Mostrando postagens com marcador montmeló. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador montmeló. Mostrar todas as postagens

domingo, 4 de junho de 2023

JORNADA QUASE SOLITÁRIA

 

Foto: Reuters

Apesar de algumas surpresas na classificação, Barcelona costuma ser muito transparente para as equipes no que diz respeito aos estágios que elas se encontram na temporada.

Sem a chicane, houve mais ultrapassagens, sem possibilidade de defesa para os carros. A corrida até foi animada e com mudanças em virtude do treino de sábado, mas Max Verstappen vive a jornada quase solitária e venceu sem sustos, de ponta a ponta. Basicamente só apareceu na largada, nas paradas e na última volta. A corrida perfeita (e entediante também).

A Mercedes sai muito fortalecida. Embora ainda possa ter problemas para aquecer rapidamente os pneus, o ritmo de corrida é muito forte, tanto que Russell, mesmo saindo em 12°, chegou no pódio. Na frente dele, Hamilton, que não teve maiores transtornos para superar na estratégia a Ferrari de Sainz. Norris, que tinha a grande chance de pontuar, danificou o carro em incidente com o compatriota logo na largada e desperdiçou a oportunidade.

A Ferrari ainda parece perdida. Sainz foi bem, mas perdeu ritmo. Leclerc, eliminado no Q1, não se encontrou em nenhum momento e sequer pontuou. É o calvário da involução. A impressão que passa é que os italianos não sabem onde estão os erros e, como consequência, consertá-los.

A Aston Martin teve uma queda de desempenho e parece que foi finalmente superada pela Mercedes. Stroll foi bem, o que mostra que Alonso deveria ter feito mais. A questão é que o espanhol danificou o assoalho no sábado e isso comprometeu o final de semana. Alerta amarelo porque as coisas, certamente, vão ficar mais difíceis durante o ano.

A Alpine fecha o G5 das equipes. Tsunoda está fazendo de tudo para tentar carregar a Alpha Tauri, mas uma fechada em Zhou custou caro: a punição de cinco segundos o tirou dos pontos. Melhor para o chinês viável, melhor que Bottas no ano, e Gasly, problemático e atrapalhando todos no sábado, mas ainda assim capaz de conquistar um ponto.

Do meio pra trás, só a Williams parece de fato como a força mais fraca, mas Haas, Alfa Romeo e Alpha Tauri precisam de mais para se sobressair.

Num final de semana sem abandonos, o meio do pelotão teve mudanças importantes. Ah, Pérez teve outra atuação irregular, desperdiçando mais pontos na suposta briga pelo título, que não existe, pois Max é muito mais piloto, tem a equipe na mão e está no auge da carreira. Raramente erra.

A jornada quase solitária rumo ao tri.

Confira a classificação final do GP da Espanha:


Até!

sexta-feira, 2 de junho de 2023

TESTE DE LUXO

 

Foto: Lluis Gene/Getty Images

Barcelona é o palco ideal para as equipes testarem os carros. Por isso que geralmente é o palco da pré-temporada, menos esse ano. Circuito próximo das sedes dos times, com tudo que é tipo de curva e reta e temperatura amena, lá é onde todo mundo pode realmente saber qual a posição que ocupa na hierarquia da F1.

É lá que a categoria vai estar no final de semana, com quase todo mundo colocando pequenas atualizações nos carros. Quem optou por antecipar para Mônaco também vai ter uma noção sobre o estágio e se as modificações foram realmente efetivas ou são promissoras.

Não há surpresa: a Red Bull está sobrando e vem para dominar. A questão é saber como fica a disputa entre Aston Martin (Alonso), Mercedes, Ferrari e até Alpine. Os italianos parecem em queda, os franceses estão finalmente entregando algum resultado e os alemães são um mistério.

A única coisa que pode embaralhar algo num circuito tão íntimo e familiar para todos é a possibilidade de chuva no domingo. Do contrário, a briga será limitada para saber quem vai acompanhar Verstappen e Pérez no pódio, isso se o mexicano não cometer outro erro bobo.

Confira os tempos dos treinos livres:




Até!


quinta-feira, 1 de junho de 2023

GP DA ESPANHA: Programação

 O Grande Prêmio da Espanha entrou definitivamente no calendário da Fórmula 1 em 1968. Desde então, já foi disputada em 4 pistas: Jarama, Montjuic, Jerez e Montmeló (desde 1991).

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:18.149 (Red Bull, 2021)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:15.406 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Michael Schumacher (1995, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2004) e Lewis Hamilton (2014, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021) - 6x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 144 pontos

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 105 pontos

3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 93 pontos

4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 69 pontos

5 - George Russell (Mercedes) - 50 pontos

6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 48 pontos

7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 42 pontos

8 - Lance Stroll (Aston Martin) - 27 pontos

9 - Esteban Ocon (Alpine) - 21 pontos

10- Pierre Gasly (Alpine) - 14 pontos

11- Lando Norris (McLaren) - 12 pontos

12- Nico Hulkenberg (Haas) - 6 pontos

13- Oscar Piastri (McLaren) - 5 pontos

14- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 4 pontos

15- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 2 pontos

16- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos

17- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos

18- Alexander Albon (Williams) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 249 pontos

2 - Aston Martin Mercedes - 120 pontos

3 - Mercedes - 119 pontos

4 - Ferrari - 90 pontos

5 - Alpine Renault - 35 pontos

6 - McLaren Mercedes - 17 pontos

7 - Haas Ferrari - 8 pontos

8 - Alfa Romeo Ferrari - 6 pontos

9 - Alpha Tauri RBPT - 2 pontos

10- Williams Mercedes - 1 ponto


QUESTÃO DE TEMPO

Foto: Getty Images

Mercedes e Lewis Hamilton vão renovar o contrato para a(s) próxima(s) temporada(s). A boa relação entre Toto Wolff e o heptacampeão faz com que não seja necessário muitas reuniões sobre valores. A questão é quantos anos Hamilton quer continuar na F1. O chefe da Mercedes expandiu sobre a situação em entrevista, basicamente afirmando que há um acordo para que a Mercedes não fale com ninguém até que as negociações com o Sir se encerrem.

Ou seja: Leclerc ou qualquer outro candidato a sucessor não está no radar no momento.

“Estamos em uma super posição com Lewis. Não há obstáculos nas negociações contratuais.
Há alguns anos, Lewis e eu fizemos um pacto de que primeiro encerraríamos as negociações um com o outro antes de conversarmos com outro piloto", disse.

Hamilton está muito bem. Os números do campeonato comprovam isso. A motivação e o talento continuam ali. A questão agora é se os ajustes e a mudança na direção do desenvolvimento do W14 vai entregar o que todos esperam. Um boost no desempenho da Mercedes pode ser o que falta para Lewis permanecer mais do que uma temporada. Enquanto isso, a lista dos sucessores só aumenta, mas o Sir é o Sir, e a Mercedes sabe disso.

SEM MUDANÇAS

Foto: Divulgação/Mercedes

Do outro lado da moeda depois de dominar a F1 com os novos motores instaurados em 2014, a Mercedes afirma ser contra uma mudança repentina nas regras somente para tentar frear a Red Bull. Vale lembrar que a FIA mudou repetidas vezes o regulamento no início do século para impedir a hegemonia de Michael Schumacher e a Ferrari, mas somente em 2005 que isso de fato aconteceu.

“O carro é rápido em todas as condições, Max está no auge. Mesmo escapando às vezes durante a corrida, não desistir é uma habilidade, e dá para ver que ele forçou.

Todo o crédito a eles, só temos de fazer um trabalho melhor. Precisamos recuperar o tempo perdido, encontrar soluções inteligentes, esperar que nosso desenvolvimento seja mais acentuado que o deles e, eventualmente, entrar na briga de novo.

