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terça-feira, 29 de maio de 2018

A INEVITÁVEL COMPARAÇÃO

Foto: Getty Images

Fim de semana com as duas provas mais importantes do automobilismo, no mesmo dia e apenas separadas por algumas horas. Mesmo que sejam de estilos e abordagens diferentes, é impossível não colocar Mônaco e Indianápolis no mesmo pote e tirar como conclusão qual das duas é a melhor.

Mônaco: o charme, o príncipe Albert, as celebridades, andar nas ruas de Monte Carlo, tão estreitas e desafiadoras para um carro tão largo como o de um F1. “Andar de bicicleta na sala”, diz Nelson Piquet. Sinceramente, não sei o quem interessa isso, só os ricaços que ficam em suas hiates curtindo a vida adoidada que possuem. De resto, o que vale para nós todo esse glamour assistindo pela TV de manhã, com sono e remela no olho?

Praticamente todos os pilotos foram unânimes em descascar a corrida de ontem. "Extremamente chata. Quer dizer, essa provavelmente é a corrida mais chata da F1. Sem um safety-car, uma bandeira amarela... O esporte precisa pensar um pouco sobre o espetáculo, porque é bem decepcionante", foi o que disse Fernando Alonso. Lewis Hamilton: "A mais chata de todas. Foram as 78 voltas mais longas de todas, não foi uma corrida. Não teve qualquer emoção. Não houve nenhuma ação. Quando a prova acabou, apenas agradeci."

Tirando casos exceepcionais (chuva e acidentes diversos), Mônaco é sim diferente. Aproveitando o clima de cassino, qualquer coisa pode acontecer, mas isso tem sido cada vez mais raro. Qual foi a última vitória realmente surpreendente? A do Trulli em 2004, talvez? A culpa não é só do circuito. A F1 tem sua parcela de responsabilidade. Ela não se ajuda. Com regras complicadas e carros que são naturalmente difíceis de acompanhar por perto em circuitos, não é difícil entender que em um circuito de rua isso será ainda mais impossível de ser feito.


Vitória de Trulli foi a última "surpresa" de Mônaco, em 2004. Foto: Getty Images

“É preciso ter ultrapassagens”. Claro. Apenas não concordo com as ultrapassagens artificiais, aquelas com o DRS. Uma corrida não se torna boa só porque teve 3242 trocas de posição onde basta um botão e deixar o carro da frente sem defesa. A disputa também pertence ao espetáculo. Alonso e Schumacher em 2006 que o digam. A aerodinâmica precisa ser repensada, mas não pode ser no 8 ou no 80. É preciso ter disputa, com chances de atacar e se defender de uma posição, não uma procissão ou uma artificialidade. Mônaco e toda a F1, hoje, não tem nenhuma das duas coisas. Para valorizar o espetáculo, é necessário criar condições para isso. A Liberty já entendeu o recado. Agora é ver o que eles estão tramando para o ano que vem e as novas regras de 2021.



Na Indy, o novo kit foi traiçoeiro. Carros mais lentos e muitas escapadas de traseiras fizeram vítimas experientes. Também não foi uma corrida repleta de ultrapassagens, exceto nas relargadas e o show de Alexander Rossi, que largou lá atrás. A Indy é uma prova muito mais democrática. Ela respeita a tradição do Bump Day e sempre dá a oportunidade para algum underdog fazer história. Ontem, por exemplo, se a amarela se mantivesse por mais algumas voltas, Oriol Servià ou Stefan Wilson (irmão do Justin) poderiam ter quebrado a banca. Não foi possível. Takuma Sato foi o vencedor do ano passado. Alexander Rossi, recém saído da F1, teve uma vitória caída do céu.

O fato é que, nesse final de semana, as duas corridas deixaram a desejar. Por tudo o que representam, o público merecia algo melhor. Evidente que nem sempre é possível fazer a corrida dos sonhos. A Indy se aproxima mais disso com vencedores diferentes, muitas surpresas e histórias de vida. O caso da F1 é muito mais preocupante. Apesar do equilíbrio das três equipes em termos de números (duas vitórias para cada), as corridas dependem basicamente do imponderável, e não é sempre que ele acontece. E quando não se concretiza, as corridas não passam de uma procissão por Mônaco.

Rossi foi um dos poucos ousados a fazer grandes ultrapassagens ontem. Foto: Autoweek

Até!

sexta-feira, 26 de maio de 2017

O NOVO E O VELHO

Foto: Getty Images
Faz parte da tradição de Monte Carlo lembrar-se durante ou depois dos treinos que a sessão é, excepcionalmente no Principado, na quinta-feira. Pois bem. Os testes foram bastante inconclusivos, mas é possível tirar algumas coisas interessantes.

No TL1, Hamilton foi o mais rápido. Seu companheiro de equipe Bottas foi o quarto. Entre eles, Vettel e Verstappen. Apenas três décimos separaram a Mercedes da Red Bull. Ricciardo ficou em quinto e Kvyat, o grande destaque do dia, foi o sexto. Completando o top 10: Raikkonen, Pérez, Sainz e Ocon. Massa foi o 11°. Button, para quem estava aposentando e mal treinou no simulador, ficou em 14°, apenas dois décimos mais lento que Vandoorne.

