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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

ESPECIAL ALONSO - Parte 2

Foto: Getty Images

Olá, amigos! Agora vem a segunda parte do especial Fernando Alonso para vocês. Para ler a primeira parte, clique AQUI.

Vamos lá:

McLAREN (2007): GUERRA CONTRA HAMILTON E RON DENNIS

Foto: RaceFans

Logo depois de ser bicampeão mundial com a Renault, ver o maior rival Michael Schumacher se aposentar e ir para a McLaren, era unânime entre os analistas que a F1 estava vivendo uma nova era, a “era Alonso”.

Ainda em 2006, devido as conquistas com a Renault, o antigo chefe Flavio Briatore o liberou para fazer o primeiro teste com a equipe de Woking, em Jerez. Com o MP4-21, guiou por 95 voltas. O escolhido para ser o companheiro de equipe era um jovem inglês Lewis Hamilton, campeão da GP2 na temporada anterior e piloto da McLaren/Mercedes desde os tempos de kart. Segundo publicações, Alonso receberia U$$ 40 milhões anuais. A estreia oficial de Alonso com o novo carro da equipe foi em Valencia, em janeiro de 2007.

Na abertura da temporada, Alonso não foi páreo para a Ferrari do estreante Kimi Raikkonen, que venceu. A primeira vitória do espanhol (e a primeira da McLaren desde 2005) veio logo na corrida seguinte, na Malásia. Também largando em segundo, Alonso liderou a dobradinha da McLaren. 


Semanas depois, no Bahrein, Alonso teve uma corrida difícil e foi apenas o quinto, enquanto o jovem Hamilton conquistava mais um pódio, em terceiro. Na Espanha, em casa, largou em segundo e partiu para cima de Felipe Massa na largada, mas um toque acabou jogando o espanhol para a brita e o máximo que deu foi chegar em terceiro.

Em Mônaco, a segunda vitória pela McLaren, onde fez a pole e a volta mais rápida, permanecendo em terceiro no campeonato. Alonso chegou a terceira vitória na temporada logo em Nurburgring em uma corrida caótica, cheia de chuva e mudanças climáticas. Ele passou Felipe Massa no final em um toque e os dois discutiram após a corrida diante das câmeras do mundo todo.




Spygate e briga com Hamilton e Ron Dennis:

Foto: Sky Sports
Segundo investigação da FIA, alguns membros da McLaren, incluindo Alonso, estavam cientes de informações confidenciais da Ferrari. O projetista-chefe da McLaren, Mike Coughlan, trocou informações com Nigel Stepney, chefe de mecânicos da Ferrari. Meses antes, a Ferrari declarou ter descoberto um roubo de dados após denúncia feita por um funcionário de uma copiadora próxima à sede da McLaren, na Inglaterra, que teria copiado 780 páginas de um material confidencial de propriedade da equipe italiana e entregue ao projetista britânico.

O arquivo que foi passado de Stepney para Coughlan contava com dados importantes sobre o funcionamento da escuderia italiana, dados de telemetria, aerodinâmica e muitas outras informações de seus carros e motores, como consumo, quilometragem e pneus. A FIA começou a investigar.
Posteriormente, a FIA descobriu entre trocas de mensagens entre Coughlan, De La Rosa e Alonso que eles sabiam as estratégias da Ferrari nas corridas da Austrália e Bahrein, apesar do espanhol duvidar da autenticidade dos dados. Nesse meio tempo, chegou o GP da Hungria.

Atrás do novato da equipe, Alonso exigia ser o piloto número um. Ou seja, ter regalias. Afinal, era o bicampeão contra o novato inglês. No entanto, Ron Dennis foi contra e Alonso acusava a McLaren de beneficiar Hamilton por este ser inglês, uma questão muito semelhante a apontada por Piquet durante os anos em que foi companheiro de Mansell na Williams, nos anos 1980. No Q3 do treino da Hungria, Alonso parou nos boxes primeiro para trocar os pneus. Ele ficou mais segundos do que o imaginado e, parado, atrapalhou Hamilton, que não conseguiu abrir uma nova volta e Alonso ficou com a pole. Hamilton não tinha concordado com a ideia do espanhol parar antes, o que fez Alonso se antecipar. 



O espanhol foi punido em cinco posições no grid e terminou apenas em quinto na corrida, fazendo a McLaren perder os 15 pontos do campeonato de construtores. Hamilton herdou a pole e venceu sem maiores dificuldades. 

