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terça-feira, 17 de maio de 2022

PASTOR, ÁLCOOL E DIA DAS MÃES

 

Foto: Getty Images

Há dez anos, estava terminando o colégio. Quer dizer, eu achava que jamais sairia daquilo que pra mim já tinha virado um inferno. As notas baixaram e por mais que tentasse estudar, não via sentido na maioria das coisas. Pensava ser apenas um número para supostamente passar no vestibular, decorando um monte de coisas que provavelmente jamais usaria (ou usei) na vida.

Pois então, antes de ser um antissocial mal sucedido, minha vida se resumia ao videogame e computador nos finais de semana. 17 anos, cara! Pra quê sair de casa? Chegou o fim de semana de dia das mães e o aniversário de um grande amigo. Meus pais foram para a praia passar o dia das mães com meus avós. Estava, portanto, sozinho em casa.

Fui para o tal aniversário. Era um sábado à noite. Começava a ficar frio. Cheio de espinhas e pus na cara. Conheci os amigos do meu amigo. Um verdadeiro bando. Fomos para o mercado organizar o que hoje seria o “esquenta”. Um bando de gente de 17 anos e alguns maiores de idade comprando cerveja, vinho e tudo que fosse necessário para o quentão da madrugada. Depois de algum momento tenso, fomos liberados. Voltamos para o salão de festas do condomínio.

Basicamente, foi a primeira vez que bebi na vida. Aparentemente, quase todo mundo ali já tinha experiência no negócio, apesar da mesma idade. Era um novo mundo. Como me comportar? Bom, em algum momento, saímos andando de madrugada jogando bombinha pela rua, num frio desgraçado. A ideia era tentar ver o nascer do sol no topo de um morro, mas estava muito frio. Voltamos para o condomínio. Não sei como, mas conseguimos fazer o quentão. Tava puro açúcar, mas era ótimo! Estávamos bêbados e adultos! Um novo mundo!

Na hora do parabéns, uma batalha animalesca para pegar o bolo com a mão. Uns vidros quebraram porque começaram a brincar e algo fugiu do controle. Eu e uns caras escondemos as últimas latinhas de cerveja que sobraram numa outra geladeira, afastada do salão de festas. Era o esconderijo.

Mais para lá do que pra cá, fui pegar a última lata. Ou tentar. Achei que tinham trancado os portões. Comecei a subir. Quando estava começando a descer, alguém abre o portão.

- O Sá, o quê tu tá fazendo aí?

- Achei que o portão estava trancado!

Desci, sabe se lá como, peguei a lata que faltava e depois só lembro que a combinação era dormir do lado de fora do salão, em baixo dos brinquedos da área de lazer pra não pegar chuva ou algo do tipo. No fim, estava muito frio. Subimos até o apartamento do meu amigo e nos esparramamos pela sala. Tem a foto desse momento.

Já de manhã, destruídos, peguei carona com meu amigo e voltei para casa. Era dia das mães. Grande Prêmio da Espanha. Estava tão desligado que perdi a corrida. Na época, já começava a gravar na NET quando não conseguia assistir. Tentei me desligar do mundo por algumas horas para assistir mais uma etapa em Montmeló. Lembrei que Hamilton não seria o pole por alguma punição. Maldonado estava na frente. “Não deve ter durado muito tempo. Vai ser igual o Hulk no Brasil”, pensei.

Não lembro os motivos, mas não consegui terminar a corrida no domingo. Como não terminei, simplesmente não entrei na internet ou assisti TV até finalmente acabar a prova. Não faltava muito. Nem tinha celular na época, então não me importava muito de ficar desconectado. Bastava jogar alguma coisa e não ligar a TV que estava ótimo.

Segunda. Aula. Um monte de exercícios ou algo do tipo. Cansaço. Assisti mais um pouco mas, de novo, faltaram algumas voltas. Mais um dia sem acesso a nada, pensando que era impossível o que estava vendo.

E aconteceu. Maldonado venceu de ponta a ponta e chocou a F1 naquele domingo (ou terça, para mim). Foi a última vitória da Williams e assisti uma corrida fragmentada. Não foi a primeira e nem a última vez.

De lá para cá, a Williams teve uma decadência, ressurgiu, decaiu, Frank morreu e o nome é apenas um nome. A última das garagistas se foi. Uma das grandes zebras da história da F1 porque não foi uma corrida atípica, na sorte. Desde os treinos até uma vitória de ponta a ponta, Maldonado fez sua história na categoria. Piloto de muitos acidentes e apoiado pelo governo venezuelano, Pastor foi o último sul-americano a triunfar na F1.

Uma semana depois de beber pela primeira vez, comecei a tomar Roacutan contra as espinhas. Foram meses longos, mas deu tudo certo. Minha cara ficou limpa e só voltei a beber na faculdade.

Como é época de Kendrick Lamar, essa foi minha “Swimming Pools” e “The Art Of Peer Pressure”. Afinal de contas, era 2012, e o “Good Kid Maad City” foi lançado meses depois dessa história. Uma década depois, chegamos a mais uma corrida em Barcelona, estou perto dos trinta, não bebi mais quentão e nem subi em portões, Hamilton é hepta, Alonso venceu pela última vez na Espanha em 2013 e Kendrick é uma estrela global.

Uma noite de sorte com os amigos até o grande passo.

Até!


terça-feira, 9 de maio de 2017

VÍDEOS E CURTINHAS #29 - Lembranças

Foto: Alchetron
Semana de Grande Prêmio da Espanha, mais uma vez no dia das mães. Hora de relembrar alguns acontecimentos importantes dessa semana no mundo da F1.

Começando pela lembrança dos 35 anos sem Gilles Villeneuve. Para muitos, um gênio. Para outros, um porra louca superestimado por suas ousadias e barbeiragens na pista. Para fugir do clichê de postar a disputa do canadense com o Rene Arnoux no GP da França, aqui fica um tributo do excelente Antti Kalhola:


Outro aniversário importante é o da Williams na F1. A equipe de Sir Frank completou 40 anos na categoria com números impressionantes: 114 vitórias com 16 pilotos diferentes, com 7 títulos de pilotos e 9 de construtores (os últimos em 1997). O maior vencedor com a equipe é Nigel Mansell, com 28 triunfos. Abaixo, todos os vencedores pela Williams:

Damon Hill (21), Alan Jones e Jacques Villeneuve (11), Nelson Piquet e Alain Prost (7), Ralf Schumacher (6), Keke Rosberg (5), Riccardo Patrese e Juan Pablo Montoya (4), Carlos Reutemann e Thierry Boutsen (3), Clay Regazzoni, David Coulthard e Heinz Harald Frentzen (1).

E claro, para completar, Pastor Maldonado. Sua única vitória na carreira (e a última da Williams até aqui) vai completar MEIA DÉCADA. Sem dúvida alguma um dos acontecimentos mais improváveis desse esporte em toda a história. Uma atuação impecável do venezuelano, que liderou do início ao fim e segurou o ímpeto de gente como Alonso e Raikkonen. Memorável. Relembrem (como o tempo passa...):

Foto: Getty Images

Sobre o boato da Brabham: ele apareceu algum tempo atrás, sem força, e continuo duvidando da sua possibilidade. Óbvio que seria espetacular que uma escuderia histórica retornasse para a categoria (importante: os donos da marca realmente são os Brabham, diferente do caso da "Lotus" recente), mas não comprando a Force India. Mesmo que os indianos estejam com dificuldades econômicas, eles foram os únicos que não só conseguiram se manter mas também crescer na categoria. 

Que os Brabham comprem o espólio de uma Manor ou Caterham da vida e recomecem sua história do zero, aumentando o grid ao invés de matar com um time tão simpático como o liderado pelo picareta Vijay Mallya.

Foto: Reprodução

Por enquanto, isso é tudo pessoal! Até mais!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

VÍDEOS E CURTINHAS #22

O novo macacão. Foto: Divulgação
Fala galera, tudo certo? Pois bem, a grande expectativa do fim de semana será o desempenho de Max Verstappen no RB12. O holandês só poderá fazer as primeiras voltas no primeiro treino livre de sexta-feira. Então, é natural que Ricciardo deva ser superior, pois está mais adaptado a equipe e é melhor piloto.