Sem dúvida, uma batalha forte entre dez pilotos, ou ao menos dois, é muito melhor para todos, mas não é o que está acontecendo, e você tem de aceitar e trabalhar para voltar ao jogo. Se começarmos a equilibrar o desempenho, vamos acabar com esse esporte.

O melhor piloto no melhor carro, gastando a mesma quantia de dinheiro, vence o campeonato, e se você quebra essa regra, deve ser fortemente penalizado. Mas só por isso, e não por fazer um bom trabalho", afirmou.

O próprio chefão da F1, Stefano Domenicali, descartou tais manobras, argumentando que o teto orçamentário vai, com o tempo, diminuir a distância no lado técnico. A próxima mudança de regulamento será com os novos motores em 2026, quando Ford, Audi e quem sabe outras montadoras irão reforçar a categoria.

É um discurso bonito de quem já esteve do outro lado e ouvia as mesmas reclamações das rivais, embora a FIA não tenha feito um grande esforço para "parar" alguma coisa. Pelo contrário.

Comercialmente falando, Hamilton no topo é muito interessante. Afinal, ele precisa de uma taça para ser definitivamente o maior de todos, pois já é no número de poles e vitórias. Como a Mercedes é competente e tem pilotos que dispensam apresentações, esse empurrãozinho de alguma mudança pontual não seria tão necessário, mas com certeza muito bem vindo.

TRANSMISSÃO
02/06 - Treino Livre 1: 8h30 (Band Sports)
02/06 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
03/06 - Treino Livre 3: 7h30 (Band Sports)
03/06 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
04/06 - Corrida: 10h (Band)


terça-feira, 30 de maio de 2023

VÁ COMO VÁ

 

Foto: Getty Images

O universo parece dar mostras de quer corrigir as injustiças humanas dos últimos anos. É como se o talento falasse mais alto que a própria sabotagem, autodestruição e/ou burrice.

Fernando Alonso. A história vocês já sabem. A Aston Martin parecia mais um equívoco na gestão do fim de carreira da Fênix. O que não sabemos é como Lawrence Stroll é um cara realmente ambicioso e está mudando a estrutura da equipe em todos os vértices. A chegada do espanhol era a cereja do bolo.

Mas enfim, um sentimento de presente com saudosismo. A pré-temporada deu a todos a ilusão de que a Fênix poderia voltar a ser protagonista nos lugares onde nunca poderia ter saído. Claro, sabemos que não era bem assim, mas é um início de temporada arrasador, comparável ao auge.

Cinco pódios em seis corridas com um carro que é terceira ou quarta força. Muita regularidade, muito braço, muita experiência e muita sorte. O acontecido na Austrália é um sinal disso. O abandono de Leclerc na abertura da temporada, que propiciou o primeiro pódio, também.

Tudo bem, Mônaco pode ser considerado um azar, mas nem tanto. Perder a pole e colocar o pneu errado na hora errada é indiscutível. Mesmo assim, continuar em segundo não deixa de ser “sorte”, ou melhor, a competência de abrir uma vantagem tão confortável para o resto do pelotão a ponto de se dar ao luxo de errar, ou “dar azar”.

2023 parece ser o ano que o destino está se encarregando de corrigir os erros e injustiças cometidos pelo próprio Alonso. O além está cansado de ver tanto talento desperdiçado por gestão de carreira ruim, relacionamentos conflituosos e um talento reconhecido por todos sendo coadjuvante, sendo relembrado apenas pelo passado.

Os sinais estão aí. Tudo parece conspirar para o momento derradeiro, o inevitável, o que todos esperam. Mônaco foi um pequeno ensaio. A mentalidade do espanhol e da equipe são a mesma: tudo ou nada. Legal, já tivemos alguns pódios, mas vivemos de vitórias. A glória eterna e libertadora.

E o destino, aquele que parece ser imutável, nos prega um capítulo esperançoso. Sinais, fortes sinais. Esta semana tem corrida na Espanha, palco de duas vitórias em casa (sem contar Valência) e onde foi também o último triunfo de Don Fernando Alonso.

Lembro como se fosse hoje, assistindo ainda na casa do meu pai. Ainda era menor de idade. Dez anos depois, como uma fênix que deixa todo mundo boquiaberto, ele ressurge, mais forte do que nunca.

Vamos acreditar nos sinais, mesmo assim, o que importa é a jornada. A única coisa que não nos podem tirar, ainda, é o direito de sonhar e tentar perverter a realidade.

Até!

domingo, 22 de maio de 2022

REVIRAVOLTA

 

Foto: Manu Fernández/AP

Além da virada do Manchester City que garantiu mais uma Premier League para o time inglês, o final de semana teve um final de semana repleto de alternativas interessantes no GP da Espanha, apesar do final ter sido repetitivo.

Aparentemente, a Ferrari tinha outro ritmo de corrida e menos desgaste de pneus. Charles Leclerc disparava na liderança até que foi traído pelo primeiro problema de confiabilidade da Ferrari no ano: a perda da potência no motor. É difícil imaginar o final, mas a corrida parecia promissora para o monegasco. Graças a isso, a vantagem no Mundial já era e a Ferrari vai precisar remar tudo outra vez para se manter mais competitiva que a Red Bull.

Max teve altos e baixos. Com problemas na asa traseira desde a classificação, saiu da pista sozinho e ficou preso em Russell, tendo que usar os boxes para fazer a ultrapassagem. Além disso, contou com a ajuda do jogo de equipe para superar Pérez, que diante das reviravoltas da corrida parecia que seria o favorito a vencer, mas isso mudou assim que Max se livrou de Russell.

No fim das contas, Max consegue recuperar terreno em uma vitória que lhe deixa na liderança do Mundial pela primeira vez no ano, assim como a Red Bull assumiu a ponta no Mundial de Construtores. A Red Bull tem dois pilotos esse ano. Pérez faz o papel dele de forma perfeita nesse ano. Evoluiu muito. Quando veio para equipe, sabia exatamente onde seria exigido. Claro que é frustrante, mas o mexicano pleitear uma vitória mostra que está sendo muito útil para o time. Tudo feito de forma transparente.

A corrida de hoje pode ter sido um ensaio para a Mercedes voltar a brigar pelo pódio. Ele veio hoje outra vez com George Russell, aproveitando mais um erro de Carlos Sainz. Ele segurou as Red Bull o quanto foi possível, mostrando que o ritmo, os pneus e o carro estão melhores e quicando menos. Hamilton, em 2022, está com azar. Foi tocado por Magnussen na largada e fez uma corrida de recuperação fulminante. "Se" estivesse em condições normais, poderia até ter feito pódio. 

No entanto, a corrida de hoje mostra que a Mercedes tem um caminho otimista a seguir. Quem sabe, mais adiante, possa ser uma terceira força no campeonato para tirar pontos de Max e Leclerc? Ah: que pilotaço é George Russell!

A Ferrari só tem um piloto. Carlos Sainz segue errático e muito aquém na disputa. Rodou sozinho e comprometeu a corrida, além de já ter feito uma largada ruim. Só ficou em quarto porque Hamilton teve que economizar combustível no final da corrida. Com contrato de dois anos, o espanhol tem um futuro tranquilo, mas essa péssima impressão no início de ano custou o topo da hierarquia do time. Na Ferrari, a pressão só vai aumentar, então é preciso acabar com essa maré de azar e os erros que anda cometendo.

Bottas foi o melhor do resto, elevando o nível da Alfa Romeo. Ocon regular, Alonso fez uma boa corrida de recuperação, assim como Norris, e Tsunoda superou Gasly nos pontos. O japonês está evoluindo. Ricciardo segue devendo e talvez não tenha mais o que acrescentar na McLaren. Sistematicamente superado por Norris. Mesmo com a atualização, a Aston Martin segue penando e saiu zerada. Mick Schumacher não teve um bom ritmo de corrida e sucumbiu. Também continua zerado no ano.

