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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

LEMBRANÇAS QUE VOAM

Foto: Getty Images

Como o tempo passa. O blog foi criado para que eu pudesse desempenhar uma atividade de uma disciplina da faculdade de jornalismo que consistia no design das tipografias das letras e o porquê, além do uso das cores. Decidi, então, focar os meus esforços em escrever sobre algo que nos últimos tempos eu sempre tive vontade mas que me faltava a faísca: Fórmula 1.

A primeira corrida que cobri então foi o Grande Prêmio do Japão. Na primeira temporada com a era híbrida, a hegemonia da Red Bull foi substituída pela ascensão da Mercedes e o duelo entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, diante de um esdrúxulo regulamento de pontuação dobrada na última etapa do ano, em Abu Dhabi. Foi assim que escrevi os primeiros posts...



O que mais tinha me chamado atenção foi a confirmação da saída de Vettel da Red Bull. Na época, a Ferrari ainda não tinha oficializado a saída de Alonso. Portanto, era o fim de duas eras e o início de duas novas, sem saber ainda que existia a possibilidade de Alonso retornar a trabalhar com Ron Dennis.

Diante da possibilidade de um tufão, duas novidades do blog iniciante: escrevi um post no início da noite de sexta e outro na madrugada cobrindo o treino classificatório. Sinceramente, não me lembrava, mas deveria ser pelo horário e por estar acordado, no mínimo. Hoje, não tenho mais tempo para isso, infelizmente.


Me lembro de algumas partes da corrida: a saída com Safety Car em várias voltas e uma disputa até animada pela vitória, até surgir o novo carro de segurança após a batida de Adrian Sutil, na Sauber. Aí eu dormi, já estava muito tarde, se não me engano quase amanhecendo.

Quando acordei, vi Vettel e Hamilton com cara triste, o céu quase noite lá no Japão e um tom de voz quase fúnebre do narrador Luís Roberto, de muita preocupação. Comecei a pesquisar por notícias e depois não lembro o que fiz, se dormi ou fui direto votar. Precisava pesquisar, porque com o acidente do Schumacher eu fiquei o dia todo de boa achando que "era só mais uma peripécia do alemão" e quase chorei quando li a gravidade das notícias no fim do dia.

Era domingo de eleição. Não lembro se dormi e fui votar ou fiquei mais tempo pesquisando, mas aquilo acabou com o meu dia. Justo com Jules. Um acidente grave. Um piloto inconsciente. Como escrevi há meia década, a corrida estava em segundo plano. O foco era o estado de Jules.




A coisa era muito mais grave do que imaginávamos, talvez pelo otimismo de acreditar que depois de Senna ninguém mais morreria na pista. Ledo engano. Graças a incompetência da FIA em liberar a pista com um trator na área de escape e a atitude calhorda de esconder as imagens do acidente para fingir que tudo estivesse bem, além de terem colocado a culpa no francês que já estava morto, Jules morreu alguns meses depois. Inacreditável.

Logo na primeira corrida que “cobri”, um dos pilotos que eu mais torcia ficou inconsciente. Na primeira! E escrevia aos quatro cantos que Bianchi seria um piloto Ferrari nos anos seguintes. Me sinto “culpado” pelo acidente, porque parece que “ziquei” o cara. Muito triste.

Quis o destino, cinco anos depois, nos dar outra morte de um francês e colocar o tutor e amigo deles na Ferrari, local que supostamente seria de Jules por direito na sucessão natural da Ferrari. E cinco anos depois e mais de 700 posts até então, chegamos a mais um GP do Japão, comemorando cinco anos de vida. O tempo voa. Apesar do sentimento agridoce da primeira lembrança ser tão amarga, muita coisa mudou aqui no blog e na minha vida desde então, e esse espaço é quase um diário testemunha dessas transformações, embora não fale objetivamente delas por aqui, mas sim em outras redes que vocês podem acompanhar.


Até!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SAINDO DA JAULA

Foto: Divulgação
Finalmente estamos conhecendo a cara dos novos carros! Seja por apresentações online ou em sofisticados eventos (iguais aos de antigamente, aliás, saudade disso), aos poucos está vindo a tona as novidades tão alardeadas nos últimos meses no design dos bólidos. Em breve saberemos, na pista, o que o novo regulamento irá mudar na disputa, seja a hierarquia das equipes ou comparações com os modelos anteriores e das últimas décadas, principalmente a de 2000.

Farei um review das apresentações que aconteceram desde o início da semana, com a Renault, culminando com a as mais aguardadas: Ferrari e McLaren. Bora conferir (ou conferir de novo!)

RENAULT

Foto: Divulgação
A meta do RS17 é conseguir a quinta posição nos construtores. Com um projeto ambicioso e apostando no médio/longo-prazo, o time de Nico Hulkenberg e Jolyon Palmer colocou preto junto ao amarelo do ano passado, remetendo ao carro de 2010 e também ao de 1977. Aliás, os franceses completam 40 anos de F1 (entre idas e vindas, é claro). Com um novo regulamento e o motor mais potente (confiável? No teste dos 100 km promocionais da Toro Rosso, a unidade motriz francesa deu problema e andou apenas seis voltas), a Renault busca se consolidar na zona dos pontos nesse ano. Com um carro melhor, dinheiro, equipe técnica de fábrica qualificada e o sempre competente Nico Hulkenberg (apesar de Palmer continuar na equipe), os franceses certamente terão uma temporada melhor que a de 2016, mas não sei se ainda assim será possível considerar, no final do ano, um grande avanço.

Renault R30, de 2010. Foto: Getty Images
Renault de 1977. Foto: Renault
FORCE INDIA

Foto: Divulgação

Parece que foi ontem, mas essa será a décima temporada da Force India. Sob o comando do excêntrico, polêmico e procurado pela justiça indiana Vijay Mallya, a equipe busca se consolidar entre as 5 melhores da F1 e manter o excelente quarto lugar conquistado em 2016, melhor resultado da história da escuderia. Vijay também aproveitou para cutucar Cyril Abiteboul, da Renault, que afirmou que as equipes independentes (aka Force India e Haas) iriam sofrer para acompanhar o ritmo das gigantes.

