Mostrando postagens com marcador brawn gp. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador brawn gp. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de abril de 2022

CONSIDERÁVEL

 

Foto: Reuters

Um novo regulamento é um sopro de renovação e esperança na F1. Hierarquias consolidadas podem terminar e patinhos feios desacreditados podem ousar sonhar com o protagonismo e a beleza da vitória.

A Ferrari, por exemplo. 2020 foi o pior da equipe em quatro décadas. Os números comprovam. Com o motor "trapaceiro", os dois últimos anos foram de acertos internos, apostando na nova F1 que viria, enquanto Mercedes e Red Bull brigavam pelos holofotes.

Hoje, o que nós vemos? Os italianos finalmente acertaram nos investimentos e a Ferrari, delegada a coadjuvante, vira o bicho papão nesse início de 2022. Não só isso, mas vê Mercedes instável e Red Bull com sérios problemas de confiabilidade. Um campeonato, até aqui, muito a favor, mesmo considerando que essa é a temporada mais longa da história e tudo pode acontecer.

Lembra um pouco 2009, o ano do difusor, quando a Brawn GP tomou de assalto a temporada e, no início, Button venceu 6 das primeiras sete corridas, garantindo assim o campeonato. Do meio para o final, as equipes grandes cresceram e a Brawn diminuiu o ímpeto, mas ainda assim Jenson celebrou o único título mundial.

Em 2022 é tudo diferente. A Ferrari e Leclerc possuem grande possibilidade de repetir o feito daquela Brawn arrassadora, mas existe muita margem de crescimento para Mercedes e Red Bull, as rivais. Se a Ferrari relaxar, a possível vantagem pode virar água. Se a temporada de 2009 fosse nos mesmos moldes atuais, Vettel no mínimo teria grandes chances de brigar pelo primeiro título um ano antes, mas não foi o caso.

A própria Haas aproveitou para ganhar uns pontinhos importantes nas primeiras corridas. Sem dinheiro e com todo aquele imbróglio envolvendo Mazepin, vai ser difícil repetir a dose até novembro. A própria McLaren já evoluiu e apenas a Aston Martin segue empacada, embora tenha recursos para brigar além.

Duas vitórias em três corridas, 71 pontos dos 78 disponíveis conquistados, 34 pontos de vantagem para o vice-líder do campeonato (Russell)... o início da Ferrari é melhor que a encomenda e uma vantagem considerável. Não dá para negar, embora os italianos tentem manter os pés no chão.

Como já escrevi: talvez seja cedo, mas a Ferrari pode estar começando a construir a conquista do campeonato mais cedo e mais fácil do que imaginava.

Até!

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

VÍDEOS E CURTINHAS #39: A ECOF1

Foto: Fox Sports
Na terça pela manhã, a Liberty Media e a FIA divulgaram um manifesto explicando ações para o futuro da categoria que visem a diminuição da poluição, tornando a F1 mais "eco", menos poluente e mais sustentável.

O texto, intitulado "uma estratégia para o futuro", pretende acabar com o uso de plásticos até 2025 e zerar a emissão de carbono até 2030. Isso não significa que a categoria irá adotar os motores elétricos tal qual a Fórmula E (talvez seja uma exclusividade deles), mas também não fornece nenhuma informação ou ideia de como isso vai ser feito. Os motores irão continuar híbridos.

Segundo o tal texto, a iniciativa conta com os estudos da FIA, equipes da F1, promotores, especialistas em sustentabilidade e jornalistas no último ano.

Para 2021, já está definido o começo do uso de composições mais renováveis nos combustíveis.

Até 2025, o objetivo é acabar com o uso dos plásticos, incentivando os fãs a utilizarem transportes ecológicos e sustentáveis para chegarem nos autódromos pelo mundo, através de veículos que não emitam carbono. Isso é bizarro e, salvo pouquíssimos lugares da Europa, duvido que vá pra frente nessa década.

Muita teoria e pouca prática. Como vanguarda e no papel de estar atento as evoluções do mundo e tentar ajudar no que for possível para manter o planeta sustentável, a iniciativa da F1 pode ser louvável e digna de elogios, mas é muito contraditório. Como zerar a emissão de carbono e a Liberty quer aumentar o calendário para 25 provas, empurrando goela abaixo circuitos que ninguém pediu como Miami?

Foto: The Telegraph
Pra surpresa de ninguém, a Red Bull vai manter Albon na próxima temporada e a futura Alpha Tauri vai continuar com Gasly e Kvyat. Merecido. O tailandês nascido e criado na Inglaterra aproveitou todas as oportunidades que teve. Mesmo sendo um segundão, está fazendo mais pontos que Max. É o que a equipe quer, bem diferente do que o francês fazia. A Toro Rosso está de bom tamanho para ele e o russo, que mais do que nunca estão oficialmente empacados na carreira. Ou é isso ou rua.

Foto: Getty Images
Há dez anos, Jenson Button conquistava no Brasil o único título mundial e talvez o mais inacreditável da história recente com a Brawn GP. Antes de toda essa jornada, ele e Rubinho chegaram a ficar sem carro com a saída da Honda da categoria de última hora. Ross Brawn comprou o espólio, viu a brecha no regulamento com o difusor traseiro e o resto é história. Chegou em quinto e superou Barrichello, que fez a terceira pole em Interlagos (e a última da carreira) mas como sempre teve azares e ficou longe da vitória.

