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segunda-feira, 29 de julho de 2019

FOGO E ÁGUA

Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

25 anos atrás, em Hockenheim, Jos Verstappen quase virou churrasquinho em um pit stop onde a gasolina acabou vazando do carro e causando uma grande explosão. Hoje, o filho Max Verstappen venceu em Hockenheim diante da chuva. Apesar da corrida caótica, foi a vitória mais cerebral de Max, que ainda teve alguns percalços, como não poderia deixar de ser.

Começando pela largada, onde o torque da embreagem (falaremos mais disso depois) fez com que o holandês saísse muito mal, caindo para quarto. Aliás, a corrida teve três voltas atrás do Safety Car porque parece proibido correr na chuva. A primeira prova do ano nesta condição, aliás. Enfim. Mesmo que a chuva trouxesse ares de imprevisibilidade, a corrida parecia estar afeição da Mercedes, que fazia 1-2. Logo na segunda volta, Sérgio Pérez, que sempre tira pódios da cartola em ambientes caóticos iguais ao que se apresentava hoje, bateu. Primeiro Safety Car da tarde.

A primeira troca foi tranquila. Dos pneus de chuva para o intermediário. Hamilton disparava enquanto Max estava preso atrás de Bottas. Com a pista secando, quem estava atrás começou a arriscar com o pneu macio, como foi o caso de Magnussen. O erro de muitos. Para quem está atrás, não há nada a perder. Vettel, que largou em último e estava em oitavo, seguiu, assim como os outros. Depois de algumas voltas, deu para perceber que, embora em alguns trechos a pista estava seca, em outros ela continuava molhado, pois chovia na parte do estádio. Os tempos não melhoravam. E assim todo mundo seguiu. Max deu um 360°, Sainz rodou, Stroll rodou. Estes conseguiram se salvar, outros...

Leclerc forçou demais. Estava com uma boa estratégia, era o quarto colocado. Rodou num ponto onde a pista parecia sabão e tinha nenhuma aderência, praticamente empurrando os carros para a brita. Lembrou vagamente o ponto onde todo mundo rodou e bateu no GP do Brasil de 2003. 

Aí a corrida virou uma algazarra. Alguns não tinham colocado os pneus macios e se deram bem, trocando apenas o intermediário, casos das Mercedes e de Hulkenberg. Outros chegaram para o topo, como Albon. Max, mesmo assim, se manteve entre os ponteiros. Não por muito tempo. Alguns também caíram na armadilha...

Foto: Getty Images
Logo ele. No mesmo ponto. Mesmo com Safety Car, Hamilton bateu. Como estava na cara dos boxes, cortou o caminho de forma insegura e foi para o pit. A Mercedes não estava preparada e bateram cabeça, literalmente. Mais de 30 segundos parado. Tinha uns caras de boina (outra ação comemorativa dos 125 anos da Mercedes no final de semana) que só depois percebi que eram mecânicos. O clima de festa estava preparado, com homenagens e patrocínio da corrida. A consagração alemã estava ameaçadíssima. Entre perder um minuto e ser punido com cinco segundos, Hamilton optou pelo lógico. Teve que remar tudo de novo. Tentou, mas rodou, bateu e caiu para o fim do grid, atrás até mesmo das Williams.

Outro que desperdiçou, mais uma vez, a chance de finalmente brilhar foi Nico Hulkenberg. É impressionante como as coisas parecem afeição dele e o alemão se borra e estraga tudo. Definitivamente não vai fazer pódio nunca, não tem jeito. Uma pena que perca tantas chances assim. 

Com a batida de Hulkenberg, ainda faltavam umas 15 voltas. Com o SC um bom tempo na pista, ela foi voltando a secar. Os ponteiros não queriam arriscar muito porque era reta final. Já quem estava atrás... 

Stroll e Kvyat botaram os macios e tacaram o foda-se. Não tinham nada a perder. Logo que a corrida reiniciou, ficou claro que era preciso botar os pneus de pista seca. E, com todo mundo nos boxes, os dois assumiram a liderança faltando umas 10 voltas! Stroll e Kvyat! Inacreditável! O canadense, por mais fraco que seja, parece capitalizar nas situações caóticas, sobretudo na chuva. Max, que tinha uma boa vantagem, conseguiu voltar próximo e rapidinho retomou a liderança. Bottas estava em quarto, pressionando Stroll, até que bateu. Incrível. Além de não conseguir passar o riquinho, o finlandês simplesmente bate de forma vergonhosa e perde a chance de tirar alguns pontos em relação a Hamilton. Não que fosse voltar a briga pelo título, mas enfim. A reação de Toto pode implicar em mudanças. Bottas pode ter escrito o seu fim na Mercedes.

Vettel, que ficou 40 voltas atrás da Alfa Romeo de Kimi Raikkonen, aproveitou o novo Safety Car para colocar pneus mais novos. Com o grid realinhado, foi questão de tempo para galgar as posições e chegar em segundo porque Max já havia se mandado para vencer pela sétima vez. Kvyat precisava deste resultado. A corrida foi a síntese da carreira: cheia de altos e baixos, de demitido duas vezes para recontratado em dois anos, o russo consegue o segundo pódio da história da Toro Rosso! O agora papai (cuja mãe é Júlia Piquet, filha do Nelson) deu um passo importante para a retomada da confiança e coroa uma temporada segura neste retorno cheio de desconfianças. De quebra, viu Gasly ficar atrás das duas Toro Rosso e ainda bater pateticamente ao tentar ultrapassar Albon. Parece que depois das férias o futuro do francês é o rebaixamento para Toro Rosso, lugar onde Kvyat parou depois de ser preterido por Verstappen. Que pódio é este, composto por três membros da academia Red Bull!

Foto: Getty Images

Para Vettel, um segundo lugar enganoso, onde teve a competência de não cometer erros mas não soube se sobressair. É estranho falar isso de alguém que não treinou e chegou em segundo largando de último. Enfim, que seja um pequeno passo mas muito importante para a retomada de confiança de Sebastian, justamente onde a perdeu no ano passado.