Durante a reunião pós-treino, Ron Dennis teria cobrado de Alonso. O espanhol teria respondido que, se não fosse primeiro piloto declarado da equipe, iria denunciar a McLaren para FIA com o que sabia do caso de espionagem. Tudo isso foi negado por Dennis posteriormente. McLaren, Ron Dennis, Hamilton e Alonso foram chamados para dar explicações para a FIA. No fim das contas, apenas a McLaren foi punida: excluída dos construtores e teve que pagar multa de U$$ 100 milhões, além de mostrar com antecedência o projeto do carro de 2008 para FIA, evitando uma nova possível cópia de dados da Ferrari.

Voltando...

Diante desses fatos, ficou evidente que Alonso não tinha mais clima pra seguir na equipe, mesmo tendo assinado contrato até 2009. O espanhol venceu pela última vez na Itália e alguns erros custaram o sonho do tri, como a batida no temporal de Fuji, no Japão. No Brasil, embora tivesse chances matemáticas, Alonso em nenhum momento esteve em condições de ser campeão, chegando em terceiro e vendo Kimi Raikkonen conquistar um título improvável, o que não foi de todo ruim para o espanhol.

Em novembro, saiu o anúncio que McLaren e Alonso romperam o contrato. Três semanas depois, o espanhol assinou o retorno a Renault por 25 milhões de libras em um contrato de dois anos, apesar de também ter recebido sondagens da Red Bull, Toyota e Honda. Ele seria companheiro de equipe de Nelsinho Piquet.

RENAULT (2008-2009): NOVAS POLÊMICAS


Os dois anos seguintes de Alonso foram repletos de rumores. Nas primeiras corridas da temporada 2008, a Renault não foi tão competitiva e o espanhol foi o quarto na Austrália e oitavo na Malásia. Rapidamente surgiram especulações de Alonso estar insatisfeito e querer deixar a equipe. Mario Theissen, chefe da BMW Sauber, queria o espanhol no lugar de Nick Heidfeld para conquistar a primeira vitória da equipe. Em entrevista, Alonso disse que queria pilotar com eles em 2009 e ir para a Ferrari em 2010. A Toyota também se interessou. Existia a especulação de uma cláusula de rescisão e de produtividade que Alonso poderia deixar a Renault e substituir Felipe Massa a partir de 2010, o que foi negado por Luca di Montezemolo.

No Bahrein, o reencontro entre Hamilton e Alonso. Em um incidente, a traseira da Renault ficou danificada, enquanto o bico do carro inglês também. A imprensa acusou Alonso de frear antes da hora, mas a telemetria dos dois carros desmentiu isso.  Em casa, na Espanha, Alonso largou em segundo porque estava com o tanque vazio, mas o motor estourou na volta 35, quando estava em quinto. Depois de chegar em sexto na Turquia, o espanhol elogiou a evolução da Renault.

Em Mônaco, chegou em décimo. No Canadá, largando em quarto, se envolveu em um acidente com Nick Heidfeld na volta 45 e ficou fora. Na França, de novo largou leve em terceiro, entre as duas Ferrari. Na corrida, foi sendo superado por todo mundo, inclusive o companheiro de equipe Nelsinho Piquet, e o espanhol foi o oitavo. Em Silverstone, Alonso foi o sexto. Na Alemanha, após largar em quinto, envolveu-se em um incidente com a Williams de Nico Rosberg e terminou em 11°. Na Hungria, largou em sétimo e chegou em quarto, beneficiado pelos abandonos de Lewis Hamilton e Felipe Massa.

No GP da Europa, Alonso vinha forte durante os treinos, mas foi somente o 12°. Na largada, foi atingido por outra Williams, dessa vez a de Kazuki Nakajima, que danificou a asa traseira e o câmbio. Em Spa, o espanhol era  o quinto a corrida toda, quando a chuva apertou. Alonso apertou no pneu de chuva forte. A pista secou, mas mesmo assim Alonso conseguiu passar Kubica e Vettel no final para chegar em quarto. Em Monza, repetiu a colocação, fazendo a Renault empatar com a Toyota nos construtores.