Relembre a pole histórica de Rubinho na chuva e o título do inglês:




Até!

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

A ÚLTIMA VITÓRIA

Foto: Gazeta Press
13 de setembro de 2009. Grande Prêmio da Itália. Rubens Barrichello chegava para o mítico circuito de Monza com 16 pontos de desvantagem em relação ao líder, o companheiro de equipe Jenson Button.

A Brawn não era mais a melhor equipe. McLaren, Ferrari e Red Bull estavam evoluindo bastante e chegaram a superá-los em certo momento. No entanto, a vantagem absurda daquele início de campeonato foi tão grande que foi o suficiente para se tornar apenas uma disputa particular entre Button e Barrichello.

Barrica foi o quinto e Button o sexto. A pole foi de Lewis Hamilton, seguido pela Force India de Adrian Sutil, aproveitando a característica daquele carro que já havia feito a pole na corrida passada com Fisichella, então novo piloto da Ferrari. Os finlandeses Raikkonen e Kovalainen ficaram na segunda fila.

Com mais combustível, a Brawn partiria para uma parada, enquanto o resto ia de duas. Rubinho ainda passou Kova logo no início e perseguiu pacientemente os três ponteiros. Quando todos foram nos boxes duas vezes, Barrica parou e assumiu a liderança faltando 18 voltas para liderar até o fim. Button foi o segundo, o que seria ruim para as pretensões no campeonato. Tentando pressionar o compatriota, Hamilton bateu na última volta e entregou o pódio para Raikkonen.

Foi a terceira vitória de Rubinho em Monza, a última na carreira e a última do Brasil na categoria até então. Hora de relembrar!



Até!

quarta-feira, 24 de abril de 2019

A QUARTA CORRIDA

Foto: Motorsport
Olá, pessoal!

Como o Grande Prêmio do Azerbaijão não tem história suficiente para ser relembrada (afinal, está sendo disputada pela quarta vez - três como GP do Azerbaijão e uma como GP da Europa) e é a quarta etapa de uma temporada que até aqui tem o domínio, decidi relembrar de outras "quartas etapas" da era recente da Fórmula 1 que também tiveram domínios de uma equipe, mas diferentes.

Vamos lá:

2004 - SAN MARINO

O GP de San Marino sediado em Ímola na Itália e somente com esta nomenclatura para burlar o regulamento de que não poderia existir dois GPs em um mesmo país com a mesma alcunha, a corrida marcava o aniversário de dez anos de falecimento de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. Durante o final de semana, o sobrinho Bruno e o grande amigo Gerhard Berger guiaram a mítica Lotus 86, emocionando a todos.

Na pista, a Ferrari mantinha o seu domínio, com Schumacher vencendo as três primeiras etapas. No entanto, a pole ficou com a surpreendente BAR Honda de Jenson Button, que debutava na "posição de honra". 

No entanto, Schummi logo deu o pulo do gato nas famosas voltas voadoras pré-reabastecimento e venceu pela quarta vez no ano, mantendo o 100% que depois garantiria o seu sétimo e último título mundial. Button foi o segundo e a Williams de Juan Pablo Montoya foi o terceiro. Alonso, Trulli, Barrichello, Ralf Schumacher e Kimi Raikkonen completaram a zona de pontuação, num grid que também tinham os brasileiros Felipe Massa na Sauber e Cristiano da Matta na Toyota.




2009 - BAHREIN

Foto: Getty Images
Esta é uma outra história que já contei, até recentemente. A Fórmula 1 vivia um novo momento, cortando gastos e sofrendo com a crise, que fez montadoras saírem da categoria. Com o novo regulamento, quem apostou no famoso difusor traseiro se deu bem, enquanto que as tradicionais Ferrari, McLaren e BMW ficaram para trás com a aposta no KERS, o sistema de recuperação de energia cinética.

Jenson Button liderava o campeonato com duas vitórias em três corridas, sendo que na Malásia a corrida teve menos da metade da duração e, portanto, valeu apenas metade dos pontos. Na etapa anterior, na China, o jovem Sebastian Vettel foi o responsável pela primeira vitória da história da Red Bull Racing, ele que também foi o primeiro e único vencedor pela equipe satélite, a Toro Rosso.

No confronto entre os dois, quem se deu bem no sábado foi a Toyota: Trulli e Glock fizeram a primeira dobradinha da história da equipe na primeira fila, com Vettel e Button na segunda fila. 

No entanto, durante a corrida, o melhor ritmo de corrida aliado a uma estratégia acertada fez Button vencer pela terceira vez em quatro etapas. Ele venceria mais duas em sequência para garantir uma vantagem irreversível, bastando somente administrar na reta final, onde a Brawn GP já havia sido superada pelas rivais, para se sagrar um dos campeões mundiais mais improváveis de toda a história. Vettel foi o segundo e Trulli o terceiro, seguido por Hamilton, Barrichello, Raikkonen, Glock e Alonso. O grid também contava com Nelsinho Piquet pela Renault (foi o décimo) e com Felipe Massa na Ferrari, que abandonou com problemas no carro do cavalinho rampante.


2014 - CHINA

Foto: Getty Images

O domínio da Mercedes já começa a ser uma fatia significativa da história deste esporte. Depois de três vitórias em três corridas, as flechas de prata partiram para a quarta vitória sem maiores problemas.