Também é hora de conferir se o rebaixamento irá afetar o psicológico de Kvyat. Certamente também será o centro das atenções do paddock. Afinal, não é todo dia que isso acontece na F1.

Essa troca deu o pontapé inicial no famigerado mercado de pilotos. Dessa vez, mais cedo, até porque as equipes deverão decidir rapidamente seus pilotos, tendo em conta o novo regulamento de 2017.

Segundo meus cálculos mentais da madrugada, apenas Hamilton, Vettel e a dupla já citada da Red Bull estão garantidos para a próxima temporada nas suas equipes. O resto, muitas incertezas e especulações: Rosberg, Alonso, Button, Raikkonen, Massa, Bottas, Nasr, Grosjean, Pérez, Hulkenberg, Vergne, Sainz, Kvyat, Vandoorne e tantos outros foram especulados em diversas equipes. No meio do ano, tentarei fazer o tradicional post das especulações e confirmações. Me cobrem.

Testes de pneus: Algumas equipes já confirmaram a dupla de pilotos que correrão em Barcelona, nos dias 17 e 18 de maio, com os novos compostos da Pirelli para 2017. Vamos a elas:
Afonso Celis Jr vai representar a Force India; Na McLaren, Button e Vandoorne; Na Mercedes, Rosberg e Esteban Ocon, que também irá defender a Renault, ao lado de Magnussen; A Williams mandará Felipe Massa e Alex Lynn; A Haas irá com seus dois titulares (Grosjean e Gutiérrez).
Red Bull, Manor, Ferrari e Toro Rosso ainda não anunciaram seus pilotos e a Sauber, com sérios problemas financeiros, está fora.

PARA FINALIZAR: Hora de relembrar uma das vitórias mais surpreendentes dos últimos anos: Estou falando de Pastor Maldonado, é claro! O venezuelano conquistou sua única vitória na F1 na Espanha, em 2012. Foi também a última vitória da Williams e de um sul-americano na F1. Relembre (a imagem não é das melhores, mas o que vale é o registro):


NA JORDÂNIA: Em mais uma campanha de publicidade e aventura, a Red Bull resolveu andar em outro extremo: Depois de performar no gelo e na altitude, chegou a hora de andar no deserto da Jordânia. Coube ao ex-piloto da equipe, David Coulthard, a missão. A jornada começou no norte da Jordânia, na cidade de Jerash, onde Coulthard visitou as ruínas greco-romanas da Velha Gerasa. A parada seguinte foi no sul do país, em Petra. Para encerrar, o escocês acelerou em Wadi Rum, cenário de vários filmes de Hollywood, como "Perdido em Marte", com Matt Damon e dirigido por Ridley Scott, e "A Hora Mais Escura", dirigido por Kathryn Bigelow, primeira mulher a vencer a disputa pelo Oscar de melhor direção. O resultado? DESCUBRA:



Até!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

FIM DA LINHA

O grande feito de Maldonado, na Espanha, em 2012. Foto: EFE
Foram 5 temporadas (ou 95 GPs) que nós vimos Pastor Maldonado na Fórmula 1. Depois de muitas especulações surgirem com força nos últimos dias, o venezuelano se antecipou à Renault para confirmar que está fora da categoria máxima do automobilismo nesse ano.

Desde o início de janeiro que Magnussen começou a se reunir com a Renault. A ideia inicial era contratá-lo para ser piloto reserva e oferecer uma vaga de titular para 2017. O Dinamarquês, bancado por uma empresa, aumentou a proposta de pagamento para ingressar na equipe.

Sabendo disso, Maldonado avisou a PDVSA (petrolífera venezuelana), que se reuniu com a Renault. O atraso no pagamento (algo corriqueiro na Lotus) ao pessoal de Enstone foram um dos fatores que motivaram a troca de lugares, ainda não oficializada, na equipe. Vale ressaltar que os franceses não dependem única e exclusivamente de um piloto pagante, embora Magnussen também seja um deles, porém mais talentoso e menos inconstante.

Óbvio que a passagem de Maldonado na F1 será lembrada por suas inúmeras barbeiragens e muitos momentos cômicos que renderam milhares de memes e "fãs" do piloto na Internet. Muitas corridas chatas pra cacete foram salvas pelas "Maldonadices", que deixavam o público ligado na corrida pelo fato de que, uma hora ou outra, o Pastor ia bater ou fazer alguma bizarrice. Tiro e queda.

Das 95 corridas, ele terminou apenas 14 vezes na zona de pontuação. Óbvio que o maior momento de sua carreira foi a histórica e surpreendente vitória no GP da Espanha de 2012. Herdando a pole de Hamilton, Maldonado liderou do início ao fim, resistindo aos ataques de Alonso e Raikkonen. Foi a última vitória da Williams e de sul-americano na F1 até então.

Foi-se um piloto folclórico e muito errante, que claramente se sustentou na categoria pelo dinheiro do governo venezuelano. Mas quem disse que a F1 apenas se resume aos grandes e geniais pilotos? Maldonado, De Cesaris, Inoue, etc, também têm a sua parcela de contribuição, se não foi na técnica e direção apurada, foi no "entretenimento e emoção" proporcionados por seus erros e barbeiragens. E a vitória de Maldonado, claro.

DIVULGADOS HORÁRIOS DAS PROVAS

Como sempre, Melbourne vai abrir a temporada. Foto: Divulgação
A FIA divulgou os horários oficiais dos grandes prêmios desse ano. A princípio, teremos 21 corridas, o que será um recorde na categoria, caso se confirme. As grandes mudanças são o GP da Rússia ser disputado em Maio (era realizado em Outubro) e a Malásia voltar ao fim da temporada (desde 2000 era a segunda ou terceira corrida do ano). O GP dos EUA, em Austin, precisa de confirmação e sua realização é uma grande dúvida, assim como a estreante Baku (embora não seja oficial), que será no mesmo final de semana que As 24 Horas de Le Mans (e a corrida vai começar bem na hora que a prova de Le Mans vai terminar! Mancada da FIA!!!). Confira os horários:

20 de Março - GP da Austrália, às 2h
3 de Abril- GP do Bahrein, às 12h
17 de Abril - GP da China, às 3h
1 de Maio - GP da Rússia, às 9h
15 de Maio - GP da Espanha, às 9h
29 de Maio - GP de Mônaco, às 9h
12 de Junho - GP do Canadá, às 15h
19 de Junho - GP da Europa, às 10h
3 de Julho - GP da Áustria, às 9h
10 de Julho - GP da Inglaterra, às 9h
24 de Julho - GP da Hungria, às 9h
31 de Julho - GP da Alemanha, às 9h
28 de Agosto - GP da Bélgica, às 9h
4 de Setembro - GP da Itália, às 09h
18 de Setembro - GP de Cingapura, às 9h
2 de Outubro - GP da Malásia, às 4h
9 de Outubro - GP do Japão, às 2h
23 de Outubro - GP dos EUA, às 17h (a confirmar)
30 de Outubro - GP do México, às 17h
13 de Novembro - GP do Brasil, às 14h
27 de Novembro - GP de Abu Dhabi, às 11h

Até!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

ANÁLISE DA TEMPORADA 2015 - Parte 2

Fala, galera! Então, vamos continuar o resumo do ano da F1. Dessa vez, escreverei sobre a Red Bull, Force India, Toro Rosso e Lotus. Vamos lá!

Foto: Motorsport
RED BULL RACING - Daniel Ricciardo (8° lugar) e Daniil Kvyat (7° lugar) = Nota 7,5
Outro ano prejudicado pela falta de potência do motor Renault. Helmut Marko, Christian Horner e Adrian Newey perderam a paciência com os franceses e protagonizaram momentos de vergonha alheia ao humilhar a Renault durante o ano inteiro. Ok, os franceses não conseguiram trazer melhorias para o motor, mas foi desnecessário tudo isso. O mais grave é que a escuderia austríaca xingou os franceses e alardearam para todos que iriam trocar de fornecedor. Sonharam com a Mercedes, receberam um sonoro não. Negociaram com a Ferrari e exigiram o mesmo motor da equipe italiana, e também receberam não. Desesperados, chegaram até a consultar a Honda, que recusou, pois está em uma parceria exclusiva McLaren. Restou a equipe de energéticos arrependida voltar atrás, se desculpar e manter o motor Renault para o próximo ano, batizado com o nome do novo patrocinador TAG Heuer. Em virtude dessa e outras circunstâncias, a Red Bull passou zerada no ano pela primeira vez desde 2008, mas mostrou que a eficiência aerodinâmica ainda está em dia.