Coube ao rico um quarto lugar, o melhor da Racing Point no ano, fato que geralmente Pérez é o responsável. Difícil ser hater do canadense hoje. Carlos Sainz foi outro que teve altos e baixos. Caiu para último após rodar, voltou para a prova graças as circunstâncias e fica numa ótima quinta posição. Albon, ofuscado por Kvyat mas igualmente muito bem, o sexto.

Agora voltamos para o torque da embreagem na largada. Foi isso que desclassificou a dupla da Alfa Romeo. Segundo o Globoesporte.com, "os comissários detectaram que o torque na embreagem de ambos na largada não correspondia ao exigido pelo regulamento, com a liberação da embreagem tendo sido feita em 70 milissegundos, enquanto o estipulado é de 300 milissegundos.

Pelo entendimento dos comissários, essa infração pode ser comparada com uma queima de largada, o que deu uma vantagem em potencial. A decisão foi dar aos dois pilotos uma penalidade de dez segundos num pit stop, que, sem ter sido feito, foi convertido a 30 segundos somados aos tempos finais de Raikkonen e Giovinazzi na corrida."

Sendo assim, pasmem, a dupla da Haas herdou as posições, mesmo com ambos fazendo de tudo para abandonar pois se tocaram de novo. Diante do caos total, Hamilton é um sortudo até quando tem azar: subiu para nono e em décimo ficou Kubica, responsável pelo primeiro ponto da Williams no ano e o primeiro do polonês desde Abu Dhabi 2010, sendo assim o piloto que teve maior diferença entre datas de pontuação: quase nove anos.

Mesmo diante da desgraça, Hamilton sai com mais dois pontos de vantagem em relação a Bottas. A Mercedes, sortuda no sábado, teve a lei do retorno no domingo. Acredito que, depois de hoje, homenagens, pinturas especiais e boinas não estarão no centro das discussões.

Mais uma vitória da Honda, com dois pilotos no pódio. Que karma para a fênix...

Para Verstappen, a confirmação de que ele é o futuro da categoria e só precisa de um carro; para Vettel, um possível renascimento, assim como Kvyat;

O GP da Alemanha é uma das melhores coisas que já aconteceram na década. Viva a chuva, viva as áreas de escape!

Confira a classificação final do GP da Alemanha:


Até!


sexta-feira, 26 de julho de 2019

CALOR E CHUVA?

Foto: Getty Images
Hockenheim registrou hoje a maior temperatura durante uma sessão nesta temporada. 37 graus, em pleno início de verão europeu. Hockenheim está fervendo. Nestas condições, a Mercedes apresenta problemas. Foi assim na Áustria, onde já estava quente. Em voltas rápidas, são superados pela Ferrari. No entanto, mesmo assim, os stints de corrida são melhores. Os italianos têm um sério problema com o alto desgaste dos pneus, o que provocou de certa forma a derrota de Leclerc em Spielberg.

A previsão, apesar do calor, é de chuva. Todavia, como sabemos, previsões metereológicas dificilmente se confirmam na Fórmula 1. Por incrível que pareça, a chuva seria melhor para Mercedes, pois com temperaturas mais baixas o carro é capaz de render o máximo sem precisar poupar tudo visando evitar alguma quebra.

Max Verstappen sempre vai tentar tirar aquele coelho da cartola enquanto a Red Bull não lhe dá condições de brigar por vitórias de uma forma mais consistente. Enquanto isso, Pierre Gasly segue acabando com a paciência do exigente Helmut Marko: batida no fim do TL2 para se pressionar mais ainda na equipe. Por mais que não tenha um substituto óbvio a curto-prazo, nunca duvide do poder do caolho de incinerar jovens talentos lançados para o abatedouro.

Foto: Getty Images
No pelotão intermediário, a briga encarniçada de sempre. Resta saber se a Haas, em crise, consegue reagir. Pelo que fala Gunther Steiner, é apenas questão de tempo para oficializar uma troca ainda para esta temporada. Surpreendente, a McLaren pode continuar bem o seu processo de reestruturação, enquanto Racing Point, Renault e Alfa Romeo buscam as migalhas. A Williams, infelizmente, nem no texto tem espaço, imagina nas corridas.

Esperamos que se a chuva vier ela não atrapalhe com suas 54534 voltas de Safety Car ou que beneficie a Mercedes. É estranho escrever, mas a F1 vive um bom momento, mesmo sabendo que Hamilton deverá vencer de novo, e pela quinta vez em solo alemão. Que isso não seja quebrado.

Confira a classificação dos treinos livres:



Até!

quinta-feira, 25 de julho de 2019

GP DA ALEMANHA - Programação

O Grande Prêmio da Alemanha (Grosser Preis Von Deutschland) é uma corrida que entrou no calendário da F1 na segunda temporada, em 1951, e ficou de fora do circo apenas cinco vezes: 1955, 1960, 2007, 2015 e 2017.

Foram utilizados os circuitos de AVUS, Nurburgring (Anel Norte), Nurburgring, Hockenheim antigo e Hockenheim atual. Nesse ano, a corrida será realizada no circuito de Hockenheim.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:13.780 (McLaren, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:11.212 (Ferrari, 2018)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher (1995, 2002, 2004 e 2006) e Lewis Hamilton (2008, 2011, 2016 e 2018) - 4x

DE VOLTA AO JOGO?

Foto: Getty Images

Preterido da Fórmula 1 após Lance Stroll ter pego sua vaga na ex-Force India e a Mercedes optar permanecer com Valtteri Bottas, Esteban Ocon é um daqueles talentos vítima da falta de equipes na F1 e também consequência de ser integrante da academia de pilotos da Mercedes. Assim sendo, seu nome sempre será colocado em especulações, principalmente envolvendo o futuro do finlandês nas flechas de prata. No entanto, seu futuro imediato pode estar ligado a um outro lugar: a Haas.