Com mais um treino na chuva, Hamilton evidenciava seu maior talento ao fazer mais uma pole. Em condições não tão desiguais, as Red Bull de Ricciardo e Vettel se intrometeram e o líder Nico Rosberg largou apenas em quarto.

Na corrida, sem chuva, um passeio da Mercedes sem maiores problemas e mais uma dobradinha, a terceira vitória de Lewis no ano. O cara responsável por agitar a bandeira fez isso uma volta antes, portanto a corrida teve uma volta a menos, o que ajudou Alonso e a Ferrari a garantir o terceiro lugar, apesar dos ataques de Ricciardo. Vettel foi o quinto, seguido por Hulkenberg, Bottas, Raikkonen, Pérez e Kvyat. Massa foi o 15° com a Williams.

Bom pessoal, essas foram as lembranças dessa semana. Até a próxima!

quarta-feira, 27 de março de 2019

VÍDEOS E CURTINHAS #37

Foto: Getty Images
Olá, pessoal! Voltando com mais uma sessão de vídeos e curtinhas depois de algum tempo. Com a variedade de notícias interessantes que encontrei, achei interessante reviver o maior quadro daqui do blog. Vamos lá:

- Jacques Villeneuve disse que o retorno de Kubica para a Fórmula 1 é terrível e não traz a mensagem correta. Segundo o campeão de 1997, o fato do polonês ter uma deficiência no braço dá a entender que a F1 não é tão difícil quanto alguns pensam. Por outro lado, o canadense valorizou a batalha pessoal de Kubica ao retornar para a categoria depois de tanto tempo. Concordo em partes com o canadense. Claro que ali também existe um recalque porque Kubica o substituiu na BMW em 2006, o polonês voltou mais pelo apelo midiático do que pela capacidade atual. No entanto, se realmente não tivesse condições a FIA teria vetado a participação. Além do mais, nunca na F1 foi ocupada pelos 20 melhores pilotos e nem vai ser.

- Miami segue com a novela para sediar uma corrida no ano que vem. Nesta semana, vai ser realizada uma votação pelo conselho da cidade para aprovar ou não o circuito de rua. Um dos vários problemas que estão inviabilizando o acordo é a resistência de moradores próximos da região onde está o traçado. Se tudo der certo, será mais uma corrida na América do Norte, ou até mesmo substituir o GP do México que pode sair do calendário no ano que vem. Sinceramente, ninguém quer essa porcaria, ainda mais sendo pista de rua.

- A Honda projeta sua primeira vitória nesse retorno a F1 a partir da metade da temporada, no verão europeu. Não sei se é uma meta cautelosa ou ousada, mas a verdade é que os japoneses evoluíram demais. Se o motor não ter problemas de confiabilidade e durar bem, pode ser que os taurinos consigam algum salto de performance mais rápido que o imaginado.

- Por falar nos japoneses, o ex-chefe da McLaren Eric Boullier disse em entrevista que desde a primeira reunião, lá em 2015, tinha percebido que a Honda estava despreparada para o desafio na categoria. No entanto, o ainda chefão Ron Dennis demonstrava muita confiança no retorno da parceria vitoriosa dos anos 1980 e 1990 e já havia assinado o contrato. A história vocês acompanharam de perto por aqui. No entanto, o último ano ficou claro que não era só os japoneses que tinham culpa no cartório.

RELEMBRANDO BAHREIN:

Já faz 15 anos que o circuito estreou no calendário da Fórmula 1. Na época, foi o primeiro de muitos do oriente a adentrar na categoria. Naquela temporada, estávamos testemunhando uma das maiores dominâncias do esporte: o mágico F2004, da Ferrari. Schumacher e Rubinho ficaram na primeira vez, seguidos pela dupla da Williams e da BAR Honda, que foi a terceira força daquele ano. O resultado: dobradinha da Ferrari, com Jenson Button em terceiro.


Por falar no britânico, 2009 foi um ano especial e o mais surpreendente dos últimos tempos. Depois de vencer as primeiras etapas, Bahrein viu a Toyota largar na primeira fila, com Trulli e Timo Glock, com Vettel em terceiro, Button em quarto, Hamilton em quinto e Rubinho em sexto. Na corrida, mais uma vitória da Brawn GP, a quarta de Button, que teve Vettel em segundo e Trulli em terceiro, com Hamilton em quarto e Rubinho em quinto.



Foto: Getty Images
Cinco anos atrás não faz muito. Era o início da era híbrida e do domínio do motor Mercedes. Rosberg foi o pole, mas Hamilton conseguiu reagir, segurar o alemão e vencer a corrida. Vale destacar que Pérez foi o terceiro com a Force India, seguido por Ricciardo, Hulkenberg, Vettel, Massa, Bottas e a dupla da Ferrari (Alonso e Raikkonen). Essa foi a corrida 900 da F1 e a de Stefano Domenicali como chefão da equipe, demitido. Este também foi o primeiro GP noturno do país, marcado pelo acidente entre Pastor Maldonado e Esteban Gutiérrez.





Gostaram? Até mais!

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

RETROSPECTIVA SEPANG

Foto: Bandeira Verde
Fala, galera! Como será a última corrida da F1 na Malásia, o blog resolveu listar as corridas mais significativas que aconteceram em Sepang para que você possa acompanhar. Vamos lá!

