Foto: Getty Images |
O universo parece dar mostras de quer corrigir as injustiças
humanas dos últimos anos. É como se o talento falasse mais alto que a própria
sabotagem, autodestruição e/ou burrice.
Fernando Alonso. A história vocês já sabem. A Aston Martin
parecia mais um equívoco na gestão do fim de carreira da Fênix. O que não
sabemos é como Lawrence Stroll é um cara realmente ambicioso e está mudando a
estrutura da equipe em todos os vértices. A chegada do espanhol era a cereja do
bolo.
Mas enfim, um sentimento de presente com saudosismo. A
pré-temporada deu a todos a ilusão de que a Fênix poderia voltar a ser
protagonista nos lugares onde nunca poderia ter saído. Claro, sabemos que não
era bem assim, mas é um início de temporada arrasador, comparável ao auge.
Cinco pódios em seis corridas com um carro que é terceira ou
quarta força. Muita regularidade, muito braço, muita experiência e muita sorte.
O acontecido na Austrália é um sinal disso. O abandono de Leclerc na abertura
da temporada, que propiciou o primeiro pódio, também.
Tudo bem, Mônaco pode ser considerado um azar, mas nem
tanto. Perder a pole e colocar o pneu errado na hora errada é indiscutível.
Mesmo assim, continuar em segundo não deixa de ser “sorte”, ou melhor, a
competência de abrir uma vantagem tão confortável para o resto do pelotão a
ponto de se dar ao luxo de errar, ou “dar azar”.
2023 parece ser o ano que o destino está se encarregando de
corrigir os erros e injustiças cometidos pelo próprio Alonso. O além está
cansado de ver tanto talento desperdiçado por gestão de carreira ruim,
relacionamentos conflituosos e um talento reconhecido por todos sendo
coadjuvante, sendo relembrado apenas pelo passado.
Os sinais estão aí. Tudo parece conspirar para o momento
derradeiro, o inevitável, o que todos esperam. Mônaco foi um pequeno ensaio. A
mentalidade do espanhol e da equipe são a mesma: tudo ou nada. Legal, já
tivemos alguns pódios, mas vivemos de vitórias. A glória eterna e libertadora.
E o destino, aquele que parece ser imutável, nos prega um
capítulo esperançoso. Sinais, fortes sinais. Esta semana tem corrida na
Espanha, palco de duas vitórias em casa (sem contar Valência) e onde foi também
o último triunfo de Don Fernando Alonso.
Lembro como se fosse hoje, assistindo ainda na casa do meu
pai. Ainda era menor de idade. Dez anos depois, como uma fênix que deixa todo
mundo boquiaberto, ele ressurge, mais forte do que nunca.
Vamos acreditar nos sinais, mesmo assim, o que importa é a
jornada. A única coisa que não nos podem tirar, ainda, é o direito de sonhar e
tentar perverter a realidade.
Até!
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