DANIEL RICCIARDO = Nota 7,5 - Dessa vez, sem vitórias. Também é verdade que enfrentou diversos problemas nas classificações e corridas, desperdiçando alguns pontos importantes. Nos pontos, foi derrotado pelo novato companheiro de equipe, uma mancha que incomoda. Ricciardo foi o "Vettel de 2014". Continua um excepcional piloto, refém de um bólido com uma unidade de potência que lhe permita brigar por poles e vitórias. Fez o que pode.

DANIIL KVYAT = Nota 8 - Até Mônaco, parecia que sua cabeça ainda estava na Toro Rosso. Coincidência ou não, seu rendimento cresceu após levar um puxão de orelha público do chefe Helmut Marko. O quarto lugar em Monte Carlo o impulsionou para seu primeiro pódio na carreira, o 2° lugar na Hungria. Contou com os azares de Ricciardo, mas também fez sua parte, andando muito bem e tendo um rendimento constante. A tendência é que a pressão aumente, pois mais cedo ou mais tarde Max Verstappen irá para a equipe taurina, e provavelmente no seu lugar.

Foto: Divulgação

FORCE INDIA - Nico Hulkenberg (10° colocado) e Sérgio Pérez (9° colocado) = Nota 8
Até Silverstone, estava utilizando o carro do ano passado. A escuderia de Vijay Mallya ainda segue com problemas financeiros e, a que tudo indica, irá tornar-se Aston Martin. Entretanto, quando utilizou o carro desse ano, a diferença foi brutal. A regularidade (não tão presente em Nico esse ano, na verdade) dos pilotos e os avanços da equipe permitiram resultados espetaculares, como o terceiro lugar de Pérez na Rússia. No fim do ano, chegou a ser a terceira ou quarta força da F1. Com 7 anos de F1, a Force India se estabeleceu como equipe média, mas busca alçar voos maiores, apesar das dificuldades financeiras. Aston Martin vem aí?

NICO HULKENBERG = Nota 7 - Começou o ano constante como sempre. Todavia, falta um resultado expressivo na F1 para o alemão de 28 anos, vencedor das 24 horas de Le Mans. Nessa temporada, um agravante: Se envolveu em diversos acidentes, incomum para a sua habilidade e potencial. Foi uma de suas temporadas mais fracas na categoria.

SÉRGIO PÉREZ = Nota 9 - Em termos de pilotagem, foi o melhor ano de sua carreira. Mais maduro, teve uma pilotagem constante, com menos erros (vide GP da Hungria). Precisa ser mais veloz nos treinos. Contudo, nas corridas, o que é mais importante, parece sempre funcionar na estratégia dos longos stints, administrando os pneus e parando o mais tarde possível para retornar com pneus novos e atacar nas voltas finais. Foi assim que conseguiu o pódio na Rússia (também graças ao acidente dos finlandeses Raikkonen e Bottas na última volta). Um ano inesquecível para o mexicano, que enfim pode correr no seu país, delírio daqueles que acompanhavam de perto o grande prêmio.

Foto: AutoSport
SCUDERIA TORO ROSSO - Max Verstappen (12° colocado) e Carlos Sainz Jr (15° colocado) = Nota 7,5
Chegou a andar na frente da matriz Red Bull. Com dois pilotos jovens, ousados e inexperientes, chamou a atenção da mídia e dos fãs (principalmente Verstappinho). Com o frágil motor Renault e diversos problemas mecânicos, além dos acidentes (principalmente de Sainz), não podem fazer muita coisa. Agora, a expectativa é pelo motor 2015 da Ferrari para o ano que vem. Com mais experiência e um bólido mais rápido, Max e Sainz podem brigar com mais frequência pelos pontos.

MAX VERSTAPPEN = Nota 9 - Achei ele um pouco superestimado pela mídia e fãs. De fato, é. É um talento nato, com grande potencial, mas muita calma. Se envolveu em uma bobagem em Mônaco e foi crucificado injustamente por conta da idade (à época, com 17; agora, com 18). Na segunda metade da temporada, cresceu: Pontuou em oito corridas consecutivas. Mostrou ser muito agressivo e arrojado, buscando ultrapassagens em pontos que geralmente os pilotos não arriscam. Ele não é assim. Max é diferente. Se trilhar um caminho sólido, pode tornar-se campeão mundial. Sua vantagem é sua juventude muito precoce, o que lhe permite muitos anos na F1.

CARLOS SAINZ = Nota 7 - Os números não mostram muito bem a diferença entre ele e o seu companheiro de equipe holandês. Verstappen é melhor que Sainz, de fato, mas não é uma diferença muito grande. Sainz largou na frente mais vezes que Verstappinho, porém se envolveu em mais acidentes e teve mais problemas no carro, o que obviamente o prejudicou na comparação com o companheiro prodígio. O espanhol não pode fazer muita coisa, impossibilitado pelos problemas já citados acima, mas certamente vai precisar mostrar mais ano que vem, pois sabemos como a Toro Rosso adora incinerar seus jovens pilotos (Buemi, Alguersuari e Vergne que o digam).


LOTUS F1 TEAM - Romain Grosjean (11° colocado) e Pastor Maldonado (14° colocado) = Nota 7
Com problemas financeiros desde 2013, a Lotus agora é moda do passado. Devido as dívidas, os mecânicos foram diversas vezes impedidos de entrar nos boxes da equipe. Bernie Ecclestone teve que constantemente intervir e pagar as pendências, enquanto os funcionários comiam nos boxes das outras equipes. Dentro da pista, Maldonado se envolveu em diversos acidentes e problemas e Grosjean atingiu uma maturidade impensável para quem era o "maníaco da primeira curva" em 2012. O pódio na Bélgica coroou o seu trabalho. Agora, com o retorno da Renault, investimentos pesados serão realizados a médio-prazo e, quem sabe, os franceses voltam aos tempos de glória da década passada.

ROMAIN GROSJEAN = Nota 7,5 - De saída para a Haas, Grosjean sempre teve menos quilometragem nos treinos em relação a Maldonado, pois frequentemente cedeu o carro em uma das sessões de sexta para o futuro titular, Jolyon Palmer. Guiou muito bem e conquistou um pódio improvável diante dos inúmeros problemas da Lotus. Agora, a aventura é na nova equipe americana, já almejando a vaga de 2017 da Ferrari. O francês amadureceu e evoluiu muito.

PASTOR MALDONADO = Nota 6 - É quase improvável que termine as corridas. Proporciona momentos de puro entretenimento ao bater e se envolver em acidentes com outros pilotos. Foi atropelado por Grosjean nos treinos. É um piloto rápido, mas que nunca está com a cabeça no lugar, por isso está sempre propenso a inúmeros erros e presepadas. Entretanto, está garantido no ano que vem, sempre bancado pela grana da PDVSA. Maldonado é um showman às avessas, mas poderia ter mais atuações memoráveis como a da Espanha em 2012 ao invés de ser chacota nas redes sociais.

Amanhã tem novidade no blog! Te liga! Fui!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

VIROU PASSEIO

Foto: Reprodução
E Hamilton segue sem vencer no Brasil. Nico Rosberg dominou do início ao fim e venceu o GP do Brasil pelo segundo ano consecutivo, o oitavo triunfo alemão em solo brasileiro (4 de Schumacher + 2 de Vettel). O tricampeão até tentou imprimir ritmo para pressionar o alemão, mas sem sucesso. Nico sobrou, pelo segundo ano consecutivo, em Interlagos e garantiu matematicamente o vice-campeonato. Para completar o pódio padrão da temporada 2015, Sebastian Vettel. Raikkonen foi o quarto e Bottas, largando bem, foi o quinto. Os dois finlandeses disputam em Abu Dhabi para ver quem vai terminar o campeonato em quarto. Hulk novamente foi bem, em sexto, e Kvyat parece que irá vencer Ricciardo na disputa interna da Red Bull. Grosjean, Verstappen e Maldonado completaram o top 10.

