Foto: Divulgação/McLaren |
Fala, galera! Última parte do especial Fernando Alonso aqui
no blog. As outras partes vocês podem acompanhar nos links anteriores:
Vamos lá:
McLAREN (2015-2018):
RETORNO IMPROVÁVEL E MAIS DECEPÇÕES
Foto: MotorSport |
Logo no segundo dia de pré-temporada, na Catalunha, a Honda
já apresentava problemas graves no motor. A equipe mal corria. Pra piorar,
Alonso sofreu um acidente até hoje MISTERIOSO (reportado na época ao clicarnesse link). O MP4-30, sofrendo com problemas no MGU-K, teria sofrido uma
descarga elétrica que foi em toda em direção ao espanhol, que desmaiou e
precisou ser atendido no hospital por algumas semanas.
Foto: Reprodução/Twitter |
Depois de ficar consciente, alguns tablóides
sensacionalistas chegaram a publicar uma história onde Alonso teria perdido a
memória e que acreditava ainda estar em 1995, quando era piloto de kart. Alonso
ficou fora da abertura da temporada, na
Austrália, reestreando pela McLaren justamente no palco onde venceu com a
equipe inglesa pela primeira vez, na Malásia. Lá, ele negou esses boatos e as
classificou como “história divertida”. O espanhol disse que nunca perdeu a
consciência e que apagou em virtude do efeito colateral de um remédio que tomou
antes de ser transferido para o hospital, afirmando que se lembra de tudo que
aconteceu antes e depois do acidente.
Enquanto Vettel estreava no pódio com a Ferrari e a McLaren
fechava o grid, Alonso afirmou que pódios não são mais importantes e que
preferia correr riscos para ganhar e ser campeão. Com vários problemas na
McLaren, Alonso nem completou a prova e viu o rival alemão vencer pela primeira
vez com a Ferrari. O espanhol se defendeu dizendo que seria difícil apostar que
a Ferrari faria uma temporada tão boa depois de um 2014 tão ruim e que só
consideraria um erro sair da equipe se os italianos forem campeões. Distante
dos pontos e levando volta de todo mundo, Alonso apenas disse estar feliz em
completar a corrida e entender melhor o carro.
Na primeira volta da corrida da Áustria, se envolveu em um
acidente com o ex-companheiro Kimi Raikkonen e chegou a ficar com o carro em
cima da Ferrari do finlandês. Não houve feridos e foi apenas um acidente de
corrida provocando com Raikkonen girando na frente de Alonso por ter rodado. Em
Silverstone, marcou o primeiro ponto da temporada.
Na Hungria, o melhor momento
da temporada: foi o quinto, enquanto Button foi o nono. Foi a única vez na
temporada que os dois marcaram pontos e a última na qual a McLaren chegou no
top 10. No Japão, irritado com a falta de potência do motor Honda, chamou no
rádio o motor dos japoneses de “GP2”, na corrida de casa, tornando-se um
símbolo do que foi essa segunda parceria entre McLaren e Honda.
Em 2016, os problemas seguiam e a parceria com a Honda já
começava a ser fortemente questionada e criticada. Na Austrália, Alonso se
envolveu em um acidente violentíssimo com Esteban Gutiérrez na curva, capotando e batendo forte na
barreira de pneus. Com lesão no pulmão e fratura nas costelas, ficou de fora da
corrida do Bahrein. O retorno foi na China, onde chegou em 12°. Na Rússia,
Alonso marcou ótimos oito pontos com um grande sexto lugar e, duas corridas
depois, chegou em quinto em Mônaco.
Com a Honda cheia de problemas, abandonos e
troca de peças/motores, Alonso era frequentemente penalizado, ou largando dos
boxes ou em último. Na Bélgica, beneficiados pela bandeira vermelha causada
pelo forte acidente de Kevin Magnussen, Alonso conseguiu um grande sétimo
lugar. Na Malásia, também largando em último lugar por diversas punições, de
novo chegou em sétimo.
Marcando mais pontos, a expectativa era que a McLaren
seguisse evoluindo mais, mas não foi o aconteceu, como vocês puderam perceber
por aqui.
Com um “bom chassi” mas atrapalhado pelo fraco e inconfiável motor
Honda. Diante da falta de competitividade, Alonso resolveu apostar no sonho de
conquistar a “Tríplice Coroa do automobilismo” e decidiu correr nas 500 milhas
de Indianápolis, se ausentando de Mônaco, que aconteceria no mesmo dia. A
vitória não veio mas Alonso liderou algumas voltas e abandonou, novamente com o
motor nipônico o deixando na mão.
Depois de críticas públicas de Alonso e da equipe aos
motores da Honda, a McLaren anunciou o fim da união e assinou com a Renault
para a temporada de 2018. Com um bom chassi e um motor mais potente e
confiável, seria a última cartada do espanhol em guiar um carro competitivo na
carreira.
A decisão parecia acertada. Logo na Austrália, Alonso chegou
em quinto e no rádio dizia que “agora nós podemos lutar”. No entanto, no
Bahrein, Alonso chegou em sétimo e levando volta das três principais equipes,
apesar de ser o melhor do resto. Na largada de Baku, o espanhol foi atingido
por dois carros nas curvas 2 e 3, furando os dois pneus da direita. Se
arrastando na pista com extrema dificuldade, Alonso teve técnica para conseguir
levar seu carro para os boxes. Beneficiado por uma corrida caótica repleta de
acidentes e Safety Car, Alonso conseguiu ser o sétimo mesmo com o carro
avariado. Depois, disse que essa foi uma das “melhores corridas da minha vida”.
Na Espanha, com um novo motor, finalmente Alonso conseguiu chegar no Q3,
largando em oitavo e terminando na mesma posição. Com muitas especulações sobre
o futuro, em agosto o bicampeão anunciou a saída da F1 no final da temporada.
Desde então, foram especulados diversos possíveis caminhos para Alonso no ano
que vem.
O que é certo é que o espanhol vai terminar a temporada no
Mundial de WEC até junho, com a disputa das 24 Horas de Le Mans e vai buscar o
bicampeonato da prova. Semanas atrás, foi confirmado que ele vai disputar
novamente as 500 Milhas de Indianápolis em uma parceria com a McLaren. Ao
contrário do que parecia tendência, Alonso não deve participar de toda a
temporada da categoria americana.
NÚMEROS FINAIS DA
CARREIRA DE FERNANDO ALONSO:
Corridas: 314
Títulos: 2 (2005 e
2006)
Vitórias: 32
Pódios: 97
Pole Positions: 22
Voltas mais rápidas:
23
Pontos na carreira:
1.899
Primeira pontuação: Austrália
2003 (7° lugar)
Primeira pole: Malásia
2003
Primeiro pódio:
Malásia 2003
Primeira vitória:
Hungria 2003
Última pole: Alemanha
2012
Última vitória:
Espanha 2013
Último pódio: Hungria
2014
Última pontuação:
Cingapura 2018 (7° lugar)
E essa foi a carreira e os números de Fernando Alonso Díaz, um
dos maiores e melhores de todos os tempos na categoria. Que seja feliz em
outras competições e em sua vida e “até logo”, quem sabe? Já estou com
saudades. Obrigado, Fênix!
Na sequência, a análise final da temporada e algumas
outras coisas especiais.
Até!