A equipe americana vive uma crise dentro e fora das pistas, com a história do patrocínio picareta que já contamos e o péssimo desempenho de Romain Grosjean. Foi especulada a substituição imediata de um dos dois pilotos da equipe e Ocon seria o ficha um para assumir o cockpit já no retorno das férias da Fórmula 1, em setembro. O francês não confirma mas também não descarta nada:

“São rumores, não há nada confirmado”, explicou Ocon, entrevistado pela rádio monegasca ‘RMC’. “Mesmo que todos estejam falando de mim, meu objetivo no mundo da F1 não é necessariamente encontrar um assento o mais cedo possível. Minha equipe está trabalhando muito duro agora para encontrar soluções. A única coisa é que espero que a gente encontre uma muito rapidamente”, seguiu.

Recentemente, o nome do francês também esteve envolvido a Renault, onde já foi piloto de testes. Ele quase foi para lá no ano passado, mas não contava com a transferência de Daniel Ricciardo. Sobre andar em um carro com chassi e motor Ferrari, Ocon não vê problema, embora a prioridade seja, é claro, ser o parceiro de Lewis Hamilton na Mercedes em um futuro nada distante:

“Todas minhas opções seguem abertas. A Mercedes segue na minha cabeça, assim como opções com outros fabricantes de motores. Não é problema me emprestar. Meu principal objetivo é pilotar pela Mercedes, na equipe de fábrica, mas tudo é possível”, encerrou.


Bem, Ocon seria um grande acréscimo para qualquer equipe. É talentoso e tem personalidade, apesar das duas derrotas para Pérez terem diminuído seu hype. Como era inexperiente na época, o ficha um com a aposentadoria de Rosberg seria Wehrlein, que foi barrado e teve o sonho da F1 dilacerado. Ocon não pode virar um Wehrlein ou Vandoorne. Esperar pela Mercedes talvez não seja uma garantia tão grande. O fato é que certamente Esteban merecia estar no grid, seja na Racing Point, Haas, Mercedes ou Williams.


CONFIANTES

Foto: Getty Images
Depois da vitória na Áustria e de um bom desempenho dos dois (!) pilotos em Silverstone, Christian Horner e cia acreditam que a Red Bull será capaz de repetir as mesmas atuações em Hockenheim, devido ao fato de o circuito alemão não exigir tanto a potência do motor nipônico.

“Levando em conta a performance [em Silverstone], estamos partindo para Hockenheim com confiança”, comentou Christian Horner em entrevista veiculada pela revista britânica ‘Autosport’. “Depois de Monza, [Silverstone] é um dos circuitos mais sensíveis à potência no calendário. Você faz a volta de pé embaixo, o equivalente a uma volta inteira em Barcelona. Então isso é encorajador para nós, e certamente para um circuito como é Hockenheim, que é menos sensível à potência”, declarou o chefe da equipe taurina.

“Acho que nas duas últimas corridas começamos a obter alguma performance do carro, que está funcionando muito bem. Acho que nós, definitivamente, desbloqueamos algum potencial. O carro se comportou muito bem e foi competitivo tanto em altas como em baixas velocidades”, completou
.

A grande criptonita da Red Bull sempre foi a velocidade máxima, desde os tempos onde eram dominantes. Com a defasada e problemática Renault nos últimos anos a coisa piorou, e as vitórias viraram artigo raro. É até surpreendente a competitividade que os taurinos estão alcançando nesse início de parceria com a Honda, e mesmo assim já foi conquistada uma vitória, isso tudo praticamente com um carro só.

Diante da incompetência da Ferrari, a Red Bull na prática é a segunda força da F1, isso, sempre repetindo, com a Honda engatinhando e com um carro só. Hockenheim pode confirmar isso.


CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 223 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 184 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 136 pontos
4 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 123 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 120 pontos
6 - Pierre Gasly (Red Bull) - 55 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (McLaren) - 38 pontos
8 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 25 pontos
9 - Lando Norris (McLaren) - 22 pontos
10- Daniel Ricciardo (Renault) - 22 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 17 pontos
12- Kevin Magnussen (Haas) - 14 pontos
13- Sérgio Pérez (Racing Point) - 13 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 12 pontos
15- Alexander Albon (Toro Rosso) - 7 pontos
16- Lance Stroll (Racing Point) - 6 pontos
17- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 407 pontos
2 - Ferrari - 243 pontos
3 - Red Bull Honda - 191 pontos
4 - McLaren Renault - 60 pontos
5 - Renault - 30 pontos
6 - Alfa Romeo Ferrari - 26 pontos
7 - Racing Point Mercedes - 19 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 19 pontos
9 - Haas Ferrari - 16 pontos

TRANSMISSÃO:







quarta-feira, 8 de maio de 2019

FIM DE CICLOS?

Foto: Divulgação
Estamos apenas na quinta etapa do ano, mas as coisas estão muito quentes no que se refere as negociações envolvendo Liberty Media e as organizadoras dos circuitos que querem entrar e/ou permanecer na categoria.

Começando pelo que está confirmado: no ano que vem, será realizado o primeiro Grande Prêmio do Vietnã, nas ruas da capital Hanoi. Já começaram as obras e a tendência é que seja realizada em outubro de 2020. Vendo o on-board de como ficaria, ela me lembra bastante uma mistura de Valência com Cingapura.


Vamos para a (extensa) lista de indefinições: começando pela próxima corrida, na Espanha. Segundo os organizadores, a questão é uma só, e quase unânime entre os negociantes de todos os GPs: diminuir a taxa anual paga a Liberty Media. Os valores foram assinados ainda sob a gestão Bernie Ecclestone, que pegava cada centavo e tornou essa indústria insustentável, principalmente para os países europeus, não abastecidos por donos e bilionários sheiks do Oriente Médio. Ah, um fator que pode ser muito importante também é a provável diminuição pela procura de ingressos em virtude da saída de Fernando Alonso da categoria.

Pro lugar da Espanha, pode chegar o retorno do GP da Holanda, em Zandvoort, afastada da categoria desde 1985. Claro que o motivo é evidente: aproveitar o efeito Max Verstappen que enche as corridas próximas da localidade holandesa, principalmente em Spa Francochamps. O falecido Charlie Whiting chegou a realizar vistorias e acreditava que apenas alguns ajustes devem ser feitos para tudo ficar pronto. Algumas publicações da imprensa europeia já cravam que a corrida holandesa irá substituir o circuito espanhol a partir do ano que vem.

