma ocasião um grupo entendeu que determinado incidente foi ilegal e o outro, na corrida seguinte e com o mesmo incidente entenda que sim. Entretanto, a longo prazo uma comissão fixa possa causar um jogo de cartas marcadas, beneficiando alguns pilotos e prejudicando outros. Para resolver esse problema, é fundamental que a FIA explique de forma clara e didática para os pilotos o que pode e o que não pode, se possível até desenhar. Assim, não haveria tanta polêmica e reclamação dos pilotos, fãs e jornalistas em casos como o de Verstappen e Raikkonen em Austin.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 333 pontos (CAMPEÃO)
2 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 277 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 262 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 192 pontos
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 178 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 148 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 92 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 83 pontos
9 - Carlos Sainz Jr (Renault) - 54 pontos
10- Lance Stroll (Williams) - 40 pontos
11- Felipe Massa (Williams) - 36 pontos
12- Nico Hulkenberg (Renault) - 34 pontos
13- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 19 pontos
15- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 13 pontos
16- Fernando Alonso (McLaren) - 11 pontos
17- Jolyon Palmer (Renault) - 8 pontos
18- Pascal Wehrlein (Sauber) - 5 pontos
19- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 5 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 595 pontos (CAMPEÃ)
2 - Ferrari - 455 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 340 pontos
4 - Force India Mercedes - 175 pontos
5 - Williams Mercedes - 76 pontos
6 - Toro Rosso Renault - 53 pontos
7 - Renault - 48 pontos
8 - Haas Ferrari - 47 pontos
9 - McLaren Honda - 24 pontos
10- Sauber Ferrari - 5 pontos

TRANSMISSÃO