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Isso tudo possível por quatro atos que se desencadearam nas últimas 15 voltas. Antes, um adendo: de novo a corrida só foi boa porque teve um Safety Car, o que embaralhou tudo. Como escrevi antes: parece a Indy, o que é bom, mas a corrida depender de um acidente ou bandeira amarela sempre para ter relevância é preocupante.
A explosiva dupla da Red Bull estava se estranhando desde o início. Ricciardo e Verstappen brigavam pelo quarto lugar. Max fazia o jogo duro de sempre, espalhando e não dando espaço. Daniel respondia, até que uma hora acabou passando. Como estava na frente, era lógico que fosse o primeiro a parar. Mais ou menos. Os supermacios estavam realizando voltas mais rápidas. O #3 foi o primeiro a parar e acabou voltando atrás de Verstappen.
Por quê a melhor estratégia daquele momento foi passada para o holandês? Lá foi Ricciardo remar tudo de novo. Sempre cirúrgico, tentou "driblar" Max, que acabou mudando de direção duas vezes, o que não é permitido. Sem ter para onde fugir, a batida foi inevitável, à la Istambul 2010 com Vettel e Webber. Mais pontos perdidos em uma disputa interna. Mais uma vez Max envolvido e (meio) culpado pela situação. Ricciardo também errou, e os dois foram duramente criticados interna e externamente. Quem sabe isso não possa ter desdobramentos para a permanência (ou não) do australiano ano que vem?
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Ato número 2: a corrida já estava na reta final. A liberação do Safety Car faria com que houvesse uma disputa desenfreada nas voltas finais. Poderíamos ter mais, de fato, se não fosse o bisonho Romain Grosjean ter conseguido a proeza (mais uma) de bater durante o Safety Car. Até Prost já fez isso... mas o que impressiona é a sequência de erros juvenis do pseudo francês (é suíço) em um ano crucial da carreira. Perdeu mais pontos importantes para a Haas no campeonato e impediu mais voltas de briga na corrida, fazendo o Safety Car ficar mais tempo na pista. Não contente em ter feito outra cagada, Grosjean acusou Ericsson (?) de causar tudo e ainda deu piti nos boxes. Tá sentindo a pressão de quem sabe que pode estar jogando a última chance pela janela. Pra quem conseguiu bater na volta que levava o carro pro grid, é possível esperar de tudo. Aliás, Grosjean será o assunto do texto de amanhã aqui.
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Ato número 3: Bottas aproveitou o Safety Car para fazer o pit stop e voltar a frente de Vettel. A Ferrari, de novo, errou na estratégia. Fez a parada cedo, quando Seb tinha 7 segundos de vantagem para Hamilton, que parou mais cedo porque estragou os pneus em um erro. A impressão é que marcaram apenas o inglês porque ele é o adversário direto, e talvez imaginaram que Bottas faria o papel de escudeiro tal qual Raikkonen. Não foi o caso. Com pneus novos e líder, Vettel via outra corrida com boas chances de vitória indo pelo ralo.
O caminho natural seria administrar e, na pior das hipóteses, garantir o segundo lugar e aumentar a vantagem para Hamilton? O tetracampeão não pensou assim e, na relargada, forçou demais ao tentar ultrapassar Bottas e caiu para quinto, superado na sequência por Hamilton, Raikkonen e Pérez. Faltou inteligência para Vettel. Um campeão de sua estirpe deveria ter administrado a situação, pensado no macro. Optou por tentar vencer, o que obviamente não é errado, mas correu muitos riscos. Perdeu o pódio, a vitória e a liderança do campeonato em duas corridas onde tinha condição para vencer ou chegar em uma posição melhor do que ficou.
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Charles Leclerc e seus primeiros oito pontos! Brilhante sexto lugar. Já tinha feito um grande trabalho ao passar para o Q2. Subindo posições, conseguia se sustentar em oitavo. Na relargada, chegou a brigar pelo quinto lugar com Sainz, mas o sexto já era demais. Importante na disputa direta contra Ericsson e na briga da Sauber pelos construtores. O monegasco pode ter começado a pavimentar sua evolução na carreira aqui, logo na quarta etapa de sua primeira temporada. O piloto do dia!
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Ah, Stroll foi o oitavo. Foi bem, marcou os primeiros pontos. Mesmo assim, ainda bem, a Williams segue em último nos construtores! Veremos se irão deixar Sirotkin ultrapassá-lo na tabela (e se o russo colaborar também).
Confira a classificação final do Grande Prêmio do Azerbaijão:
A F1 volta em duas semanas com o Grande Prêmio da Espanha, em Catalunha, nos dias 11, 12 e 13 de maio.
Até!