Como sempre, Inglaterra e Itália todo ano tem drama e todo ano renovam, até que um dia isso não aconteça. Presentes desde os primórdios da categoria, o diretor de Silverstone já sinalizou que existem negociações, mas nada perto de algum desfecho. Por outro lado, como sempre dramático, o GP em Monza tem um "acordo provisório" para renovação até 2024. O empecilho financeiro é a grande questão para ser superada, pra variar.

A Alemanha praticamente participa uma vez a cada dois anos da categoria. Com Nurburgring falida há alguns anos, Hockenheim segue o mesmo caminho de dificuldades financeiras. Para esta temporada, a Mercedes ajudou com os custos. No entanto, diante dos cortes que estão fazendo, parece improvável que esse tipo de aporte seja realizado no ano que vem. Um país ioiô na F1 mesmo conquistando 12 títulos de pilotos e 5 de equipes nos últimos 25 anos, os custos são altíssimos. O promotor da corrida disse que houve maior procura de ingressos para assistir a F2, que tem Mick Schumacher, do que para a própria F1.

Incrível perceber que os três principais pólos tradicionais da F1 pode estar de saída, talvez quatro (considerando que a corrida na Espanha sempre foi tradicional, mesmo quando só De La Rosa e Alonso passaram a disputar a categoria no início dos anos 2000 enquanto a grande paixão é a Moto GP)

O México, país que mais recebe público desde o retorno para a categoria em 2015, também está com um pé fora. Sem mais o apoio do governo federal, que cortou gastos, a tendência é que mesmo sendo um sucesso de público e carisma os mexicanos voltem a ficar ausentes, pra tristeza de Checo Pérez. Outro mercado importantíssimo na América Latina e no "espalhamento" da popularidade da categoria pelo mundo.

Pra fechar, parece que o tal GP de Miami ficou em stand-by. Os organizadores recuaram após os protestos das associações de moradores das áreas onde ficaria o circuito nos três dias de competição e vão tentar renegociar um novo traçado. Essa é a que menos importa. Ninguém se importa com mais corridas nos Estados Unidos e nem os americanos ficam empolgados com a categoria europeia.

Provavelmente nem todas fiquem fora, o que seria uma loucura. Trata-se apenas de uma questão de barganha, embora Alemanha, México e Espanha parecem, pelos relatos, distantes. Isso vai de encontro ao que disse Christian Horner, chefão da Red Bull, sobre o possível aumento do calendário para 23 etapas. Hoje, são 21 etapas. Com a inclusão de Vietnã e talvez Holanda, seriam 23. No entanto, sem Alemanha, Espanha e México, cairia pra 20, talvez 19, se a Inglaterra também der pra trás.

São todos circuitos importantíssimos em termos de negócios e marketing, alguns nem são grandes traçados e por isso não fariam falta (né, Espanha?). No entanto, a maioria é da fatia europeia, que basicamente sustenta o negócio. Diante do impasse nas negociações do novo Pacto de Concórdia e da cada vez maior dificuldade de negociar os caríssimos termos das taxas assinadas ainda por Bernie Ecclestone, não é exagero dizer que o futuro da categoria está ameaçado no médio/longo-prazo, principalmente também pela questão do uso dos combustíveis fósseis cada vez diminuírem em acordos das montadores e dos países.

O futuro é realmente sombrio ou mais uma vez estamos sendo assustados pelos boatos e ameaças de negociações de barganha? Abre o olho, bigodudo, Ross Brawn e Jean Todt.

Até!

segunda-feira, 23 de julho de 2018

PARA LAVAR A ALMA

Foto: Getty Images
No sábado, quando Lewis Hamilton abandonou o treino depois do Q1 com problema hidráulico , jamais poderia ter imaginado a volta que a F1 daria 24 horas depois. Largando atrás e vendo o rival Sebastian Vettel disparando na frente com a Ferrari, que aparentemente possui o melhor conjunto da F1 atualmente, tudo parecia encaminhado para que a vantagem do alemão aumentasse no campeonato. Até que a chuva caiu.

Escalando o pelotão e chegando no quinto lugar, distante do pelotão, Hamilton estava se contentando com os 23 pontos de vantagem que Vettel abriria com aquele resultado momentâneo. Com a chuva, muitos apostaram parando antes. Alonso, Leclerc e Verstappen, por exemplo. Dois pits errados e viraram carta fora do baralho. Sorte para Max que a distância para o restante do grid era gigante e, mesmo assim, conseguiu ficar em quarto. Entretanto, poderia ter brigado pela vitória, diante da pista estar afeita ao seu modo de pilotagem "selvagem", digamos. Por falar em sorte, parece que essa abandonou Ricciardo depois de Mônaco. Mais um abandono, logo no início da prova.

Na frente, Vettel liderava sem sustos. Bottas e Raikkonen na sequência. O finlandês da Ferrari parou nos boxes antes. Se deu bem, deu um undercut nos dois e era líder. Era claro que faria duas paradas, ao contrário do compatriota e do companheiro de equipe. O campeão do mundo de 2007, que todo mundo sabe que virou um "capacho com grife" de Seb, teve que ouvir um "faster than you" glamourizado, para não atrapalhar as pretensões do único piloto da Ferrari com chances de piloto.

A chuva. Muitos carros deslizavam pela pista, outros tentavam o pulo do gato e pararam antes. Na segunda curva após a entrada no antigo estádio, o tetracampeão mundial escapou à la Zonta em 2000. Justo na corrida em casa, quase literalmente falando (Hockenheim fica bem perto de Heppenheim, onde Seb nasceu). Mais um erro bobo. Inacreditável. Todo o domínio do final de semana ficou na brita. Não é de hoje que Vettel parece fraquejar e cometer erros inadmissíveis para um piloto de seu calibre justo na hora decisiva. Se não for campeão, certamente a imagem dele socando o volante após bater vai ser o símbolo da derrota, igual quando Massa rodou na Malásia ou a mangueira presa em Cingapura. O maior erro da carreira de Vettel.