Em uma corrida cheia de reviravoltas e possibilidades interessantes, o final foi repetitivo. Com o melhor carro até aqui, a Red Bull chega a liderança dos Pilotos e Construtores com potencial de crescimento. A Ferrari precisa reagir e a Mercedes parece apontar na direção certa. O campeonato é longo, apesar de agora termos "só" 22 corridas, pois não vai ter substituto para o GP da Rússia.

Confira a classificação final do GP da Espanha:


Até!

sexta-feira, 20 de maio de 2022

O MESMO SCRIPT?

 

Foto: Lars Baron/Getty Images

F1 na Espanha não costuma ser palco de grandes mistérios e interrogações. Na verdade, os treinos livres de hoje basicamente reforçaram essa impressão.

Novamente a Ferrari está mais rápida nas voltas lançadas e Charles Leclerc liderou os dois treinos. A Red Bull tem dificuldades em aquecer os pneus, mas compensa com o ritmo de corrida.

O que vimos de diferente hoje, supostamente, foi a Mercedes mais próxima dos taurinos e dos italianos. Tanto a Ferrari quanto os alemães trouxeram atualizações contundentes para a Espanha. Russell e Hamilton ficaram mais próximos. O heptacampeão estava visivelmente mais otimista nas entrevistas pós-treino. Russell estava mais cauteloso, mas a verdade é que a Mercedes pode finalmente começar a sonhar em incomodar na disputa entre Max Verstappen e Charles Leclerc.

O meio do pelotão parece a mesma coisa. Uma polêmica do dia foi sobre as atualizações da Aston Martin serem muito semelhantes esteticamente a Red Bull. Quem sabe o time de Vettel finalmente não dê o salto tão esperado desde que virou uma equipe de fábrica?

Tivemos outra novidade: agora é obrigatório os novatos participarem de ao menos dois treinos livres no ano. A Red Bull colocou Juri Vips, o que pode signfiicar que o estoniano está ne frente na hierarquia interna da academia. Nyck De Vries, campeão da F2 e da Fórmula E, ocupou o assento da Williams. Ele também é um dos especulados para substituir Nicholas Latifi, talvez ainda nesse ano. A Alfa Romeo colocou o experiente Robert Kubica, que traz um dos principais patrocínios da equipe.

A princípio, o script pode parecer o mesmo: Ferrari mais rápida, Red Bull mais forte. No entanto, a Mercedes pode ter cara de finalmente, aos poucos, voltar a ganhar protagonismo. Veremos.

Confira os tempos dos treinos livres do GP da Espanha:



Até!

quinta-feira, 19 de maio de 2022

GP DA ESPANHA: Programação

 O Grande Prêmio da Espanha entrou definitivamente no calendário da Fórmula 1 em 1968. Desde então, já foi disputada em 4 pistas: Jarama, Montjuic, Jerez e Montmeló (desde 1991).

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Max Verstappen - 1:18.149 (Red Bull, 2021)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:15.406 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Michael Schumacher (1995, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2004) e Lewis Hamilton (2014, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021) - 6x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Charles Leclerc (Ferrari) - 104 pontos

2 - Max Verstappen (Red Bull) - 85 pontos

3 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 66 pontos

4 - George Russell (Mercedes) - 59 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 53 pontos

6 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 36 pontos

7 - Lando Norris (McLaren) - 35 pontos

8 - Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 30 pontos

9 - Esteban Ocon (Alpine) - 24 pontos

10- Kevin Magnussen (Haas) - 15 pontos

11- Daniel Ricciardo (McLaren) - 11 pontos

12- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 10 pontos

13- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 6 pontos

14- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 4 pontos

15- Alexander Albon (Williams) - 3 pontos

16- Fernando Alonso (Alpine) - 2 pontos

17- Lance Stroll (Aston Martin) - 2 pontos

18- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Ferrari - 157 pontos

2 - Red Bull RBPT - 151 pontos

3 - Mercedes - 95 pontos

4 - McLaren Mercedes - 46 pontos

5 - Alfa Romeo Ferrari - 31 pontos

6 - Alpine Renault - 26 pontos

7 - Alpha Tauri RBPT - 16 pontos

8 - Haas Ferrari - 15 pontos

9 - Aston Martin Mercedes - 6 pontos

10- Williams Mercedes - 3 pontos


EM DÚVIDA

Foto: Divulgação/BBC

Além da questão esportiva, Sebastian Vettel também tem outros pensamentos que podem influenciar no término da carreira como piloto.

Cada vez mais engajado na questão ambiental e na sustentabilidade do planeta, o tetracampeão sabe que seu trabalho causa um impacto negativo nas novas crenças e lutas que anda desenvolvendo. Portanto, um posicionamento dúbio, e ele mesmo sabe disso.

Em entrevista para o programa "Question Time", da BBC, Seb falou sobre a questão climática e ser piloto ao mesmo tempo, afirmando que está cada vez mais em dúvida sobre permanecer na F1 enquanto lida com esse novo ativismo na vida.

"Sim e são perguntas que eu mesmo me faço todos os dias. Não sou um santo. Estou muito preocupado com o futuro, então esses tópicos relacionados a energia, dependência energética e para onde vamos.

Há algumas coisas que estão sob meu controle e outras que certamente não estão. Guiar carros de corrida é minha paixão, eu amo, e cada vez que entro num carro eu amo. Quando saio do carro, claro, também penso se é algo que devo fazer ajudando a desperdiçar recursos", disse.

No entanto, Vettel também frisou que pode fazer apenas o que está ao alcance e que a F1 é vista por muitos como um passatempo, uma diversão. Sem isso, as pessoas "enlouqueceriam" sem ter como passar o tempo livre.

"Tem muita coisa que pergunto a mim mesmo e muitas coisas que eu faço porque acredito que posso melhorar. Preciso pegar um avião todas as vezes? Não, então pego o carro. Algumas coisas estão sob o meu controle”, finalizou.

É interessante pensar nessas questões contraditórias. Talvez Vettel não precise ser tão radical. Só pelo fato de ter consciência das situações já é algo louvável. O pensamento crítico e a consciência não podem virar martírio e autopunição. Vettel está trabalhando e sustentando a família. Ter esse conhecimento e lucidez é o que importa.

ALPINE DEFINE DUPLA A PARTIR DE JULHO

Foto: Motorsport

Esteban Ocon, que no ano passado renovou até 2024, está garantido. A questão é saber quem ocupa o outro assento. Alonso se diz motivado e capaz de continuar na categoria, mesmo com 40 anos. O início de temporada é bem ruim: apenas dois pontos, azares e erros. Ocon tem 24.

A outra alternativa é Oscar Piastri, campeão da F2 que não teve assento nessa temporada. Apesar de ter virado reserva da McLaren e rumores apontarem uma possível vaga na Williams substituindo Nicholas Latifi ainda esse ano, não há nada definido.

O chefão Otmar Szafnauer declarou que a equipe francesa vai começar a pensar no assunto a partir do GP da Inglaterra, em julho. Ele não esconde que acha interessante que Piastri consiga quilometragem o mais rápido possível:

“No passado, quando a McLaren veio até nós e perguntou ‘Ei, podemos usá-lo como piloto reserva?’, dissemos sim. A razão para isso é que quanto mais tempo no carro ele tiver em vez de ficar parado, melhor. Então, teríamos essa estratégia em mente. Mas quanto ao que está acontecendo na Williams, não sei”, disse.

O ideal era os dois estarem na F1. Alonso na Alpine e Piastri em alguma outra equipe. Como falo há tempos, o clubinho da F1 faz vítimas, a da vez é o australiano. Se mais um time entrasse na categoria, não haveria esse drama e o jovem estaria se desenvolvendo, igual Alonso fez quando estreou na categoria pela Minardi. Piastri precisa estar no grid. Alonso também. Que se virem para encontrar uma solução.