É sabido que a Force India é uma das equipes com maiores dificuldades financeiras do circo. Diferentemente da Sauber, os indianos sabem aproveitar muito bem o pouco dinheiro que tem e conseguem resultados muito acima do que seu orçamento poderia almejar. Sobre o carro: Ele continuou cinza demais. Precisamos de uma F1 mais colorida! Bem que a Force India podia voltar a pintura antiga, com branco e menos cinza/preto. Anyway, o bólido é bonito, mesmo com esse bico gonzo que lembra 2014. Agora, a responsabilidade de ser o líder do time é do mexicano promissor Sérgio Pérez, que a cada temporada evolui mais, agora com o talentoso e jovem francês Esteban Ocon do seu lado, que venceu a disputa com Pascal, mas terá que mostrar resultados quase que imediatos para os indianos.

Foto: Reprodução
Capacete de Ocon. Lembra o do Schumacher, não? Foto: Motorsport
MERCEDES

Foto: Divulgação
A beleza do carro aponta que o tetra de construtores está a caminho. A Mercedes manteve as flechas de prata impecáveis! Segundo informações da imprensa europeia, os alemães irão testar o carro com e sem a barbatana nas sessões de Barcelona. Os atuais tricampeões foram os únicos que não optaram pelo uso de tal artefato até então.

O W08 foi apresentado no circuito de Silverstone, onde Hamilton e Bottas fizeram o shakedown dos 100 km permitido para filmagens publicitárias. O tricampeão, aliás, transmitiu toda a cerimônia através do seu Instagram, e existe um vídeo para visualizar o carro em 360°. Mesmo com a manutenção do cinza predominante, o carro tem mais detalhes verdes e azuis nas laterais (fruto do patrocínio com a Petronas).




Mais uma vez como a equipe a ser batida, a Mercedes surge novamente como grande favorita a dominar o Mundial, com a Red Bull como única real concorrente. O grande desafio para os fãs é saber se Bottas será tão combativo quanto Rosberg contra o inglês, que está ferido com a perda do título no ano passado e vai fazer de tudo, dentro e fora da pista, para dominar o regular finlandês. Bottas terá a grande chance de mostrar e justificar todo seu hype pelo mundo da F1 e por Toto Wolff. Ano que vem Alonso e Vettel deverão estar livres no mercado...

Um fato: os carros estão muito mais largos do que em relação ao passado.

Foto: Reprodução
FERRARI

Foto: Reprodução
Intitulado SF70-H (de Humberto), a Ferrari vem com menos detalhes brancos. Ainda bem, o modelo do ano passado era muito feio. Os italianos também adotaram a barbatana e também uma "miniasa em T", também vista na Mercedes, além das entradas de ar laterais mais agressivas. 

Apesar de ser um carro muito bonito, é muito difícil apostar em um ano positivo para a Ferrari. Com o perfil de curto prazo e sem deixar os projetos evoluírem, Marchionne já cortou várias cabeças do time, como por exemplo James Allison, recém transferido para a Mercedes. Sem continuidade, os italianos deverão ficar atrás de Mercedes e Red Bull, com remotas chances de vitória. Um legítimo desperdício de dinheiro. O presente e futuro do cavalinho rampante é um mistério: deve ser o último ano de Kimi e talvez de Vettel. Com a falta de resultados fruto da não continuidade dos profissionais, a Ferrari deve continuar gastando e contratando "messias", em busca de um dia ser aquela equipe do tempo que tinha Schumacher-Todt-Brawn. Más notícias: isso nunca vai acontecer.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

McLAREN

Foto: Divulgação
Depois de anos com os fãs e malas imaginando e enchendo o saco por uma McLaren laranja, a equipe de Woking finalmente cedeu aos pedidos e apresentou o MCL32, o primeiro com tons alaranjados desde 1971.

Para a decepção dos que ainda acreditam no visual da McLaren, o carro ficou mais parecido com a Arrows, Marussia ou até Spyker do que o imaginário idealizava, que remete aos testes da pré-temporada de 2006. A mudança de cor, nome, acionista e regulamento são indicativos para que a McLaren volte a ser uma equipe vencedora. A última temporada decente foi em 2012 e a parceria com a Honda não engrenou, pelo contrário. Com Alonso e agora o jovem e talentoso Vandoorne, a expectativa é que a McLaren consiga pontuar mais vezes e que o motor japonês seja mais potente e confiável.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Macacões também têm detalhes alaranjados. Foto: Divulgação

Entretanto, o processo da McLaren também é "lento, gradual e seguro", como o da Renault. Apenas a continuidade e o forte investimento em todas as áreas da equipe que fará com que ambas possam voltar aos tempos de protagonista. Por enquanto, o caminho é longo e a desvantagem para Mercedes e Red Bull é imensa. Quem sabe essa distância comece a diminuir em 2017?

Só há uma maneira de saber: vendo na pista!

MCL32 ou Marussia? Foto: UK2
MCL32 ou Spyker? Foto: Getty Images

Arrows ou McLaren? Foto: Getty Images

Williams (de forma oficial), Haas, Toro Rosso e Red Bull apresentarão seus carros nos próximos dias. Na semana que vem, começam os primeiros testes da pré-temporada, sempre em Barcelona.

Pra você, qual é o carro mais bonito até agora?

Até mais!

segunda-feira, 18 de julho de 2016

1 ANO SEM JULES

Foto: Car Throttle
17 de julho de 2015. Há um ano, Jules Bianchi sucumbia após 9 meses em coma, em Nice (onde, nesta semana, houve o ataque no Dia da Bastilha). A primeira morte em um evento da F1 desde Senna, logo na estreia deste blog querido... Pesado, principalmente para quem não está acostumado com a morte, como eu.

A notícia da morte de Jules não foi uma novidade. Era como se fosse um ritual, uma mera formalidade. O fim do sofrimento da família. Impossível não lembrar de Michael Schumacher, cujo situação é um mistério. Há meses não sai nenhuma informação oficial, por opção da família. O que resta é torcer e rezar para a recuperação do heptacampeão mundial.

Jules tinha um potencial enorme. Meses antes, fez história ao chegar em nono lugar em Mônaco e marcar os únicos dois pontos da finada Marussia (dois anos depois, coube a Pascal Wehrlein repetir a façanha, ao marcar um pontinho na Áustria, pela Manor). Membro da academia de pilotos da Ferrari, cedo ou tarde faria dupla com Sebastian Vettel (Provavelmente estaria duelando com ele agora). Antes, iria ficar um ano na Sauber, segundo consta os milhares de contratos assinados por Monisha Kaltenborn naquela temporada. Depois, apenas exercícios de imaginação para traçar a trajetória do piloto francês.