Foto: Getty Images
Por outro lado, Hamilton fazia a maior atuação da carreira. Durante o Safety Car, Bottas e Raikkonen foram novamente para os boxes. O inglês faria o mesmo. No meio do caminho, decidiu permanecer na pista, cortando o caminho onde estava na entrada dos boxes para voltar ao traçado. Mais uma vez a Mercedes ia comer mosca e o inglês, no feeling, corrigiu o que seria mais uma burrada do time alemão. Isso deu polêmica e eles tiveram que se explicar para os comissários da FIA, que apenas fez uma advertência depois da corrida. Quando o SC saiu, Bottas ousou atacar Lewis, para desespero de Toto Wolff. O óbvio veio depois: um "pára-te quieto" para o #77 sossegar em segundo, sem encher o saco. Afinal, foi para isso que seu contrato foi renovado: ser o capachão das flechas de prata. E assim a corrida seguiu até o fim.

O que poderia ser uma desvantagem gigante virou uma considerável vantagem de 17 pontos de Hamilton para Vettel. Os pontos de hoje podem fazer muita falta. Entretanto, a Ferrari parece estar mais forte e com motor mais potente. Em circuitos de alta isso pode fazer a diferença, no que antes era o trunfo da Mercedes. A Red Bull pode roubar pontos na próxima etapa, na Hungria, e também em Cingapura, por exemplo. Uma coisa é certa: mais fácil Ricciardo e Verstappen desencantarem de novo do que os finlandeses submissos conseguirem algum brilho durante a temporada, do jeito que as coisas andam.

Foto: Getty Images
A chuva, que deu as caras pouquíssimo tempo na pista (caiu um toró daqueles de dar bandeira vermelha depois da prova) deixou tudo mais caótico. Por exemplo, Hulkenberg "o melhor do resto". Incrível como isso só acontece quando não há mais esquisitices lá na frente. Grosjean pontuando pela segunda vez no ano: isso já diz tudo. A dupla da Force India voltando a mostrar a consistência que é a marca registrada e, o melhor, de tudo: Ericsson e Hartley nos pontos. Sim! Viva a chuva!

Note, caro leitor, que nem assim a Williams é capaz de marcar míseros pontinhos. Nem eles e nem Vandoorne, há um bom tempo deixando a desejar. No caso do belga, não dá para desistir do talento que já mostrou. Está sendo sacrificado pela McLaren em prol de Alonso. Ano passado foi assim e será sempre com qualquer um que dividir a equipe com o espanhol. Faz parte do pacote, mas poderia estar mostrando mais, de fato.

Confira a classificação final do GP da Alemanha:


Até!


sexta-feira, 20 de julho de 2018

COLADOS

Foto: Getty Images
Como sempre nas sextas-feiras, o equilíbrio entre as três principais equipes é a tônica das duas sessões de treinos livres. Nas duas, a Red Bull ficou a frente. Também em ambas, a vantagem para o segundo colocado, Lewis Hamilton, foi mínima. Os taurinos já tiveram uma notícia ruim: Ricciardo teve que trocar vários componentes do motor antes do primeiro treino e vai largar em último. Eles também podem ter outro problema: Verstappen, líder do TL2, não participou da parte final do treino reclamando de perda de potência do motor Renault. Pode ser punido também, o que frustraria os planos dos austríacos, justamente em um circuito onde aparentemente estão bastante competitivos.

A Ferrari, como sempre, bastante cautelosa. Sem testar os ultramacios na primeira sessão, chegaram a ficar relativamente próximos de Mercedes e Red Bull. Sempre crescendo nos sábados, é uma das candidatas, ainda mais com a punição de Ricciardo e a também possível ausência de Verstappen entre os ponteiros. Nas últimas etapas, colocaram um terceiro ponto de DRS para ver se ao menos os carros ficam colados na disputa. Claramente não funciona, a aerodinâmica não permite. Ou seja: mais do que nunca, largar na frente será fundamental. Ah, Bottas renovou por mais um ano. Previsível. Estão mantendo o que dá certo, ou no caso, mantendo alguém que não dê tantos problemas para Hamilton.

No pelotão intermediário, domínio de Haas, Force India e Renault. Lá atrás, segue o calvário de Williams e McLaren. Pelos testes, parece que o pessoal de Woking está pior, mas não se pode tomar uma conclusão definitiva. Disputado por duas equipes (!!), Stroll parece imune a resultados. A banca de "investidor" é o suficiente para fazer os necessitados abrirem as pernas. Uma pena.

Confira a classificação dos treinos livres para o GP da Alemanha:



Até!

quinta-feira, 19 de julho de 2018

GP DA ALEMANHA - Programação

O Grande Prêmio da Alemanha (Grosser Preis Von Deutschland) é uma corrida que entrou no calendário da F1 na segunda temporada, em 1951, e ficou de fora do circo apenas cinco vezes: 1955, 1960, 2007, 2015 e 2017.

Foram utilizados os circuitos de AVUS, Nurburgring (Anel Norte), Nurburgring, Hockenheim antigo e Hockenheim atual. Nesse ano, a corrida será realizada no circuito de Hockenheim.


Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:13.780 (McLaren, 2004)
Pole Position: Michael Schumacher - 1:13.306 (Ferrari, 2004)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 4x (1995, 2002, 2004 e 2006)

CHEFÕES QUEREM REDUÇÃO DO CALENDÁRIO

Foto: Getty Images
Atualmente o Mundial de F1 tem 21 etapas. Pela primeira vez na história, tivemos três corridas em três semanas consecutivas. Para nós, fãs, isso é ótimo. Afinal, quanto mais é melhor. Diga isso para quem está no circo...

A Liberty Media deseja aumentar para 23 etapas o calendário já no ano que vem. Convenhamos, é improvável. Apesar de esperar o imbróglio da tal corrida em Miami e algumas sondagens para sediar uma corrida nas ruas da Dinamarca ou o retorno para a Holanda (embalados pelo efeito Max Verstappen). Diante de tal propostas, alguns dirigentes são completamente contrários a causa. Um deles é Cyril Abiteboul, chefão da Renault. Além disso, ele deseja a redução do número de etapas, voltando ao que era antigamente, até o início do século: entre 15 e 18 etapas.