Foto: Lemyr Martins
Essa corrida eu publiquei no ano passado. A primeira vez da Malásia na F1 foi em 1999, na penúltima etapa do campeonato. Ela marcou o retorno de Michael Schumacher nas pistas após ter fraturado a perna em Silverstone. O alemão teve um fim de semana de gala: pole position e tinha tudo para coroar com uma vitória magistral. Entretanto, o então bicampeão mundial teve que fazer, quem diria, papel de escudeiro: no fim da prova, abriu passagem para o companheiro de equipe Eddie Irvine vencer e abrir vantagem para Mika Hakkinen na disputa pelo título. Dobradinha da Ferrari e tudo indicava que o jejum de 20 anos sem títulos seria quebrado pelo irlandês. Ledo engano: em Suzuka, Hakkinen venceu, Irvine foi apenas o quinto e o finlandês sagrou-se bicampeão mundial.


Foto: F1 Expert
O F2001 foi um dos carros mais dominantes da F1. Tudo indicava uma dobradinha Schumacher-Barrichello, até que as duas Ferraris escaparam da pista após derraparem na mancha de óleo deixada pela BAR de Olivier Panis, a chegada da chuva e um erro no pit de Rubinho fizeram as duas Ferraris caírem para as últimas posições. Entretanto, depois que a pista secou, os dois não tiveram dificuldades para escalar o pelotão e fazer uma das tantas dobradinhas que os dois protagonizaram nas seis temporadas que ficaram juntos na Ferrari.


Foto: Motorsport
Essa corrida de 2003 teve efeitos simbólicos para a F1. No começo da temporada, a McLaren continuou o projeto de 2002 e já havia vencido na Austrália com David Coulthard. Na Malásia, um jovem Fernando Alonso fez sua primeira pole position da carreira, até então o mais jovem a alcançar tal feito. Entretanto, a estratégia da McLaren prevaleceu e o também jovem Kimi Raikkonen venceu pela primeira vez na F1, aproveitando a quebra do companheiro e o incidente de Schumacher e Trulli na largada. De quebra, Alonso marcou a primeira pole e o primeiro pódio de um espanhol na categoria.



Foto: Gazeta Press
Em 2008, Raikkonen venceu pela segunda vez em Sepang. Entretanto, destaco essa corrida pelo erro de Felipe Massa. O brasileiro largou na pole e tinha tudo para vencer, mas acabou rodando sozinho e abandonou. Certamente essa foi uma das corridas que lhe custaram o título daquele ano.




Foto: Motorsport
A última corrida que foi interrompida antes da metade. Com isso, ela valeu menos pontos. Em 2009, o GP da Malásia teve apenas 33 voltas em virtude da forte chuva que começou a cair e não parou mais. Com o céu escurecendo e a ausência de luz natural, Button venceu e levou apenas 5 pontos; Nick Heidfeld foi o segundo, com 4 pontos e Timo Glock o terceiro, com 3; o início arrasador da Brawn e de Button foi o melhor de uma equipe estreante na história da F1, mas o que ficou marcado na memória dos fãs foi Kimi Raikkonen abandonando a pista para comer picolé.



Foto: Motorsport
Outra corrida marcada pela chuva. A dupla da McLaren (Hamilton e Button) largou na pole. Com a chuva aumentando de intensidade, a corrida chegou a ser paralisada e quem se deu melhor foi Alonso, que pulou para a liderança, seguido de Sérgio Pérez, da Sauber. Com a pista secando, o mexicano foi se aproximando do espanhol quando estranhamente errou e perdeu a chance de vencer pela primeira vez na carreira e na história da Sauber, mas conquistou seu primeiro pódio na carreira e levou Peter Sauber às lágrimas. O espanhol faturou a corrida malaia pela terceira vez na carreira.


Foto: Getty Images
Com a Mercedes dominando a F1 desde 2014, tudo se encaminhava para mais uma vitória tranquila das flechas de prata. Entretanto, para a surpresa de todos, a Ferrari superou os alemães na pista e Sebastian Vettel, o maior vencedor da história do circuito até então, venceu pela primeira vez com a Ferrari logo em sua segunda corrida pela equipe, quebrando um jejum de um ano e meio sem vitórias pessoais e de quase dois anos da Ferrari.




Foto: Getty Images
A imagem do campeonato. O momento que decidiu o título para Nico Rosberg no ano passado. Hamilton liderava tranquilamente até o motor estourar na volta 43. Isso permitiu uma dobradinha da Red Bull, com Ricciardo e Verstappen, seguidos de Rosberg em terceiro, quebrando um jejum de dois anos sem vitória do australiano e a primeira dobradinha taurina desde o Grande Prêmio do Brasil em 2013.




Gostaram das corridas selecionadas? Tem sugestão de outras temporadas? Participe!

Até!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

ESPECIAL BUTTON - Parte 4

Foto: F1 Fanatic
Fala, galera! Saindo a parte 4 do especial Jenson Button com bastante atraso... Peço perdão pelo vacilo :(

Paramos no fatídico ano de 2008, onde a Honda mais uma vez fez um carro ruim e no fim do ano pulou fora da F1, deixando Button e Barrichello sem equipe para 2009. Tudo parecia acabado, mas o imponderável aconteceu...