TRANSMISSÃO:
20/05 - Treino Livre 1: 9h (Band Sports)
20/05 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
21/05 - Treino Livre 3: 8h (Band Sports)
21/05 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
22/05 - Corrida: 10h (Band)


terça-feira, 17 de maio de 2022

PASTOR, ÁLCOOL E DIA DAS MÃES

 

Foto: Getty Images

Há dez anos, estava terminando o colégio. Quer dizer, eu achava que jamais sairia daquilo que pra mim já tinha virado um inferno. As notas baixaram e por mais que tentasse estudar, não via sentido na maioria das coisas. Pensava ser apenas um número para supostamente passar no vestibular, decorando um monte de coisas que provavelmente jamais usaria (ou usei) na vida.

Pois então, antes de ser um antissocial mal sucedido, minha vida se resumia ao videogame e computador nos finais de semana. 17 anos, cara! Pra quê sair de casa? Chegou o fim de semana de dia das mães e o aniversário de um grande amigo. Meus pais foram para a praia passar o dia das mães com meus avós. Estava, portanto, sozinho em casa.

Fui para o tal aniversário. Era um sábado à noite. Começava a ficar frio. Cheio de espinhas e pus na cara. Conheci os amigos do meu amigo. Um verdadeiro bando. Fomos para o mercado organizar o que hoje seria o “esquenta”. Um bando de gente de 17 anos e alguns maiores de idade comprando cerveja, vinho e tudo que fosse necessário para o quentão da madrugada. Depois de algum momento tenso, fomos liberados. Voltamos para o salão de festas do condomínio.

Basicamente, foi a primeira vez que bebi na vida. Aparentemente, quase todo mundo ali já tinha experiência no negócio, apesar da mesma idade. Era um novo mundo. Como me comportar? Bom, em algum momento, saímos andando de madrugada jogando bombinha pela rua, num frio desgraçado. A ideia era tentar ver o nascer do sol no topo de um morro, mas estava muito frio. Voltamos para o condomínio. Não sei como, mas conseguimos fazer o quentão. Tava puro açúcar, mas era ótimo! Estávamos bêbados e adultos! Um novo mundo!

Na hora do parabéns, uma batalha animalesca para pegar o bolo com a mão. Uns vidros quebraram porque começaram a brincar e algo fugiu do controle. Eu e uns caras escondemos as últimas latinhas de cerveja que sobraram numa outra geladeira, afastada do salão de festas. Era o esconderijo.

Mais para lá do que pra cá, fui pegar a última lata. Ou tentar. Achei que tinham trancado os portões. Comecei a subir. Quando estava começando a descer, alguém abre o portão.

- O Sá, o quê tu tá fazendo aí?

- Achei que o portão estava trancado!

Desci, sabe se lá como, peguei a lata que faltava e depois só lembro que a combinação era dormir do lado de fora do salão, em baixo dos brinquedos da área de lazer pra não pegar chuva ou algo do tipo. No fim, estava muito frio. Subimos até o apartamento do meu amigo e nos esparramamos pela sala. Tem a foto desse momento.

Já de manhã, destruídos, peguei carona com meu amigo e voltei para casa. Era dia das mães. Grande Prêmio da Espanha. Estava tão desligado que perdi a corrida. Na época, já começava a gravar na NET quando não conseguia assistir. Tentei me desligar do mundo por algumas horas para assistir mais uma etapa em Montmeló. Lembrei que Hamilton não seria o pole por alguma punição. Maldonado estava na frente. “Não deve ter durado muito tempo. Vai ser igual o Hulk no Brasil”, pensei.

Não lembro os motivos, mas não consegui terminar a corrida no domingo. Como não terminei, simplesmente não entrei na internet ou assisti TV até finalmente acabar a prova. Não faltava muito. Nem tinha celular na época, então não me importava muito de ficar desconectado. Bastava jogar alguma coisa e não ligar a TV que estava ótimo.

Segunda. Aula. Um monte de exercícios ou algo do tipo. Cansaço. Assisti mais um pouco mas, de novo, faltaram algumas voltas. Mais um dia sem acesso a nada, pensando que era impossível o que estava vendo.

E aconteceu. Maldonado venceu de ponta a ponta e chocou a F1 naquele domingo (ou terça, para mim). Foi a última vitória da Williams e assisti uma corrida fragmentada. Não foi a primeira e nem a última vez.

De lá para cá, a Williams teve uma decadência, ressurgiu, decaiu, Frank morreu e o nome é apenas um nome. A última das garagistas se foi. Uma das grandes zebras da história da F1 porque não foi uma corrida atípica, na sorte. Desde os treinos até uma vitória de ponta a ponta, Maldonado fez sua história na categoria. Piloto de muitos acidentes e apoiado pelo governo venezuelano, Pastor foi o último sul-americano a triunfar na F1.

Uma semana depois de beber pela primeira vez, comecei a tomar Roacutan contra as espinhas. Foram meses longos, mas deu tudo certo. Minha cara ficou limpa e só voltei a beber na faculdade.

Como é época de Kendrick Lamar, essa foi minha “Swimming Pools” e “The Art Of Peer Pressure”. Afinal de contas, era 2012, e o “Good Kid Maad City” foi lançado meses depois dessa história. Uma década depois, chegamos a mais uma corrida em Barcelona, estou perto dos trinta, não bebi mais quentão e nem subi em portões, Hamilton é hepta, Alonso venceu pela última vez na Espanha em 2013 e Kendrick é uma estrela global.

Uma noite de sorte com os amigos até o grande passo.

Até!


domingo, 9 de maio de 2021

DE BANDEJA

 

Foto: Getty Images

Max Verstappen fez o mais difícil. Passou Hamilton na largada e segurou o inglês por boa parte da corrida. No entanto, hoje foi o dia da Red Bull não fazer sua parte, ou então facilitar o trabalho da Mercedes que, é claro, teve sua competência através de seus integrantes e de Lewis Hamilton para reverter o quadro e vencer pela terceira vez na temporada.

A própria Mercedes que, no entanto, também teve seu vacilo na primeira metade da prova. Verstappen, pressionado, parou primeiro. Teve quatro segundos de pitstop, um tempo bem lento, suficiente para que Hamilton voltasse a frente caso parasse na volta seguinte. Não foi o que aconteceu. O inglês andou mais algumas voltas e voltou atrás, mas a estratégia era essa: usar a ampla diferença de pneus usados e partir para a vitória.

Não foi isso que aconteceu. Hamilton colou em Max mas a Mercedes antecipou a segunda parada, colocando a Red Bull em uma sinuca: ou parava imediatamente e corria risco de perder a liderança nos boxes ou na pressão, ou tentava ir com o holandês até o fim e tentar segurar Lewis. O segundo caminho foi seguido, mas sem o resultado esperado.

Claro que falar agora é fácil, mas a Red Bull deveria ter sido mais pragmática: marcar a Mercedes, mais especificamente Lewis Hamilton. Com pneus iguais e praticamente no mesmo estado, Max teria chance maior de se defender. No entanto, no final, foi presa fácil. Sem pneu, Max parou para fazer a volta mais rápida. Foi isso que a Red Bull escolheu, ao invés de tentar vencer.

É evidente que o ritmo de corrida da Mercedes continua superior, mas hoje a Red Bull entregou de bandeja a 98a vitória de Hamilton, que no sábado foi o primeiro piloto da história a atingir três dígitos de pole position, algo inimaginável. 3 a 1 e alguns bons pontos de vantagem num longo campeonato. Ainda falta muito, mas a Red Bull precisa reagir de alguma forma. Pérez nesse final de semana não foi bem. Um velho problema dos taurinos: não há segundo carro, seja com Pérez, Albon ou Gasly...