A corrida foi um porre. Sem chuva e sem competitividade, foram raríssimos os momentos de "emoção" na prova.  As Mercedes saíram em disparada e a Ferrari estava consolidada em 3° e 4°, Bottas em 5°... Sobraram algumas disputam no pelotão intermediário entre Pérez, Nasr, Ricciardo e as Lotus. O destaque mesmo foi Verstappen, que passou duas vezes no S do Senna, deixando o carro por dentro na saída do S. É, sem dúvida, um grande talento a ser lapidado!

Foto: Getty Images
O destaque negativo do fim de semana foi Felipe Massa. Mais lento que Bottas desde a sexta-feira, ficou preso ao oitavo lugar, um resultado ruim, dado o seu histórico no circuito e as condições que seu carro oferece para andar ao menos em 5° ou 6°, no momento. Mas piorou: O Brasileiro foi desclassificado da prova por irregularidades na pressão e temperatura do pneu traseiro direito, após uma inspeção que é realizada pela FIA e a Pirelli minutos antes da corrida.  Os comissários identificaram que o pneu traseiro direito do carro do brasileiro estava com 137ºC de temperatura, 27ºC acima da medida permitida de 110ºC, e com pressão 0.1psi libras por polegada quadrada absoluta, abaixo do mínimo de 20.5psi, limites estabelecidos pela Pirelli. Uma corrida para esquecer. Diferentemente do habitual, Massa começou muito bem o ano e está terminando a temporada com uma queda de rendimento. Será o 6° colocado no Mundial de Pilotos.

Felipe Nasr foi combativo e fez o que pode. Tentou chegar a zona de pontuação apostando em apenas duas paradas, mas perdeu rendimento devido ao desgaste dos pneus no final da prova e terminou em 13° (agora 12°). Para Nasr, o desafio é a Sauber oferecer um carro melhor para que o Brasileiro possa pontuar mais em 2016 e chamar a atenção de alguma equipe grande em 2017.

Confira a classificação final do Grande Prêmio do Brasil:

A última etapa da Fórmula 1 2015 será o Grande Prêmio de Abu Dhabi, nos dias 27, 28 e 29 de novembro. Até lá!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

VÍDEOS E CURTINHAS #16

Foto: Bandeira Verde

Salve, cambada, Tudo certo? Então... Vamos começar esse vídeos e curtinhas com estilo nessa semana que deve sacramentar o tricampeonato de Lewis Hamilton.

400 GPs. Essa é a marca que atinge a Sauber. Da icônica e tradicional Sauber Petronas, passando pela BMW Sauber (melhor momento da história da equipe de Peter Sauber). Por lá, passaram pilotos do calibre como Massa, Villeneuve, Raikkonen (foto) e Robert Kubica (único que ganhou por lá). Apesar de todas as crises e dificuldades financeiras, os suíços sempre se mantiveram na categoria e são uma parte muito importante do circo da F1, seja revelando talentos, seja pela fidelidade e tradição na história, seja pelos dois motivos. God Bless a Sauber.

Tio Bernie tá nervosor e perdido. Sempre que pode, ele diz que é contra democracias e quer sempre monopolizar as decisões na F1. O chefão, que desde o início declarou-se contrário aos motores V6, quer mudar as regras já para o ano que vem: O retorno dos v8 e dos motores independentes (alô, Cosworth!). Trata-se claramente de um plano para tentar satisfazer a mimada e insatisfeita Red Bull de deixar a F1 juntamente com a Toro Rosso. Entretanto, fazendo isso ele desagrada a Mercedes, a favor pelo congelamento do desenvolvimento dos motores (por motivos óbvios) e que também já ameaçou deixar a categoria antes da mudança do regulamento em 2013. Aguardaremos o que Ecclestone irá fazer.

Kevin Magnussen. Foi avisado em um e-mail no dia do aniversário que não permanecerá na McLaren ano que vem. Teoricamente, suas chances de retornar a F1 estão bastante comprometidas. Bom, na minha visão leiga, creio que não. O Dinamarquês tem somente duas alternativas: A Lotus e tentar cavar uma vaga na Manor. Tem capacidade, experiência e talento para isso. E patrocínos também.

Maldonado disse que se a Lotus tivesse a grana da Ferrari, estariam brigando pelo posto de segunda força no grid. É, Maldomito seria o Raikkonen da Lotus... (Essa foi boa, admitam)

Jean Todt disse que o principal problema da F1 são os altos custos dos motores híbridos. É óbvio. Só ver que duas equipes pularam fora (e uma delas ressucitou), Lotus, Force India e Sauber estão com as calças na mão e Williams e McLaren não podem vacilar, pois não estão nadando em rios de dinheiro. O presidente da FIA pediu que as fornecedoras diminuam o valor dos motores, mas não é algo que interesse Mercedes, Ferrari e Cia.

Para finalizar: Completam-se 24 anos do tricampeonato de Ayrton Senna. Ron Dennis teve que implorar no rádio para que Ayrton deixasse Berger passar e vencer em Suzuka. Relembre:


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O DE SEMPRE

Foto: Getty Images

Depois de um mês de férias, a F1 voltou. Com os pilotos ainda tirando a preguiça do corpo, foram os realizados os primeiros treinos livres no mítico circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica. E nada foi muito diferente do que aconteceu na temporada até então. Rosberg foi o mais rápido dos treinos, seguido de perto por Hamilton e, agora sim uma "surpresa", as Red Bull logo atrás. Raikkonen foi o quinto no e Vettel apenas o décimo. Nada incomum foi Maldonado bater sua Lotus no muro após rodar.

Outro fato que não surpreendeu ninguém foi a Williams estar no pelotão intermediário, pois sempre escondem o jogo nos treinos lives. Bottas foi o 10° e Massa o 14°. Teoricamente, o FW37 vem forte para brigar com a Ferrari e provavelmente superar a Red Bull.

Nada novo: punições estapafúrdias - Button e Alonso, somados, terão que pagar 55 posições de perda de posição no grid de largada. A McLaren Honda estourou os limites para todas as peças que compõem os propulsores. Alonso foi quem se deu pior: 30 posições - 10 pelo uso do sétimo ICE (motor de combustão interna) e cinco por mudar o sétimo turbocompressor, MGU-H (sistema de recuperação de energia de calor), MGU-K (sistema de recuperação de energia elétrica) e mudanças em componentes eletrônicos. Button não mudou nada eletronicamente, por isso pagará "somente" 25 posições. No treino, o MP4-30 só foi melhor que a Manor, como quase sempre. Já Max Verstappen excedeu o limite de motores (5) e vai perder 10 posições no grid.

Foto: Reprodução/Sauber
Aniversariante do dia, Felipe Nasr e a Sauber andaram bem. Com o novo motor Ferrari no carro, os suíços brigam por classificação para o Q3. Ericsson foi o 8° e o Brasileiro o 9°. O sueco, entretanto, acabou perdendo o controle do carro ao tocar na grama sintética localizada na saída da zebra da curva  "Pouhon" e bateu.

Outro susto: Rosberg vinha rasgando pela reta a 300 km/h, até que o pneu traseiro direito explodiu, perdeu o controle e bateu forte. Nada de mais grave aconteceu. A fornecedora de pneus italiana investiga as causas do estouro. isso é muito perigoso. Lembram-se do "Caso Michelin" no GP dos EUA de 2005?

Confira os tempos dos primeiros tempos livres:




segunda-feira, 22 de junho de 2015

BOBEADAS FATAIS - Parte 2

Foto: Reuters

Dando prosseguimento a incrível tese dos erros imperdoáveis e que custam caro, tivemos mais 2 exemplos na corrida de ontem. O primeiro caso, ao meu ver, foi a "correção de uma injustiça". Rosberg mostrou que seu desempenho no final de semana era muito superior ao de Hamilton e o ultrapassou na largada. A partir daí, foi um passeio. Uma vitória tranquila. A melhor prova de Nico na temporada, incontestável. O próprio britânico bi-campeão admitiu que perdeu a corrida nos metros iniciais. Foi superado. Ainda por cima, foi punido com acréscimo de 5 segundos no tempo de prova por ter cruzado a linha branca na saída dos boxes. No mundo da Fórmula Mercedes, não fez diferença nenhuma. Uma curiosidade: Nas 3 corridas disputadas na Europa, 3 vitórias de Rosberg (2 com méritos e o "presente em Mônaco).