No dia 5 de março de 2009, às vésperas do início do ano, foi anunciado que a Honda iria correr como Brawn GP, pois Ross Brawn, chefão da equipe, havia comprado o espólio da equipe japonesa. O carro precisou ser de certa forma redesenhado, pois a Brawn utilizou motor Mercedes. Button e Barrichello foram anunciados como dupla da equipe, basicamente uma continuação da Honda. Por ter sido comprada em cima da hora e vinda de dois anos péssimos, não havia muita perspectiva para a então equipe Brawn GP, uma grande interrogação no mundo da F1.

Foto: Wikipédia
Na primeira metade do ano, a Brawn se beneficiou do polêmico difusor duplo, que deu vantagem para as equipes que estavam utilizando sobre aquelas que não haviam feito. Brawn e Toyota pularam na frente, e McLaren e Ferrari ficaram para trás. A partir do momento em que todas as equipes construíram o difusor, o domínio de Button acabou, mas já era tarde: o britânico havia vencido 6 das primeiras 7 corridas da temporada. Na segunda metade, foi apenas o sexto maior pontuador, vindo sua vantagem diminuir perigosamente após o crescimento de Barrichello, que conquistou algumas vitórias na segunda metade do ano.

A equipe impressionou logo no início, fazendo 1-2 no grid, com Button na frente (sua terceira pole position) e Barrichello atrás. A corrida também terminou com dobradinha, a primeira vez que uma equipe estreante fez isso desde 1954. Button descreveu como um "conto de fadas que vira realidade". Na Malásia, o resultado se repetiu, embora a corrida tenha sido paralisada antes da metade das voltas estabelecidas em virtude de uma forte chuva. Sendo assim, apenas metade dos pontos foram válidos. Na China, Button foi o terceiro, atrás da dobradinha da Red Bull, de Vettel e Webber. No Bahrein, a "normalidade" voltou, com mais uma vitória de Jenson.




Foto:Autoblog
6:39


A quinta etapa do campeonato foi na Espanha. O retorno à Europa permite as equipes atualizarem os carros. A Brawn BGP 001 correu pela primeira vez com novas peças, pois estava com o mesmo carro desde o início do ano. Button foi o pole e descreveu as atualizações como "um bom passo adiante". Ele e Rubinho planejaram três paradas. Entretanto, quando Barrichello assumiu a ponta, a Brawn modificou a estratégia de Jenson, que parou duas vezes, e manteve a de Rubinho. Button venceu com larga vantagem e revoltou Barrichello, que se sentiu "sacrificado" para atender os interesses do piloto britânico: "se eu perceber qualquer sinal de que estão favorecendo Jenson, eu vou pendurar meu capacete amanhã".


8:19



Foto: Motorsport
Em Mônaco, Button conquistou mais uma pole position, a quarta da temporada. "Foi uma das melhores voltas da minha vida", afirmou. Na corrida, administrou os pneus bem melhor que o companheiro de equipe e venceu mais uma. A imprensa britânica estava empolgada: "vimos atuações assim de Senna e Schumacher. Definitivamente Button mostra que é um belo piloto, prejudicado por carros ruins nos últimos anos". Na Turquia, Button largou em segundo, atrás de Vettel. Entretanto, um erro do alemão na primeira volta o permitiu assumir a ponta para vencer a quarta corrida consecutiva, a sexta em sete provas, feito até então só alcançado por Alberto Ascari, Juan Manuel Fangio, Jim Clark e Michael Schumacher, todos campeões mundiais.



Foto: Grand Prix
O GP da Inglaterra marcou o fim da hegemonia de Button na temporada e o começo de resultados ruins e medianos. Ele foi apenas o sexto, seguido de um quinto lugar na Alemanha, em corridas dominadas pela Red Bull. A Brawn estava esperançosa de um bom resultado no GP da Hungria, tendo realizado atualizações no carro e nas melhores condições para suportar o calor na temperatura dos pneus. Todavia, Button foi apenas o sétimo, o pior resultado na temporada. Durante a corrida, ele perguntou: "como o carro pode estar tão ruim no momento?"

Sua "má fase" prosseguiu no GP da Europa, em Valencia. Ele foi superado por Rubinho na classificação e depois por Webber na corrida, foi apenas o sétimo e viu Barrichello vencer, diminuindo a vantagem para apenas 18 pontos. A imprensa britânica disse que Button estava sentindo a pressão por estar liderando o campeonato. Na Bélgica, abandonou pela primeira vez, após bater com Grosjean na primeira volta. Button somou apenas 11 pontos em cinco corridas, faltando cinco corridas para o fim do campeonato, com 16 pontos de vantagem para Rubinho e 19 e 20,5 para Vettel e Webber, respectivamente.

Jenson se recuperou em Monza: chegou em segundo, atrás de Barrichello na dobradinha da Brawn. Na corrida seguinte, em Cingapura, foi apenas o 12° no treino, mas se recuperou na corrida e chegou em quinto, a frente de Rubinho, o sexto. Faltando três provas e 30 pontos, Button estava 15 pontos a frente de seu companheiro de equipe e 25 de Vettel, com Webber já fora da disputa. Uma semana depois, no Japão, a Brawn foi mal de novo: Barrichello em sétimo e Button em oitavo. 