De forma covarde, a FIA o considerou culpado no relatório do incidente. Entretanto, todos sabemos que ele não é. Passados um ano da morte, a F1 está paranoica com a questão da segurança. Paranoica mesmo, demais, chegando ao ponto de ser ridícula. Era apenas evitar a presença de um trator no escape em pista molhada e não ter reiniciado a corrida naquele instante. Mas não. Impactada com a tragédia, a FIA vai enfiar goela abaixo o tal Halo, que não oferece, ao menos agora, garantias de que fato deixe o carro mais seguro. Por enquanto, apenas a crítica de que isso atrapalha a visão dos pilotos. Corrida na chuva? Nem pensar. É necessário andar algumas voltas atrás do Safety Car até que a pista fique quase seco. O Virtual Safety Car é uma medida que ajuda os carros a diminuírem a velocidade em pontos onde há acidentes, evitando a entrada do carro.

Evidente que a segurança sempre é importante. Entretanto, evitar a disputa entre os pilotos é errado. Ora bolas, são as 22 máquinas e os 22 melhores pilotos do mundo. Eles têm condições técnicas de encarar todo o tipo de adversidade (técnica, climática ou qualquer outra) possível. Por mais que as medidas de segurança sejam tomadas e os carros sejam modernos e seguros, uma coisa é certa: O automobilismo é perigoso. Fim.

Enfim, fiquem com a lembrança do onboard das últimas voltas de Jules Bianchi em Mônaco. No vídeo, há os áudios dos rádios que ele e a Marussia trocaram durante o GP. O francês terminou em 8°, mas com a penalidade de 5 segundos por ultrapassagem irregular durante o período de safety car o fez terminar em nono. Quem se importa? A história já estava feita:


#JB17

segunda-feira, 20 de julho de 2015

DESCANSE EM PAZ, JULES

Foto: AutoSport

Soube do fato apenas na tarde de sábado. Só pude escrever agora. E o que se pode escrever num momento desses? Bom, vou tentar..

Na semana passada, o pai de Bianchi já havia se manifestado sobre as incertezas e a falta de evolução da saúde de seu filho. A notícia da morte é triste, obviamente, mas acaba com o sofrimento da família em ver Jules inanimado numa cama, sem perspectivas de melhora. O choque, em virtude da gravidade do acidente, foi há 9 meses.

Foto: ESPN

2 mortes nos últimos 3 anos em acidentes que envolveram a mesma equipe (Marussia). Também vale destacar que em ambas as tragédias um carro de Fórmula 1 bateu em um objeto que não deveria estar no lugar: Um caminhão e um trator. Ou seja, os carros de Fórmula 1 não são tão seguros quanto parecem, mas também é verdade que o carro não é o principal problema, e sim a organização das corridas que permitem essas situações. A FIA, que no seu relatório culpou o piloto e a equipe pelo incidente, tomou pequenas atitudes que simbolizam sua responsabilidade, mesmo que nunca publicamente assumida, no acidente de Jules.

Imagem retirada do Twitter

Algumas corridas dessa temporada tiveram os horários alterados, para evitar o que aconteceu no Japão ano passado e na Malásia em 2009: Tempestades (fortes chuvas e falta de iluminação natural) que prejudicassem e pudessem cancelar a corrida (no caso malaio); A implantação do Safety Car Virtual e a aposentadoria do número 17 (utilizado por Jules), anunciada pelo presidente da FIA, Jean Todt.

Perde-se um grande talento, que certamente merecia mais do que a Marussia. Dizem que já estava tudo encaminhado para o francês pilotar a Sauber nesse ano e o ex-presidente da Ferrari, Luca Di Montezemelo, confidenciou que Bianchi estava nos planos para substituir Kimi Raikkonen na Ferrari em 2016. Agora só resta lamentar e prestar solidariedade para familiares e amigos. #RIPJules

* AH, O DESTINO... - Companheiro de Jules Bianchi na Marussia em 2013 e 2014, Max Chilton venceu no sábado, horas depois da morte do francês, sua primeira corrida na Indy Lights, categoria de acesso para a Fórmula Indy. O Britânico dedicou a vitória a Jules, e afirmou que pensava nele "a cada cinco ou dez voltas" e que seria um futuro campeão mundial.

#RIPJules e #KeepFightingMichael
Homenagem do MiniDrivers:


OnBoard de Jules momentos antes da bandeirada em Mônaco, únicos pontos dele e da Marussia na F1:








sexta-feira, 3 de julho de 2015

GP DA INGLATERRA - Programação

O Grande Prêmio da Inglaterra foi disputado pela primeira vez em 1948. Atualmente é disputado em Silverstone, perto da cidade de mesmo nome, em Northamptonshire. Juntamente com o GP Italiano, são as duas únicas corridas que figuram no calendário de todas as temporadas da Fórmula 1, desde 1950.
Já foi disputado em Aintree (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962), Brands Hatch (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986) e Silverstone (1950 até 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, 1987 - presente), que teve seu traçado reformado em 2010.

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Fernando Alonso - 1:30.874 (Ferrari, 2010)
Pole Position: Lewis Hamilton - 1:29.607 (Mercedes, 2013)
Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)
Maior vencedor: Jim Clark (1962, 1963, 1964, 1965, 1967) e Alain Prost (1983, 1985, 1989, 1990 e 1993).

CADEIRA ELÉTRICA

Foto: Grande Prêmio
Documentos relacionados à investigação do acidente sofrido por Maria de Villota pela Marussia em 2012 mostra que a pilota Espanhola estava "lutando" contra o carro e com dificuldades para reduzir a velocidade no momento do acidente, no dia 3 de julho de 2012 (Exatamente 3 anos atrás). Ela realizava testes aerodinâmicos numa pista improvisada do aeroporto Duxford. Ao voltar para a área onde o time estava, o carro acelerou subitamente enquanto ela parava e se chocou contra a rampa de carregamento de um caminhão que estava estacionado à beira da pista.

Desde então, Maria foi hospitalizada e teve diversas operações cirúrgicas no seu crânio, além de perder o olho direito, o olfato e o paladar, mas se recuperou. Todavia, no ano seguinte, faleceu devido às sequelas da batida. 

Bom, Maria de Villota e Jules Bianchi foram as vítimas mais recentes da Fórmula 1. Ambos pilotavam a Marussia. A morte de Maria e o estado quase irreversível de Jules mostram que a segurança dos pilotos precisa ser constantemente fortalecida. #ForzaJules


QUEM IRÁ SUBSTITUIR KIMI?