Depois de um final de semana difícil e de recuperação no Canadá, Felipe Massa teve a "sorte" ao seu lado. Tudo se encaminhava para garantir o 4° lugar tranquilo e sem sustos. Mas eis que a Ferrari entra em ação. Na parada de Vettel, a porca da roda traseira direita emperrou e fez o Alemão perder muito tempo. O suficiente para Massa o ultrapassá-lo e segurar o 3° lugar até o final, apesar da pressão exercida por Vettel nas voltas finais. O melhor desempenho de Massa na temporada.

"Beijo pros haters". Foto: Reprodução/Voando Baixo

Completando o Top 10, Bottas largou mal, caiu para sétimo, mas depois fez valer a força da Williams para ultrapassar Verstappen e Hulkenberg e garantir o quinto lugar. Uma corrida sem brilho do Finlandês, que ainda está na frente de Massa na tabela do campeonato - 67 a 62. Em sexto, o empolgado Hulk também teve o seu melhor desempenho no ano e ultrapassou seu companheiro de equipe, Checo Pérez (9° na prova), no campeonato. Maldonado conseguiu o sétimo lugar após uma intensa batalha contra Max Verstappen, oitavo, onde todos acharam que dali iria surgir mais um acidente espetacular. Completando a zona de pontuação, Daniel Ricciardo, discreto e eficiente, após uma corrida de recuperação com a empacada Red Bull.

Felipe Nasr tinha tudo para conseguir mais alguns pontinhos valiosos para a Sauber nos construtores, mas pela primeira vez na temporada não pode aproveitar a chance que apareceu. Desde a décima volta com problemas de superaquecimento nos freios (igual no Canadá), teve sua corrida prejudicada, perdeu posições e ficou pertinho da pontuação. Frustrante. Mesmo assim, mais uma vez esteve à frente de Ericsson, 13°. O Brasileiro afirmou que os suíços terão muitas dificuldades em Silverstone, próxima etapa do Mundial, pois lá são curvas de alta velocidade e muita pressão aerodinâmica, o que o C34 não possui.

Foto: Reprodução Twitter
A imagem acima resume o inferno astral vivido por 2 campeões mundiais. Alonso está pagando seus pecados desde o início do ano, quando sofreu aquele estranhíssimo e até hoje misterioso acidente na pré-temporada, no circuito da Catalunha. A partir de então, virou rotina abandonar as corridas em virtude de um péssimo e defeituoso MP4-30, em parceria com os japoneses da Honda. Durante a semana, Raikkonen pediu uma F1 mais perigosa. E foi atendido. Para coroar o seu péssimo fim de semana (uma merda, segundo palavras do próprio), acabou se envolvendo em um acidente estranhíssimo. Logo após a largada, na disputa de posições do bolo, o SF15-T virou para um lado e o carro respondeu virando para o lado contrário, no caso o esquerdo. Alonso, que estava do lado da Ferrari do Finlandês, foi levado junto com Kimi e ambos bateram no guard-rail, e mais bizarro ainda, a McLaren do Espanhol ficou em cima do carro do Finlandês. Por pouco, a cabeça de Raikkonen não foi atingida pela roda de Alonso. Para quem queria perigo, emoção, ta aí, ó... Sorte que ninguém se feriu, nem mesmo os fiscais de pista que estavam próximos ao local.

Para finalizar a zica da McLaren, Button abandonou na nona volta, para a alegria de Ron Dennis, Mansour Ojjeh CIA LTDA. Confira o resultado completo do GP da Áustria:


Como escrito anteriormente, a próxima etapa do Mundial de F1 será o Grande Prêmio da Inglaterra, em Silverstone, nos dias 3, 4 e 5 de julho. Até lá!

segunda-feira, 8 de junho de 2015

DE PONTA A PONTA

Foto: AFP

O estoque de títulos diferenciados parece ter se esgotado. Crise criativa ou foi a tradução da morna corrida do Canadá? Os dois, talvez. Vitória número 37 da carreira de Lewis Hamilton. Manteve a ponta durante toda a prova e segurou as tentativas de aproximação de Rosberg no meio para o final da corrida. Soube poupar os freios, muito exigidos em Montreal, e conquista uma vitória justíssima, traduzindo seu domínio não só no final de semana, mas como no ano inteiro (Exceção no GP Espanhol). Fica cada vez mais claro que Rosberg depende de acontecimentos sobrenaturais, como um acidente, um problema no carro ou um erro de estratégia do britânico. Não é um demérito para o Alemão. Hamilton é melhor, apenas. Fazer o quê?

A Williams chegou ao pódio pela primeira vez no ano com o regular Valtteri Bottas. Quase sempre no lugar certo e na hora certa. Sua posição está relacionada com o erro da "decepção n°1" de ontem: Seu compatriota Kimi Raikkonen. Logo após fazer o primeiro pit, acabou rodando no "grampo" que liga a reta oposta e perdeu seu lugar, que era certo, no pódio. Perdeu uma grande oportunidade e deixa Arrivabene com uma pulga atrás da orelha quanto a sua renovação de contrato para 2016.

Vettel e Massa foram os destaques da prova. Por terem largado no final do grid, tiveram que fazer uma corrida de recuperação. Com isso, fizeram várias ultrapassagens. Vettel começou com os pneus supermacios, teve dificuldades para ultrapassar, mas mudou de estratégia colocando os macios e chegou em 5°. Massa começou com os macios e foi ganhando terreno rapidamente, mas teve que fazer as últimas 32 voltas com os supermacios, que não estavam rendendo tanto. Mesmo assim, conseguiu ser o 6°.

A sexta posição veio graças a "decepção n°2". Romain Grosjean, que estava fazendo um trabalho fantástico com a Lotus no final de semana, tentou ultrapassar a retardatária Manor de Will Stevens no retão e acabou com o pneu furado. Perdeu posições e de quebra foi punido com acréscimo de 5 segundos no tempo final da prova. Ainda assim, foi o décimo. Poderia ter coroado sua pilotagem com o 6° lugar, mas acabou cometendo um erro que há tempos não cometia. Ao contrário do Francês, quem teve um grande desempenho foi o Pastor. Primeiros 6 pontos no ano (hoje, fez mais pontos que nas últimas 46 corridas JUNTAS - desde EUA 2012 até ontem) e um alento para a Lotus. Uma maior regularidade do Venezuelano será fundamental para assegurar o quinto lugar nos construtores.

E a McNardi? Alonso tem o seu pior início desde sua temporada de estreia, em 2001. Ele e Button abandonaram. Desempenho pífio, o que já era esperado. O papelão da Honda é gigantesco. Tiveram 2 anos e meio para fazer os testes necessários e o resultado foi isso. "Ah, mas não duvide da lendária Honda". Isso foi há 25 anos, só ver os resultados como equipe também não foram satisfatórios. Mas eles têm grana pra investir, e precisam do retorno financeiro. Para 2016, 2017... Enquanto isso, abandonos, falta de potência, ultrapassagens dos adversários...

Felipe Nasr foi o 17°. A Sauber já ficou para atrás. Nem o motor Ferrari salvou. Um grande pacote aerodinâmico é preparado para as próximas provas. Enquanto isso, o Brasileiro e o Sueco Ericsson não tem muito o que fazer, a não ser andar e adquirir quilometragem para o C34 e sempre torcer para abandonos, acidentes e condições anormais nas corridas. Do contrário, é nítido que atualmente os suíços são a oitava força da F1. Ainda bem que houveram vários pontos na Austrália, Malásia, China e Mônaco. Confira a classificação da corrida:


A próxima etapa será o Grande Prêmio da Áustria, nos dias 19, 20 e 21 de junho. Até mais!

domingo, 7 de junho de 2015

LEWIS HAMILTON, 44

Foto: Divulgação
Bom, ontem não fiz o post por motivos de: Fiquei frustrado por ter assistido só alguns minutos do TL2 (antes da chuva) e acabei dormindo, além de ter feito outras coisas depois... Enfim.