No Grande Prêmio do Brasil, Button foi muito mal no treino, escolhendo os pneus errados na hora do temporal e largou apenas em 14°. Vettel largou em 16°, mas Barrichello foi pole. Na corrida, Jenson foi ajudado por um acidente na primeira volta, e já estava em sétimo na volta sete. Na metade da prova estava em segundo, mas terminou em quinto, somando pontos suficientes para garantir o inédito título mundial faltando uma corrida para o fim do campeonato.




Foto: Getty Images
Foto: Daily Mail
Button foi até então o segundo piloto com maior número de corridas para se sagrar campeão mundial, com 169 provas, apenas superado por Mansell (176) e agora Nico Rosberg (206). Ele publicou o livro "My Championship Year", publicado dia 19 de novembro, que conta sobre o ano do título mundial.

Na última corrida da temporada, Button largou atrás de Rubinho, mas chegou em terceiro na corrida.

Por enquanto é isso galera, em breve a última parte do Especial Jenson Button, falando da sua carreira na McLaren até o final, que foi no último domingo. Até mais!


sábado, 20 de agosto de 2016

O FUTURO DOS VETERANOS

Foto: F1 Fanatic
3 títulos mundiais, 5 vice-campeonatos e 3 terceiros lugares. 803 GPs disputados. 58 vitórias, 188 pódios, 46 pole positions, 44 voltas mais rápidas e 4142 pontos. Esse é o currículo de Jenson Button, Fernando Alonso e Felipe Massa juntos. Os três serão o tema do post de hoje. Depois de analisarmos o futuro dos jovens pilotos, agora é hora de projetar o que virá pela frente na carreira desses três dinossauros da F1. Desconsiderando Raikkonen, de contrato renovado com a Ferrari para o ano que vem, são os três pilotos mais experientes do grid, em idade, bagagem e tempo de carreira (obviamente) na categoria. Sem mais delongas, vamos começar com quem chegou lá primeiro:

Foto: National Turk
JENSON BUTTON – Voltamos ao longínquo ano 2000. O jovem Jenson havia recém estreado na Fórmula 3 britânica, onde foi o 3° colocado na classificação e venceu duas vezes. Recebeu o prêmio de piloto revelação da McLaren. Foi alçado para a titularidade da Williams após vencer uma espécie de qualificatória promovida por Frank Williams com o brasileiro Bruno Junqueira, da Fórmula 3000. Enfim, 16 anos depois, Button conquistou um até então inesperado título mundial pela também surpreendente Brawn GP. Depois, transferiu para a McLaren e deu trabalho para Hamilton (o venceu em 2011). Enfim, diante das dificuldades da Honda e da idade, muita gente quer aposentar Button. Entendem que é preciso alguém jovem e motivado na McLaren. É verdade que Button, assim como todo mundo, reclamou da equipe britânica nos últimos tempos. Como piloto campeão e experiente, é difícil “largar o osso”, e ainda tem muito mercado nas equipes inglesas. É tratado como uma estrela pela mídia britânica. Diante da falta de condições de conseguir algo além do que pontuar com certa frequência pela McLaren, é difícil dizer o que prenderia Button na F1. Superar o recorde de 326 GPs de Rubens Barrichello e o dinheiro? Certamente. Por isso, no meu achismo, ele deverá retornar a Williams para encerrar a carreira onde tudo começou, em no máximo duas temporadas. Claire já demonstrou interesse, e isso abriria espaço para que Vandoorne finalmente estreasse pela McLaren no ano que vem, seria bom para quase todos, menos Massa.

Foto: Motorsport
FERNANDO ALONSO – Desde sempre assessorado por Flávio Briatore, estreou na Minardi em 2001. No ano seguinte, ficou como piloto de testes da Renault, sendo efetivado na temporada seguinte, onde venceu pela primeira vez na carreira, tornando-se o piloto mais jovem a realizar tal feito. O resto da história todo mundo conhece: O bicampeonato em 2005 e 2006, a transferência para a McLaren em 2007 e a briga de foice no escuro com Hamilton e Ron Dennis, o retorno à Renault em duas temporadas apagadas (excetuando a falcatrua da vitória de Cingapura/2008). O espanhol, pelo seu estilo bélico, tomou muitas decisões erradas na carreira, o que certamente impediu de conquistar mais títulos e se tornar o “novo Schumacher”. Isso e também um certo Sebastian Vettel. Depois de cinco anos na Ferrari e três vices, o surpreendente retorno a McLaren, onde era persona non grata. Ninguém esperava um retorno pífio da Honda. Esse ano,  ao menos, melhoraram um pouco, mas o motor ainda está abaixo de Mercedes, Ferrari e até Renault. Alonso é sempre polêmico. Mesmo nessa fase “paz e amor”, onde relembra a carreira e diz não se importar com a ausência do tricampeonato, qualquer frase do samurai espanhol ganha um contorno especial. Sempre envolvido em especulações malucas na Mercedes e o eterno retorno a Renault (seria Alonso um Nilmar da equipe francesa?). Pode (e deve) seguir na McLaren, voltar à Renault, tirar um ano sabático ou até se aposentar. Alonso é (ou era, não sei) considerado o melhor piloto do grid, em uma clara crítica a Vettel e suas vitórias com o “foguete” Red Bull. Parece ter perdido esse posto para Hamilton. Entretanto, é difícil saber se o veterano de 35 anos teve uma decaída. O carro da McLaren não permite que se faça essa avaliação. Alonso deve ficar na McLaren, apostando em uma ascensão da equipe de Woking para o ano que vem, quando muda o regulamento. É a última chance de tentar brigar pelo tri. Do contrário, deve se aposentar em breve. A fênix é uma das maiores personagens da história da F1, para o bem e para o mal.