Foto: Grand Prix 247
As informações que chegam dos bastidores indicam que o Finlandês Kimi Raikkonen irá deixar a Scuderia Ferrari no fim da temporada e se aposentar da F1. Constantemente batido pelo companheiro de equipe desde que retornou a Maranello (Alonso e Vettel) e com um desempenho abaixo do esperado (nesse momento, é o 4°, apenas 5 pontos à frente de Bottas e 10 de Massa), a "rádio Paddock" volta à ativa nesse período do ano e começa a agitar as especulações.

Os três candidatos a ocupar essa vaga sonhada por 12 entre 10 pilotos de corrida são: Valtteri Bottas, o compatriota, cheio de "hype" do paddock e apontado como "futuro campeão do mundo". Daniel Ricciardo, sempre sorridente, 3 vitórias no ano passado e dominou um Vettel "desmotivado". Não está satisfeito com a Red Bull: Ameaças de saída da categoria, carro (leia-se motor Renault) não competitivo... Certamente será vetado por Sebastian, por razões óbvias. Por último, Hulkenberg. Não é fênix, mas ressurgiu das cinzas após vencer de forma incrível em Le Mans. Tem 29 anos, o que é um empecilho. Os Italianos, em tese, gostariam de um piloto 2A ou 1B mais jovem.

Estamos ainda em Julho. Uma definição deve ser tomada a partir de Setembro. Entretanto, é impossível prever o que vai acontecer até lá. Não há uma informação concreta (a única é que o contrato de Kimi encerra-se em Dezembro). O resto é chute da imprensa. Falta de assunto?

CLASSIFICAÇÃO:

1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 169 pontos
2 - Nico Rosberg (Mercedes) - 159 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 120 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 72 pontos
5 - Valtteri Bottas (Williams) - 67 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 62 pontos
7 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 36 pontos
8 - Daniil Kyvat (Red Bull) - 19 pontos
9 - Nico Hulkenberg (Force India) - 18 pontos
10- Romain Grosjean (Lotus) - 17 pontos
11- Felipe Nasr (Sauber) - 16 pontos
12- Sérgio Pérez (Force India) - 13 pontos
13- Pastor Maldonado (Lotus) - 12 pontos
14- Max Verstappen (Toro Rosso) - 10 pontos
15- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 9 pontos
16- Marcus Ericsson (Sauber) - 5 pontos
17- Jenson Button (McLaren) - 4 pontos

CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 328 pontos
2 - Ferrari - 192 pontos
3 - Williams Mercedes - 129 pontos
4 - Red Bull Renault - 55 pontos
5 - Force India Mercedes - 31 pontos
6 - Lotus Mercedes - 29 pontos
7 - Sauber Ferrari - 21 pontos
8 - Toro Rosso Renault - 19 pontos
9 - McLaren Honda - 4 pontos

TRANSMISSÃO

Foto: Arte Globoesporte.com


quinta-feira, 21 de maio de 2015

GP DE MÔNACO - Programação

O Grande Prêmio de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos do automobilismo, juntamente com as 500 milhas de Indianopólis e as 24 horas de Le Mans. É um circuito de rua de Monte Carlo, com 3340 metros de extensão e que exige  muita precisão, devido a uma grande quantidade de curvas e a estreita largura das ruas que formam o percurso.
Passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 1955.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Michael Schumacher - 1:14.439 (Ferrari, 2004)
Pole Position: Sebastian Vettel - 1:13.556 (RBR, 2011)
Último vencedor: Nico Rosberg (Mercedes)
Maior vencedor: Ayrton Senna - 6x (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)

O ÚLTIMO DOS MOICANOS?

Foto: F1 Fanatic


Em entrevista ao Grande Prêmio, Felipe Massa se mostrou muito preocupado com o futuro do automobilismo no Brasil. Ele elogiou Felipe Nasr e torce pelo seu sucesso. Massa completou afirmando que, atualmente, seu xará é o único Brasileiro com condições de brilhar na F1, mas não descarta nomes como Pietro Fittipaldi e Pedro Piquet no futuro. Sem categoria de base (a única disputa no país é a F3 Brasil) a tendência é ter menos pilotos mesmo, uma conclusão óbvia.

BUSCANDO O 'TRI'

Foto: Divulgação
Nico Rosberg pode alcançar uma marca expressiva no próximo domingo. O Alemão busca a sua terceira vitória consecutiva no Principado, o que seria uma conquista espetacular, pois vencer em Mônaco já é um privilégio, imagina vencer três vezes? Nico vem motivado depois de vencer a primeira prova na temporada e busca manter a supremacia nas ruas de Montecarlo para diminuir a distância em relação a Hamilton e botar fogo no campeonato, igual no ano passado, quando "errou" em uma curva no Q3, fez Hamilton abortar a volta, garantiu a pole, venceu e instalou uma crise na Mercedes e na relação pessoal dos até então "parceiros". Será que veremos uma repetição disso tudo?

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 111 pontos
2 - Nico Rosberg (Mercedes) - 91 pontos
3 - Sebastian Vettel (Ferrari) - 80 pontos
4 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 52 pontos
5 - Valtteri Bottas (Williams) - 42 pontos
6 - Felipe Massa (Williams) - 39 pontos
7 - Daniel Ricciardo (Red Bull) - 25 pontos
8 - Romain Grosjean (Lotus) - 16 pontos
9 - Felipe Nasr (Sauber) - 14 pontos
10- Carlos Sainz Jr (Toro Rosso) - 8 pontos
11- Max Verstapeen (Toro Rosso) - 6 pontos
12- Nico Hulkenberg (Force India) - 6 pontos
13- Sérgio Pérez (Force India) - 5 pontos
14- Marcus Ericsson (Sauber) - 5 pontos
15- Daniil Kvyat (Red Bull) - 5 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 202 pontos
2 - Ferrari - 132 pontos
3 - Williams Mercedes - 81 pontos
4 - Red Bull Renault - 30 pontos
5 - Sauber Ferrari - 19 pontos
6 - Lotus Mercedes - 16 pontos
7 - Toro Rosso Renault - 14 pontos
8 - Force India Mercedes - 11 pontos

CURTINHAS

* ATÉ 2018 = Fim das especulações. Na manhã de ontem, Lewis Hamilton renovou seu contrato com a Mercedes por mais 3 temporadas. Dizem que ganhará 100 milhões de libras nesse período de tempo, sendo o esportista britânico mais bem pago da história. O começo da parte Europeia dá início a "silly season", período de chutes e especulações sobre contratação, renovação e dispensa dos pilotos para as próximas temporadas. Tipo Bottas na Ferrari ou na Mercedes já no ano que vem, essas coisas. Tá só começando, mas menos uma novela, pois o processo de renovação contratual de Hamilton durava quase 1 ano.