No resto, o grande vencedor foi Charles Leclerc. Quarto lugar com autoridade. Ricciardo reagiu e superou Norris. Ocon vive grande fase e conseguiu colocar a Alpine nos pontos, assim como Gasly e a Alpha Tauri. Raikkonen, se tivesse um carro melhor, conseguiria algo bom, fez boa estratégia, assim como Russell. Vettel e Alonso, por questões distintas, seguem com muitas dificuldades nesse início de temporada. Para o alemão, parece ser um caso irreversível em um carro que também não ajuda, mas perder para o filho do dono é constrangedor, ainda mais sendo um tetracampeão.

Mick Schumacher segue evoluindo e tentando brigar com as Williams. É o que pode fazer além de surrar o russo que já tem a antipatia de quase todo o grid. 

Nas ruas de Mônaco, Mazepin pode ser um diferencial porque é garantia de Safety Car ou bandeira vermelha, apenas não sabemos quando. É no Principado que os taurinos precisam reagir e a Mercedes manter a hegemonia do início do ano.

Confira a classificação final do GP da Espanha:


Até!

sexta-feira, 7 de maio de 2021

UM PASSO A FRENTE

 


Os treinos de hoje em Barcelona mostram que a Mercedes está um passo a frente da Red Bull. Bottas e Hamilton lideraram a sessão, embora Max Verstappen estivesse bem próximo no primeiro treino. No TL2, no entanto, o holandês errou e não conseguiu encaixar uma volta rápida com os macios.

O que chamou a atenção foram as Alpines, consistentes outra vez no top 5. Na corrida o buraco é mais embaixo, mas o bloco formado por McLaren, Ferrari e Alpine promete ser muito interessante durante o ano. Aston Martin e Alpha Tauri estão um pouco abaixo, enquanto Vettel aparentemente está tentando reagir na temporada. Está na hora, né?

Na chatíssima Montmeló, o treino pode fazer a diferença, apesar de que nenhum pole venceu na temporada. A Mercedes está na frente, por bem pouco. Vamos ver se o circuito e as condições climáticas nos ajudam nesse final de semana frio de dia das mães.

Confira a classificação dos treinos livres:






quinta-feira, 6 de maio de 2021

GP DA ESPANHA: Programação

 O Grande Prêmio da Espanha entrou definitivamente no calendário da Fórmula 1 em 1968. Desde então, já foi disputada em 4 pistas: Jarama, Montjuic, Jerez e Montmeló (desde 1991).

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Valtteri Bottas - 1:18.183 (Mercedes, 2020)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:15.406 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2004)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 69 pontos

2 - Max Verstappen (Red Bull) - 61 pontos

3 - Lando Norris (McLaren) - 37 pontos

4 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 32 pontos

5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 28 pontos

6 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 22 pontos

7 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 16 pontos

8 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 14 pontos

9 - Esteban Ocon (Alpine) - 8 pontos

10- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 7 pontos

11- Lance Stroll (Aston Martin) - 5 pontos

12- Fernando Alonso (Alpine) - 5 pontos

13- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 2 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 101 pontos

2 - Red Bull Honda - 83 pontos

3 - McLaren Mercedes - 53 pontos

4 - Ferrari - 42 pontos

5 - Alpine Renault - 13 pontos

6 - Alpha Tauri Honda - 9 pontos

7 - Aston Martin Mercedes - 5 pontos


NOVOS RUMOS

Foto: Getty Images

Depois de subir, ser rebaixado e dar a volta por cima na Red Bull e Toro Rosso/Alpha Tauri, Pierre Gasly está pronto para novos desafios, caso não tenha novas oportunidades na equipe de cima.

Em algumas oportunidades, o francês deixou pública, inclusive em um texto no The Players Tribune, que ficou muito descontente com o tratamento recebido quando esteve na equipe, na primeira metade de 2019. Helmut Marko, o chefão, também joga algumas provocações para o francês sempre que pode, dando a entender que Gasly não deve ter uma segunda chance pelos taurinos.

Pessoalmente, meu objetivo máximo é competir no topo da Fórmula 1. Graças à Red Bull eu estou na F1 e sou muito agradecido, de verdade.

Por enquanto, tenho um contrato com eles e, se estiverem dispostos a trabalhar comigo, ficarei feliz. Senão, há outras opções”, disse para a revista Speedweek.

Faz sentido. Gasly atingiu o teto onde é líder de uma equipe B, sem muitas pretensões. No ano passado, mostrou potencial para ser algo mais. Um lugar que parece óbvio e que poderia encaixar é na Alpine. Ser francês conta muito e Ocon ainda não tem garantias de continuidade. 

Sempre bom lembrar que foi exatamente esse o caminho que Carlos Sainz fez quando deixou a Red Bull e agora está na Ferrari. Por quê não a história não possa se repetir com Gasly?

BATE E VOLTA

Foto: Getty Images

A questão dos motores da Red Bull a partir de 2022 ou 2025 é alvo de especulação constante, incluindo outras equipes. 

Durante a transmissão dos treinos livres do GP de Portugal, Toto Wolff deu a entender que a Red Bull pode fazer uma parceria com o Grupo Volkswagen, mais especificamente a Porsche para batizar os motores taurinos.

De um lado, eles estão interessados em construir o próprio motor, mas não é segredo que o Grupo Volkswagen, com suas duas marcas [Porsche e Audi] estão olhando para a F1 e estão participando das discussões. Então, a Red Bull pode a qualquer momento decidir se quer manter a sua unidade de potência ou ir com os alemães”, disse Toto.

Christian Horner não gostou nada da declaração:

 “Toto sempre gosta de pensar que sabe de tudo o que acontece no negócio dos outros. Ele precisa cuidar da vida dele. Vamos construir um departamento fantástico e temos pessoas talentosas chegando. Será integrado ao departamento de chassis. Seremos os únicos além da Ferrari a ter isso. Como vai ser chamado o motor é assunto para outra hora, mas por agora, é um motor Red Bull”, disse.

Esse é outro assunto bem chato que só vai ter definição muito lá no futuro, ou talvez a definição seja um próprio motor Red Bull. Próximo.

TRANSMISSÃO:
Treino Livre 1 (07/05) - 6h30 (Band Sports)
Treino Livre 2 (07/05) - 10h (Band Sports)
Treino Livre 3 (08/05) - 7h (Band Sports)
Classificação (08/05) - 10h (Band e Band Sports)
Corrida (09/05) - 10h (Band)








terça-feira, 4 de maio de 2021

A ETERNA MONTMELÓ

 

Foto: AutoCircuito

Presente há muito tempo no calendário da F1, Montmeló também virou a casa da pré-temporada regular da categoria. Apesar de uma reforma que extinguiu a última curva, em alta velocidade, transformando-a em uma chicane, isso piorou o traçado, maçante, repetitivo e com poucas variações de estratégia justamente porque todas as equipes conhecem todos os detalhes de Barcelona.

Por isso, é difícil de lembrar grandes corridas inesquecíveis nos tempos modernos. Tentando puxar para a antiguidade: 

1996: primeira vitória de Michael Schumacher com a Ferrari - isso dispensa comentários:



2001: Mika Hakkinen liderava de ponta a ponta pra vencer a primeira na temporada 2001, mas o motor mercedes estourou na última volta e a vitória caiu no colo de Schumacher. Esse, entre outros motivos, fez o finlandês se aposentar no final do ano.



2016: na primeira corrida na Red Bull após a troca com Daniil Kvyat, Max Verstappen aproveitou a batida entre as duas Mercedes de Nico Rosberg e Lewis Hamilton, segurou Kimi Raikkonen e venceu pela primeira vez na Fórmula 1, o mais jovem da história a conseguir tal feito.