O que foi movimentado mesmo foi o TL2. Com direito a quebra de recorde de pista, Vettel é o primeiro a fazer um tempo abaixo de 1:13 na atual configuração da pista (1:12.720). Quatro décimos depois, veio Ricciardo e Raikkonen. Completaram o top 5 as duas Toro Rosso, com um desempenho acima da média por enquanto, mas tudo está ainda bastante indefinido (Sainz e Kvyat). As flechas de prata priorizaram a simulação para corrida e Hamilton foi o oitavo, duas posições à frente de Bottas. Massa foi o 13°.

Foto: Getty Images
O que era esperado aconteceu. Movimentando as casas de apostas bolões dos fãs, estava tudo mundo preparado para o momento em que Lance Stroll iria bater. Foi logo no segundo treino, na subida após a primeira curva e uma mini-reta. Mais um carro danificado. Antes disso, o canadense já era um segundo mais lento que Massa. Mais do que acumular quilômetragem em um circuito inédito e o mais complicado da temporada, Stroll está pressionado pela crítica e pelos fãs. A Williams certamente irá se questionar se valerá a pena perder três posições nos construtores em troca do dinheiro de Sr. Lawrence, quantia essa utilizada no reparo dos FW40 que o novato arrebenta pelo mundo.

Fica cada vez mais claro que o passo foi muito além da perna. O staff de Lance se precipitou. Uma experiência na GP2 seria muito melhor para o amadurecimento do piloto, que poderia chegar na F1 com outro status além de ser filho de um rico patrocinador.

Confira o vídeo do acidente:


Outro que está com a batata assando é Palmer, embora hoje ele tenha andado pouco, vítima de um problema de vazamento de óleo no início do segundo treino livre. A imprensa europeia especula que o inglês pode ser substituído no meio da temporada. Até o momento, o favorito seria o piloto reserva da escuderia, o russo Sergey Sirotkin, que chegou a ser especulado como piloto titular da Sauber em anos anteriores, o que obviamente não se confirmou. O sonho de consumo da equipe é Fernando Alonso para 2018. Enquanto isso, Hulk sofre com as dificuldades do projeto francês, que ficou pelas últimas posições nos treinos de hoje.

Confira a classificação dos dois primeiros treinos livres:



Até!




quinta-feira, 25 de maio de 2017

GP DE MÔNACO - Programação

O Grande Prêmio de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos do automobilismo, juntamente com as 500 milhas de Indianopólis e as 24 horas de Le Mans. É um circuito de rua de Monte Carlo, com 3340 metros de extensão e que exige  muita precisão, devido a uma grande quantidade de curvas e a estreita largura das ruas que formam o percurso.
Passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 1955.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:14.439 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:13.556 (RBR, 2011)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Ayrton Senna - 6x (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)

MUDANÇA DE TRADIÇÃO

Foto: Grand Prix
Você já sabe que em Mônaco tudo é diferente. Os treinos livres são na quinta para que a sexta os pilotos fiquem livres para os compromissos comerciais e festas. O Principado é o único que não é agraciado com a estrutura padrão do pódio. A premiação acontece nos degraus do primeiro andar do camarote da família real, os Grimaldi. Acontecia.

O Automóvel Clube de Mônaco (ACM), organizador da corrida, optou por montar, nesse ano, o pódio no segundo andar do camarote, com a presença das chatas e sem graças bandeiras em LED que aparecem acima dos pilotos durante toda a cerimônia de premiação.


Pela primeira vez em muito tempo, não será possível ver a celebração dos pilotos na rua, com as equipes, jogando champanhe em todo mundo: mecânicos, fiscais, câmera e na família real também, principalmente. Uma tradição a menos em 2017.

OI E TCHAU

Foto; Motorsport
O retorno de Jenson Button chega a ser despercebido por todos. Também, todos os olhos estão em Alonso na sua aventura das 500 Milhas de Indianápolis. O campeão mundial de 2009 irá competir na categoria pelo 18° ano seguido. Como já escrevi inúmeras vezes, desde que eu me conheço como gente, lá estava Button na corrida, e em 2017 isso não será diferente.

Button realiza testes no simulador da equipe de Woking. Ele chegou a declarar que caiu duas vezes na Marina. Ele sentiu a diferença dos carros, mais pesados e difíceis de serem guiados nessa temporada. "Depois da curva um e subida da colina, deslizei para o lado direito e rodei. Tive sorte porque o impacto não é tão grande quanto na realidade, mas notei uma sacudida e um pouco de força G", comentou.

Segundo o inglês, o MCL-32 pode evoluir de produção com a atualização de componentes. Ao mudar as configurações do bólido e encaixá-las na sua característica de pilotagem, Jenson gostou do resultado: Quando entrei no carro, inicialmente não gostei da sensação do carro - isso foi antes das atualizações. Fizemos algumas mudanças na configuração e melhorou bastante, se adequou muito mais ao meu estilo. Com as atualizações é bastante impressionante de pilotar", disse

O retorno relâmpago de Button, de fato, não é muito empolgante. Aposentado e em uma equipe errática que dicilmente conseguirá algo de destaque, a McLaren opta pelo conservadorismo (como sempre) ao invés de talvez apostar em algum outro nome. Button, já aposentado, cumpre tabela. 

Nesse momento, a McLaren precisa de pontos e referências. O que torna, talvez, a decisão de "ressuscitar" Jenson é o fato de que, mesmo inativo, sua experiência é mais importante que a inexperiência de um jovem talento em um carro ruim e um contexto todo adverso.

Vai que Button roube as manchetes de Alonso e consiga pontuar no domingo, não?