Como o título diz, Lewis Hamilton #44 fez sua pole número 44 na carreira. Com mais uma, iguala Vettel e se tornará o terceiro maior poleman da história, atrás de Schumi (68) e Senna (65). O Britânico teve dificuldades ontem e hoje, quando rodou e bateu ontem e no treino da manhã de hoje não conseguiu completar muitas voltas. Apesar disso, sobrou em relação a Rosberg (3 décimos mais rápido). Entretanto, nada está garantido para amanhã. Historicamente, o pole position do GP canadense não costuma vencer tanto (ano passado o vencedor foi Ricciardo, lembram?). Logo, nada está decidido. Atrás da dupla da Mercedes, está a dupla finlandesa: Raikkonen em 3° (primeira vez que largará na frente de Vettel) e Bottas em 4°.

Gostaria de salientar o grande trabalho da Lotus. Desde os treinos de sexta se mostrou forte, e o resultado é a sua dupla de pilotos largando na terceira fila (Grosjean em 5° e Maldonator em 6°). O motor Mercedes certamente é o diferencial em relação ao ano passado, mas é nítida a evolução da equipe em comparação a temporada passada. Agora é ver se os dois (principalmente Maldonado, ainda zerado no ano) conseguem transformar esse desempenho em muitos pontos para o pessoal de Enstone.

Massa e Vettel. Azarados. Problemas na perda de potência do motor fizeram ambos ficarem fora do treino ainda no Q1. Para piorar, o tetracampeão ainda foi punido por ultrapassar uma Manor em bandeira vermelha durante o TL3, largando em 18°. Com isso, o Brasileiro vai largar em 15°, beneficiado pelas punições de Vettel e Verstappen (5 posições pelo GP de Mônaco + 10 posições por trocar o motor pela quinta vez na temporada).

Button irá largar dos boxes outra vez, a exemplo do Bahrein. Um problema no ERS ainda no TL3 o impediu de fazer o classificatório. Alonso não conseguiu nada melhor que o 13° lugar. Era previsível que a McLaren ia sofrer no veloz circuito de Montreal, mesmo com alterações na potência do motor Honda. Logo atrás da fênix está Felipe Nasr. O novato cometeu seu primeiro erro na F1. No TL3, acabou acionando o botão da asa móvel ao invés do rádio e acabou batendo na reta que antecede a curva final do circuito enquanto aquecia os pneus. Graças ao esforço dos mecânicos, conseguiu treinar, mas não pode fazer muita coisa. Sem dinheiro, a Sauber vai ficando para atrás, e não há muita perspectiva quanto a isso. Resta ter "sorte" e aproveitar as oportunidades que aparecerem. Confira o grid de largada:

1 -    Lewis Hamilton (Mercedes) 1m14s393
2 - Nico Rosberg (Mercedes) 1m14s702 0s309
3 - Kimi Raikkonen (Ferrari) 1m15s014 0s621s
4 - Valtteri Bottas (Williams/Mercedes) 1m15s102
5 - Romain Grosjean (Lotus/Mercedes) 1m15s194
6 - Pastor Maldonado (Lotus/Mercedes) 1m15s329
7 - Nico Hulkenberg (Force India/Mercedes) 1m15s614
8 - Daniil Kvyat (RBR/Renault) 1m16s079
9 - Daniel Ricciardo (RBR/Renault) 1m16s114
10 - Sergio Perez (Force India/Mercedes) 1m16s338
11 - Carlos Sainz (STR/Renault) 1m16s042
12 - Marcus Ericsson (Sauber/Ferrari) 1m16s262
13 - Fernando Alonso (McLaren/Honda) 1m16s276
14 - Felipe Nasr (Sauber/Ferrari) 1m16s6201
15 - Felipe Massa (Williams/Mercedes) 1m17s886
6 - Roberto Merhi (Marussia/Ferrari) 1m19s133
17 - Will Stevens (Marussia/Ferrari) 1m19s157
18 - Sebastian Vettel (Ferrari) 1m17s344*
19 - Max Verstappen (STR/Renault) 1m16s245**
20 - Jenson Button (McLaren/Honda) sem tempo***

DOBRADINHA BRASILEIRA!

Foto: AP/Alexander Zemlianichenko


Se na Fórmula 1 o sábado dos brasileiros não foi muito bom, pode-se dizer que foi o contrário na Fórmula E. No ePrix de Moscou, disputado na manhã de ontem, tivemos dobradinha brasileira: Vitória de Nelsinho Piquet, com Lucas di Grassi em 2° e Sebastien Buemi em 3° (com uma ultrapassagem polêmica e digo mais, irregular sobre Vergne na última volta). Os três candidatos ao título no pódio. Atualização: O Suíço foi punido por uma saída irregular dos boxes e caiu para a nona posição. Com isso, Heidfeld (finalmente!) foi o terceiro e Di Grassi recuperou a vice-liderança do campeonato.

A vitória de Nelsinho começou a ser construída na primeira curva, quando ultrapassou o pole Vergne e não perdeu mais a liderança. Ele conseguiu abrir vantagem para Di Grassi, que ficou preso atrás do Francês e só o ultrapassou na estratégia dos boxes. No final, Nelsinho administrou tranquilamente e venceu a segunda corrida na temporada, aumentando a vantagem no campeonato para os seus concorrentes. Agora, ficou tudo para a rodada dupla de Londres, palco final da Fórmula E. Bruno Senna não foi bem mais uma vez e foi somente o 16°. Confira a classificação da corrida:

Foto: Arte Globoesporte.com
CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO:
1 - Nelsinho Piquet (China Racing) - 128 pontos
2 - Lucas di Grassi (Audi Abt) - 111 pontos
3 - Sebastien Buemi (e.DAMS) - 103 pontos

Até amanhã!

quarta-feira, 3 de junho de 2015

MALDONADICES E OUTRAS PERCEPÇÕES

Foto: Reprodução/Grande Prêmio
Cartolas da FIFA presos em Zurique. Del Nero fugindo para o Brasil. Blatter rererereeleito. Blatter renuncia. Tirando o último fato, nada surpreende, talvez só o fato de que, desta vez, estamos vendo pessoas poderosas na cadeia. No mais, todo mundo já sabia (Né, Andrew Jennings?) o modus operandi fifeiro,

Não, não é um post futebolístico. Agora sim, vamos ao que realmente me deixou "PERPLECTO" (Gil Brother é o cara). A F3 Europeia, uma das categorias de base para a Fórmula 1. Em Monza, 2 corridas e uma decisão: A incrível falta de habilidade dos pilotos proporcionou diversos acidentes cinematográficos (como o da foto acima), forçando a direção da prova a encerrar a corrida com bandeira vermelha antes dos 75% de prova completada. Os pilotos levaram apenas metade dos pontos.

Vamos recapitular os fatos: Tudo começou no sábado. Incidente entre Lance Stroll (Canadense, membro da Academia de Pilotos da Ferrari) e Antonio Giovinazzi (líder do campeonato);


Stroll e o Brasileiro Sérgio Sette Câmara largaram dos boxes no dia seguinte. Matt Rao e Dorian Boccolacci foram suspensos. Com oito safety cars na pista, não tinha jeito. Felix Rosenqvist venceu as três provas de Monza, mas levou apenas 50 dos 75 pontos disponíveis no fim de semana.

GP do Canadá. Um motivado e 'mordido' Lewis Hamilton vai com tudo para reagir e mostrar que dita o ritmo do campeonato. Se Rosberg é "Mister Mônaco", Hamilton é "Mister Canadá". Venceu três vezes lá (2007, 2010 e 2012). Inclusive, sua primeira vitória na carreira foi lá. Nada melhor do que voltar a vencer num circuito tão especial para o britânico, segundo palavras do próprio. Aguardemos.

Para finalizar: Lançaram nessa semana o divertidíssimo "Maldonator", paródia do Exterminador do Futuro, com as grandes pataquadas do Venezuelano em sua carreira na F1 e até na GP2. Ah: Também foi mostrado de forma épica a única vitória de Pastor na carreira, no GP da Espanha em 2012. Confira aí:


Até mais!

domingo, 12 de abril de 2015

ARRUMANDO A CASA?

Foto: AFP
O Grande Prêmio da China confirmou a ordem hierárquica das equipes nesse início da temporada: Dobradinha da Mercedes, seguidos pela Ferrari e as Williams, fechando o top 6. Não houve disputa pela vitória. Hamilton praticamente liderou de ponta a ponta. O único ponto de tensão foi quando Hamilton "segurou" Rosberg, o que permitiu a aproximação de Vettel e a consequente mudança de estratégia do Alemão da Mercedes, visando se proteger do Alemão da Ferrari. Mas isso é papo para os próximos parágrafos.