* PUNIDO = Pode se afirmar já com antecedência que o final de semana de Romain Grosjean não deverá ser dos melhores. Além de ceder o carro para o britânico Jolyon Palmer em um dos treinos livres, o francês vai perder 5 posições na largada devido a Lotus ter trocado sua caixa de câmbio. Maldonado é uma chicane ambulante. Com isso, as chances da Lotus sair zerada de Mônaco não são pequenas, muito pelo contrário.

P.S: Um ano atrás, Jules fazia história pela Marussia. É triste que ele não esteja no circo da Fórmula 1 para comemorar esse feito com seus amigos e companheiros de equipe. Muito triste. #ForzaJules

TRANSMISSÃO

Foto: Arte Globoesporte.com

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

QUEDA DE BRAÇO E IRONIAS DO DESTINO

Foto: GP Update

Começarei o post abordando um tema que começou  na semana passada: Durante a reunião do Grupo de Estratégia da F1 (que é encabeçado por FIA, Ferrari, McLaren, Williams, Mercedes, Red Bull e a melhor colocado do último ano - Force India), foi discutido se a Manor Racing (novo nome da Marussia) poderia disputar a temporada de 2015 com o chassi de 2014, dada a falta de tempo e recursos para a construção de novos bólidos até o GP da Austrália, daqui um mês. Eles precisariam da aprovação unânime dos presentes. Apenas a Force India rejeitou a proposta, exigindo mais "bases sólidas" (finanças, detalhes) do projeto.

Bom, mesmo que os indianos não admitam, um bom motivo para recusar a proposta da Manor é o fato de que uma quantia dos 30 milhões de libras que a ex-Marussia tem direito será distribuído entre todas as equipes do mundial, o que dá alguns milhões para a Force India.

IRONIA N° 1 - Aí que entra uma série de polêmicas. A equipe de Vijay Mallya passa por seríssima crise financeira e já anunciou que também estará de fora dos testes de Barcelona, de 19 a 23/02. "Talvez no terceiro". E tem mais: A produção do chassi 2015 foi terceirizada, e ainda não foi efetuado o pagamento para essa empresa. Com isso, o carro ainda não foi utilizado no Crash Test obrigatório da FIA, o que está gerando todo esse caos. O dinheiro da Manor viria como uma mão na roda para sanar esse imbróglio financeiro.

Bem, por enquanto a Manor/Marussia está fora. Entretanto, os ex-russos tem até o Bahrein para conseguirem uma licença e, quem sabe, convencer a Force India, que pode ser a próxima a ter que recorrer ao chassi de 2014 para disputar a F1 neste ano. Seria engraçado, não?



Foto: Twitter
IRONIA N°2 - Vettel é conhecido por mudar seu casco a cada corrida. Todavia, segundo a imprensa europeia, essa sua mania parece ter acabado. A foto de cima é de Michael Schumacher nos anos 80, quando disputava o Mundial de Kart. Pois bem, o capacete de Vettel na pré-temporada é, no mínimo, semelhante a do heptacampeão do mundo. A assessoria de imprensa de Seb diz tratar-se apenas de uma coincidência. De qualquer forma, é uma grande homenagem, mesmo que sem querer, para um dos maiores esportistas da história.

Compare com o capacete de Vettel utilizado nos testes em Jerez:

Foto: Blog do Fábio Seixas

É isso galera, amanhã tirarei mais 2 sisos, e passarei o carnaval repousando... Não é a folia dos sonhos, mas é o que temos para o momento. Voltarei semana que vem para o começo dos testes em Barcelona. Até lá! Aproveitem a folia, mas sempre com cuidado!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

JEREZ, ÚLTIMO DIA

Foto: Getty Images

Fim de testes em Jerez. Agora, só em Barcelona. Nesse último dia, as equipes de motor Ferrari mais uma vez fizeram 1-2. Kimi Raikkonen coloca a Ferrari na frente em 3 dos 4 dias com o tempo mais rápido da semana: 1:20.841. A Sauber de Ericsson terminou em segundo, seguido de Hamilton, Max Verstappen e Felipe Massa.

É possível observar de forma clara que a dupla de motor Ferrari está priorizando os long runs com pneus macios e menos gasolina no tanque. Para a Sauber, é mais compreensível: Andar na frente possibilita a chegada de novos patrocinadores que eles tanto precisam. A Ferrari, repito, é uma incógnita.

Por outro lado, Williams e Mercedes optaram por fazer stints de corrida, tanque cheio, ajustes aerodinâmicos, essas coisas. Tanto é que Hamilton fez 114 voltas e Massa, 73.

Foto: Getty Images

Button fez o melhor tempo da McLaren na semana, por volta de 1:27, muito longe das outras equipes. O Britânico andou 3 voltas a mais do que Alonso (35 contra 32), mas os problemas persistem: Dessa vez, na bomba de combustível. Em todas as diversas, o pessoal de Woking aparenta tranquilidade e confiam na solução dos contratempos e desenvolvimento do carro. Será?

NOTÍCIAS:

* Ontem, vi no Twitter que a Force India está com problemas e talvez também se ausente das sessões em Barcelona do dia 19 a 23 de fevereiro.... É a realidade da Fórmula 1.

* BOMBA: A Marussia já teria pago a taxa de inscrição e pode continuar na categoria, com o nome de Manor. Os credores devem assumir o comando da equipe no dia 19 de fevereiro. Até 15 dias atrás, estavam prestes a vender tudo no "ferro velho". Agora, podem voltar. Enfim, acredito que não seja nada diferente do que foi a passagem dos russos na F1, talvez até pior, pois nem carro existe, logo, o desenvolvimento é zero. Entretanto, é sempre bom ver vários carros no grid ao invés dos 18 que estão confirmados, a princípio. Os 30 milhões de libras recebidos pela equipe em virtude do nono lugar nos construtores do ano passado também podem viabilizar o acordo.

* BERNIE ATACA OUTRA VEZ: O eterno mandachuva da F1 Bernie Ecclestone vai discutir na reunião de amanhã do Grupo de Estratégia da F1 o retorno dos motores V8 biturbo de 2,2 litros em 2017, substituindo os V6 atuais, segundo a "Gazzetta dello Sport". Ele diz que os V6 "não foram feitos para a F1". No entanto, Jean Todt e Andy Cowell, homem forte do desenvolvimento do motor Mercedes, são contrários. Cowell diz que as equipes precisam de tempo para desenvolver o projeto, que pode atingir até 1630 cv. Esse projeto vai de encontro com a crise da F1, onde vemos a maioria das equipes com corte de gastos, dívidas e incertezas. Mas parece que Bernie não está muito interessado nisso. Seu sonho é ter 3 carros da Red Bull, Ferrari, McLaren e Williams, isso basta.

Confira os tempos do último dia de testes em Jerez:

1 - Kimi Raikkonen (Ferrari): 1m20s841 (106 voltas)
2 - Marcus Ericsson (Sauber): 1m22s019 (112)
3 - Lewis Hamilton (Mercedes): 1m22s172 (117)
4 - Max Verstappen (STR): 1m22s553 (97)
5 - Felipe Massa (Williams): 1m23s116 (73)
6 - Romain Grosjean (Lotus): 1m23s802 (53)
7 - Daniil Kvyat (RBR): 1m23s975 (64)
8 - Jenson Button (McLaren): 1m27s660 (35)

Os testes da F1 retornam em 2 semanas, em Barcelona. Até lá!


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

REVIRAVOLTAS?

Foto: Blog do Groo

O título do post diz tudo. Mudanças de planos, surpresas, reviravoltas.

Primeiro, viajei de última hora para curtir mais um pouco do litoral e só retornei no domingo.

Nos últimos dias, o mundo da F1 teve rumores bastante significativos.

Primeiro: O possível retorno da Marussia
O chefe de equipe (ou ex-chefe, melhor dizendo) John Booth disse que tem negociações avançadas com um "investidor forte". Inclusive o leilão das peças da equipe que estavam marcadas para essa semana foram adiadas, apimentando ainda mais o rumor.
Como disse o Flávio Gomes, "quem seria o maluco a comprar a Marussia?". A equipe está com dívidas incontáveis (A maior parte para a Ferrari, por causa dos pneus, e a McLaren, que fornecia o simulador). E o retorno da Marussia, se confirmar, vai modificar o nível de competitividade do time? Isso que tem que montar o carro da temporada ainda, faltando menos de 2 meses para o começo da temporada.

Segundo: A FIA teria autorizado a Honda a também desenvolver o seu motor durante essa temporada. É justo. Se abriram a brecha pras outras três, tem que abrir pra Honda também. Sem mimimi de "Ah, eles ficaram 1 ano sem desenvolver enquanto a Honda teve 1 ano pra se preparar". Acontece que a Honda nem testou na pista ainda, o que é fundamental.

Terceiro: A crise da F1
Estamos quase no fim de janeiro e Lotus (se é que vai continuar), Williams e Sauber não anunciaram quando lançarão os carros para os primeiros treinos do início de fevereiro. Todas as equipes estão com o planejamento atrasado, inclusive a toda poderosa Mercedes só irá fazer o lançamento do carro momentos antes da sessão de treinos em Jerez.
A única equipe que terá um evento pomposo de lançamento (cof cof, Carlos Slim) é a Force India que será hoje à tarde. Mesmo assim, Vijay Mallya e sua trupe já anunciaram que só irão participar dos testes dos dias 19 a 23 de fevereiro. Bagunça no regulamento, no calendário (entrada totalmente aleatória do GP da Coreia e sua posterior retirada, saída de Nurburgring e o fim do revezamento com Hockenheim), equipes com sérias dificuldades financeiras (Tirando RBR, Ferrari, McLaren e Williams e a satélite STR), motores turbo que não empolgaram, a petulância de Bernie que está afundando a categoria. Até agora não sabemos se terá 16, 18, 20 ou 22 carros nessa próxima temporada.

Serão longos, árduos e estressantes dias de ajustes, treinos, reuniões e decisões das equipes, FIA e FOM até a primeira quinzena de Março.

Bom, amanhã terá um post do lançamento do carro da Force India, na Cidade do México. Espero que seja bonito.

Bom estar de volta.


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

ANÁLISE DA TEMPORADA 2014 - Parte Final

É hoje! Após muita espera, finalmente terminarei esse troço. Não é má vontade, é preguiça mesmo. Calor e tal... Enfim, bora escrever um bocadim sobre as piores equipes da temporada, que sofreram com problemas financeiros e acidentes quase (ou semi) trágicos. Lotus, Marussia (RIP), Sauber e Caterham. Let's go!


LOTUS - O fim de 2013 já projetava que 2014 seria pífio. A saída e o não-pagamento de Kimi Raikkonen para a Ferrari (que "levou" James Allison e Dirk de Boer junto) e a grave financeira culminaram no grande atraso para o desenvolvimento do carro desse ano. A chegada de Pastor Maldonado amenizou um pouco, mas não foi o suficiente. A equipe teve que usar os 100 km disponíveis para comerciais para que o carro rodasse alguns quilômetros. Maldonado e Grosjean, dois malucos ousados ao volante, não conseguiram grandes coisas. O carro não permitia. O Francês evoluiu muito, bateu menos, e conseguiu bons pontos na Espanha, sua melhor perfomance na temporada. O Venezuelano, por outro lado, só acidentes (nada surpreendente). Ambos permanecem, e a tendência é que as coisas fiquem um pouco melhores para o lado da equipe mais zoeira das redes sociais. Mas nada muito animador não.

MARUSSIA - A brava e heroica equipe russa foi do céu ao inferno em pouco tempo. No confronto direto com a sua rival de carro ruim, a Caterham, a Marussia conquistou 2 pontos históricos com o mito, a lenda Jules Bianchi em Monte Carlo! MONTE CARLO! Muita festa, emoção e 40 milhões de Euros garantidos para a próxima temporada. Garantidos? Aí é que o inferno entra em ação. Na caótica e chuvosa Suzuka, Bianchi bateu gravemente num trator e chocou o mundo. Há 20 anos não acontecia um acidente tão grave na Fórmula 1. Primeiro Schumacher, depois Bianchi. Dá para lembrar de Dario Franchitti, Dan Wheldon e o outro maluco que um cara da Nascar atropelou esse ano. Até hoje o Bravo Francês está inconsciente em sua terra natal, Nice. Assim como Schumacher, sua situação é misteriosa. Apenas soubemos que ele sofreu uma lesão axional difusa. Leigamente falando, é pior que a lesão de Schumacher. Na corrida seguinte, na Rússia (GP histórico, em casa), o "luto" tomou conta. Apenas Chilton correu. Logo em seguida, foram expostos os problemas financeiros e a Marussia se retirou de cena pela porta dos fundos. Agora, seus restos estão sendo vendidos para fãs e colecionadores. Foi horrível enquanto durou. O que fica na memória são os 2 pontos em Mônaco.

SAUBER - Sem dúvida nenhuma, a pior equipe do ano. Ridículo, sem mais. Uma escuderia com tanta tradição não pode ficar sem marcar pontos e terminar atrás de um time falecido. A escolha dos pilotos foi muito errada. Gutiérrez, um mero pagante, e Sutil, que já tinha sido chutado da Force India. Dupla sem sal + Vários problemas financeiros e técnicos = Ano péssimo. Acho que Peter Sauber e a Monisha aprenderam com os erros: Contrataram Ericsson e Nasr, dupla jovem, promissora e, o mais importante atualmente, cheia de verdinhas. Com o atrasado motor Ferrari, o 2015 da equipe suíça será melhor que esse ano, afinal de contas: "Pior que tá, não fica", já dizia o sábio...


CATERHAM - Para finalizar com o pior. Tem que amor próprio e desamor com o dinheiro para se oferecer a correr por uma equipe sem perspectivas. Foi o que Kobayashi e Ericsson fizeram. Impossível avaliar o que eles fizeram. Sem competitividade nenhuma, ambos ficaram nas manchetes pelos incidentes com Felipe Massa em Melbourne e Mônaco, respectivamente. Na metade da temporada, com a falta de grana, Koba saiu e André Lotterer, aquele do WEC, correu algumas voltas até o carro pifar em Spa. Tony Fernandes vendeu a equipe para Colin Kolles (Sempre ele, o ceifador de equipes) e Albers. Uma confusão nada, e a administração da Caterham parou nas mãos de um seguro, sei lá o nome. Ausente dos EUA e Brasil, graças a fãs malucos que gastam seu suado salário (ou não) para que uma equipe nanica corresse em Abu Dhabi. Nada mudou. Só a direção da escuderia. Provavelmente ela estará fora da F1 em 2015. Todas as três equipes que entraram em 2009 e confiavam no teto orçamentário do então presidente Max Mosley caíram no dibre: Marussia, Hispania e Caterham vazaram. O que Gene Haas deve estar pensando? Isso é assunto para outro post.

Se a Caterham sobreviver, será mais do mesmo. Mas, é sempre melhor um grid cheio do que vazio, não? Ao contrário do que pensam Bernie Ecclestone e os chefes de equipe arrogantes das principais escuderias do circo da Fórmula 1.


E assim, com muito prazer, suor (tá quente pra c$#$#%#$) e satisfação, encerro minha humilde análise do ano "Fórmulaumístico". Espero que tenham gostado. Fui!

#ForzaJules


sábado, 8 de novembro de 2014

O BOMBEIRO E O FOGO QUE NÃO APAGOU


Essa foi a imagem mais significativa do dia de treinos livres em Interlagos. Um carro problemático que precisa de um bombeiro para apagar os problemas da equipe, literalmente. Como dá para ver, a Ferrari de Alonso pegou fogo e ele mesmo apagou as chamas. Mas isso fica para depois.

Nico Rosberg foi o mais rápido do dia mais uma vez, mostrando que está forte nas classificações. Aparentemente, Hamilton está priorizando o acerto para a corrida e parece dar resultados. Pela manhã, os destaques foram as STR, com Kyvat em 3° e o adolescente Max Verstappen em 5°, com Alonso entre eles. Massa foi o 8° e Felipe Nasr 12°. A primeira bandeira vermelha do dia foi de autoria do Espanhol Daniel Juncadella, que deu uma pancada no fim do treino com sua Force India e ainda por cima fez com que Pérez não pudesse utilizar o carro pela tarde. Ou seja, o Mexicano já tem punição de 7 posições da corrida passada e sequer andou hoje... Tá feia a coisa pro 'Checo'.

Já no período da tarde, a dupla da Mercedes se manteve, e Kimi Raikkonen fechou em 3°, mostrando poder de reação. (Tá, vocês vão dizer que treino livre não vale nada e tudo mais, vocês estão certos. Porém, nem nisso o Kimi tava bem, então dá para valorizar isso, né não?). Ricciardo ficou em 4°, Bottas em 5° e Massa em 6°.
Todavia, o destaque desse treino foi a grande quantidade de bandeiras vermelhas: Foram 3 abandonos + a ausência de Pérez no treino. Tudo começou com a quebra de Vergne no início da sessão, passou pelo estouro do motor de Alonso e o problemático carro da Sauber de Gutiérrez parando no mesmo ponto (reta oposta) pouco depois. Novamente, a disputa será de quem irá ser o 3° colocado no domingo, já que em condições normais de temperatura e pressão a dupla da Mercedes está muito a frente dos demais, tipo Cruzeiro e Atlético-MG atualmente...

Foto: Grand Prix


RIP MARUSSIA - O pior se confirmou. Ontem pela manhã a Marussia anunciou que encerrou suas atividades e está fora da F1. Até sua fábrica de carros esportivos faliu. De certa forma, foi um pouco surpreendente sua morte, ingênuamente falando. Acreditei que com os 2 pontos de Bianchi e a grana que receberiam seriam suficientes para que continuassem. Esse foi um ano de altos e baixos. Preferi colocar a foto do único momento de felicidade da equipe russa em 4 anos de existência: Os pontos heroicos do herói Jules e a festa emocionante dos mecânicos após a corrida são, com certeza, uma das grandes imagens da temporada. Mas depois da bonança, veio a tempestade (literalmente), com o acidente de Jules, os problemas financeiros se juntaram ao abalo psicológico da equipe e o resto é história. Obviamente, os funcionários foram despedidos. Acabaram antes que a Caterham, quem diria. Que descansem em paz.

VAQUINHA - Outra equipe está agoniando sob aparelhos, a Caterham criou um site para receber doações dos fãs para participar do GP de Abu Dhabi. Eles precisam arrecadar R$ 9 milhões até sábado que vem se quiserem disputar a última prova da temporada. São aceitas quantias a partir dos 40 reais. O futuro é incerto e tenebroso e provavelmente não irão conseguir alcançar o objetivo, que é tentar se garantir para 2015. Sozinhos, será impossível. A FIA vai ter que intervir. É a sobrevivência da categoria que está em jogo.

Bom, vê aí os tempos das 2 sessões e se prepare que amanhã temos treino classificatório! Até!