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 104 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 98 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 63 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 49 pontos
5 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 37 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 35 pontos
7 - Sérgio Pérez (Force India) - 34 pontos
8 - Esteban Ocon (Force India) - 19 pontos
9 - Felipe Massa (Williams) - 18 pontos
10- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 17 pontos
11- Nico Hulkenberg (Renault) - 14 pontos
12- Romain Grosjean (Haas) - 5 pontos
13- Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 4 pontos
14- Kevin Magnussen (Haas) - 4 pontos
15- Pascal Wehrlein (Sauber) - 4 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 161 pontos
2 - Ferrari - 153 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 72 pontos
4 - Force India Mercedes - 53 pontos
5 - Toro Rosso Renault - 21 pontos
6 - Williams Mercedes - 18 pontos
7 - Renault - 14 pontos
8 - Haas Ferrari - 9 pontos
9 - Sauber Ferrari - 4 pontos

TRANSMISSÃO





segunda-feira, 18 de julho de 2016

1 ANO SEM JULES

Foto: Car Throttle
17 de julho de 2015. Há um ano, Jules Bianchi sucumbia após 9 meses em coma, em Nice (onde, nesta semana, houve o ataque no Dia da Bastilha). A primeira morte em um evento da F1 desde Senna, logo na estreia deste blog querido... Pesado, principalmente para quem não está acostumado com a morte, como eu.

A notícia da morte de Jules não foi uma novidade. Era como se fosse um ritual, uma mera formalidade. O fim do sofrimento da família. Impossível não lembrar de Michael Schumacher, cujo situação é um mistério. Há meses não sai nenhuma informação oficial, por opção da família. O que resta é torcer e rezar para a recuperação do heptacampeão mundial.

Jules tinha um potencial enorme. Meses antes, fez história ao chegar em nono lugar em Mônaco e marcar os únicos dois pontos da finada Marussia (dois anos depois, coube a Pascal Wehrlein repetir a façanha, ao marcar um pontinho na Áustria, pela Manor). Membro da academia de pilotos da Ferrari, cedo ou tarde faria dupla com Sebastian Vettel (Provavelmente estaria duelando com ele agora). Antes, iria ficar um ano na Sauber, segundo consta os milhares de contratos assinados por Monisha Kaltenborn naquela temporada. Depois, apenas exercícios de imaginação para traçar a trajetória do piloto francês.

De forma covarde, a FIA o considerou culpado no relatório do incidente. Entretanto, todos sabemos que ele não é. Passados um ano da morte, a F1 está paranoica com a questão da segurança. Paranoica mesmo, demais, chegando ao ponto de ser ridícula. Era apenas evitar a presença de um trator no escape em pista molhada e não ter reiniciado a corrida naquele instante. Mas não. Impactada com a tragédia, a FIA vai enfiar goela abaixo o tal Halo, que não oferece, ao menos agora, garantias de que fato deixe o carro mais seguro. Por enquanto, apenas a crítica de que isso atrapalha a visão dos pilotos. Corrida na chuva? Nem pensar. É necessário andar algumas voltas atrás do Safety Car até que a pista fique quase seco. O Virtual Safety Car é uma medida que ajuda os carros a diminuírem a velocidade em pontos onde há acidentes, evitando a entrada do carro.

Evidente que a segurança sempre é importante. Entretanto, evitar a disputa entre os pilotos é errado. Ora bolas, são as 22 máquinas e os 22 melhores pilotos do mundo. Eles têm condições técnicas de encarar todo o tipo de adversidade (técnica, climática ou qualquer outra) possível. Por mais que as medidas de segurança sejam tomadas e os carros sejam modernos e seguros, uma coisa é certa: O automobilismo é perigoso. Fim.

Enfim, fiquem com a lembrança do onboard das últimas voltas de Jules Bianchi em Mônaco. No vídeo, há os áudios dos rádios que ele e a Marussia trocaram durante o GP. O francês terminou em 8°, mas com a penalidade de 5 segundos por ultrapassagem irregular durante o período de safety car o fez terminar em nono. Quem se importa? A história já estava feita:


#JB17

terça-feira, 31 de maio de 2016

VÍDEOS E CURTINHAS #23

Foto: XPB Images
Fala galera, semana começando e algumas informações da F1 estão surgindo! Vamos lá!

HALOPRARAM - Ficou definido que essa tira de chinelo o "Halo" foi o dispositivo que a FIA escolheu para a proteção do cockpit a partir do ano que vem. Ele foi aprovado pelos diretores técnicos durante o GP de Mônaco. A justificativa para a escolha é o fato de que esse dispositivo está sendo testado a mais tempo que o aeroscreen da Red Bull. Segundo a Autosport, serão feitos testes e modificações para torná-lo mais aerodinâmico e não atrapalhe a visão do piloto. O dispositivo da Red Bull não foi descartado. Ele continuará sendo testado paralelamente. Os testes com o Halo começam no dia 24 de junho e encerram-se no dia 6 de julho, quando será aprovado (ou não) definitivamente. Tomara que não. O aeroscreen é menos pior e conseguiram escolher a pior alternativa. Depois da largada com Safety Car na chuva, agora teremos esse troço aí nos carros. Devolvam a minha F1. Ainda há tempo.