"Precisamos ser capazes de nos envolver com os fãs, mas isso precisa ser especial. Já estamos bem acima do que deveria ser algo especial. Precisamos transmitir uma mensagem de orgulho, de motivação, de energia. Com o calendário que temos agora, o entusiasmo não é o mesmo de quando viajávamos apenas 15 vezes por ano. Se não tivermos essa energia, será muito difícil transmitir isso externamente. Está quase se tornando rotina. Não deve ser um trabalho do dia-a-dia. Nós inclinamos esse equilíbrio, então precisamos ser extremamente cuidadosos", disse Abiteboul à "Autosport".

Gunther Steiner, chefe da Haas, concorda com o francês. "Ir às corridas custa um monte de dinheiro a nós e à Fórmula 1 , então eles precisam ter certeza de que também temos lucro, não apenas gastos. Apenas crescendo por crescer, não faz sentido. O saldo está entre 20 e 22 corridas no máximo. Aumentando, não há retorno", disse.

Pegando o mesmo raciocínio, o polêmico Vijay Mallya da Force India disse que concordaria com o aumento de etapas no Mundial desde que entre também mais dinheiro no orçamento das equipes, principalmente as mais necessitadas, que é o caso da própria escuderia indiana. "Mais corridas significam mais receita e se eu puder ter uma e meia ou duas equipes de corrida e ser pago pela Fórmula 1, eu certamente consideraria isso. Mas se as coisas continuarem as mesmas, então acho que mais de 21 corridas e esses três fins de semana seguidos serão muito desgastantes para nossos engenheiros e mecânicos e todos os envolvidos na equipe de corrida", afirmou.

De fato, para o outro lado é pesado. Três semanas consecutivas de trabalho intenso, montando e desmontando equipamentos e circulando de motorhome pela Europa. Provavelmente isso não deverá mais acontecer. De certa forma, o raciocínio de Abiteboul faz sentido. Menos corridas traz um aspecto mais especial e uma expectativa maior para o evento.

 A exemplo de uma Copa do Mundo (sdds :/), se diminuir a distância entre uma e outra, certamente o impacto será o menor, infelizmente. Na F1, mais de 20 corridas talvez seja um exagero, mas 16 também é um exagero. Provavelmente tirariam as melhores corridas para deixar aberrações como Cingapura, Abu Dhabi e semelhantes. Melhor deixar como está, sem desgastar muito os profissionais e o público.

RENAULT SEGUE EM ALERTA DURANTE INDEFINIÇÃO DE RICCIARDO

Foto: LAT Images

A situação é simples: sem espaço na Red Bull, Carlos Sainz foi emprestado para a Renault. No entanto, diante de Daniel Ricciardo ainda não ter decidido se fica ou não na equipe dos energéticos, os franceses precisam estar preparados para caso o espanhol seja chamado para substituir o australiano na Red Bull. 

Segundo Cyril Abiteboul, a Renault vai estar preparada para caso precise ir ao mercado de pilotos. Minha responsabilidade é garantir que tenhamos alternativas caso o Carlos não esteja disponível dentro de uma janela de tempo adequada para a definição da dupla do ano que vem”, disse.

“Algo que eu realmente quero é antecipar a definição da dupla para o ano que vem, o mais cedo possível. Precisamos ficar de olho em alternativas, já que sabemos que não tem controle completo do futuro do Carlos na Renault. Não controlamos o futuro entre Red Bull e Carlos”, seguiu.

Sempre surge especulações de um retorno de Alonso na equipe. Entretanto, não há ainda uma ideia de qual seria o possível substituto de Sainz na Renault. Até o próprio Ricciardo foi contatado diante das negociações alongadas com a Red Bull. A grande questão da Renault é decidir se querem manter dois pilotos regulares mas aparentemente sem o "algo a mais" para brilhar, ou deixar um bom acumulador de pontos e aquele capaz de fazer o diferente. Quem seria esse cara hoje? Ele estaria disponível? Questões para Abiteboul.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 171 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 163 pontos
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 116 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 106 pontos
5 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 104 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 93 pontos
7 - Nico Hulkenberg (Renault) - 42 pontos
8 - Fernando Alonso (McLaren) - 40 pontos
9 - Kevin Magnussen (Haas) - 39 pontos
10- Carlos Sainz Jr (Renault) - 28 pontos
11- Esteban Ocon (Force India) - 25 pontos
12- Sérgio Pérez (Force India) - 23 pontos
13- Pierre Gasly (Toro Rosso) - 19 pontos
14- Charles Leclerc (Sauber) - 13 pontos
15- Romain Grosjean (Haas) - 12 pontos
16- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 8 pontos
17- Lance Stroll (Williams) - 4 pontos
18- Marcus Ericsson (Sauber) - 3 pontos
19- Brendon Hartley (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Ferrari - 287 pontos
2 - Mercedes - 267 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 199 pontos
4 - Renault - 70 pontos
5 - Haas Ferrari - 51 pontos
6 - Force India Mercedes - 48 pontos
7 - McLaren Renault - 48 pontos
8 - Toro Rosso Honda - 20 pontos
9 - Sauber Ferrari - 16 pontos
10- Williams Mercedes - 4 pontos

TRANSMISSÃO:











segunda-feira, 1 de agosto de 2016

COMEÇANDO A DISPARAR

Foto: AP
E a maré virou. Hamilton, que vinha de largadas péssimas, resolveu acordar e decidiu, novamente, a corrida na primeira curva. O inglês contou com o fato de Rosberg, também novamente, ter largado muito mal e cair para a quarta posição, de onde não conseguiu sair. Ricciardo e Verstappen largaram muito bem também (destaque para a ousadia e talento do holandês). Vitória número 49 de Lewis, a duas de igualar Prost, e faltando também alguns meses para confirmar o tetracampeonato.