Foto: Getty Images
FELIPE MASSA – O mais “moço” em tempo de carreira dentre os três: Estreia em 2002 na Sauber (Confere AQUI a Saga da Sauber, desde o início!). Em 2003, ficou parado como piloto de testes da Ferrari. Retorna a equipe suíça em 2004 e 2005, promovido a Ferrari em 2006 para substituir Barrichello. Com vitórias e boas atuações, disputou títulos com Raikkonen e Hamilton. Foi o “campeão dos 28 segundos”.  Na melhor forma da carreira, a molada que quase o matou. Depois da recuperação, um “faster than you” que, coincidência ou não, acabou com a autoestima e desempenho do brasileiro na Ferrari, que ficou muitos anos “sustentado” em razão do tempo de casa e dos serviços prestados. Sai em 2014 e consegue uma boa vaga na Williams em um novo contexto da F1, com novas regras. A equipe de Woking voltava a ser competitiva. Fez pole na Áustria, se envolveu em muitos acidentes, conquistou bons pódios. Foi superado por Bottas e a irregularidade da carreira ficou evidente nessa fase final de sua trajetória na F1. Nos últimos dois anos, com o decréscimo de qualidade da Williams, Massa também caiu, mas suas atuações também foram horríveis. O piloto que reagia no segundo semestre virou o piloto que começa bem o primeiro e não consegue se manter. Apenas a experiência pode manter Felipe Massa na F1 em 2017, em virtude da mudança de regulamento, que necessita de pilotos rodados para passar o feedback adequado aos engenheiros. Certamente não será na Williams. Nicolas Todt certamente está trabalhando nos bastidores para encontrar uma boa vaga na F1. Diante do mercado, sobraram Haas e Renault. Teoricamente, baseado nas notícias que lemos, é complicado. Todavia, o universo da F1 não reflete o que a imprensa julga saber. Caso não consiga permanecer na F1, Massa já declarou que gostaria de ir pra WEC ou Fórmula E. A Stock sempre é uma opção... E a Indy, por que não? Enfim, torço para estar errado, mas Massa está caminhando para seus últimos momentos na F1. Tomara que eu erre (sentimentos patrióticos exalando).

Então é isso, você concorda, discorda? Deixe seu comentário! Semana que vem a F1 está voltando... Pena que as Olimpíadas estão chegando ao fim L
Até!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

JEJUNS

Foto: F1Fanatic
13 de setembro de 2009. 2460 dias atrás. Essa foi a última vez que o Brasil venceu uma corrida de F1. Detalhe: Button e Raikkonen seguem na F1, e o vencedor foi Rubens Barrichello, que saiu da categoria já faz cinco anos. Vitória com a Brawn GP, que virou Mercedes...

Essa marca negativa superou o hiato brasileiro entre 7 de novembro de 1993 (vitória de Senna em Adelaide, Austrália) e 30 de julho de 2000 (vitória de Rubinho em Hockenheim, Alemanha). O país é o terceiro mais vencedor da história da categoria (101 triunfos), atrás do Reino Unido (248 vitórias) e Alemanha (163 vitórias). A perspectiva não é nada animadora.

Massa e Nasr não estão garantidos na F1 em 2017. Mesmo se permanecerem, dificilmente vencerão, pois suas equipes (ou possíveis escuderias) não oferecem carro para a vitória (salvo raras corridas malucas). O Felipe mais velho está nos seus últimos anos de F1 e dentro de alguns anos deve sair do circo. O caso do "Senna ao contrário" (rsrsrsrs) também é complexo. Sem equipamento, precisa impressionar os chefes de equipes como Renault e Williams para seguir na F1, por exemplo. Não é nada fácil. E o futuro?

Sem representantes na GP2 e na GP3, os jovens brasileiros poderão demorar alguns anos para ingressar na F1, isso se conseguirem. Teoricamente, o "ficha 1" é o jovem Sérgio Sette Câmara, que disputa a F3 europeia e é piloto da academia da Red Bull. Além dele, Pedro Piquet também disputa pela primeira vez a categoria depois do bicampeonato da F3 Brasil. Os outros dois jovens são Pietro Fittipaldi e Vitor Baptista (Fórmula V8 - Antiga Renault 3.5). Para impressionar empresários e equipes em geral, é preciso mostrar resultado desde o kart. Para mostrar o resultado, além de possuir bom capital familiar, é preciso o apoio de empresários e patrocinadores. Bem, aí está o problema.