Montmeló estava (ou está?) em vias de sair do calendário, só não saiu por problemas em outros circuitos como o Vietnã e a pandemia do coronavírus que cancelou muitas provas ano passado e nesse também. Pode ser uma das últimas edições nesse circuito tão tradicional e cheio de histórias, mas que há tempos não existe uma corrida empolgante. 

Espero que seja dessa vez. 

Até!


quarta-feira, 28 de agosto de 2019

VÍDEOS E CURTINHAS #38: BOATOS E CONFIRMAÇÕES


Fala, galera! Mais um post da sessão mais longeva e ao mesmo tempo ausente deste querido blog. Vamos lá então!

Começando com a confirmação. O que parecia improvável aconteceu: o governo da Catalunha conseguiu as garantias necessárias e o GP da Espanha renovou com a F1 por mais uma temporada. Em 2020, com as entradas de Vietnã e Holanda, teremos 22 etapas, um novo recorde. Com isso, quem deve rodar é a Alemanha, pois sem o apoio que teve neste ano da Mercedes parece improvável que siga no calendário. Até mesmo o México parece ter tratativas para continuar no calendário, afinal se a Ásia e a Europa viraram as grandes prioridades da Liberty, não se pode jogar fora a paixão e empolgação dos mexicanos.

- Boatos: A revista francesa "Auto Hebdo" cravou na capa que o compatriota Esteban Ocon será piloto da Renault em 2020, sendo assim companheiro de Daniel Ricciardo. Nos últimos dias, o francês fez algumas mudanças em suas redes sociais, dando a entender que não esperaria para sempre uma possível promoção da Mercedes, o que parece cada vez mais improvável. Se confirmada, essa informação poderia confirmar outras duas: a permanência de Bottas nas flechas de prata por mais uma temporada e a ida de Nico Hulkenberg para a Haas, no lugar de Romain Grosjean. Imagina que interessante ter dois caras que se detestam numa equipe que não tem pilotos de academia. Hulk não pode reclamar das oportunidades. Depois da escapada na Alemanha, aquilo parece ter selado sua carreira.

Ocon já foi piloto de testes dos franceses. Foto: Motorsport
Segundo o site 'Racefans.net', a F1 pode ter uma nova equipe a partir de 2021. Trata-se da Panthera Asia Team, que teria como chefão e fundador Benjamin Durand, que trabalhou nas equipes de base da SMP Racing e BR Engineering. O chefe de aerodinâmica seria Tim Milne, com passagens pela Renault, Honda, Super Aguri, Toyota, Caterham e Manor. O modelo de negócio seria semelhante ao da Haas, que terceiriza quase todas as peças do carro. A sede seria perto do circuito de Silverstone, em Northamptonshire. A FIA não se manifesta sobre e, é claro, precisa aprovar ou não a tal proposta, que também depende, é claro, de como será desenvolvido e resolvido o tal novo regulamento da F1 que vai entrar em vigor em 2021. O desafio da F1 é atrair montadoras com um regulamento decente e competitivo. Não é fácil, mas seria ótimo mais equipes. Cresci vendo o número ideal de carros sendo 22. Seria excelente.

E, para finalizar, o post homenageia Kimi Raikkonen, quatro vezes vencedor do GP da Bélgica. Veja algumas onboards do IceMan, uma delas quando foi pole em 2007, uma volta em 2004, a vitória em 2004 que sagrou o hepta de Schumacher e a ultrapassagem em Fisichella que o fez vencer por lá pela última vez! Confira!








Até!

segunda-feira, 13 de maio de 2019

500 METROS

Foto: Getty Images
Deve ter sido mais ou menos isso o que durou a corrida de hoje, na Espanha. Segundo Bottas, um problema na embreagem o fez largar mal e perder a liderança para Lewis Hamilton na primeira curva, de onde não saiu mais.

Vettel chegou a emparelhar por fora, mas travou os pneus e acabou atrapalhando Leclerc, permitindo que Verstappen ultrapassasse ambos. E assim terminou.

Impressionante como a Ferrari é comandada por lontras no quesito estratégia. Nas duas paradas, os dois atrapalharam um ao outro até a equipe dar a passagem de fato. Leclerc faria apenas uma parada, enquanto Vettel faria duas.

A procissão se encaminhava para seu final até que o herói Lando Norris resolveu dar emoção a corrida ao tentar passar Lance Stroll e acabar batendo no canadense. Duas grandes ações para acordar quem já estava roncando: bater e tirar Stroll. Safety Car. Habemus corrida.

Não. Ficou tudo do jeito que está entre os seis primeiros. Me recuso a acreditar que Gasly pilota a mesma máquina que Verstappen. A diferença entre os dois pilotos é grande, mas não pode ser essa. É desproporcional.

A única coisa que isso girou foi a briga encarniçada do sétimo lugar em diante pós-SC. Quase que os dois pilotos sem cérebro da Haas colocaram tudo a perder numa disputa de posição. Magnussen se defendeu e Grosjean danificou o assoalho, perdendo posições e fazendo de tudo para não pontuar mesmo com o carro americano sendo facilmente o quarto melhor do final de semana. Fracassou, pois foi o décimo.

Carlos Sainz saiu da 13° posição e, com sorte e estratégica, conseguiu ultrapassagens para conseguir um bom oitavo lugar em casa, para a vibração daqueles que ainda vão ao grande prêmio depois da aposentadoria da Fênix. Kvyat, o melhor final de semana dele em anos foi recompensado com um nono lugar positivo.

A Renault parece estagnada ou então pior, muito pior. Temporada decepcionante demais. Daqui a pouco, se continuar assim, eles vão pular fora do circo outra vez. Alguém viu a Alfa Romeo por aí? Giovinazzi é o novo Vandoorne.

Cinco dobradinhas no topo e no final. A Mercedes é uma máquina de regularidade e, sinceramente, apesar de não acontecer quase nada, está cada vez mais difícil de escrever sobre as corridas, justamente por isso. É doloroso escrever poucas linhas por algo tão ruim. E assim o mundo continua girando, resta a nós saber em qual etapa Hamilton será hexa. Agora faltam 15 para se igualar a Schummi.

Confira a classificação final do GP da Espanha:


Até!

sexta-feira, 10 de maio de 2019

MAIS DO MESMO

Foto: Reuters
Todas as equipes trazem alguma atualização para a Espanha, onde começa a temporada europeia. A Ferrari trouxe novo motor e até animou aqueles que ainda acreditam que desse mato sai cachorro. Na quinta-feira, Vettel tratou de jogar um balde de gelo em tudo, intencionalmente ou não, falando que mesmo assim não seria suficiente para superar os alemães.

Talvez isso seja verdade, porque Bottas dominou os dois treinos. A diferença variou entre um e três décimos. Hamilton foi um pouco apagado no primeiro treino livre, mas no segundo encostou no finlandês. O que estamos vendo, até aqui, é o finlandês sendo mais veloz que o maior poleman da história da Fórmula 1. Não é pouca coisa. No entanto, a velha pergunta: o quanto Hamilton, o próprio Bottas e a Ferrari estão escondendo o jogo pra sábado? Será que isso faz alguma diferença? E de novo Leclerc é mais rápido que o tetracampeão, o que não parece ser permitido nas terras de Maranello...

A Haas foi outra que trocou tudo no carro e, com tudo novo, está só atrás do trio de ferro. O problema é que falta pilotos, que sempre cometem pataquadas durante as corridas. O pelotão intermediário está, como sempre, encarniçado, e a Williams fecha o grid. Mais do mesmo.

Sobre o tal embróglio Rio-São Paulo, apenas algumas linhas porque não estou com vontade de refutar tudo: é mais fácil não ter mais corrida no Brasil do que a F1 ir para o Rio de Janeiro. É isso.

Confira a classificação dos treinos livres para o GP da Espanha:



Até!