BUTTON E MASSA  - O campeão de 2009 tem duas alternativas para permanecer na F1 em 2017: McLaren e Williams. A equipe de Grove teria oferecido um contrato de 8 milhões de euros anuais. O britânico ganha o dobro em Woking, que conta com o apoio da Honda e do Santander para permanecer mais um ano na McLaren. Pobre Vandoorne, vai ter que se mexer. Um piloto de tanto potencial ficar fora do grid ano que vem é inadmissível. O brasileiro, por sua vez, estaria recebendo sondagens para defender a Renault ano que vem. Receber oferta de uma equipe de fábrica a essa altura da carreira é um grande negócio. Com o novo regulamento, ir para uma escuderia com dinheiro e estrutura pode ser uma boa para Massa. A aguardar.

DE PROPÓSITO? - Segundo apurou o Rafael Lopes, do VOANDO BAIXO, o sueco teria batido de forma intencional em Nasr, na curva da Rascasse, após o brasileiro se recusar a ceder sua posição por ordem de equipe. Vale lembrar que o sueco foi punido com três posições no grid do Canadá. Se for verdade, tinha que ter demissão em justa causa. Como a Sauber agora é "bancada" pelos patrocinadores suecos, vai dar em pizza. Confira o vídeo:


Pouca gente viu, mas Rosberg foi ultrapassado por Hulkenberg praticamente na linha de chegada:



Últimas 3 voltas da histórica vitória de Alexander Rossi nas 500 milhas de Indianapólis:




Por enquanto é isso! Até!




segunda-feira, 30 de maio de 2016

O PULO DE HAMILTON E DO NOVATO

Foto: Reprodução
Pela primeira vez vimos Daniel Ricciardo incomodado, triste, puto da cara, sem sorrir. O rosto fechado, semblante sério, frustrado por ter chegado em segundo e desperdiçar mais uma chance de ouro para voltar a vencer. Outra vez, a culpa não foi dele. Fim de semana perfeito, pole, ritmo controlado na corrida. De novo, a Red Bull o ferrou. A equipe o chamou para trocar os pneus, a pista estava secando. A ideia era botar os ultramacios. Mudança. Enquanto Ric esperava, uma alteração súbita: Os pneus sequer estavam prontos, e a equipe foi buscá-los. Isso custou 13.6 segundos de pit stop. 47 voltas de perseguição, incluindo um ataque polêmico na volta 37, onde Hamilton espalhou e depois fechou a Red Bull no guard rail. O australiano recolheu o carro e reclamou. Pediu punição, que não veio. Não deu. Pela segunda corrida seguida, Ricciardo não conquistou a vitória que tanto merecia.

Lewis Hamilton venceu pela 44a vez na carreira, finalmente o primeiro triunfo no ano. Foi esperto na estratégia e contou com  a "sorte" (que estava sumida) de se beneficiar do erro da Red Bull. Não à toa, encheu Ric de elogios (justissímos, aliás) após a corrida. Ele sabe do que está falando: Ano passado, o tricampeão perdeu a vitória em uma bobeira parecida.  A reação que Lewis tanto precisava apareceu. De quebra, conseguiu diminuir a distância para Rosberg de 43 para 24 pontos. Afinal, o alemão foi pífio. Desde o início, estava em um ritmo muito lento. Ricciardo abriu uma vantagem de mais de 10 segundos em poucas voltas. Chegou a ponto da Mercedes pedir para que Hamilton o passasse. Como pode um cara que está brigando para ser campeão do mundo acatar uma ordem de equipe?? Inaceitável. Tente imaginar se fosse o contrário. Hamilton faria o mesmo? Tenho certeza que não. Resumindo: Rosberg perdeu muitas posições e foi incapaz de recuperá-las. O alemão não consegue andar bem na chuva. Na última volta, foi superado por Hulkenberg e terminou em sétimo. Atuação apagadíssima. Mais do que nunca, o campeonato está em aberto.

O momento que decidiu a corrida. Foto: Reprodução
Outro grande destaque da corrida foi o improvável terceiro lugar de Sérgio "Checo" Pérez. É incrível como o mexicano consegue tirar pódios aleatórios da cartola. Sexta vez na carreira que ele fica no top 3. A Force India contou com a "ajudinha" de Massa: Vettel, o quarto colocado, ficou preso atrás do brasileiro por muitas voltas, o que possibilitou a Pérez abrir vantagem e ganhar as posições necessárias. No final, conseguiu suportar a pressão do tetracampeão e novamente ofuscou seu companheiro de equipe Hulkenberg. O alemão não foi mal, mas é a velha sina: Falta um resultado expressivo na F1, um pódio (já conseguiu uma pole e a vitória em Le Mans): Foi o sexto, ganhando bons pontos para a equipe indiana: 23 nesse finde. Vijay Mallya, o chefe, deve ter ficado muito satisfeito.

Segurando Vettel para conseguir mais um pódio fantástico. Foto: Reprodução
Em um "circuito" que não depende da potência do motor, o chassi da McLaren mostrou um resultado consistente para seus pilotos. Sem falhas de confiabilidade, a fênix Alonso conseguiu um grande quinto lugar, igualando sua melhor colocação no retorno a equipe de Woking (foi quinto também na Hungria, ano passado). Conseguiu segurar Rosberg a maior parte da corrida e mostra que o bicampeão está em ótima forma. Button chegou em nono, e a McLaren saiu com ótimos 12 pontos de Monte Carlo. Tem gente já empolgada e ansiosa por 2017, mas eu escrevo: calma!

Massa conseguiu um pontinho suado: Décimo. Chegou a frente de Bottas, que apostou em uma estratégia de três paradas e foi superado. O hype em cima do finlandês parece que chegou ao fim.