Cingapuragate:

Foto: Race Fans

Na primeira corrida noturna da história, um problema na pressão do combustível fez Alonso largar somente na 15°. Parecia uma corrida sem perspectivas para a Renault outra vez, até Nelsinho Piquet bater no início da corrida, provocar um Safety Car logo depois da parada de Alonso e contar com o erro no pitstop de Felipe Massa para o espanhol vencer de forma improvável pela primeira vez no retorno a Renault. A verdade foi descoberta só no ano seguinte. 







Depois de ser demitido, Nelsinho Piquet denunciou o fato para a FIA. Briatore foi avisado de que se a Renault não vencesse, a equipe seria fechada na F1. Ameaçando demitir Piquet, o brasleiro contou que foi coagido a bater de propósito em Cingapura para ajudar Alonso, que não sabia de nada. Briatore foi suspenso e Pat Symonds suspenso por cinco anos.

Voltando...

No Japão, com uma estratégia de duas paradas em Fuji, Alonso voltou a vencer, evidenciando a boa forma. Dessa vez, sem polêmicas. A reta final da temporada foi muito boa. Na China, chegou em quarto. No Brasil, foi o segundo, enquanto o arquirrival Hamilton derrotava Massa na disputa do título mundial. Nas últimas oito corridas, Alonso foi o piloto que mais marcou pontos na temporada, superando inclusive os dois que disputavam o título. Foi o quinto colocado no Mundial, com 61 pontos, deixando a Renault em quarto nos construtores, com 80 pontos. No fim da temporada, renovou por mais dois anos com a Renault, encerrando as especulações que dominaram a temporada.

O R29 teve desempenho muito ruim nos testes de pré-temporada e Alonso não esperava um grande ano outra vez. Na abertura da temporada, Alonso escapou de um acidente e, beneficiado pelo Safety Car causado pelo acidente entre Kubica e Vettel no fim, conseguiu chegar em quinto. O espanhol não tinha gostado de como o KERS, grande novidade da temporada, havia funcionado. Na Malásia, foi o décimo primeiro. Na China, largou em segundo e chegou em nono, chegando em ambas mais de um minuto atrás de Jenson Button, vencedor com a surpreendente Brawn GP. 

No Bahrein, chegou em oitavo após uma dura batalha após o carro ficar com pedaços de garrafa quebrada. Tamanho esforço fez Alonso ficar desidratado e passando mal após a corrida. Na Espanha, brigou o tempo todo com Webber pelo sexto lugar, mas chegou em quinto após Massa abandonar na última volta. Em Mônaco, contou com os abandonos de Kovalainen e Vettel para chegar em sétimo, tendo largado em nono. Lutando bastante com o carro, chegou em décimo na Turquia e em 12° na Inglaterra. No GP da Alemanha, Alonso perdeu posições na primeira curva, mas conseguiu chegar na sétima posição.

Praticamente sem combustível, marcou a única pole da temporada, na Hungria. Alonso liderava a corrida até a parada do pit stop no primeiro stint, quando colocaram a roda traseira esquerda incorretamente. Depois, o espanhol abandonou com problemas na bomba de combustível. Em Valência, chegou em sexto e disse que era o melhor a ser feito. Lá, estreou seu novo companheiro de equipe, o francês Romain Grosjean.

O problema da Hungria persistiu na Bélgica e fez Alonso abandonar novamente, apesar dessa vez a origem do problema ter sido o toque com Adrian Sutil na largada. Na Itália, chegou em quinto, reclamando novamente do KERS. Um ano depois do escândalo e já com Briatore banido, Alonso conseguiu dessa vez um bom terceiro lugar, sem suspeitas e o único pódio na temporada. O espanhol polemizou ao dedicar o resultado ao recém-banido chefe, dizendo que ele “fazia parte disso tudo”.

No Japão, Alonso perdeu cinco posições da largada ao não diminuir a velocidade durante a bandeira amarela provocada pelo acidente de Sebastien Buemi. Sem velocidade e chegando apenas em décimo, Alonso admitiu que a punição decidiu o rumo da corrida. No Brasil, a corrida durou uma volta, quando o espanhol não conseguiu escapar do acidente entre a Toyota de Jarno Trulli e a Force India de Adrian Sutil, danificando o sidepod do carro da Renault.

Nesse meio tempo, já tinha sido anunciada a ida de Alonso para a Ferrari, desejo pessoal dos últimos anos, onde seria companheiro de Felipe Massa. Na corrida final, em Abu Dhabi, foi apenas o 14°. Ele agradeceu os serviços da Renault e relembrou as conquistas mundiais e de construtores. Ele foi o nono colocado no Mundial, marcando todos os 26 pontos da Renault, oitava colocada nos construtores.

Em breve, a terceira parte do Especial Alonso. Até!

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

JÁ FAZ 10

Foto: Getty Images
O Grande Prêmio de Cingapura de 2008 tinha diversos motivos para entrar na história da F1. O primeiro, o mais simples: o primeiro a ser realizado nas ruas da cidade-estado. O segundo: a primeira corrida noturna da história do Mundial. A terceira: O GP número 800 da F1. Convenhamos que nenhuma (ou quase) delas foi lembrada.

Hamilton e Massa disputavam ponto a ponto o campeonato. Vantagem do inglês por um ponto. Entretanto, o brasileiro simplesmente voou no Q3 pra largar na pole, seis décimos mais veloz que o inglês. Raikkonen, Kubica e Kovalainen completaram os cinco primeiros. Rubens Barrichello foi só o décimo oitavo.

28 de setembro de 2008. Na largada, Massa mantém a primeira disposição e abre boa vantagem pra Hamilton. A corrida transcorre normalmente, até que o inesperado acontece.

Alonso, que só largou em 15°, para na volta 12, muito cedo segundo as projeções, para colocar os pneus duros. Voltou na distante última posição. Duas voltas depois, seu companheiro de equipe, Nelsinho Piquet, rodou e bateu de traseira. Safety Car.

Foto: Getty Images
Todo mundo nos boxes. O líder Massa se prepara paro o pit stop padrão. Na época, ainda era possível reabastecer e existia aquela mangueira. Pois bem, a parada é realizada, mas o sistema da Ferrari acaba acionando o sinal que libera Massa a sair dos pits, mas aí o grande problema: a mangueira ainda estava na bomba de combustível. E assim ele saiu...

Foto: Gazeta Press


Massa voltou em último. Com a corrida completamente modificada, Rosberg assumiu a ponta e Alonso, que parecia fora de jogo, pulou entre os ponteiros porque havia parado voltas antes. Com o desenrolar da prova, a maioria dos pilotos fez duas paradas, menos o espanhol.

Líder desde a 34a volta, a Fênix rumou para a vitória com uma fraquíssima Renault na primeira corrida noturna da história, o GP n° 800 da F1. Rosberg, ainda na Williams, foi o segundo e Hamilton conseguiu ficar em terceiro. Massa foi só o 13°e viu a vantagem aumentar para 7 pontos. Esses e outros erros da Ferrari e do brasileiro custaram o título daquela temporada. Golpe de sorte ou genialidade? Alonso tirou o coelho da cartola.

Bem, na verdade não. Um ano depois, quando foi demitido da Renault, Nelsinho Piquet e o pai revelaram para Reginaldo Leme que a batida do brasileiro foi proposital, em uma armação de Flávio Briatore e Pat Symonds. Uma bomba mundial. De novo Alonso estava envolvido, mesmo que de maneira indireta.

A investigação da FIA confirmou a versão brasileira. Briatore fez aquilo porque os franceses ameaçaram abandonar a categoria no fim do ano caso aquele carro ruim não ganhasse até o final da temporada (apesar de tudo, Alonso ganhou em Fuji, semanas depois). Briatore foi banido da F1 e Symonds suspenso por cinco anos. Voltou a trabalhar na Williams, justamente com Felipe Massa.

Alonso e Nelsinho foram inocentados. O espanhol não sabia da jogada, apesar das suspeitas existirem até hoje. O brasileiro perambula por várias categorias e foi campeão da Fórmula E em 2015. Alonso ficou mais um ano na Renault e encontrou Massa na Ferrari.

Além das questões históricas já citadas no primeiro parágrafo, a primeira corrida em Cingapura sempre será a mais lembrada: a corrida da marmelada, da entregada. Uma vergonha mundial. A Ferrari e Massa tentaram reverter o resultado, mas isso não aconteceu.

O mais incrível é que esse episódio já faz dez anos e um dos pivôs, indiretos, se despede desse palco nesse final de semana. Qualquer toque no muro, desde então, virou motivo para desconfiança.

Cingapura, dez anos. Corrida noturna, modernidade, circuito de rua, Safety Car, Cingapuragate, acidentes (o do ano passado também já entrou para a história). Como as coisas passam rápido. Impossível não lembrar. Estava assistindo na casa de um colega de escola, fazendo um trabalho. No fim do dia, o Inter goleou por 4 a 1 no Gre-Nal. Que dia, amigos.

Até!

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

ESPECIAL BUTTON - Parte 1

Foto: F1Fanatic
Fala, galera! Essa semana temos a despedida de dois grandes pilotos que marcaram época na Fórmula 1: Jenson Button e Felipe Massa. Começarei os especiais primeiro escrevendo sobre o inglês e na semana que vem tentarei fazer um balanço da carreira de Massa, já finalizada. Vamos a primeira parte do resumo da carreira de Jenson Button:

2000-2002: Williams, Benetton e Renault

A estreia em Melbourne.Foto: Getty Images
Jenson estreou na F1 em 2000, aos 20 anos. No ano anterior, ele chegou a fazer testes na McLaren e na Prost. A vaga na Williams ficou disponível após a equipe dispensar Alex Zanardi. Frank Williams promoveu testes "eliminatórios" entre o britãnico e o então campeão da Fórmula 3000, o brasileiro Bruno Junqueira. Jenson se saiu melhor e foi contratado, sendo o britânico mais jovem da história a estrear na F1. Sua primeira aparição foi cercada de expectativas: Gerhard Berger o chamou de "fenômeno" e foi comparado a Ayrton Senna. 

Na corrida de estreia, ele bateu no treino e largou em penúltimo. Na corrida, ia realizando uma ótima corrida de recuperação, mas abandonou faltando 11 voltas para o final. Na prova seguinte, chegou em sexto no Brasil e sagrou-se o mais jovem a pontuar na categoria até então. Embora Button tenha conseguido bons desempenhos, ele também alternava momentos ruins, normal para um iniciante. Superado por Ralf, a Williams estava de olho em Montoya. Depois do colombiano vencer as 500 milhas de Indianapólis, ele foi anunciado para seu lugar para a temporada de 2001. Com contrato na Williams até 2003, Button foi emprestado por duas temporadas a Benetton.

Seus melhores resultados foram largar em terceiro em Spa e chegar em quarto no Grande Prêmio da Alemanha vencido por Rubens Barrichello. Um vídeo curioso foi durante o Safety Car do GP da Itália, onde o líder Schumacher freou bruscamente na reta e Button teve que virar para o lado para não bater nos outros carros, danificando o carro e abandonando logo em seguida. Ele terminou em oitavo o campeonato, com 12 pontos, metade de Ralf Schumacher, seu companheiro de equipe.


Foto: Reddit
Seu companheiro de equipe foi o italiano Giancarlo Fisichella. A Benetton havia sido arrecém comprada pela Renault, que voltaria a ter uma equipe própria na F1. Foi uma temporada difícil. O carro da Benetton era muito pouco competitivo, e Jenson foi constantemente batido por Fisichella. Button foi o 17° no Mundial de Pilotos, com apenas dois pontos oriundos do quinto lugar também do Grande Prêmio da Alemanha. Durante a temporada, foi especulada a sua saída da equipe antes mesmo do fim do ano. Flávio Briatore, o chefe, disse: "Ou ele mostra que é bom ou ele deixa o grande escalão de pilotos", oferecendo a chance de sair. 

Foto: Getty Images
Apesar das críticas, Jenson manteve-se na equipe. Dessa vez, seu companheiro de equipe foi outro italiano: Jarno Trulli. Button trabalhou duro com a equipe durante as férias e se sentia confiante para o ano de 2002. Na Malásia, logo na segunda etapa, tinha tudo para conquistar seu primeiro pódio. Ele estava em segundo quando o carro sofreu uma quebra de suspensão. Com a queda de rendimento, terminou em quarto. Seu desempenho tinha melhorado muito, apesar de ser superado na maioria dos treinos pelo experiente piloto italiano. Ele queria continuar na Renault, mas no GP da França foi anunciado que ele sairia da equipe para a entrada do então piloto de testes Fernando Alonso. Briatore foi criticado e respondeu: "O tempo vai dizer se estou errado", e acusou Jenson de ser um "playboy preguiçoso". Pouco tempo depois, Button assinou um contrato de dois anos com a BAR Honda para ser companheiro de equipe de Jacques Villeneuve, campeão mundial de 1997. O britânico foi o sétimo colocado no campeonato com 14 pontos, cinco a mais que Trulli.

Amanhã, a parte 2 da carreira de Jenson Button! Até!