Rosberg mais uma vez mostrou não saber agir diante da pressão e das adversidades. Não conseguiu impor ritmo para brigar com as Red Bulls tendo o melhor carro e, quando finalmente teve a possibilidade de ultrapassar, novamente não fez a curva, espalhou no apex e fechou Verstappen, sendo punido com 5 segundos de tempo nos boxes. Quando o alemão imprimiu um bom ritmo e foi aos boxes, a Mercedes deixou o alemão parado por 8,3 segundos, em um erro no cronômetro manual, que custou caro ao alemão. Rosberg parece não saber jogar. Quando precisa somar pontos, deixa tudo a perder e compromete o seu campeonato. Agora, são 19 pontos atrás de Lewis. A reação parece ser difícil, mas o fato de Hamilton provavelmente trocar uma unidade de potência e ser penalizado dá esperança ao alemão.

Foto: Getty Images
As últimas corridas mostraram claramente que a Red Bull, em condições normais, é a segunda força da F1, salvo corridas que o motor é muito bem exigido, como Spa e Monza. Já ultrapassaram a Ferrari faz tempo, e a tabela de construtores tratou de mostrar essa verdade. Ricciardo conseguiu superar Verstappinho e comemorou muito, até bebendo champagne no sapato (!!!!!). Com a mudança de regulamento, é natural dizer que os taurinos talvez sejam os grandes favoritos para o ano que vem. A Ferrari, por sua vez, parece sem rumo. Encostada como terceira força, com um chefe de equipe pressionado e sem James Allison, o futuro ferrarista é duvidoso, embora Vettel e Arrivabene tratem de despistar. O sinal de alerta está ligado no cavalinho rampante.

Foto: Reprodução
Depois do top-6, destaque para Hulkenberg, o "melhor do resto", seguido de Button (boa corrida!) e Bottas (fazendo o possível), pressionado por Pérez, que largou bem e poderia ter obtido um resultado melhor. Alonso ficou fora do top 12, assim como a Toro Rosso e a Haas. Os brasileiros foram os únicos que abandonaram. Massa levou um toque de Palmer na largada e perdeu rendimento, com o carro danificado, e abandonou na volta 38. Apesar do azar, a fase de Massa é injustificável: Apenas 1 ponto nas últimas 6 corridas. Assim fica difícil permanecer na F1 no ano que vem. Nasr, por sua vez, teve uma ótima largada, subindo para 16°. Entretanto, a Sauber trabalhou mal no seu primeiro pit stop (12,3 segundos) e caiu novamente para as últimas posições. No fim, o carro perdeu potência e abandonou. Nasr faz o que pode, mas o carro não permite muito mais do que isso. Tenho dúvidas se a equipe suíça é o melhor caminho para o brasileiro em 2017.

Agora, a F1 dá uma pausa para as férias de verão na Europa. As fábricas das equipes ficam obrigatoriamente fechadas por 15 dias. A F1 só volta no fim de agosto, no Grande Prêmio da Bélgica, em Spa Francochamps, nos dias 26, 27 e 28 de agosto.

Confira a classificação final do Grande Prêmio da Hungria. Até!


sábado, 30 de julho de 2016

PADDOCK AGITADO

Foto: Divulgação
Os holofotes do mundo da F1 estavam ligados no paddock e nas reuniões do Grupo de Estratégia da F1. Para o bem da categoria, foram tomadas decisões sensatas: Primeiro, agora as equipes voltarão a falar no rádio quando quiserem com seus pilotos sem serem penalizados. A exceção é na volta de apresentação e largada, que continua proibido. Faz sentido. Se os pilotos dirigem "naves espaciais", eles precisam ser minimamente orientados em como proceder com determinados fatos e informações. Por exemplo, Rosberg foi punido por tal "conduta" em Silverstone e perdeu três pontos importantíssimos na disputa do campeonato. E se Hamilton for campeão for uma vantagem igual ou menor a essa, como que fica? O campeonato ficaria manchado e/ou sob suspeita por uma regra ridícula que nem deveria existir.

Outra grande notícia é o adiamento do uso do Halo. Inicialmente previsto para o ano que vem, a FIA, juntamente com as equipes e Bernie Ecclestone decidiram suspender a adesão do adereço. Estou sendo um pouco egoísta. Esteticamente, é horrível. Honestamente, não sei se esse "treco" seria o suficiente para salvar vidas, pelo contrário. Automobilismo é um esporte de risco. Agora, se forem seguir nesse caminho, o Aeroscreen parece ser muito mais agradável, tanto esteticamente quanto na "usabilidade".

Outra batalha entre FIA, FOM e equipes são o excesso de punições por qualquer coisa. A F1 tá mimizenta demais. Evidente que deve-se existir regras e elas devem ser cumpridas e respeitadas. Entretanto, não se pode transformar tudo em regra e passível de punição. Quantas disputas fantásticas existiram na categoria anteriormente e hoje seriam consideradas "ilegais" e os pilotos punidos? É ridículo.

Um exemplo são os tais "sensores" colocados nas zebras de determinadas curvas. Quem colocar as quatro rodas fora da linha branca "será investigado e punido". Pois bem, só no primeiro treino livre foram registradas 93 violações de pista, 14 delas de Max Verstappen, que não foi punido, a maioria delas na curva 1. Como escrito em outros posts, é mais fácil colocar a porra de uma brita ao invés de extensas e inúteis áreas de escape, que não oferecem desafio técnico algum para os pilotos, que se dão ao luxo de errar e "escapar" uma que outra vez.

Foto: Reprodução

Os treinos foram bem chatos e constaram o de sempre: Rosberg mais rápido nas duas sessões e favorito para vencer no fim de semana, seguido de Hamilton. Red Bull e Ferrari embolados brigando pelas quatro posições seguintes. McLaren estabelecida, até o momento, como quarta força da F1, brigando com a Force India. Decadência apavorante da Williams. Nasr muito atrás de Ericsson. Problemas? Enfim, pouco a comentar sobre 180 minutos de treinos livres.

Fica o registro dos capacetes "especiais" que Rosberg e Vettel, "donos da casa", utilizarão nesse final de semana:

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
A sexta-feira também foi dia de festa no paddock, especificamente o da McLaren: Aniversário de Fernando Alonso. A Fênix completa 35 anos de idade e comemorou com sua equipe, colegas e amigos de outras escuderias com um bolo. O espanhol, bicampeão mundial e dono de 32 vitórias e 22 pole position é, sem dúvida nenhuma, uma das grandes figuras da F1, para o bem e para o mal.