Massa, surpreendentemente, largou mal. Ficou encaixotado por Vettel, o que permitiu a Bottas ultrapassá-lo. Depois, ficou preso atrás do Finlandês, e Kimi acabou passando as duas Williams. Bottas fritou o pneu e foi o suficiente para Massa recuperar a posição e se manter na frente a corrida inteira. Foi uma atuação sóbria e eficiente e a equipe fez o máximo que podia, dentro das possibilidades atuais. Felipe Nasr foi combativo com sua Sauber. Foi ultrapassado pelo Verstappen (um dos destaques da corrida - um pecado ter abandonado no fim) e segurou (novamente) Ricciardo, chegando em 8° e acumulando mais pontos para a equipe. Seu companheiro, Marcus Ericsson, foi o décimo.

Parágrafo para Maldonado e McLarens: O Venezuelano manteve muita gente acordada. Ele estava bem, em sétimo, até que o show começou: Errou quando foi entrar no pit lane, e ficou numa posição ruim - teve que dar ré e tudo (com ajuda dos fiscais). Após perder algumas posições, voltou para a pista e rodou sozinho, caindo para 13°. Buscando recuperar terreno, foi brigar com Button. Ultrapassagem pra lá, 'x' para cá, Pastor foi tocado por Button na reta principal, rodou e teve danos na asa dianteira. Não restou outra alternativa a não ser ir para os boxes. Poucas voltas depois, o carro teve problema nos freios e a aventura de Maldonado chegou ao fim. Jenson teve 5 segundos de punição acrescidos ao tempo final da prova. Ao menos a McLaren completou a corrida e foi, em momentos, competitiva, brigando por posições (Principalmente com a Red Bull no início da prova), mas ainda estão muito longe da zona de pontuação. Ainda há um árduo trabalho para ser feito.

Foto: CNN
Pela primeira vez na história da F1, os mesmos três pilotos (Hamilton, Rosberg e Vettel) ocuparam o pódio nas três primeiras corridas da temporada. Isso evidencia o domínio da Mercedes e a afirmação da Ferrari como segunda força. Enfim, escrevi anteriormente que houve tensão na corrida. Quer dizer, pós-corrida. Na coletiva depois do pódio, Rosberg reclamou que Hamilton diminuiu o ritmo de propósito para que Vettel pudesse atacá-lo. O Alemão não "quis" ir para cima do Inglês, com medo de desgastar os pneus e perder rendimento. Hamilton retrucou que apenas se preocupa com a corrida dele, e que Rosberg não atacou porque não quis. Toto Wolff e Niki Lauda trataram de botar panos quentes na situação, mas isso evidencia o desconforto de Nico. O Alemão foi dominado em todas as corridas até agora. O descontrole emocional é tamanho que ele respondeu com um vídeo um fake de Hamilton, no Twitter. Ao que tudo indica, Nico deve se preocupar mais em sustentar a 2a posição no Mundial do que tentar o título. Nesse momento, a diferença está gritante e, a não ser que o Inglês tenha uma série de azares, será difícil tirar o tri de Lewis. Confira a classificação completa do GP da China:

Foto: Arte Globoesporte.com
A próxima corrida será o GP noturno no Bahrein, já na semana que vem - dias 17, 18 e 19 de Abril. Até lá!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

BARCELONA, DIAS 3 e 4 - PIT STOPS E ACIDENTE DE ALONSO

Fim de semana agitado na Fórmula 1, que viveu momentos de tensão com o estranho acidente que levou Alonso a passar a noite em observação no hospital. No fim da segunda parte de testes da pré-temporada, a Lotus terminou na frente três vezes (duas com Maldonado e uma com Grosjean) em quatro dias. Entretanto, o que espantou foi o desempenho de Nico Rosberg com os pneus médios: apenas 2 décimos mais lento que Maldonado, que estava com os supermacios. Segundo a Pirelli, a diferença de tempos entre os dois compostos é de 2 segundos e meio. Ou seja, a Mercedes segue sobrando na Fórmula 1. Williams, Ferrari e Red Bull brigam para ser a segunda força. Equipe com a menor quilometragem da pré-temporada (perdendo até para a Force India que ficou de fora em Jerez), a McLaren segue com sérios problemas e vai ter que se acertar durante a temporada para sair do fundo do grid.

Após esse resumo, começarei a falar dos dias dos testes pela ordem inversa do que o post sugere, até por questão da relevância de informações que temos até agora. Vamos lá:


BARCELONA, DIA 4

Foto: Getty Images
Com total e absoluta certeza podemos afirmar que o acidente de Fernando Alonso foi o principal destaque do domingo. As câmeras de TV não flagraram o incidente. Segundo testemunhas e imagens de celular, o espanhol perdeu o controle do MP4-30 no meio da curva 3 e bateu lateralmente no muro, com o carro percorrendo lateralmente a área de escape até parar. A desaceleração não foi abrupta. Dizem que Alonso perdeu a consciência antes mesmo da batida, mas os médicos não informaram nada a respeito disso. O pai e o empresário do Espanhol afirmaram que ele está "ok e consciente, porém confuso". O bi campeão passará a noite no hospital em observação, embora não tenha sido constatada nenhuma lesão grave. Apenas precaução.

Voltando o assunto para dentro da pista, o suíço naturalizado francês Romain Grosjean terminou o domingo com o melhor tempo, com 1:24.067, pneus supermacios. Em segundo ficou Rosberg, apenas 254 décimos atrás e com pneu MÉDIO. A diferença de perfomance entre ele os supermacios são de 2 segundos e meio. É muita coisa. De forma discreta, a Mercedes deixou o recado: Estamos alguns passos na frente de vocês. Mais do que isso, Nico fez 131 voltas, maior quilometragem do dia. Bottas com a Williams fez 129 giros, enquanto Daniil Kyvat andou 104 voltas. Confiabilidade, confiabilidade...

Felipe Nasr teve problemas no C34 da Sauber e ficou parado durante a manhã. Voltou a pista apenas de tarde para anotar 73 voltas e o quarto melhor tempo, usando pneus supermacios. Em virtude do acidente, a McLaren não voltou para a pista e deixou Button "chupando dedo". 

Foto: Getty Images
Confira os tempos do quarto dia de testes em Barcelona:

Foto: Arte Globoesporte.com


BARCELONA, DIA 3

Foto: Getty Images

O treino de sábado não teve muitas emoções. Os destaques na ponta da classificação ficaram por conta de Maldonado e Verstappen, que foram os mais rápidos usando os supermacios. O novato holandês também foi quem andou mais: 129 voltas, contra 112 de Kyvat, 105 de Vettel, 104 de Hamilton e 101 do venezuelano ponteiro do treino A Williams de Massa priorizou o treinamento de pit stops, elemento que foi preponderante e influenciou negativamente os seus resultados nas corridas de China e Áustria, por exemplo. Foi o sétimo. Ericsson e a Sauber enfrentaram um problema de câmbio e só andaram, quando fizeram o quarto melhor tempo, com pneus macios. Um novo problema no MGU-K acabou com o treino da McLaren de Button em apenas 12 voltas. Será um início difícil para a McLaren e sua nova velha parceira Honda...

Foto: Getty Images

Confira a classificação 3° dia de testes em Barcelona:

Foto: Arte Globoesporte.com

Vejam os melhores tempos dos quatro dias de teste também. A última bateria de treinos continua na quinta-feira e se estende até domingo, nada de novo, nem a pista. Depois, é só empacotar tudo e rumar para a Austrália. Quando os testes acabarem, farei um resumo da pré-temporada, na semana que vem, quando minhas férias acabarem.... Damn, até lá!