Mônaco não permite erros, e o que vimos hoje foi uma sessão de pataquadas. Verstappen bateu de novo (são três em duas corridas). Max foi arrojado, mas quis andar mais que o carro e pecou pela inexperiência. Acontece. Talvez isso seja bom e sirva para "baixar a bola" depois da mágica vitória em Barcelona. Kvyat parece que ligou o foda-se para tudo. Tentou passar o Magnussen e jogou o carro na Rascasse. Abandonou e foi punido com a perda de três posições no grid do Canadá. O inferno astral do russo só aumenta. Desse jeito, não vai conseguir atrair ninguém para se manter na F1 no ano que vem. Ainda assim, sinto pena.

No mesmo ponto, Ericsson tentou fazer a mesma coisa contra seu companheiro de equipe, Felipe Nasr. A briga já era grande: O sueco estava mais rápido que o brasileiro e pressionou a equipe para que pedisse passagem. Nasr bateu o pé e se recusou. Quando Ericsson tentou passar, jogou o carro em cima do brasileiro, e os dois rodaram e abandonaram. Pouco depois, os pilotos e a chefe Monisha foram para o motorhome. Houve troca de acusações públicas entre os pilotos. Parece que Nasr foi o "culpado" pela diretora indiana, o que é um absurdo. Ah, a briga valia o 14°. Isso simboliza o que é a Sauber hoje. Sem dinheiro, semi-falida, não existe um líder, todo mundo pula da barca, não há comando, não há pagamento, os companheiros de equipe se odeiam. Desse jeito, é capaz de fecharem as portas antes do fim do ano. Patético, simplesmente patético. Nasr tá certo: Jogo de equipe é o c#$#%! O brasileiro, em uma briga que não valia nada, foi enfático. Rosberg, disputando título, deixou seu inimigo passar. Diferenças...

A Sauber em uma imagem: "T" de treta. Foto: Reprodução
Raikkonen bateu sozinho no início da prova, quando tudo estava molhado, ainda no hairpin. Prejudicou Grosjean e quase levou Massa junto. Arrastou o bico por debaixo do carro pelo túnel e depois parece que estava sem vontade de continuar na prova. Abandonou. O finlandês voltou a ser o piloto errático dos últimos dois anos. Ainda assim, está a frente de Vettel na temporada e existe grandes chances de que permaneça por mais um ano, segundo a imprensa italiana. É...

A Fórmula retorna daqui duas semanas, no Grande Prêmio do Canadá, em Montreal, nos dias 10, 11 e 12 de junho. Confira a classificação final da corrida!

1. Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) 1h59min29s133.

.2. Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull) a 7s252.

.3. Sergio Pérez (MEX/Force India) a 13s825.

.4. Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) a 15s846.

.5. Fernando Alonso (ESP/McLaren) a 1min25s076.

.6. Nico Hulkenberg (ALE/Force India) a 1min32s999.

.7. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) a 1min33s290.

.8. Carlos Sainz (ESP/Toro Rosso) a 1 volta.

.9. Jenson Button (GBR/McLaren) a 1 volta.

10. Felipe Massa (BRA/Williams) a 1 volta.

11. Esteban Gutiérrez (MEX/Haas) a 1 volta.

12. Valtteri Bottas (FIN/Williams) a 1 volta.

13. Romain Grosjean (FRA/Haas) a 2 voltas.

14. Pascal Wehrlein (ALE/Manor) a 2 voltas.

15. Rio Haryanto (IDN/Manor) a 4 voltas.



Abandonos: Volta.

Marcus Ericsson (SUE/Sauber) 51.

Felipe Nasr (BRA/Sauber) 48.

Max Verstappen (HOL/Red Bull) 34.

Kevin Magnussen (DIN/Renault) 32.

Daniil Kvyat (RUS/Red Bull) 18.

Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) 10.

Jolyon Palmer (GBR/Renault) 7.

Foto: Getty Images
Ele ainda é piloto de testes da Manor. Seis meses atrás, estava levando volta de quase todo mundo na F1. Hoje, entrou para a história do automobilismo. Com uma estratégia arrojada de poupar combustível e chegar só no "cheiro" (tanto é que o carro apagou pouco depois da chegada), Alexander Rossi venceu a centésima edição das 500 milhas de Indianapólis. Desde 2001 que um rookie (novato) não vencia ( o último foi Hélio Castroneves). Carlos Muñoz foi o segundo e Josef Newgarden o terceiro. O brasileiro Tony Kanaan foi o quarto. Helinho, que buscava a quarta vitória no circuito, esteve perto de vencer, mas um toque na carenagem o obrigou a parar nas voltas finais. Chegou apenas em 11°. O líder da Indy, Simon Pagenaud, foi o 19°. Essa vitória muda para sempre a vida do americano que correu praticamente a carreira inteira em campeonatos europeus. Mal sabia que, justo no oval, estaria fazendo história. A vitória de Rossi mostra para outros milhares de pilotos que, embora a F1 tenha o glamour e seja o ápice de um piloto, estar fora do circo não é o fim do mundo. Basta se reinventar e explorar as muitas alternativas que o automobilismo proporciona (Indy, WEC, DTM, WRC, Fórmula E, etc). 