Rubinho, vencendo pela primeira vez, em Hockeinheim, 2000. Foto: Flatout
Evidente que boa parte do público brasileiro deixou de assistir a F1 após a morte de Senna e a Era Schumacher. O velho saudosismo de sempre: "Era bom naquele tempo que os carros não faziam tanta diferença, tinha mais ultrapassagem, emoção, blá blá blá". Bobagem. Deixaram de ver porque o Brasil deixou de ganhar. Barrichello era um jovem piloto que foi alçado pela mídia leiga como a salvação da pátria. Com menos audiência e interesse, menos investimentos. Menos resultados. Menos pilotos ingressando nas categorias europeias. Menos pilotos chegavam as principais categorias do automobilismo europeu e mundial. E o resultado é esse, de forma geral e simples. Claro que a economia mudou e os custos e gastos são outros, mas também não houve nenhum esforço, tanto da iniciativa privada quanto da iniciativa pública (a última tentativa foi do próprio Massa, com a Fórmula Futuro em 2011 e 2012).

A única categoria de monoposto brasileira é a F3 Brasil, que é inferior aos certames europeus, mais estruturados e endinheirados. Com menos rodagem, os brasileiros sofrem para alcançar o ritmo competitivo inicial de outros certames da Europa. A pressão pelo resultado imediato afeta o desempenho, e muitos patrocinadores não seguem adiante. Tanto é que apenas o peso de alguns sobrenomes acabam convencendo as marcas a continuarem acreditando. O principal causa disso tudo é a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), onde o Lívio Oricchio escreveu um artigo brilhante e completo, explicando tudo o que eu jamais poderia escrever (LEIA AQUI).

Conclusão: O problema é estrutural. Enquanto o Brasil não oferecer mínimas condições de desenvolvimento do esporte a motor no país, será cada vez escasso o número de pilotos nas competições mundiais. Sem ingressar na F1, o jejum vai só aumentar... Hoje, são 2460 dias. Amanhã, 2461, e contando, contando...

OUTROS JEJUNS:

Foto: Bandeira Verde
Outros países tradicionais na F1 passam por uma seca até pior que a do Brasil. É o caso da França. A última vitória foi há 20 anos, no caótico e histórico GP de Mônaco de 1996. Olivier Panis, pilotando a francesa Ligier, venceu uma prova que apenas quatro carros completaram (além dele, Coulthard, Herbert e Frentzen). Apesar de ter Grosjean, os franceses perderam seu melhor talento, Jules Bianchi, que praticamente iria para a Ferrari no futuro não tão distante. Sobrou Grosjean na Haas, embora também não se descarte uma possível ida para a equipe do cavalinho rampante. Ah, e tem Vergne, sem equipe desde 2014. Relembre:



Foto: GP Expert
Embora os Italianos praticamente só deem atenção para a Ferrari, a última vez que um piloto italiano venceu foi na Malásia, dia 19 de março de 2006. Desde então ele e Trulli se aposentaram e nenhum piloto do país ingressou na F1 (a não ser Badoer como tampão da Ferrari em 2009 após o acidente de Massa). A grande esperança é Rafaelle Marciello, que está na GP2. Relembre a comemoração do Fisico:



Por enquanto é isso, até!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

VÍDEOS E CURTINHAS #17

Foto: Globoesporte.com

Salve, pessoal. Tudo bem? É semana de GP Brasil! Essa é uma das imagens mais icônicas da era moderna da F1.. O primeiro título de Hamilton e a última vitória de Felipe Massa... O contraste, percebe-se, está além da foto do dia 2 de novembro de 2008: A "alegria triste" do vencedor Massa, e o êxtase do campeão Hamilton.

Por falar no inglês de penteados excêntricos e ousados, Lewis virá mais tarde para o Brasil. O tricampeão participaria de uma coletiva de imprensa em um hotel de São Paulo em um evento de um patrocinador da Mercedes, mas foi cancelado. Especula-se que o tricampeão não está se sentindo bem (Será que bebeu alguns drinks suspeitos?) e que até não participaria da corrida do fim de semana. Vale ressaltar que, embora tenha sido campeão em 2008, Hamilton nunca venceu em Interlagos. Será que esse ano finalmente vai?

Foto: Renan do Couto/Grande Prêmio
Em parceria com o Instituto Ayrton Senna e a autorização do condomínio e seus moradores, foi inaugurado um painel com a imagem do tricampeão. A obra é de autoria do artista Eduardo Kobra e o mais importante: É permanente. Muito lindo.

A McLaren, como sempre, vai testar possíveis soluções aerodinâmicas e de motor em Interlagos. A informação é de Eric Boullier, diretor da equipe. Pronto, essa era a notícia. Alonso e Button, campeões no Brasil, afirmaram que adoram o público brasileiro e que estão correndo por diversão, até porque não há outra coisa a fazer. Boullier, entretanto, teme que Alonso perca a motivação de correr na F1 pelo fato do carro estar tão lá atrás e apresentar diversos problemas. Existe uma solução bem simples para isso: RESOLVA OS SEUS PROBLEMAS, McLAREN HONDA!

Países que mais venceram no GP Brasil:
1 - Brasil - 9 vitórias (2x Fittipaldi, Senna, Massa, Piquet e Pace)
2 - França - 8 vitórias (6x Prost, 1x Laffite e 1x Arnoux)
3 - Alemanha - 7 vitórias (4x Schumacher, 2x Vettel e 1x Rosberg)

E para finalizar, alguns vídeos icônicos do GP Brasil: A vitória de Senna em 1991, a corrida de 1977 (em tempos românticos e com Cenas Lamentáveis), vencida pela Ferrari de Carlos Reutemann e o título mundial de Jenson Button em 2009, em corrida vencida por Mark Webber: