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Fala, galera! Segunda e última parte da análise final da
temporada 2017 da F1. Agora, vamos ver como foi o ano das equipes restantes:
Renault, Toro Rosso, Haas, McLaren e Sauber.
RENAULT
Foto: Motorsport |
Nico Hulkenberg: Nota 7,5
Hulk tem sido mais do mesmo: acumulador de pontos. Estreando
em um carro inferior ao que estava, chegou a capengar em alguns momentos e
praticamente conduziu sozinho a equipe francesa durante os construtores até a
chegada de Sainz nas etapas finais. Será um embate interessante entre a
juventude espanhola e a experiência alemã em um ambiente francês. A essa altura
da carreira, a única coisa que Nico sonha é com um pódio na categoria. Até
Stroll conseguiu logo na estreia... seria uma grande sacanagem do destino sair
da F1 assim depois de tanto tempo na categoria. Um novo Nick Heidfeld.
Jolyon Palmer: Nota 5,5
Fazia hora extra na F1 nesse ano. Entretanto, sempre fico
mal quando um piloto é desligado da equipe antes do final da temporada. Palmer
conseguiu essa proeza depois de apenas pontuar em Cingapura e sendo inútil aos
franceses na disputa direta com a Toro Rosso pelo sexto lugar nos construtores.
Sempre mais lento que Hulk (perdendo em todos os treinos) e cometendo inúmeros
erros, claramente se mostrou insuficiente para estar na F1. Que seja feliz em
outras categorias.
TORO ROSSO
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Carlos Sainz: Nota 7,5 (correu pela Renault as quatro etapas
finais)
Um piloto em constante evolução, entregando o máximo que
pôde com uma Toro Rosso que sofre há anos com a falta de melhorias do carro
durante o decorrer do ano. Diante de uma forte concorrência na Red Bull, bateu
o pé e conseguiu ser emprestado para a Renault ainda esse ano, onde terá um
grande duelo contra Hulkenberg. Para a equipe satélite dos taurinos, resta a
dúvida: o que será deles com dois pilotos inexperientes e com o fraquíssimo
motor Honda? Oremos, já dizia Cláudio Cabral.
Daniil Kvyat – Nota 5
Em dois anos a carreira do russo foi do topo para o pré-sal.
As atuações lamentáveis continuaram e não restou outra alternativa para Helmut
Marko a não ser demiti-lo por duas oportunidades, agora definitivamente.
Confesso que é uma coisa que me intriga até hoje o que aconteceu nesse meio
tempo: uma queda técnica, psicológica, as duas. As respostas parecem ao mesmo
tempo óbvias e misteriosas. Bom, o melhor para a mente desse jovem russo é
respirar outros ares, porque a F1 detonou com seu psicológico.
Pierre Gasly e Brendon Hartley – Sem nota. Disputaram poucas
corridas para ser feita uma mínima avaliação.
HAAS
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Romain Grosjean – Nota 6,5
O segundo ano da Haas na F1 seria naturalmente complicado.
Ainda sem a verba da FIA e com o crescimento das concorrentes, restou superar
apenas a McLaren e a Sauber. Depois de um início espetacular na equipe ano
passado, Grosjean caiu bruscamente de rendimento. Com um problema aparentemente
“incorrigível” nos freios desde então, o francês sofre para conseguir bons
resultados. Ainda assim, fez mais pontos que o estreante no time Kevin
Magnussen. O francês é um dos raros exemplos atuais da categoria de um piloto
mediano que se mantém no circo sem precisar de um forte apoiador, e assim será,
batendo, reclamando dos freios e conseguindo raras boas corridas pela frente.
Kevin Magnussen – Nota 6
Ficou mais em evidência por mandar o Hulkenberg o chupar do
que qualquer outra coisa. Erros e acidentes evitáveis. Para um piloto que
pintou tão bem e cheio de cartaz na McLaren, não foi nada bem. É até
compreensível, sendo novo na equipe. Entretanto, não vai confirmar o status de
promessa que tinha até quatro anos. Tanto ele quanto Grosjean precisam fazer
mais para se manter na Haas nos próximos anos, até porque a Ferrari não vai
hesitar em colocar Giovinazzi ou outro piloto da academia da Ferrari.
McLAREN
Foto: Red Bull |
Fernando Alonso – Nota 7
Com um motor Honda lamentável, Alonso começou seu plano de
conquistar as três principais provas do automobilismo.Foi bem na Indy 500, mas
acabou sendo novamente traído pelo motor nipônico. Na F1, sem muito o que
fazer, tentou pontuar nas corridas que a McLaren poderia se dar melhor: nos
circuitos travados. Entretanto, é inegável admitir que os japoneses evoluíram
minimamente seus motores, permitindo bons pontos no Brasil e em Abu Dhabi. O
chassi do carro é excelente e evoluiu bastante também, provando que “apenas”
falta um motor minimamente competitivo para brigar por melhores posições e até
pódios, quem sabe. Com uma nova injeção de ânimo, é a última cartada da Fênix
para buscar o tão sonhado (e mais distante do que nunca) tricampeonato.
Stoffel Vandoorne – Nota 7
Tiveram a audácia de criticá-lo na primeira metade do ano,
com carro horrível. Já estavam dizendo que era só uma promessa que não ia dar
em nada. Tenham um pouco de paciência. Vandoorne melhorou demais no segundo
semestre e só foi ultrapassado por Alonso na pontuação na corrida de São Paulo.
Diante de um companheiro de equipe tão competitivo e faminto por novas glórias,
o desafio do belga ano que vem é se manter próximo de Alonso, com uma provável
McLaren mais estruturada, que tenha mais condições de brigar pelo top 10 sem os
inúmeros problemas de potência da ex-parceira Honda.
Foto: Motorsport |
Pascal Wehrlein – Nota 7
Um ambiente competitivo e cercado de egos, dinheiro e
interesses com certeza não é um mundo justo. Pascal sabe bem disso. Em um ano,
vai de especulado à Mercedes a chutado da F1. Se pontuar com a Manor e a Sauber
não bastam, o que será suficiente para mantê-lo em uma equipe? Ser saco de
pancadas? Aí é que entra os interesses e o dinheiro, além da falta de carros.
Pascal talvez não seja um superpiloto, mas com toda a certeza ele deveria estar
entre os 20. Uma grande injustiça, uma ausência difícil de engolir e que espero
que seja corrigida imediatamente.
Marcus Ericsson – Nota 5
Foda-se o resultado, o que vale é ter o patrocinador como
(ainda) dono da agora Alfa Romeo Sauber. O bom é que fica a impressão de que
será o último ano do sueco, pois a Ferrari deve assumir aos poucos todo o
controle da equipe suíça outra vez. Nada pessoa, mas alguém que perdeu para
todos os companheiros de equipe em 2014 simplesmente não deveria estar na F1.
Ericsson é apenas insuficiente, não bate nem comete tantos erros. É sem sal,
sem graça, nem é notado na transmissão. Entretanto, tudo isso será coroado com
mais um ano sendo sem sal, sem graça... O bom é que, ao que tudo indica, será a
última vez.
Bom, esses foram os meus dois centavos sobre o que aconteceu
na F1 nesse ano. Nas próximas semanas teremos outros materiais até o fim do
ano. Grande abraço!
Até!