1 ROMAIN GROSJEAN FRA LOTUS MERCEDES 1:24.064 111
2 NICO ROSBERG ALE MERCEDES 1:24.321 +0.257 195
3 PASTOR MALDONADO VEN LOTUS MERCEDES 1:24.348 +0.284 173
4 DANIEL RICCIARDO AUS RED BULL RENAULT 1:24.574 +0.510 212
5 KIMI RÄIKKÖNEN FIN FERRARI 1:24.584 +0.520 163
6 FELIPE MASSA BRA WILLIAMS MERCEDES 1:24.672 +0.608 143
7 SERGIO PÉREZ MEX FORCE INDIA MERCEDES 1:24.702 +0.638 193
8 MAX VERSTAPPEN HOL TORO ROSSO RENAULT 1:24.739 +0.675 223
9 LEWIS HAMILTON ING MERCEDES 1:24.923 +0.859 108
10 DANIIL KVYAT RUS RED BULL RENAULT 1:24.941 +0.877 209
11 FELIPE NASR BRA SAUBER FERRARI 1:24.956 +0.892 151
12 VALTTERI BOTTAS FIN WILLIAMS MERCEDES 1:25.345 +1.281 173
13 CARLOS SAINZ JR ESP TORO ROSSO RENAULT 1:25.604 +1.540 188
14 JOLYON PALMER ING LOTUS MERCEDES 1:26.280 +2.216 77
15 SEBASTIAN VETTEL ALE FERRARI 1:26.312 +2.248 178
16       MARCUS ERICSSON SUE SAUBER FERRARI 1:26.340 +2.276 164
17 NICO HÜLKENBERG ALE FORCE INDIA MERCEDES 1:26.591 +2.527 36
18 PASCAL WERHLEIN ALE FORCE INDIA MERCEDES 1:27.564 +3.500 113
19 FERNANDO ALONSO ESP McLAREN HONDA 1:27.956 +3.892 79
20       JENSON BUTTON ING McLAREN HONDA 1:28.182 +4.118 42
21 PASCAL WERHLEIN ALE MERCEDES 1:28.489 +4.425 48
22 SUSIE WOLFF ESC WILLIAMS MERCEDES 1:28.906 +4.842 83

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

BARCELONA, DIAS 1 E 2 - A BRUXA TÁ SOLTA!

A folia do carnaval acabou, hora de voltar a realidade... Triste, pois as férias estão acabando e feliz porque estamos a cada dia mais próximos do retorno da nossa querida, idolatrada e salve-salve F-1. Os testes de Barcelona começaram ontem e seguem até domingo. Então, farei um resumo dos dois primeiros dias que passaram e algumas impressões dos resultados das equipes, além de notícias recentes do circo da Fórmula 1. Vamos lá!


BARCELONA, DIA 1

Foto: Divulgação
O primeiro dia de treinos foi MUITO movimentado, dentro e fora da pista. Iniciarei pelo fim: Pastor Maldonado da Lotus foi o mais rápido da sessão. Não, não é pegadinha. Já disse que os resultados da pré-temporada não devem ser levados muito a sério. Entretanto, deve-se observar e valorizar o novo bólido do pessoal de Enstone, agora com o motor Mercedes, aparentemente mais confiável e com chassi melhor desenvolvido por Nick Chester. 

Impossível não dizer que o fato mais repercutido pelos fãs e a imprensa foi o confuso acidente entre Susie Wolff (Williams, a pedido do maridão e ainda acionista de Grove, Toto Wolff) e Felipe Nasr (Sauber). Apenas existem imagens dos dois carros após o acidente: A traseira de Nasr sem a asa, e a Williams de Susie sem o bico. Segundo informações do Globoesporte.com, "Os dois colidiram na entrada da curva 5 do circuito catalão. O brasileiro, em volta rápida, foi atingido quando tentava ultrapassar a escocesa, que vinha lenta por ter acabado de sair dos boxes. Após o incidente, Susie disse que não viu a aproximação de Nasr." Apesar do ocorrido, ambas as equipes conseguiram consertar seus carros rapidamente a tempo de que seus pilotos retornassem a pista, no fim da tarde.

Foto: Reprodução

Na McLaren, um pequeno progresso: Button andou 21 voltas até parar em virtude de um problema no MGU-K (motor elétrico alimentado pela energia armazenada nas frenagens). Já a Mercedes passou por um "perrengue" inusitado. Lewis Hamilton, escalado para guiar as flechas de prata, andou apenas 11 voltas e abandonou o treino após sentir-se mal e com febre. Seu substituto natural, Rosberg, também não pode andar: O alemão foi "poupado", com dor no nervo do pescoço. Com isso, o piloto de testes Pascal Wehrlein, que estava guiando com a Force India versão 2014 foi chamado às pressas e finalizou a turbulenta sessão da equipe alemã. Por fim, os indianos chamaram Sérgio Pérez, que fez o 4° tempo. Confira a classificação do 1° dia:

Foto: Arte Globoesporte.com

BARCELONA, DIA 2

Foto: Getty Images

A Red Bull terminou a sexta-feira com a primeira posição, inédito esse ano. O "canguru" Ricciardo fez 1:24.574, 0.010s mais rápido que Raikkonen e 0.098s que Felipe Massa, segundo e terceiro colocados, respectivamente. Red Bull, Ferrari e Williams brigam pelo segundo posto da F-1. Mais do que andar na frente, a Red Bull conseguiu andar como nunca, após alguns contratempos em Jerez. Ou seja, teve bastante quilometragem (140 voltas!), perdendo apenas para a Mercedes, como sempre (150 voltas). Rosberg, mesmo com forte inflamação no nervo do pescoço, andou com a Mercedes pela manhã. Entretanto, foi substituído a tarde por Hamilton, recuperado da febre que o havia retirado da sessão do dia anterior. O Inglês andou por 89 voltas consecutivas, evidenciando a confiabilidade do W06.

Foto: Getty Images

Pequenos avanços na McLaren: Dessa vez, Alonso conseguiu completar 59 voltas com o MP4-30, o melhor dia de funcionamento do embrionário carro de Woking em parceria com a Honda. Force India 2014 e Sauber preocuparam-se mais com a quilometragem e confiabilidade de seus carros: Pérez fez 121 voltas e Ericsson, 113 voltas. Veja a classificação do 2° dia:

Foto: Arte Globoesporte.com
MAIS NOTÍCIAS:

* A FIA homologou que os pilotos deveram utilizar capacetes com pintura única, portanto, sem alterações durante o ano. É uma questão que está gerando muita polêmica. Alexander Wurz, presidente da Associação dos Pilotos, disse que "foi uma medida arbitrária". Do outro lado, Massa e Niki Lauda concordaram com a decisão, afirmando que o piloto precisa criar uma identidade com o público, essas coisas. Dizem que essa medida foi uma represália em razão da negativa das equipes em aumentar a "fonte" dos números nos carros na última reunião do grupo de estratégia da F-1. As equipes justificam que o aumento dos números diminui possíveis chegadas de patrocinadores. Eu concordo mais com Massa e Lauda. Gosto do capacete marcante, inconfundível, a segunda pele do piloto. Lógico que em situações especiais, aprovo mudanças. Por exemplo, sempre fazem pinturas diferentes no GP de Mônaco, ou quando é uma corrida local para algum piloto, ou sua despedida, etc.

* Manor deixou a administração judicial e voltou ao controle dos investidores. Agora, a luta é contra o tempo. Após a recusa da Force India em deixar a ex-Marussia correr com o carro de 2014, a equipe busca investidores (mais os 30 milhões de Euros relativos ao 9° lugar de 2013 nos construtores) para fazer o carro a tempo de disputar a temporada 2015. Em coletiva realizada hoje, Maurízio Arrivabene (novo chefão da Ferrari) afirmou que já existe um acerto verbal para a Manor correr com o motor v6 2014 da Ferrari. Quanto mais carros competitivos na categoria, melhor. Basta a FIA criar condições para a sobrevivência das nanicas ao invés de apenas preocupar-se com as gigantes.

Para finalizar: Ainda bem que as equipes recusaram as mudanças propostas pelo Bernie Ecclestone em "revolucionar" a F-1 a partir do ano que vem: Motor de 1000 cv, rodas maiores, "redução" da tecnologia para ajudar o piloto, etc. Ou seja: Querem transformar o piloto em herói novamente, que era a imagem até meados da década de 1990. Tudo indica que em 2017 teremos uma nova F-1, mais atraente e emocionante para os fãs e patrocinadores. Isso é lindo. Porém, para que isso seja feito, é preciso dar condições para que Force India, Lotus, Sauber e até mesmo Williams sobrevivam até lá.

Amanhã ou domingo eu retorno para falar dos próximos dias de sessão de testes em Barcelona. Até lá!