Foto: Getty Images

Confira os tempos dos treinos livres de sexta do Grande Prêmio da Alemanha:




sexta-feira, 29 de julho de 2016

GP DA ALEMANHA - Programação

O Grande Prêmio da Alemanha (Grosser Preis Von Deutschland) é uma corrida que entrou no calendário da F1 na segunda temporada, em 1951, e ficou de fora do circo apenas quatro vezes: 1955, 1960, 2007 e 2015
Foram utilizados os circuitos de AVUS, Nurburgring (Anel Norte), Nurburgring, Hockenheim antigo e Hockenheim atual. Nesse ano, a corrida será realizada no circuito de Hockenheim.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Kimi Raikkonen - 1:13.780 (McLaren, 2004)
Pole Position: Michael Schumacher - 1:13.306 (Ferrari, 2004)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 4x (1995, 2002, 2004 e 2006)


KVYAT DEVE DEIXAR A TORO ROSSO NO FIM DO ANO

Foto: The Telegraph
A informação é da agência Russa "Izvestia". Depois do rebaixamento da Red Bull para Max Verstappen, o russo não atingiu o desempenho e os resultados esperados por Helmut Marko e Christian Horner. Muito pelo contrário. Ele claramente sentiu o baque e aparentemente seu emocional já era. Foi superado em praticamente todas as corridas pelo seu companheiro de equipe Carlos Sainz Jr.

O candidato natural a substituí-lo é o piloto reserva da Red Bull, francês e líder da GP2 Pierre Gasly. Anteriormente, Marko já havia afirmado que o francês "ainda não estava pronto para F1". A reação na GP2 e o fraco desempenho do russo podem fazer a cúpula dos taurinos mudarem de ideia. Entretanto, a agência ainda noticia uma possível negociação com a Williams para a próxima temporada.

É o melhor para os dois lados a saída de Kvyat. Claramente está abalado e apático com tudo que aconteceu. Aliás, quem não ficaria? É constrangedor ser rebaixado e voltar para Toro Rosso como se nada tivesse acontecido sem sentir nada... Mas o russo precisa se ajudar também: É fundamental mostrar desempenho consistente para chamar a atenção de equipes. Do contrário, é melhor pensar em outra categoria.

É a cadeira elétrica da Red Bull fazendo mais uma vítima...


VANDOORNE PODE SUBSTITUIR HARYANTO AINDA NESTA TEMPORADA

Foto: F1
Informação da imprensa europeia afirma que o piloto reserva da McLaren pode pilotar a Manor após o GP da Alemanha. A dificuldade no pagamento do acordo estabelecido entre a empresa que banca Haryanto e a Manor pode ser um facilitador do negócio. Vandoorne correu o GP do Bahrein nessa temporada após substituir Alonso (vítima daquele acidente na Austrália) e chegou em décimo, marcando um pontinho. Atualmente, disputa a Super Fórmula, categoria do Japão.

Seria legal, um teste tanto para Vandoorne quanto para Wehrlein. Um teste entre as promessas de McLaren e Mercedes, até para ver se o Pascal é tudo isso mesmo. Pelo pouco que vimos, parece ser mediano em treinos, pois Haryanto já largou a frente em algumas ocasiões. Aguardemos para saber se é um boato ou se irá confirmar-se nas próximas semanas.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 192 pontos
2 - Nico Rosberg (Mercedes) - 186 pontos
3 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 115 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 114 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 110 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 100 pontos
7 - Valtteri Bottas (Williams) - 56 pontos
8 - Sérgio Pérez (Force India) - 47 pontos
9 - Felipe Massa (Williams) - 38 pontos
10- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 30 pontos
11- Romain Grosjean (Haas) - 28 pontos
12- Nico Hulkenberg (Force India) - 27 pontos
13- Fernando Alonso (McLaren) - 24 pontos
14- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 23 pontos
15- Jenson Button (McLaren) - 13 pontos
16- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto
18- Pascal Wehrlein (Manor) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 378 pontos
2 - Ferrari - 224 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer- 215 pontos
4 - Williams Mercedes - 94 pontos
5 - Force India Mercedes - 74 pontos
6 - Toro Rosso Ferrari - 53 pontos
7 - McLaren Honda - 38 pontos
8 - Haas Ferrari - 28 pontos
9 - Renault - 6 pontos
10- Manor Mercedes - 1 ponto

TRANSMISSÃO




terça-feira, 7 de abril de 2015

TRADIÇÃO SOB RISCO

Foto: Getty Images
Bernie Ecclestone não está para brincadeira. Após o cancelamento do GP da Alemanha, o britânico deu o recado: Não vai ter moleza no pagamento da organização das corridas. Os circuitos Europeus pagam em média 20 milhões de Euros, exceção Mônaco (por ser um local tradicional), que é de 12 milhões. Não há negociação. Ou se paga, ou os circuitos estão fora. Corridas tradicionais no calendário da Fórmula 1 ficaram pelo caminho recentemente: Ímola e Magny Cours. Bernie não se importa se o circuito ou o país estão no circo desde as décadas de 1950 e 1960. Ele quer grana.

A explicação para a rígida negociação da FOM com a organização dos circuitos é o fato dos GPs asiáticos pagarem quase o dobro para estar no calendário. Com isso, a FIA quer mais e mais dinheiro, e não aceita redução no valor dos circuitos Europeus. Ou seja: A entrada de corridas como Malásia, Bahrein, Abu Dhabi (Azerbaijão ano que vem), com alto valor no mercado, inflacionaram os valores.

Agora, são os "tifosi" que devem tomar cuidado. O contrato do autódromo de Monza com a FIA vai até o ano que vem, e os Italianos já começaram a se mexer. O novo organizador da prova, o ex-piloto Ivan Capelli espera que a vitória de Vettel impulsione o aumento de público e de audiência. Por enquanto, nada aconteceu. O GP da Itália acontece dia 6 de setembro.

Foto: Getty Images