Talvez tenha sido o post mais longo da história do blog. Daqui a pouco vai amanhecer. Quem se importa? O que vale é conseguir manifestar em palavras mais um fim de semana histórico no automobilismo. Até! (Quem sabe com alguns posts durante a semana? Não sei porque prometo essas coisas quando geralmente não consigo cumpri-las, mas a dúvida fica no ar. Pensei alto.) 



sábado, 28 de maio de 2016

O PULO DO CANGURU

Foto: Getty Images
Se Daniel Ricciardo, que mesmo diante das piores circunstâncias é um cara bastante sorridente, imagina hoje, quando conquistou sua primeira pole position na carreira, logo na icônica Monte Carlo?

Honestamente, achei que sua liderança no treino de quinta era um "blefe" da Mercedes, que iria se impor na hora decisiva, como geralmente faz. Não foi o caso. Ambas Mercedes apresentaram problemas na configuração da potência do motor no Q3 e não foram páreos para disputar com o australiano. Melhor para Rosberg, que larga na frente de Hamilton e pode até mesmo ultrapassar Ricciardo na largada, pois o menino sorriso tem dificuldades nesse aspecto. Uma coisa é certa: A Red Bull parece ter ultrapassado a Ferrari. Imagina em Cingapura, Hungria e Baku o que esse carro do Newey não é capaz de fazer...

Outro fator que ajudou Ric foi Verstappen ter batido seu RB12 ainda no Q1, e irá largar em penúltimo. O holandês tocou no guard rail interno da saída da chicane da Piscina, quebrou a suspensão dianteira direta e bateu. Pagou pela juventude. Pela agressividade característica, é bem capaz de arranjar algumas bandeiras amarelas, Safety Cars ou até mesmo seu abandono, principalmente na largada.

Foto: Reprodução
Outro grande destaque do treino foi Nico Hulkenberg (fazia tempo que não era citado, hein?). Ofuscado por Pérez nos últimos tempos, o alemão voltou a protagonizar uma grande qualificação e irá largar em quinto. Desbancou até mesmo Raikkonen (que foi o sexto, mas larga em 11° por ter trocado de câmbio). Vettel foi o quarto. A Toro Rosso também confirmou as credenciais de quinta e terá Sainz em sexto e Kvyat em oitavo. Alonso conseguiu levar a McLaren para o nono lugar, a melhor posição de largada da equipe desde 2014. Cresciemento lento, gradual e seguro, não se esqueçam.

Não chega a ser uma decepção, mas o esperado mal rendimento da Williams não deixa de ser frustrante. Seu chassi é inferior ao de McLaren, Toro Rosso e Force India. Nas condições de Mônaco, é fatal. A velocidade final é inútil. Bottas sai em 10° e Massa é o 14°, com remotas chances de pontuar, apenas se muitas coisas incomuns acontecerem, é claro. Felipe Nasr andou alguns quilômetros e o motor de seu C35 estourou ainda durante a volta de instalação. Largará em último. Desgraça pouca é bobagem.

Foto: Reprodução
A previsão para amanhã é de chuva. Se confirmar, temos boas possibilidades de acompanhar uma grande corrida: Verstappen saindo lá de trás, a briga das Mercedes, a Ferrari tentando encostar... Tudo isso em Mônaco! O que não vai faltar é Safety Car (espero)!

Confira o grid de largada: Como escrito anteriormente, Raikkonen será o 11°




Até!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

A BELEZA DE MÔNACO

Foto: Getty Images
É impossível imaginar a F1 sem Monte Carlo. Impossível. Por mais que a "pista" esteja ultrapassada, a corrida seja um porre sem a chuva e tudo mais, ela não pode ficar de fora. Estamos falando de um circuito que está no circo desde o início, em 1950. Se as condições tecnológicas não permitem que a prova seja das mais atrativas competitivamente, sem problema. É só uma vez por ano. E existem outras tantas pistas modernas (cof cof Tilkódromos cof cof) piores do que a icônica Monte Carlo.

Sem contar que cada volta, cada curva é um desafio. Não há espaço para erros. Qualquer desconcentração ou escapada é fim de prova. Pancada no guard-rail e adeus. Safety Car. Até a próxima. Tanto é verdade é que nesses dois primeiros treinos tivemos inúmeros acidentes e rodagens: Grosjean, Vettel, Magnussen, Massa, Palmer, Haryanto...

Foto: Reprodução
Vamos aos fatos: Com o novo motor Renault exclusivo para si, Ricciardo marcou o tempo mais rápido do dia, na estreia dos tais pneus roxos ultramacios. E com sobras: 1:14.607, seis décimos mais rápido que o segundo colocado Lewis Hamilton. É uma obviedade: Em pistas mais travadas e que não dependem da potência do motor, a Red Bull vira uma forte candidata as vitórias por possuir um dos melhores (senão o melhor) chassis da categoria. Nesse final de semana, os taurinos estão a frente da Ferrari e, em tese, parelho as Mercedes, que sempre escondem o jogo e acabam com a empolgação da imprensa no classificatório.

Outra equipe que se destacou nos treinos foi a Toro Rosso. Kvyat parece mordido e disposto a provar que foi injustiçado ao ser rebaixado de equipe. Vale lembrar que no ano passado ele ficou em quarto. Dessa vez, foi o quinto no TL2 e sexto no TL1. Vettel e Hamilton também levaram a melhor no confronto contra seus companheiros de equipe. A McLaren pode estar provando que possui um chassi bom, mas ainda peca em confiabilidade e potência do motor Honda. É cada vez mais frequente a presença no top 10.