Foto: Globoesporte.com

FP2:
1. Nico Rosberg (Mercedes) - 1:12.123
2. Lewis Hamilton (Mercedes) - 1:12.336 (a 0s213)
3. Kimi Räikkönen (Ferrari) - 1:12.696 (a 0s573)    
4. Daniel Ricciardo (Red Bull) - 1:12.956 (a 0s833)
5. Valtteri Bottas (Williams) - 1:13.035 (a 0s912)
6. Felipe Massa (Williams) - 1:13.099 (a 0s976)    
7. Fernando Alonso (Ferrari) - 1:13.122 (a 0s999)    
8. Daniil Kvyat (STR) - 1:13.254 (a 1s131)
9. Sebastian Vettel (Red Bull) - 1:13.333 (a 1s210)
10. Kevin Magnussen (McLaren) 1:13.479 (a 1s356)
11. Pastor Maldonado (Lotus) - 1:13.497 (a 1s374)   
12. Romain Grosjean (Lotus) - 1:13.714 (a 1s591)
13. Nico Hulkenberg (Force India) - 1:13.882 (a 1s759)
14. Esteban Gutierrez (Sauber) - 1:13.902 (a 1s779)
15. Adrian Sutil (Sauber) - 1:14.204 (a 2s081)   
16. Jenson Button (McLaren) - 1:14.209 (a 2s086)
17. Jean-Eric Vergne (STR) - 1:17.171 (a 5s048)
18. Sergio Perez (Force India) - Sem tempo


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

GP DO BRASIL - Programação

O Grande Prêmio do Brasil é disputado desde 1972 (1973 na F1), sendo realizado em Interlagos (1972-1977, 1979, 1980, 1990-atualmente) e já foi sediado em Jacarepaguá (1978, 1981-1989).

Foto: Wikipédia
ESTATÍSTICAS:
Melhor volta em corrida: Juan Pablo Montoya - 1:11.473 (Williams, 2004)
Pole Position: Rubens Barrichello - 1:10.646 (Ferrari, 2004)
Último vencedor: Sebastian Vettel (RBR)
Maior vencedor: Alain Prost - 6x ( 1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990)

FELIPE NASR É DA SAUBER

Foto: Site Felipe Nasr
Ia criar um post ontem aqui, mas a p$%$@ do Blogger deu problema. A Sauber anunciou ontem a contratação do piloto brasileiro por 2 temporadas e se junta a Marcus Ericsson, anunciado no sábado, para a temporada 2015.
Dupla promissora, com talento + dinheiro. Importantíssimo para a Sauber. Nasr precisa se destacar para evoluir, e precisa bater o companheiro sueco ano que vem. É mais piloto e possui uma característica importante nessa F1: Sabe administrar muito bem os pneus.
Gutiérrez e Sutil estão à pé ano que vem e parece difícil que consigam uma vaga. O mercado está quase fechado para a próxima temporada.

NOVELA ALONSO: Situação segue indefinida. Depois da BBC cravar sua contratação pela McLaren, a ESPN diz que a situação fica complicada e Alonso não descarta renovar com a Ferrari. Mas e o Vettel, cara pálida? Vai pra McLaren? Vai ser companheiro do Alonso na Ferrari? Alonso vai ficar em um ano sabático? Kimi volta pra McLaren? Essas perguntas fazem algum sentido?
Talvez não. A rádio paddock parece página de fofoca com esses tipos de chutes jornalísticos, e o pior que somos "obrigados" a repercutir. Vai que uma dessas seja verdade...
CORREÇÃO: Na verdade, Alonso possui contrato até 2016 com a Ferrari. A discussão é saber se a Ferrari vai pagar a multa rescisória dele para liberá-lo ou irá deixá-lo parado por um ano.

FIA DIVULGA EQUIPES INSCRITAS PARA 2015: As maiores surpresas são a inclusão de Caterham e Marussia na lista, mesmo com os problemas financeiros. Detalhe que foi recolocado o antigo nome da Marussia na época de GP2, a Manor. Sinal de quê irão arranjar uma solução em breve ou estão contando com a redistribuição de dinheiro que o Bernie prometeu? Mais perguntas sem respostas, vamos dar tempo ao tempo. Haas e Forza Rossa só em 2016.

Confira a lista:
Mercedes
RBR Renault
Williams Mercedes
Ferrari
McLaren Honda
Force India Mercedes
STR Renault
Sauber Ferrari
Manor
Caterham Renault

HOJE NÃO, HOJE SIM

Foto: Miguel Costa Jr
Segundo a Autosport, estava tudo acertado para que Rubens Barrichello disputasse as últimas 3 corridas (EUA, Brasil e Abu Dhabi) pela Caterham. Entretanto, devido aos conhecidos problemas financeiros, o projeto foi abordado. Sauber, Mercedes (!!!) e agora Caterham. Barrica quer porque quer terminar sua carreira, que foi abortada em 2011 pela Williams. Assim como Schummy, eles não sabem a hora de parar. É o vício pela velocidade. Ambos são workaholics, fruto do legado deixado pelo Senna.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 316 pontos
2 - Nico Rosberg (Mercedes) - 292 pontos
3 - Daniel Ricciardo (RBR) - 214 pontos
4 - Valtteri Bottas (Williams) - 155 pontos
5 - Sebastian Vettel (RBR) - 149 pontos
6 - Fernando Alonso (Ferrari) - 149 pontos
7 - Jenson Button (McLaren) - 94 pontos
8 - Felipe Massa (Williams) - 83 pontos
9 - Nico Hulkenberg (Force India) - 76 pontos
10- Kevin Magnussen (McLaren) - 53 pontos
11- Sérgio Pérez (Force India) - 47 pontos
12- Kimi Raikkonen (Ferrari) - 47 pontos
13- Jean-Éric Vergne (STR) - 22 pontos
14- Romain Grosjean (Lotus) - 8 pontos
15- Daniil Kvyat (STR) - 8 pontos
16- Pastor Maldonado (Lotus) - 2 pontos
17- Jules Bianchi (Marussia) - 2 pontos

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 608 pontos
2 - RBR Renault - 363 pontos
3 - Williams Mercedes - 308 pontos
4 - Ferrari - 196 pontos
5 - McLaren Mercedes - 147 pontos
6 - Force India Mercedes - 123 pontos
7 - STR Renault - 30 pontos
8 - Lotus Renault - 10 pontos
9 - Marussia Ferrari - 2 pontos

TRANSMISSÃO:


Foto: Montagem Globoesporte.com