GP DA ESPANHA - Programação

O Grande Prêmio da Espanha entrou definitivamente no calendário da Fórmula 1 em 1968. Desde então, já foi disputada em 4 pistas: Jarama, Montjuic, Jerez e Montmeló (desde 1991).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Daniel Ricciardo: 1:18.441 (Red Bull, 2018)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:16.173 (Mercedes, 2018)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Michael Schumacher - 6x (1995, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2004)

LECLERC: "FERRARI PRECISA DE ACERTO PERFEITO"

Foto: Motorsport
Mesmo com quatro derrotas em quatro corridas, o monegasco está confiante com as capacidades do carro italiano em deter as flechas de prata.

"Dependendo das condições de pista, esse carro exige um acerto extremamente preciso para ser realmente rápido, mas o potencial está lá. Na Austrália e na China, a Mercedes foi mais rápida, mas, no Bahrein, nós tínhamos o carro mais rápido e de novo em Baku nós tínhamos tudo nas mãos para ter o melhor carro outra vez”, afirmou para o jornal monegasco 'Matin'.

Outro tópico abordado na entrevista foi, segundo Leclerc, ter aumentado o número de pessoas comentando sobre a disputa na Ferrari e sua relação com Sebastian Vettel.

“Eu notei que existem mais comentários sobre Vettel e eu nas redes sociais. De certa forma, posso entender isso. Hamilton e Bottas estão juntos há algum tempo, enquanto que a Ferrari trouxe um piloto jovem, e as pessoas estão acompanhando o que eu faço. Isso é natural”, completou.

É um otimismo admirável o de Leclerc. Apenas no Bahrein a Ferrari se apresentou em condições de dominar e vencer uma corrida e o teria feito, se não fosse o problema com o #16 no final da prova. Nas outras etapas, os italianos foram facilmente batidos e não acredito que Leclerc teria feito a pole se não tivesse batido no Q2.


Talvez a Ferrari realmente só funcione em determinadas características específicas, o que é suficiente para vencer corridas e não campeonatos. Em Barcelona, por exemplo, dominou nos treinos livres. Agora, lá está mais quente e as equipes também trazem novidades aerodinâmicas, além de andar no limite. Será que esse poderio por lá é real ou é mais uma ilusão de pré-temporada? Veremos.

À ESPERA DE UM MILAGRE

Foto: Grande Prêmio
A Williams vai trazer para este final de semana algumas atualizações para o FW42, visando diminuir a distância que existe com as demais equipes no campeonato.

“Teremos algumas pequenas melhoras que vão chegar em Barcelona. Acho que isso vai nos dar uma boa ideia de como o carro vai se desenvolver durante o restante da temporada. Não é uma atualização completa, mas vai nos dar um rumo mais claro para saber onde devemos nos focar, e com base neste resultados, vamos saber se teremos alguma esperança para o resto da temporada ou não”, disse George Russell para o 'Motorsport'.

Campeão da F2 e um dos pilotos da academia da Mercedes, Russell chegou na categoria repleto de expectativas que, neste primeiro momento, não podem ser sequer analisadas em virtude do terrível carro que pilota. No entanto, o inglês recorda que não é a primeira vez na carreira que enfrenta um período difícil pela falta de competitividade em uma categoria, como já foi visto no kart (onde foi campeão europeu) e também na F3 europeia.

“Não é meu primeiro ano complicado. Meu último ano no kart foi muito difícil. Fui para uma equipe que não estava dando certo no momento e vi como uma situação em que só valia a pena vencer. Se não tivesse feito isso, eles teriam me culpado por trocar de equipe. Você pode chamar a temporada de desenvolvimento de pilotos, e vivi isso também na F3. Minhas duas temporadas estiveram bem longe de ser perfeitas, e isso me ajudou a ser o piloto que sou hoje, já que aprendi muitas lições naqueles momentos”, finalizou o inglês do carro #63.


Nem a competição interna é capaz de fazer algum julgamento sobre Russell, pois Kubica não tem a mesma capacidade física para extrair o melhor do carro. No entanto, ele está fazendo o que pode. No ano passado, mostrou ter talento e regularidade para bater a sensação compatriota Lando Norris, por exemplo. Hoje, Lando é um dos destaques da McLaren. Se for possível usar isso como parâmetro de lógica, Russell está no caminho certo, mas isso só o futuro pode julgar, e provavelmente não vai ser nessa Williams combalida. Seria onde? Bottas está bem, Ocon é o reserva imediato, a Racing Point agora tem Stroll... não restam muitas opções para Russell.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 87 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 86 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 52 pontos
4 - Max Verstappen (Red Bull) - 51 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 47 pontos
6 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 13 pontos
7 - Pierre Gasly (Red Bull) - 13 pontos
8 - Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 13 pontos
9 - Lando Norris (McLaren) - 12 pontos
10- Kevin Magnussen (Haas) - 8 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 6 pontos
12- Carlos Sainz Jr (McLaren) - 6 pontos
13- Daniel Ricciardo (Renault) - 6 pontos
14- Lance Stroll (Racing Point) - 4 pontos
15- Alexander Albon (Toro Rosso) - 3 pontos
16- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 173 pontos
2 - Ferrari - 99 pontos
3 - Red Bull Honda - 64 pontos
4 - McLaren Renault - 18 pontos
5 - Racing Point Mercedes - 17 pontos
6 - Alfa Romeo Ferrari - 13 pontos
7 - Renault - 12 pontos
8 - Haas Ferrari - 8 pontos
9 - Toro Rosso Honda - 4 pontos

CLASSIFICAÇÃO:







quarta-feira, 8 de maio de 2019

FIM DE CICLOS?

Foto: Divulgação
Estamos apenas na quinta etapa do ano, mas as coisas estão muito quentes no que se refere as negociações envolvendo Liberty Media e as organizadoras dos circuitos que querem entrar e/ou permanecer na categoria.

Começando pelo que está confirmado: no ano que vem, será realizado o primeiro Grande Prêmio do Vietnã, nas ruas da capital Hanoi. Já começaram as obras e a tendência é que seja realizada em outubro de 2020. Vendo o on-board de como ficaria, ela me lembra bastante uma mistura de Valência com Cingapura.


Vamos para a (extensa) lista de indefinições: começando pela próxima corrida, na Espanha. Segundo os organizadores, a questão é uma só, e quase unânime entre os negociantes de todos os GPs: diminuir a taxa anual paga a Liberty Media. Os valores foram assinados ainda sob a gestão Bernie Ecclestone, que pegava cada centavo e tornou essa indústria insustentável, principalmente para os países europeus, não abastecidos por donos e bilionários sheiks do Oriente Médio. Ah, um fator que pode ser muito importante também é a provável diminuição pela procura de ingressos em virtude da saída de Fernando Alonso da categoria.

Pro lugar da Espanha, pode chegar o retorno do GP da Holanda, em Zandvoort, afastada da categoria desde 1985. Claro que o motivo é evidente: aproveitar o efeito Max Verstappen que enche as corridas próximas da localidade holandesa, principalmente em Spa Francochamps. O falecido Charlie Whiting chegou a realizar vistorias e acreditava que apenas alguns ajustes devem ser feitos para tudo ficar pronto. Algumas publicações da imprensa europeia já cravam que a corrida holandesa irá substituir o circuito espanhol a partir do ano que vem.

Como sempre, Inglaterra e Itália todo ano tem drama e todo ano renovam, até que um dia isso não aconteça. Presentes desde os primórdios da categoria, o diretor de Silverstone já sinalizou que existem negociações, mas nada perto de algum desfecho. Por outro lado, como sempre dramático, o GP em Monza tem um "acordo provisório" para renovação até 2024. O empecilho financeiro é a grande questão para ser superada, pra variar.