Foto: Getty Images
Por outro lado, a Williams deve apresentar um desempenho pífio. Com dificuldades de chassi, Massa e Bottas dificilmente se classificarão para o Q3. Bottas foi o mais rápido nos dois treinos, mas isso não quer dizer muita coisa em termos de pontuação. Massa ainda bateu no primeiro treino livre e perdeu minutos importantes para o acerto do carro. Com um novo motor,a Renault até se animou, mas Magnussen foi enfático: O carro piorou. Na Sauber, mais do mesmo: A rabeira. Nasr e Ericsson batalham pelas últimas posições do grid. Dizem que os suíços ainda estão devendo salários para funcionários. Parece administração de time de futebol brasileiro.

Foto: Reprodução/Twitter
Em Mônaco, é natural que os pilotos utilizem capacetes especiais e diferenciados para a ocasião, afinal é um dos três grandes eventos automobilísticos do ano... Por conta disso, alguns pilotos divulgaram suas pinturas especiais para esse final de semana. Destaque para a linda homenagem de Grosjean para o compatriota Jules Bianchi, que fez história ao chegar em 9° há dois anos... Confira!

Capacete de Massa, feito pelo OSGEMEOS, famosos pela arte de grafite. Foto: Reprodução

Vettel: Fosco, simulando couro. Foto: Reprodução
Alonso: Pintura metálica. Foto: Reprodução
A homenagem de Grosjean para Jules Bianchi. Foto: Reprodução
Confira a classificação dos primeiros treinos livres:



Até!


quarta-feira, 25 de maio de 2016

GP DE MÔNACO - Programação

O Grande Prêmio de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos do automobilismo, juntamente com as 500 milhas de Indianopólis e as 24 horas de Le Mans. É um circuito de rua de Monte Carlo, com 3340 metros de extensão e que exige  muita precisão, devido a uma grande quantidade de curvas e a estreita largura das ruas que formam o percurso.
Passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 1955.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:14.439 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:13.556 (RBR, 2011)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Ayrton Senna - 6x (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)


OS 100 MAIS INFLUENTES DA F1

Charmoso. Foto: The Telegraph
Listas sempre são polêmicas. No último fim de semana, a revista "Paddock Magazine" divulgou em seu site a tradicional lista das 100 personalidades mais influentes da F1, incluindo pilotos, dirigentes, empresários, políticos e jornalistas. Novamente, a primeira posição ficou com o chefão Bernie Ecclestone. O critério é simples: Mesmo diante das polêmicas, o patrão é o único que se mostra importante na categoria pelo seu poder econômico em relação as montadoras e equipes do grid. Ao contrário do que a lógica poderia indicar, a lista tem mais dirigentes e autoridades do que propriamente pilotos. Por exemplo, o top 5 é composto por Donald MacKenzie (acionista majoritário da CVC Capital Partners, dona dos direitos comerciais da F1), Jean Todt (Presidente da FIA), Dieter Zetsche (Presidente da Mercedes) e Sergio Marchionne (Presidente da Ferrari).

O melhor brasileiro na lista é Carlos Ghosn, presidente da Renault. Ele nasceu em Porto Velho. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é o 74°. Segundo a publicação, ele foi a "peça chave para a renovação do GP do Brasil até 2022". Felipe Massa é o 91°. O melhor piloto posicionado é Lewis Hamilton, apenas o 37°. Para ver a lista completa, clique AQUI 

"EM CASA", MASSA PREVE CORRIDA DIFÍCIL

Foto: UOL
Itália, Mônaco e Brasil. Pode-se considerar que essas são as "três casas" de Felipe Massa. O brasileiro vive no Principado há um bom tempo e costuma andar pelas ruas de Monte Carlo no dia-a-dia. “Passo pela pista muitas vezes quando ela é apenas rua, e de repente tudo muda e em alguns meses ela se torna uma pista de corrida. É incrível ver o que eles fazem com aquelas ruas apertadas, e então nós estamos correndo lá a 300 km/h”, disse. Sobre a corrida, Massa afirmou que é sempre uma prova complicada.  É muito fácil você perder a concentração e bater no muro. É uma corrida muito importante para nós como pilotos, mas também para o pessoal que curte tudo dos seus barcos no cenário glamoroso de Mônaco. É sempre um fim de semana bacana para muitas pessoas, não só para os pilotos”. 

Nesse final de semana, a Pirelli disponibilizou pela primeira vez os tais pneus ultramacios (roxos), os mais aderentes da F1. Conhecido por ser um carro forte de reta mas nem tanto em circuitos travados e lentos, o engenheiro da equipe, Pat Symonds, afirmou que será um final de semana desafiador. "O que é mais importante aqui é conseguir um bom equilíbrio do chassi entre as curvas, que são geralmente mais lentas e têm uma superfície diferente do que estamos acostumados nas pistas tradicionais.”, afirmou. A Williams busca um resultado bem diferente do ano passado, quando foram apenas 14° e 15°, respectivamente com Bottas e Massa.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Nico Rosberg (Mercedes) - 100 pontos
2 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 61 pontos
3 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 57 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 48 pontos
5 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 48 pontos
6 - Max Verstappen (Red Bull) - 38 pontos
7 - Felipe Massa (Williams) - 36 pontos
8 - Valtteri Bottas (Williams) - 29 pontos
9 - Daniil Kvyat (Toro Rosso) - 22 pontos
10- Romain Grosjean (Haas) - 22 pontos
11- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 12 pontos
12- Sérgio Pérez (Force India) - 8 pontos
13- Fernando Alonso (McLaren) - 8 pontos
14- Nico Hulkenberg (Force India) -6 pontos
15- Kevin Magnussen (Renault) - 6 pontos
16- Jenson Button (McLaren) - 3 pontos
17- Stoffel Vandoorne (McLaren) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 157 pontos
2 - Ferrari - 109 pontos
3 - Red Bull TAG Heuer - 94 pontos
4 - Williams Mercedes - 65 pontos
5 - Toro Rosso Ferrari - 26 pontos
6 - Haas Ferrari - 22 pontos
7 - Force India Mercedes - 14 pontos
8 - McLaren Honda - 12 pontos
9 - Renault - 6 pontos

