Foto: AS |
Bom, vamos ao que importa.
Sainz-Renault-McLaren-Alonso-Honda-Toro Rosso. Essa é a ligação. Informações da imprensa europeia. Só falta o famigerado "anúncio oficial". Vamos por partes:
McLaren e Honda irão encerrar a vexatória parceria depois de três anos. Os japoneses depositavam 90 milhões de euros na equipe, sendo 32 deles destinados para pagar Alonso. A Fênix exigia a saída dos nipônicos para continuar na equipe e seu pedido foi aceito. Evidentemente que seu salário será reduzido, diante da saída de quem lhe pagava tal quantia. A McLaren tenta um patrocinador master, ausente de Woking desde a saída da Vodafone em 2012. A ideia dos ingleses é manter essa parceria com a Renault até 2020 e a partir do ano seguinte, quando começa um novo regulamento técnico, produzir o próprio motor, uma questão que há anos já havia sido cogitada pela equipe e parece que finalmente será feito.
Retorno da parceria foi um fracasso. Foto: AS |
Toro Rosso Honda em 2018. Foto: Motorsport |
Para a Honda sair da McLaren e fornecer motor para a Toro Rosso, uma das exigências seria a chegada do piloto japonês Nobuharu Matsushita para 2018. Ele tem 23 anos e está na F2, pilotando pela ART Grand Prix e é o sexto colocado, com duas vitórias nas etapas de domingo de Barcelona e Silverstone. Outra disputa seria travada no time satélite da Red Bull: com Sainz indo imediatamente para a Renault ainda esse ano, Pierre Gasly (campeão da GP2 ano passado) teria algumas corridas para mostrar serviço e tentar desbancar o depressivo Daniil Kvyat pela outra vaga na equipe ano que vem. Imagina Matsushita e Gasly na equipe satélite que revelou Vettel, Ricciardo e Verstappen e teve Buemi e Vergne como bons talentos subestimados?
Matsushita (E) e Gasly (C) podem ser companheiros de Toro Rosso em 2018. Foto: Motorsport |
Bem, acho que está tudo devidamente e didaticamente esclarecido. Lembrando que nada disso ainda é oficial, mas bastante ventilado e dado como certo pelos principais veículos especializados da Europa. Meus pitacos?
A McLaren abre mão do protagonismo e busca nesse momento ser apenas uma mediana mas constante, que pontue com frequência e busque pódios esporádicos, algo impossível se continuasse com a Honda. O processo regrediu nesses três anos. Não é o ideal para Alonso, mas apenas o possível para que consiga completar algumas corridas sem que isso vire notícia.
A Toro Rosso não tem escolha. Com dois pilotos estabelecidos na Red Bull e sem nenhum grande talento emergente, Marko e Horner optaram pelo dinheiro da Honda e conseguiram ainda lucrar com o insatisfeito Sainz, que terá um grande chance em uma equipe de fábrica. Para Gasly e Matsushita, caso se concretize, é a chance de realizar um grande sonho que é pilotar a F1.
E, para finalizar, a Honda terá uma nova chance de se redimir, trabalhando em um ambiente de menor pressão. Precisa melhorar muito para ser minimamente competitiva. Quem sabe em 2021, com um novo regulamento técnico e a chegada de outras construtoras os japoneses não se destaquem? Difícil, mas vai que, né...
Até mais!
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