A Alemanha praticamente participa uma vez a cada dois anos da categoria. Com Nurburgring falida há alguns anos, Hockenheim segue o mesmo caminho de dificuldades financeiras. Para esta temporada, a Mercedes ajudou com os custos. No entanto, diante dos cortes que estão fazendo, parece improvável que esse tipo de aporte seja realizado no ano que vem. Um país ioiô na F1 mesmo conquistando 12 títulos de pilotos e 5 de equipes nos últimos 25 anos, os custos são altíssimos. O promotor da corrida disse que houve maior procura de ingressos para assistir a F2, que tem Mick Schumacher, do que para a própria F1.

Incrível perceber que os três principais pólos tradicionais da F1 pode estar de saída, talvez quatro (considerando que a corrida na Espanha sempre foi tradicional, mesmo quando só De La Rosa e Alonso passaram a disputar a categoria no início dos anos 2000 enquanto a grande paixão é a Moto GP)

O México, país que mais recebe público desde o retorno para a categoria em 2015, também está com um pé fora. Sem mais o apoio do governo federal, que cortou gastos, a tendência é que mesmo sendo um sucesso de público e carisma os mexicanos voltem a ficar ausentes, pra tristeza de Checo Pérez. Outro mercado importantíssimo na América Latina e no "espalhamento" da popularidade da categoria pelo mundo.

Pra fechar, parece que o tal GP de Miami ficou em stand-by. Os organizadores recuaram após os protestos das associações de moradores das áreas onde ficaria o circuito nos três dias de competição e vão tentar renegociar um novo traçado. Essa é a que menos importa. Ninguém se importa com mais corridas nos Estados Unidos e nem os americanos ficam empolgados com a categoria europeia.

Provavelmente nem todas fiquem fora, o que seria uma loucura. Trata-se apenas de uma questão de barganha, embora Alemanha, México e Espanha parecem, pelos relatos, distantes. Isso vai de encontro ao que disse Christian Horner, chefão da Red Bull, sobre o possível aumento do calendário para 23 etapas. Hoje, são 21 etapas. Com a inclusão de Vietnã e talvez Holanda, seriam 23. No entanto, sem Alemanha, Espanha e México, cairia pra 20, talvez 19, se a Inglaterra também der pra trás.

São todos circuitos importantíssimos em termos de negócios e marketing, alguns nem são grandes traçados e por isso não fariam falta (né, Espanha?). No entanto, a maioria é da fatia europeia, que basicamente sustenta o negócio. Diante do impasse nas negociações do novo Pacto de Concórdia e da cada vez maior dificuldade de negociar os caríssimos termos das taxas assinadas ainda por Bernie Ecclestone, não é exagero dizer que o futuro da categoria está ameaçado no médio/longo-prazo, principalmente também pela questão do uso dos combustíveis fósseis cada vez diminuírem em acordos das montadores e dos países.

O futuro é realmente sombrio ou mais uma vez estamos sendo assustados pelos boatos e ameaças de negociações de barganha? Abre o olho, bigodudo, Ross Brawn e Jean Todt.

Até!

quarta-feira, 6 de junho de 2018

ALONSO 300

Foto: Auto Racing
O título é auto-explicativo. Neste final de semana, em Montreal, Fernando Alonso irá participar de sua corrida número 300 na F1. É o mais longevo do grid. Na F1 desde 2001 (assim como Raikkonen, que ficou dois anos fora; Alonso ficou fora apenas em 2002), não faltam momentos de brilhantismo na grande carreira do bicampeão mundial.

Sem mais delongas, vamos rever algumas delas?

A PRIMEIRA POLE - Logo na segunda corrida como piloto da Renault, o jovem Ferdi foi o primeiro espanhol a fazer uma pole position e o primeiro a chegar no pódio, em terceiro. Além disso, foi o mais jovem da história a largar da posição de honra.


A PRIMEIRA VITÓRIA - Veio ainda em 2003. Pressionado por estar atrás de Trulli na tabela, o jovem Alonso foi novamente pole na Hungria e venceu de ponta a ponta, chegando a dar uma volta no então pentacampeão Michael Schumacher, que brigava ponto a ponto pelo hexa com Juan Pablo Montoya e Kimi Raikkonen. Na época, foi também o mais jovem da história a vencer na F1.



UM DOS GRANDES - 2005 começou promissor para Alonso. Com o novo regulamento, a Renault passou a ser a grande favorita ao título. Depois do companheiro Fisichella vencer na abertura da temporada, na Austrália, o espanhol venceu duas vezes seguidas na Malásia e Bahrein. Em Ímola, segurou o ímpeto de uma renovada Ferrari de Schumacher, em uma das disputas mais belas da história da categoria. Tudo o que precisava para provar ser um piloto de ponta.


O PRIMEIRO TÍTULO - Bastando um terceiro lugar para ser o mais jovem campeão da história da categoria, Fernando Alonso foi o primeiro campeão em um GP do Brasil. Entrou para a história como o primeiro espanhol a ser campeão e o homem que quebrou a hegemonia da Ferrari e de Michael Schumacher. A Fênix das Astúrias já estava na história da F1.


A PRIMEIRA EM CASA - Atual campeão, faltava a vitória em casa. Largando na pole e "comboiado" pelo companheiro Fisichella, Ferdi fez a festa da AlonsoMania em plena Catalunha para vencer pela primeira vez em casa.


O BI - Precisando de apenas um oitavo lugar, Alonso não deu chances para o azar e terminou em segundo para celebrar o seu segundo título mundial, em final de semana dominado por Felipe Massa, que quebrou o tabu de 13 anos sem vitória brasileira em Interlagos. Alonso, "o homem que aposentou o heptacampeão Michael Schumacher".



A GUERRA ESCANCARADA - 2007 não foi um ano fácil para Alonso. Na McLaren, esperava o tri e a continuação de sua dinastia. Entretanto, viu o jovem Lewis Hamilton chamar a atenção do mundo. O espanhol insinuou favorecimento da equipe inglesa ao compatriota. No Q3 do GP da Hungria, Alonso ficou parado nos boxes mais tempo do que precisava, evitando que Hamilton pudesse voltar para a pista e fazer uma nova tentativa. Com isso, Alonso foi pole. Entretanto, a FIA o puniu por atitude antidesportiva e perdeu cinco posições. Depois disso, ficou inviável a permanência do espanhol, que voltou para a Renault no ano seguinte.



CINGAPURAGATE - Na primeira corrida noturna da história, Alonso aproveitou a batida de Nelsinho Piquet no início da prova para entrar nos boxes durante o Safety Car e voltar na liderança da corrida. O espanhol também aproveitou o infame erro na mangueira de Felipe Massa e venceu pela primeira vez no retorno à Renault, que estava pressionada pela direção a vencer, do contrário iria se retirar da F1, logo no GP n° 800 da F1. No ano seguinte, veio a tona que Nelsinho bateu de propósito para favorecer o espanhol, que nega envolvimento no caso.


FASTER THAN YOU - No primeiro ano na Ferrari, Alonso brigava pelo tri contra a Red Bull e a McLaren. Na Alemanha, Massa liderava exatamente um ano depois de seu grave acidente na Hungria. Pressionando o brasileiro na pista e no rádio, a Ferrari cedeu e obrigou o brasileiro a deixá-lo passar, num remember da Áustria no histórico "Fernando is father than you". 




SHOW EM VALÊNCIA - Largando em 11° na corrida nas ruas de Valência, Alonso deu verdadeiro show para vencer em casa e dar um passo importante para o tri (que não veio). Essa corrida também ficou marcada como o último pódio da carreira de Michael Schumacher.


A ÚLTIMA VITÓRIA? - Largando em quinto, Alonso deu mais um show em casa, na Catalunha. Administrando melhor os pneus Pirelli, chegou a ponta com facilidade e venceu sem mais sustos, naquela que pode ter sido sua última vitória na categoria, em 2013.



Esses foram alguns momentos que eu achei marcantes da carreira do espanhol na F1 até aqui. Concorda? Discorda? Acrescente, comente!

Até!