TRANSMISSÃO




segunda-feira, 25 de maio de 2015

VITÓRIA HISTÓRICA E ERRO GIGANTE

Foto: AFP

Mônaco, volta 64. O de sempre. Corrida chata, sem chuva, sem safety car, tudo encaminhado... Eis que Verstappinho ousadia e alegria tenta ultrapassar Grosjean e acaba batendo na Saint Devote. Uma baita pancada, diga-se de passagem. O Safety Car veio.

Aí, tudo mudou. Com os pneus macios desgastados, Hamilton perguntou para a equipe se ele poderia parar e voltar à frente de Rosberg e Vettel. O cálculo foi feito, e constatou-se que sim, essa estratégia poderia ter sido feita. Hamilton pensou que os dois iam parar, colocar supermacios e atacá-lo incessantemente até final. Temia que os gastos pneus macios não dariam conta, mesmo em Monte Carlo. Bom, Rosberg e Vettel não pararam. Lewis foi pros boxes, perdeu um tempinho e voltou atrás de ambos.

Faltando 7 voltas para o final, o desespero tomou conta do bicampeão, que foi pra cima de Vettel enquanto Rosberg disparava. Não adiantou. O Alemão da Mercedes fez história: Terceira vitória consecutiva no Principado, igualando feitos de gente como Graham Hill, Alain Prost e Ayrton Senna. "Caiu do céu" é verdade, mas o que Rosberg tem a ver com isso? Tem que comemorar e muito, pois o que seria uma desvantagem de 27 pontos caiu para 10 (126 a 116).

E o que restou para Lewis? Vi muita gente criticando sua falta de desportividade, "que não sabe perder", "é mimado", essas bobagens. Se coloquem na situação do cara: Dominou o fim de semana inteiro, fez pole, tava com 20 segundos de vantagem, tudo encaminhado para vencer mais uma prova no campeonato e acontece o que aconteceu. O Inglês estava extremamente irritado e de má vontade na cerimônia do pódio, cumpriu o protocolo e no pós-corrida dividiu a responsabilidade com a equipe. Mais uma vez a Mercedes faz o campeonato pegar fogo em Mônaco.

Falando do resto: Red Bull possivelmente fez seu melhor desempenho do ano. Sem precisar depender do motor Renault, Kyvat ganhou a posição de Ricciardo na largada e terminou em 4°, apesar do Australiano ter o ultrapassado no final da corrida pelo fato de estar com pneus supermacios e tentar perseguir Hamilton. Já que não conseguiu, no final houve o retorno do jogo de equipe. Sérgio Pérez confirmou o bom final de semana chegando em 7° e ultrapassando Hulkenberg no campeonato.

Os primeiros pontos da McLaren vieram!!! Button aproveitou uma série de abandonos e foi o oitavo. 4 pontinhos para a McLaren Honda. A última vez que a parceria havia pontuado foi há 23 anos, com a vitória de Gerhard Berger no GP da Austrália, em Adelaide. Alonso, novidade: Teve problemas no carro e abandonou.

Felipe Nasr. Sempre aproveitando as chances que lhe aparecem. Nona posição, mais dois pontinhos para a Sauber. O 'rookie' impressiona pela sua tranquilidade e eficiência na categoria, parece um veterano de tão maduro que aparenta ser. Grande trabalho do Brasileiro em seu ano de estreia.

A Williams, como era esperado, sofreu. Massa sofreu um toque de Hulkenberg logo na largada e sua corrida acabou ali. Foi para os boxes se arrastando, fez o pit e seguiu na corrida, sempre 1 volta atrás do resto do pelotão. Sinceramente não entendi porque o Brasileiro não abandonou a prova para não desgastar o motor, mas enfim... Foi o 15°, apenas uma posição atrás de seu companheiro Valtteri Bottas. Confira a classificação completa da corrida:



NA INDY...

Foto: Grande Prêmio
OUTRA VITÓRIA HISTÓRICA - 500 Milhas de Indianopólis emocionante, como sempre. De tirar o fôlego. Muitas ultrapassagens, disputas, acidentes  e suspense até o final. Tony Kanaan bateu e abandonou. A corrida inteira houve alternância na liderança entre Pagenaud, Dixon, Will Power e Kanaan. No final, o mito Juan Pablo Montoya cresceu e venceu pela segunda vez na carreira (a primeira foi em 2000) uma das corridas mais icônicas do automobilismo. São 2 vitórias em 3 Indy 500 disputadas, um aproveitamento invejável. Hélio Castroneves foi o 7°. 

Ah, a próxima corrida será daqui 2 semanas no Grande Prêmio do Canadá, nos dias 5, 6 e 7 de junho. Até lá!